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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Campos do Jordão - Ducha de Prata

Ducha de Prata
Campos do Jordão é um município montanhoso do Estado de São Paulo localizado na Serra da Mantiqueira, a 1.700 metros de altitude. É conhecido popularmente como a 'Suíça Brasileira'. É um lugar visitado pelos amantes dos esportes de aventura, que encontram em seu abrupto terreno o lugar ideal para praticar todo o tipo de esportes radicais. Como principal centro turístico do município merece especial destaque a Vila Capivari, que se caracteriza por seu estilo arquitetônico alemão que predomina na maioria dos seus edifícios, monumentos e praças.


Cascatas Ducha de Prata

Cascatas Ducha de Prata
Para quem quer visitar Campos do Jordão é quase que inevitável não tirar um tempinho e ir conhecer a famosa Ducha de Prata. A Ducha de Prata em Campos do Jordão é formada por várias duchas artificiais (o que pode desagradar alguns por isso) projetadas de uma maneira muito legal. Nesta canalização desembocam águas vindas do represamento do Ribeirão das Perdizes. Em meio à natureza exuberante da Serra da Mantiqueira, as águas da Ducha deliciam os visitantes que podem utilizar plataformas de madeira para tomar banhos frios e saudáveis. Local excelente para tirar fotos em meio às pedras e trilhas, ou simplesmente relaxar escutando o som das águas e dos pássaros. É um dos pontos turísticos mais antigos e mais visitados da cidade.

Cascatas Ducha de Prata

Cascatas Ducha de Prata
O passeio é feito entre pequenas pontes e caminhos que se misturam às belezas naturais do lugar. Use um sapato que não escorregue. Antigamente, nesse local, banhavam-se os hóspedes da antiga e famosa Pensão Inglesa. Este tradicional ponto turístico está localizado no Bairro de Vila Inglesa, na estrada para a Vila Capivari. Além das quedas d'água, existem ainda barraquinhas com produtos artesanais e souvenires, malharias e lojas de chocolates produzidos na cidade. E de quebra ainda tem uma tirolesa para acrescentar um pouco de aventura ao passeio.


Cascatas Ducha de Prata

Ribeirão das Perdizes
O local é de fácil acesso, está a três quilômetros do centrinho turístico de Campos do Jordão. A dica para quem não quiser ir de carro é aproveitar o passeio no famoso Trenzinho da Montanha (as crianças vão adorar), que faz uma city tour com parada na Ducha. Ele sai do centrinho turístico em frente ao Teleférico. O local fica aberto todos os dias da semana, das 9:00 às 18:00 horas e a entrada é gratuita. O local tem sanitário, mas é preciso pagar para usá-lo. Perto da Ducha existem também hotéis e pousadas, para quem quiser aproveitar o máximo do passeio.


Cascatas Ducha de Prata

domingo, 5 de junho de 2016

Campos do Jordão - Amantikir Garden

Amantikir Garden
Basta a temperatura cair que o brasileiro já pensa em aproveitar o friozinho em meio as montanhas do país. É assim que muita gente lota as ruas charmosas de Campos do Jordãomas muitos ainda desconhecem o Parque Amantikir, um belo e tranquilo jardim na cidade, em plena Serra da Mantiqueira. Se você gosta de passeios em contato com a natureza, curte paisagismo e jardinagem, o Parque Amantikir é para você. O Parque Amantikir ou Amantikir Garden fica no Bairro Gavião Gonzaga na cidade de Campos do Jordão no interior do Estado de São Paulo. A cidade fica a 170 quilômetros da capital paulista, a 1.700 metros de altitude. Campos do Jordão é um dos 15 municípios paulistas considerados Estâncias Climáticas pelo Estado, por cumprirem os pré-requisitos definidos por Lei Estadual. 

