quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Roma - Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II

Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II
Entre a Piazza Venezia e o Monte Capitólio, que fica logo à frente, o visitante encontra o imponente Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II. Conhecido também como Il Vittoriano, ou Altare della Patria. A arquitetura do Monumento foi decidida por meio de um concurso, e o campeão Giuseppe Sacconi morreu seis anos antes da conclusão da obra que passou pelas mãos de três outros arquitetos: Manfredo Manfredi, Pio Piacentini e Gaetano Koch. O objetivo era homenagear o Rei da Itália unificada e considerado o pai da pátria italiana. Se você chegou até aqui e achou que alguma parte do antigo Império estava em pé – e muito bem conservada por sinal – lamento te decepcionar. A construção do Monumento levou mais de 20 anos (de 1888-1911) e enfrentou polêmicas desde o início quando a face norte do Monte Capitolino - incluindo ruínas antigas e igrejas medievais – foi demolida para ceder espaço à obra. O Altar da Pátria foi inaugurado em 1911 para comemorar os 50 anos de aniversário do reino, mas a obra só foi concluída anos depois. Também como outras cidades da Europa envolvidas nas Guerras Mundiais podemos encontrar aqui o Túmulo do Soldado Desconhecido.

Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II
 
Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II

Túmulo do Soldado Desconhecido
Feito de puro mármore branco de Botticino, Bréscia, apresenta majestosa escadaria, colunas coríntias, fontes, uma enorme Estátua Equestre de Vittorio Emanuele II e duas estátuas da deusa Vitória em quadrigas. A estrutura tem 135 metros de largura e 70 metros de altura, mas se as quadrigas e as vitórias aladas forem incluídas, a altura passa a ser de 81 metros. A base do Monumento abriga o Museo Nazionale dell’Emigrazione Italiana, com acesso pela Piazza D’Ara CoeliÉ um Museu com vários documentos e história dos italianos que emigraram, em sua maioria, para a América. No Museo Sacrario delle Bandiere delle Forze Armate, com acesso pela Via dei Fori Imperiali, de visitação gratuita, você poderá ver relíquias de guerra, como vestimentas e armas usadas para defender Roma das diversas invasões que teve ao longo da história. Ainda tem o Complesso Del Vittoriano, com acesso também pela Via dei Fori Imperiali.



Túmulo do Soldado Desconhecido

Túmulo do Soldado Desconhecido
Em 2007, um elevador panorâmico foi instalado, permitindo aos visitantes ir ao teto e ter uma visão 360° de Roma, além de um bar com vista linda para a Via dei Fori Imperiali. Depois de visitar o Monumento e entrar no museu, você pode subir no terraço, Terrazza Del Vittoriano com o elevador panorâmico. Você vai se surpreender, a vista é linda! De lá do alto é possível ver os principais pontos de Roma, como a Piazza Del Poppolo, a Piazza Navona, o Pantheon, o Coliseu, o Palatino e o Vaticano. A subida é rápida, então se programe para ir entre algum compromisso próximo ao local. A construção do Monumento levou mais de 20 anos (de 1888-1911) e enfrentou polêmicas desde o início quando a face norte do Monte Capitolino - incluindo ruínas antigas e igrejas medievais – foi demolida para ceder espaço à obra. 



Estátua Equestre de Vittorio Emanuele II



A construção em si é frequentemente considerada pomposa e demasiado grande. Alguns admiram a enorme estátua do cavalo de bronze e seus altos-relevos complexos; outros criticam sua ostentação e exagero. Veja por si mesmo e forme sua opinião. Com 12 metros de altura, ela se ergue sobre um altar decorado com altos-relevos que representam 14 importantes cidades italianas. É facilmente visível da maior parte de Roma, apesar de ter um formato de caixa e de não possuir um domo ou uma torre. O prédio é também muito branco, chamando muito à atenção no meio dos edifícios marrons que o rodeiam, fazendo com que tenha vários apelidos. Os estrangeiros por vezes referem-se a este Monumento como "bolo de casamento", e os romanos apelidaram-no de "máquina de escrever". Talvez não seja das zonas mais assinaladas nos guias turísticos, mas apesar de todo esse criticismo, o Monumento ainda atrai muitos visitantes. 

Estátua Equestre de Vittorio Emanuele II

Estátua Equestre de Vittorio Emanuele II
Deixando as controversas de lado, há um ótimo motivo para você incluir esse passeio no seu roteiro. Do alto dos terraços do Monumento você terá vistas privilegiadas de Roma, com destaque para o Fórum Romano e para o Coliseu. Amando ou achando-o horrendo, uma foto do Monumento é um clássico que merece cinco minutos da sua viagem. É um dos monumentos mais vistosos de Roma e sua localização estratégica entre Roma Antiga e o Centro Histórico passou a ser o melhor ponto de referência da cidade. O legal do local é que como eles tinham o intuito de fazer uma obra para homenagear o antigo rei que unificou a Itália ao longo do Monumento podem-se encontrar vários mapas contando como foi todo esse processo até os tempos atuais por lá. Vale bastante a pena!

Fórum de Trajano e Coliseu visto do 
Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II

Mercado de Trajano visto do Monumento 
Nazionale a Vittorio Emanuele II

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Roma - Piazza Venezia

Piazza Venezia
Roma é uma cidade cheia de belas piazzas; uma das mais famosas, sem dúvida alguma, é a Piazza Venezia, antigamente chamada Piazza Fontana. A Piazza Venezia é uma das praças centrais e um dos principais centros nevrálgicos do sistema de transportes de Roma, na qual muitas das principais avenidas da cidade se intersectam, como a Via Dei Fori Imperiali, que te leva ao Coliseu e a Via Del Corso, que te leva até a Piazza Del Poppolo. Seu nome é uma referência à cidade de Veneza, uma homenagem ao Cardeal veneziano Paolo Barbo (futuro Papa Paulo II), que construiu o Palazzo Venezia ou Palazzo Barbo, um Palácio construído perto da vizinha Igreja de São Marcos, o padroeiro de Veneza. O Palazzo foi construído no início do século XV, quando o Cardeal começou a trabalhar na construção de sua residência, incorporando a construção de uma torre medieval. Um fato interessante é que como em Roma quase tudo era reciclado, acredita-se que em sua construção foi utilizado o mármore proveniente do Coliseu e do Teatro di Marcello. Um de seus ambientes é chamado de “sala dos papagaios” porque ali o pontífice criava pássaros exóticos.

Piazza Venezia
Em 1564 o Papa Pio IV permitiu ao Embaixador da República de Veneza a residir na área do Palácio. Em 1806 o prédio tornou-se a sede da administração francesa sob as ordens de Napoleão. O prédio foi restaurado várias vezes nos séculos XVIII e XIX. Em 1924 o edifício tornou-se a casa do Museu de Arte e Arqueologia. Foi também a sede do governo fascista de Benito Mussolini de 1929 a 1943. Da sacada do Palazzo Venezia incitava multidões, aguardava aplausos e exaltava a pátria. Foi de lá que ele declarou guerra à França e ao Reino Unido, anunciando que a Itália participaria da Segunda Guerra Mundial. Foram anos de delírio coletivo. Ele trabalhava na chamada Sala Del Mappamondo. Quem viveu naquela época em Roma costuma contar que as luzes do edifício ficavam sempre acesas para demonstrar que o ditador trabalhava incessantemente e que a sua suposta virilidade fosse reforçada publicamente pela entrada e saída de damas no Palácio. 

Piazza Venezia
Para os romanos, o Palazzo Venezia sempre foi um ponto de encontro. “Vemos-nos debaixo da sacada”, costumam dizer ao combinar um programa qualquer, deixando subentendido que “a sacada” é aquela do Palazzo Venezia. O que nem todos os estrangeiros sabem é que a janela daquela sacada possui um significado histórico conturbado que gera sentimentos contraditórios nos italianos.  A maior parte daqueles que visitam o Palazzo Venezia são movidos não tanto pelo amor à arte, mas pela curiosidade de saber o que há por trás de sua famosa janela. Ninguém resiste a espiar como é Roma vista de lá do alto.

Palazzo Venezia
Hoje no Palazzo Venezia estão localizados a Biblioteca de Arqueologia e História da Arte, a mais importante da Itália sobre estas questões e o Museo Nazionale Del Palazzo Venezia, que abriga uma coleção de pinturas e esculturas de prata e de esmalte de artistas do calibre de Gian Lorenzo Bernini, Bonozzo Gozzoli, Beato Angelico, Giorgione e Giotto. Conta ainda com um acervo bem interessante com cerâmica, tapeçaria e estátuas do começo da era cristã até o começo do Renascimento.