Jardim de Patamares
Localizado numa área de 60 mil metros quadrados, o Amantikir Garden – Jardins que Falam é uma opção para quem gosta de um belo passeio de contemplação e cenários realmente lindos, no alto da Serra da Mantiqueira. Inaugurado em 2007, o Parque possui 22 jardins, que somam mais de 800 espécies de plantas e inspirações de jardins de várias partes do mundo como Espanha, França, Suíça, Inglaterra, Escócia, México, Canadá, que se integram a paisagem dominada pela mata nativa das montanhas. Comuns nos Estados Unidos e Europa, os jardins para contemplação reúnem a arte da jardinagem com uma rica programação cultural. Entre Araucárias e Manacás da Serra, inúmeras plantas inglesas, americanas e de todo o mundo vivem em harmonia com diversos tipos de pássaros e borboletas. A natureza se completa no local onde os “jardins falam”, estabelecendo a comunicação do homem com seu meio natural.

Jardim de Coníferas
A lenda de Amantikir conta a história da linda princesa de uma tribo do povo Tupi, que se apaixonou pelo Sol. Encantado pela beleza da moça, o guerreiro de cocar de fogo permanecia com suas luzes sobre ela. E como não se deitava não havia noite e a Lua mal aparecia, provocando um interminável dia. Os pastos se incendiavam, não havia sono e nem sonhos. A Lua sentindo que perdera seu amor, o Sol, para uma mulher, foi contar a Tupã, que com indignação mandou que se levantasse a mais alta montanha. Ali ficaria confinada a princesa, fora do alcance do Sol. Este sangrou tardes vermelhas e tentou afogar-se no mar. A princesa chorou rios, minas, nascentes e mananciais de lágrimas. Seu povo então chamou a linda princesa de Amantikir ou Mantiqueira, que significa “Serra que Chora”.


Jardim Árido
O Amantikir é uma realização do paisagista Walter Vasconcelos, com mais de duas décadas elaborando jardins para diversos fins, que resolveu proporcionar aos visitantes e jordanenses (moradores de Campos do Jordão) um espaço para esse contato, inspirando-se nos grandes jardins internacionais como o Butchart Gardens, na Ilha Victoria (Canadá), o Parque Keukenhof em Lisse (Holanda) e a Ilha de Mainau no Lago Constança (Alemanha), que juntos somam mais de três milhões de visitas anuais. Durante o passeio, os visitantes poderão conferir o Jardim de Patamares, Jardim de Coníferas, Jardim de Capins, Jardim Árido, Jardim de Raízes, Jardim Inglês, Jardim de Pedras, Jardim Alemão, o Labirinto Clássico, Tapete Verde, Lago das Pontes, Bosque Outonal, Paredes de Toras, Espelho d’Água, Pequeno Jardim Francês e os Jardins de Salzburgo, as Ruínas e a Lareira ao Ar Livre.

Jardim de Raízes
O projeto de Vasconcelos, ainda, se baseia em três pilares: diversidade, sustentabilidade e educação. Através da diversidade pode-se propiciar a aceitação de todas as formas de vidas já existentes no parque (insetos, plantas nativas, líquens, musgos, aves), além de receber novas espécies que possam somar a beleza da Amantikir. A sustentabilidade do Parque vem por meio da reutilização de materiais desprezados em obras, como plantas paisagísticas desprezadas de imóveis particulares por diversos motivos, buscando causar o menor impacto ambiental. Somado a absorção de mão de obra próxima ao Parque oferecendo cursos e capacitação; reforçando a cultura através da lenda da Amantikir. E por último a educação, que é a transmissão dos valores ecológicos a todas as gerações, para a prevenção e manutenção da vida no planeta.

Jardim Inglês

Jardim Inglês
A cada estação do ano, o Amantikir Garden oferece um verdadeiro espetáculo, como os meses de primavera onde as flores mostram suas exuberâncias, mas no outono o Bosque Outonal faz o seu espetáculo com as mais diversas cores das folhas que se preparam para cair anunciando o inverno. O Amantikir Garden – Jardins que Falam está localizado estrategicamente em meio à natureza nativa da cidade, com mirante de onde se avista um dos cartões postais de Campos do Jordão, podendo ser visitado com ou sem o acompanhamento de um guia, com duração de duas horas no máximo, que dará as explicações sobre cada um dos jardins e suas inspirações.