Piazza Venezia
A Praça fica no sopé do Monte Capitolino e perto do Fórum de Trajano. A principal artéria da cidade, a Via Dei Fori Imperiali, começa na Piazza Venezia e atravessa o Fórum Romano em direção ao Coliseu. Em volta da Praça grandes atrações, o imponente Vittoriano ou Monumento a Vittorio Emanuelle II, a Piazza Del Campidoglio e o Musei Capitolini. Contudo, a Praça é dominada pelo enorme Monumento a Vittorio Emanuelle II. Em 2009, durante as escavações da Linha C do Metrô de Roma, antigos restos do que foi identificado como sendo o Ateneu do Imperador Adriano foi descoberto no meio da Piazza.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Roma - Piazza Navona

Piazza Navona e Fontana del Nettuno
Se você for um turista matineiro, Roma pode revelar-se uma “outra cidade”. Cheia na maior parte do ano, muitas vezes é quase impossível até mesmo ser o protagonista das suas próprias fotos… porque cada espaço será dividido com outras pessoas que, assim como você, querem imortalizar a sua viagem. A Piazza Navona dá o melhor de si nas primeiras horas da manhã. Uma oportunidade única de observá-la antes que outros turistas cheguem ao local. Poucas cidades no mundo podem competir com Roma no que se refere à quantidade e beleza de praças monumentais. A Piazza Navona é uma das mais célebres praças barrocas de Roma localizada no Rione Parione. A Piazza Navona está perto de pontos turísticos como a Chiesa Santa Maria della Pace, da famosa e antiga Livraria Coliseum e do Panteão de Roma

Fontana del Nettuno na Piazza Navona

Piazza Navona
A origem desta Piazza vem da Roma Antiga. No mesmo local, entre 81 e 96 d.C., o Imperador Romano Tito Flávio Domiciano construiu um Estádio de 275 metros de comprimento por 106 metros de largura, que ficou conhecido como Circus Agonalis – ou Arena de Competição. Domiciano foi um dos três imperadores da Dinastia Flavia (ou Flaviana), a mesma que construiu o Coliseu. A sua forma assemelha-se à dos antigos estádios da Roma Antiga, seguindo a planificação do Estádio de Domiciano (também denominado entre os italianos de Campomarzio, em virtude da natureza rude e esforçada dos exercícios - manejo de armas - e desportos atléticos que aí se realizavam). A ideia do Imperador era criar uma versão romana das olimpíadas gregas. Os jogos esportivos eram chamados de Certamen Capitolino Iovi e incluíam até batalhas navais. No século III foi restaurado por Alexandre Severo.

Palazzo Pamphilj, Embaixada do Brasil em Roma

Palazzo Pamphilj, Embaixada do Brasil em Roma
Hoje a Piazza está no ponto exato do centro da Arena e as casas ao redor foram construídas sobre as arquibancadas, mantendo a delimitação original da área do Estádio de Domiciano, que tinha capacidade para 20 mil pessoas sentadas nas arquibancadas. Se você quer ver um pedacinho deste antigo Estádio Romano existe o Museu Stadio di Domiciano. Basta caminhar até a Via Zanardelli que fica atrás da Piazza Navona. Mesmo que não queira entrar no Museu, tem uma abertura por onde você pode observar uma parte das ruínas e fazer fotos. A configuração atual da Piazza foi definida entre 1600 e 1700. Desde então, nada foi alterado – o que torna o lugar ainda mais charmoso. Entre 1810 e 1839 eram realizadas corridas de cavalos na Piazza. No entanto, estas aparentemente não têm relação com as famosas corridas de cavalos de raça da Via Del Corso. Contudo, o que faz da Piazza Navona ser um dos espaços públicos mais belos de Roma é a combinação de três belas fontes, a Chiesa di Sant’Agnese in Agone e palácios renascentistas, como o Palazzo Pamphilj, sede da Embaixada Brasileira na Itália. O interior do Palazzo é enriquecido pela famosa Galeria Nacional de Arte Antiga, com os afrescos de Pietro da Cortona.

Palazzo Pamphilj e Chiesa di Sant’Agnese in Agone

Palazzo Pamphilj
Ao contrário do que acontece quando se visita o Coliseu, mesmo sabendo da história, é difícil imaginar lá gladiadores lutando contra leões ou entre si com espadas, escudos, lanças, montados em cavalos ou usando bigas. A Navona passou de fato a caracterizar-se como Piazza nos últimos anos do século XV, quando o mercado da cidade foi transferido do Capitólio para lá. Foi remodelada para um estilo monumental por vontade do Papa Inocêncio X, da Família Pamphilj e é motivo de orgulho da cidade de Roma durante o período barroco. Todas as melhorias na Piazza realizadas pelo Papa Inocêncio têm uma justificativa: foi um gesto em homenagem à Família Pamphilj. Não era incomum que os papas fizessem reformas em determinada área da cidade para honrar suas famílias; o Papa Urbano VIII já tinha feito o mesmo na Colina Quirinal para a glória da Família Barberini. A escolha da Piazza Navona para receber estas reformas ocorreu porque o Palazzo da família ficava em frente à Piazza. 

Chiesa di Sant’Agnese in Agone e
Fontana del Moro

Fontana dei Quattro Fiumi
A Fontana dei Quattro Fiumi, ao centro da Piazza, é composta por uma barreira de pedra que representa a terra, formando uma gruta – de onde surgem um leão e outros animais fictícios e um obelisco egípcio que representa o céu (recuperado do Circo Máximo na antiga Via Apia). Ao redor da gruta, estão as estátuas dos quatro rios: o Rio Nilo na África, o Rio Danúbio na Europa, o Rio Ganges na Ásia e o Rio da Prata na América, que simbolizam os quatro continentes. A lenda relacionada ao ríspido contraste entre Francesco Borromini e Gian Lorenzo Bernini, que conta que o gigante do Rio da Prata teria estendido a mão para defender-se da iminente queda da Igreja é infundada, pois a Fonte foi construída antes da finalização da fachada de Borromini. No subsolo da Igreja há um oratório medieval e as relíquias do Estádio de Domiciano. Ela foi construída entre os anos de 1647 e 1651 a pedido do Papa Inocêncio X. A criação da Fonte havia sido concedida a Borromini, mas acabou sendo realizada por Bernini, seu rival. A Fontana dei Quattro Fiumi ou Fonte dos Quatro Rios foi construída graças ao dinheiro recolhido com os impostos sobre o pão e outros produtos alimentares. Mais do que justo a considerar um patrimônio de todos os romanos!

Palazzo Pamphilj e Fontana del Moro

Fontana del Nettuno
As duas outras fontes da Piazza foram obras projetadas por Giacomo della Porta. A Fontana del Nettuno foi construída em 1576. Ela representa Netuno, o deus romano dos mares, rodeado por ninfas do oceano; essas imagens, porém, só foram incluídas no design da fonte durante o século XIX. A Fontana del Nettuno, conhecida como Fontana de Calderari, foi construída em 1574. Por volta de 1878 foi lançado um concurso para harmonizar o monumento com a outra fonte finalizada por Bernini. Foram acrescentadas as esculturas intituladas “A Nereida com Querubins e Cavalos Marinhos” e “Netuno Luta Contra um Polvo”.

Fontana del Nettuno

Fontana del Moro
A Fontana Del Moro antes era conhecida como Fonte do Caracol e foi reelaborada por Bernini, durante o século XVII. Acredita-se que para esculpir o personagem o artista teria se inspirado na Estátua de Pasquino, que fica ali pertinho do Consulado Geral do Brasil em Roma. O nome da Fonte deriva da representação de um etíope (mouro) que luta com um golfinho. Outras estátuas, de tritões, são do século XIX. De frente para a Piazza Navona, também se encontra um dos museus mais importantes de Roma, o Museu de Roma no Palazzo BraschiA Piazza Navona, é um marco romano, com seus cafés e muitos artistas de rua, é uma parada obrigatória.

Fontana del Moro

Chiesa di Sant’Agnese in Agone
Também ao Papa Inocêncio X se deve a reconstrução da antiga Igreja dedicada a Santa Inês, como capela anexa ao Palazzo da família, localizada no local de martírio da santa. A lenda diz que, no lugar onde fica a Igreja, Santa Agnes teve suas roupas arrancadas; porém, enquanto rezava, seu cabelo cresceu cobrindo o corpo todo, e ela foi salva da desgraça de ser vista nua. Graças a isso, Santa Agnes é a protetora da castidade e das virgens contra o estupro. A prova dessa estreita ligação é a abertura no tambor da cúpula, que permitia ao pontífice assistir às celebrações diretamente de seu apartamento. Com formato de cruz grega, o projeto inicial foi realizado por Carlo Rainaldi, posteriormente seguido por Francesco Borromini – autor da grande fachada da Piazza. Borromini agregou uma grandeza vertical incomum na época, construindo um tambor bem alto, cercado por duas torres que emolduram a cúpula (alterando a fachada já iniciada com um arco). A fachada da Chiesa de Sant’Agnese in Agone foi restaurada em 1652, por uma solicitação do Papa Inocêncio X, com um desenho criado por Borromini; o processo de construção foi concluído somente em 1670.

Chiesa di Sant’Agnese in Agone

Piazza Navona
A Piazza Navona é uma das praças mais amadas pelos romanos, há séculos um local de diversão do povo e de aristocratas; é aqui que as crianças jogam bola e as famílias romanas se encontram com parentes e amigos. Nas noites de verão, quando o pôr do sol colore os telhados de vermelho, a Piazza Navona vira um dos lugares mais lindos para reunir as pessoas. O retângulo de céu sobre a Piazza escurece lentamente, enquanto as luzes amarelas vão se acendendo nas casas e nos restaurantes. Se quiser sentar e relaxar um pouco por lá, para só observar o mundo passar, pode ser uma boa pedida, pois é um lugar muito movimentado, porém em questão de qualidade e relação custo-benefício, há muitos outros restaurantes bem melhores, pois lá eles são mega turísticos e pouco autênticos. De dia, é frequentada por intelectuais e pintores, já de noite, é o destino preferido dos jovens e artistas de rua. Depois da guerra, muitos pintores e designers começaram a ir para a Piazza, armando cavaletes improvisados ​​para pintar, expor e vender seus trabalhos. Nos últimos tempos a Piazza tornou-se um ponto de encontro e de performances de artistas de rua.

Piazza Navona

Piazza Navona
Durante os anos, sempre foi um dos pontos de encontro preferidos dos romanos durante o Carnaval, no Natal e no Dia de Reis. É tradição iniciar a Feira de Natal em oito de dezembro, com barraquinhas repletas de presépios artesanais, inovações e, é claro, doces típicos. A Feira fica até a Festa da Epifania do Senhor, na noite entre cinco e seis, quando adultos e crianças se reúnem para participar da chegada da Befana (bruxinha). Não dá para perder a Piazza Navona no Natal, um espetáculo único.

Piazza Navona
Muitos turistas, ao planejar a própria viagem, se perguntam como chegar à Piazza Navona, pois não encontram nenhuma Estação de Metrô nos mapas nem nos guias de rua. Realmente, assim como outras praças famosas de Roma, a Piazza Navona não tem acesso pelo metrô, nem pela linha A, nem pela linha B. Porém, isso não quer dizer que o acesso seja difícil, pois a Piazza Navona é bem conectada aos serviços de ônibus de linha que transitam nas imediações. Não há um ônibus que desce direto na Piazza Navona (e nem poderia, visto que é um calçadão fechado). A Piazza fica quase atrás da Corso Vittorio Emanuele II (exatamente um dos pontos de maior acessibilidade para a Piazza). Se estiver hospedado no centro de Roma, você tem a possibilidade (que a meu ver, é a melhor), de ir para a Piazza Navona a pé. Não só é uma forma de passear, mas também terá a sensação de literalmente caminhar pela história. A Piazza Navona, assim como cada pedacinho do restante da cidade, está repleta de história e de arte.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Roma - Igrejas de Roma

Chiesa San Andrea della Valle 
Antes de descobrir os segredos de viagem, é bom conhecer os lugares mais turísticos da cidade, pois, ainda que manjados e geralmente superlotados, eles não são famosos à toa, e fazem parte da história e cultura do local. Roma está à margem do Rio Tibre e possui sete colinas em seu Centro Histórico: Palatino, Aventino, Capitólio (Campidoglio), Quirinal, Viminal, Esquilino e Célio. A quantidade de atrações em Roma e no Vaticano é enorme e para conhecer boa parte delas é preciso ter pique e tempo disponíveis. São vários sítios históricos, museus e galerias, praças e igrejas, enfim, locais interessantíssimos que guardam tesouros inestimáveis. Acordar cedo, ter em mãos um bom mapa da cidade, usar sapatos e roupas confortáveis são algumas dicas fundamentais. E se a visita for feita na temporada de calor intenso, em meados de julho/agosto, o visitante não pode deixar de usar filtro solar e se hidratar com frequência. 

Chiesa San Andrea della Valle 


Assim como o resto da Itália, a população da cidade de Roma é predominantemente católica romana. A capital italiana tem sido um importante centro de peregrinação religiosa e, durante séculos, a base da religião romana com o pontífice máximo e, mais tarde, como sede do Vaticano e do Papa. Antes da chegada dos cristãos em Roma, a religião romana era a principal religião da cidade na Antiguidade Clássica. Apesar de Roma ser a casa do Vaticano e da Basílica de São Pedro, a catedral da cidade é a Basílica de São João de Latrão, localizada ao sudeste do centro. San Giovanni Laterano (São João de Latrão) foi fundada por Constantino. A Catedral de Roma está situada na praça de mesmo nome, tem fachada majestosa e interior com cinco naves. O fato de possuir o trono papal faz dessa basílica a mãe de todas as igrejas.

Chiesa San Andrea della Valle

Chiesa di Sant’Ignazio di Loyola
Como o centro mundial do Cristianismo, Roma abriga uma grande quantidade de templos religiosos que, além da função em si, são repletos de história e tesouros. Há cerca de 900 igrejas em Roma no total, além da própria catedral e outras, como a Basílica de São Paulo Extramuros, a Basílica de São Clemente, a Basílica de San Carlo alle Quattro Fontane e a Igreja de Jesus. Há também as antigas catacumbas romanas, no subsolo da cidade. Várias instituições de educação religiosa, muito importantes também estão em Roma, como a Pontifícia Universidade Lateranense, o Instituto Pontifício Bíblico, a Pontifícia Universidade Gregoriana e o Pontifício Instituto Oriental.


Chiesa di Sant’Ignazio di Loyola




A Basílica de Santa Maria Maggiore é uma das quatro grandes basílicas de Roma, construída no século V, foi restaurada e ampliada entre os séculos XII e XVIII. Seus magníficos mosaicos do século V estão entre os mais antigos e belos da cidade. Dizem que seu teto do século XV foi folheado com os primeiros carregamentos de ouro que chegaram do Novo Mundo, um presente da monarquia espanhola. Localiza-se na Piazza di Santa Maria Maggiore. Ainda pelo centro, encha os olhos admirando gratuitamente a Estátua de Moisés esculpida por Michelangelo e situada no interior da Basílica di San Pietro in Vincoli (Metrô Colosseo). A Chiesa di Sant’Ignazio (Igreja de Santo Inácio) é uma belíssima igreja barroca construída de 1626 a 1685, segundo os planos do arquiteto jesuíta Orázio Grassi. Fica entre o Pantheon e a Fontana di Trevi.

Chiesa di Sant’Ignazio di Loyola

Chiesa do Santíssimo Nome
de Maria 
no Fórum de Trajano 
e Coluna de Trajano
A Basílica Santa Maria Sopra Minerva, próxima ao Pantheon é a única igreja gótica de Roma, um local sagrado que abriga uma das obras de Michelangelo: a Estátua de Cristo com a Cruz. No prédio anexo à Igreja (um mosteiro), o astrônomo Galileo Galilei abdicou de sua tese em 1600. Santa Maria em Trastevere fica no famoso Bairro de Trastevere. É a basílica mais antiga de Roma. Ela possui fachada decorada com mosaicos e afrescos (além de mosaicos em seu interior) e um campanário do século XII bem ao lado da fachada. Em San Luigi dei Francesi (São Luís dos Franceses) os amantes da arte se deslumbram com esse belíssimo templo religioso onde se encontram pinturas do artista Caravaggio instaladas em 1600.

Chiesa do Santíssimo Nome de Maria 
no Fórum de Trajano 
e Coluna de Trajano







Sant’Andrea della Valle ou Basílica de Santo André do Vale é uma basílica menor localizada no Rione Sant’Eustachio de Roma. É também a sede mundial da Ordem dos Teatinos. Ela está localizada na Piazza Vidoni, no cruzamento do Corso Vittorio Emanuele II (fachada) e do Corso Rinascimento. Na praça em frente da Igreja está uma fonte de Carlo Maderno que, até 1937, ficava na hoje destruída Piazza Scossacavalli, no Borgo. Sant’Andrea foi inicialmente planejada quando Donna Costanza Piccolomini d’Aragona, Duquesa de Amalfi e descendente da família do Papa Pio II, deixou como herança seu palácio e a igreja adjacente de San Sebastiano, no centro de Roma, para a Ordem dos Teatinos com o objetivo de que fosse ali construída uma nova igreja. Como o padroeiro de Amalfi era Santo André, a Igreja foi consagrada em sua homenagem. Sant’Andrea della Valle tornou-se o modelo para muitas outras igrejas, como a Igreja de São Caetano, em Munique, e a Igreja de Santa Ana, em Cracóvia.

Chiesa do Santíssimo Nome de Maria no Fórum de Trajano 
e Coluna de Trajano

Basílica Santa Maria Maggiore
Chiesa Sant’Ignazio di Loyola in Campo Marzio ou Igreja de Santo Inácio de Loyola em Campo Marzio é uma Igreja titular de Roma, dedicada a Santo Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus. Construída em estilo barroco entre 1626 e 1650, a Igreja funcionou inicialmente como uma capela anexa à vizinha Universidade Romana; ela é antecessora da Pontifícia Universidade Gregoriana. É uma das três igrejas regionais do Lácio em Roma e a Igreja Nacional da Guatemala. A Universidade Romana iniciou suas atividades de forma bastante humilde em 1551, com uma inscrição sobre a porta resumindo seu propósito: “Escola de Gramática, Humanidades e Doutrina Cristã. Grátis.” Desde o princípio, assolada por problemas financeiros, a Universidade teve várias sedes provisórias. Em 1560, Vittoria della Tolfa, Marquesa della Valle, doou um quarteirão inteiro e os edifícios que estavam nele, para a Companhia de Jesus em memória de seu falecido marido, o Marquês della Guardia, Camilo Orsini, fundando o Collegio Romano. Antes disto, ela pretendia doar a propriedade para as Freiras Clarissas fundarem um convento e elas já haviam inclusive começado a construir o edifício que abrigaria a Igreja de Santa Maria della Nunziata, no exato local onde ficava o antigo Templo de Ísis no Campo de Marte.

Basílica Santa Maria Maggiore

Basílica Santa Maria Maggiore
Chiesa Santissimo Nome di Maria al Foro Traiano ou Igreja do Santíssimo Nome de Maria no Fórum de Trajano é uma Igreja titular de Roma, dedicada ao Santo Nome de Maria e localizada em frente à Coluna de Trajano, a uns poucos passos de outra igreja com uma cúpula similar, mas externamente menos conservadora, Santa Maria di Loreto. Apesar do nome ela não deve ser confundida com a Chiesa Santissimo Nome di Maria a Via Latina, no sudeste de Roma. A festa do “Santo Nome de Maria” foi instituída pela Papa Inocêncio XI depois da vitória dos exércitos austro-poloneses sob o comando de João III Sobieski sobre os turcos otomanos na Batalha de Viena em 1683. O abade Giuseppe Bianchi instituiu a devoção ao Santíssimo Nome de Maria em 1685 em Santo Stefano Del Cacco e, logo depois, fundou a Congregação do Santíssimo Nome de Maria, que foi formalmente aprovada em 1688. Em 1694, a Congregação se mudou para San Bernardo a Colonna Traiani, mas, no ano seguinte, percebendo que era necessário construir uma nova igreja, comprou um terreno vizinho e encomendou a construção do edifício ao francês Antoine Derizet. Em 1741, o ícone de Maria foi transferido para a nova Igreja e, em 1748, San Bernardo foi demolida. Uma vez por ano, ele é levado em procissão do local da antiga igreja até o seu local de abrigo atual, o altar-mor de Santissimo Nome di Maria. O interior é elíptico e há sete pequenas capelas à volta, decoradas em mármore multicolorido.

Basílica Santa Maria Sopra Minerva

Basílica Santa Maria Sopra Minerva
Santa Maria Maggiore ou Basílica de Santa Maria Maior é uma das quatro basílicas maiores ou uma das sete igrejas de peregrinação e a maior Igreja Mariana de Roma – motivo pelo qual ela recebeu o epíteto de “Maior”. Foi a primeira igreja do Ocidente dedicada ao culto de Maria, e tem uma celebração específica na liturgia católica rememorando o fato: a Dedicação de Basílica de Santa Maria Maior. Depois do Tratado de Latrão em 1929, firmado entre a Santa Sé e o Reino da Itália, Santa Maria Maggiore permaneceu como parte do território italiano e não do Vaticano. Porém, a Santa Sé é proprietária do edifício e do terreno onde ele está e o governo italiano é obrigado, legalmente, a reconhecer este fato e a conceder a ela a imunidade concedida pelo Direito Internacional às embaixadas de agentes diplomáticos de estados estrangeiros. 

Chiesa Santa Brígida

Chiesa Santa Brígida
Chiesa Santa Brigida ou Igreja de Santa Brígida é uma igreja conventual no Rione Regola de Roma, dedicada a Santa Brígida e é a igreja nacional dos suecos católicos na cidade. É conhecida também com Santa Brigida a Campo de’ Fiori, pois foi construída num local que, na época, era parte do Campo de’ Fiori, mas que hoje é parte da distinta Piazza Farnese. Uma primeira igreja foi construída no local durante o pontificado de Bonifácio IX, mas foi abandonada. Em 1513, Peter Mansson, futuro Bispo de Västeras, na Suécia, erigiu uma nova igreja, que foi depois oficialmente concedida ao Arcebispo de Uppsala pelo Papa Paulo III. Esta igreja foi restaurada no início do século XVIII, durante o pontificado de Clemente XI. Em 1828, o Papa Leão XII cedeu o convento e a Igreja para os cônegos de Santa Maria in Trastevere, que não tinham recursos para restaurá-la e, por isso, a cederam para a Congregação da Santa Cruz, de origem francesa, em 1855. Eles restauraram a Igreja e os aposentos de Santa Brígida entre 1857 e 1858. O proprietário seguinte foi o ramo polonês da Ordem dos Carmelitas, a quem o convento e a Igreja foram doados em 1889, que mantiveram o controle até 1930, quando ela foi devolvida para a Ordem dos Brigitinos.

Santa Maria degli Angeli e dei Martiri na Piazza della Republica

Santa Maria degli Angeli e dei Martiri na
Piazza della Republica

Santa Maria degli Angeli e dei Martiri ou Basílica de Santa Maria dos Anjos e dos Mártires é uma igreja titular e Basílica menor em Roma, construída dentro do frigidário das Termas de Dioclecano na Piazza della Republica. A Basílica é dedicada aos mártires cristãos, conhecidos e desconhecidos, e foi construída depois que o Papa Pio IV ordenou, em julho de 1561, que uma igreja fosse construída para ser dedicada a Santíssima Virgem e todos os Anjos e Mártires. O ímpeto para esta dedicação foi fornecido pelo relato de uma visão experimentada nas ruínas das Termas de Diocleciano em 1541 por um monge siciliano, Antonio Del Duca, que já vinha, havia décadas, tentando a autorização papal para uma veneração formal aos Príncipes Angélicos. A Igreja abriga o Monumento Funerário do Papa Pio IV, cujo túmulo está na tribuna absidal.

Santa Maria degli Angeli e dei Martiri na Piazza della Republica

Santa Maria degli Angeli e dei Martiri na 
Piazza della Republica
As Termas de Diocleciano ocupavam uma posição dominante no Monte Quirinal com suas ruínas e haviam resistido à cristianização até então. Michelangelo trabalhou entre 1563 e 1564 para adaptar uma parte da estrutura remanescente das Termas a de uma Igreja. Uma construção posterior, dirigida por Luigi Vanvitelli em 1749, alterou muito superficialmente os grandiosos e harmônicos volumes de Michelangelo. Em Santa Maria degli Angeli, ele conseguiu uma sequência sem igual de espaços arquitetônicos, com poucos precedentes ou seguidores. Não há uma fachada propriamente dita; a entrada simples está localizada numa das absides convexas de um dos espaços principais das Termas. A planta partiu de uma cruz grega, com um transepto tão dominante, com suas capelas cúbicas nas extremidades, que o efeito é de uma nave transversa.