Jardim de Pedras
O contato com esta infinidade de plantas transmite uma sensação de tranquilidade e sossego. Em meio às lindas paisagens, algumas agradáveis surpresas empolgam a visita ao Parque. Como um labirinto feito de arbustos, onde ao entrar, a pessoa tem por alguns minutos, a sensação do desafio a ser superado. Outras simbologias estão presentes no Amantikir, como outro labirinto, este feito de grama, e representa o caminho tortuoso que devemos traçar para crescer interiormente, o local é geralmente usado para meditação e reflexão. Existe ainda uma pequena fonte d'água cheia de peixes, seu formato faz uma representação dos conceitos de razão e emoção, duas grandes variáveis da humanidade. Eventos culturais como Tai Chi Chuan, exposição e aulas de artes plásticas formam o apelo cultural do Parque, somando à diversidade da natureza, algumas atividades culturais, num ambiente de reflexão e paz interior.


Labirinto de Grama
A entrada do Parque é feita pela lojinha com diversos enfeites e lembrancinhas. O trajeto pode ser feito com ou sem guia. A visita por todo o Parque dura entre uma ou duas horas, dependendo do ritmo do visitante. O primeiro Jardim a ser visitado é o Jardim de Patamares, em um lugar onde foi criada uma contenção do terreno, com madeiras reaproveitadas e foram plantados diversos tipos de flores. É uma bela alternativa ao muro de arrimo. Esse Jardim foi inspirado nos jardins do Parque André Citroen em Paris. Em seguida passamos pelo Jardim de Coníferas, ou pinheiros e que fica em frente ao inusitado Jardim de Capins, que me surpreendeu pela beleza e pela explicação de estar ali: formam a mais importante família botânica, pois são a base da alimentação humana e animal.

Labirinto Clássico
Um dos mais bonitos jardins é o Jardim Árido, plantado no lugar mais ensolarado do Parque, com cactos, plantas suculentas e outras plantas que não necessitam ser regadas constantemente. E, apesar de árido, ao seu redor é possível ver lindas flores coloridas. Mas com certeza os labirintos sãos os jardins que mais chamam a atenção. O Labirinto de Grama foi criado pelos celtas (século IV a.C.) e usado na Antiguidade como lugar sagrado e esotérico, representando o Ser interior e  a renovação, além de ser uma forte simbologia cristã, que diz respeito à peregrinação. As crianças adoram o Labirinto Clássico, comum nos castelos da Europa. Esse do Parque é o maior do Brasil com 450 metros de área e 600 metros de corredores com paredes de 2,20 metros de altura.


Tapete Verde
Um dos lugares que mais me chamaram a atenção foi, sem dúvida, o Lago das Pontes, um lugar de beleza impressionante. Ou seria “impressionista”? Inspirado nas obras de Monet e em sua admiração pela arte japonesa, esse pedacinho do Parque exala fofura e delicadeza. As pontes em madeira sobre o pequeno lago repleto de folhas e flores nos dão a nítida sensação de que estamos dentro de uma pintura do século XIX.


Lago das Pontes



Espelho D’água é um lago que fica em uma parte mais baixa do Amantikir. O lago é cheio de plantas aquáticas e peixinhos. Sua água, dependendo do horário do dia, reflete o verde e os contornos do Parque e o céu. Bem ao seu lado tem uma escola de jardinagem rodeada por canteiros e horta paisagística. Com um banquinho de madeira cuidadosamente colocado na frente de um jardim florido, o Jardim Romântico parece ter saído de um castelo europeu. Uma ótima pedida para tirar algumas fotos com a pessoa amada. Como se os lindos jardins do Amantikir não bastassem para nos encantar, o Parque oferece um Mirante com uma bela vista do Vale do Lageado, que divide os municípios de Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí e Santo Antônio do Pinhal.

Parede de Toras
São caminhos super sinalizados e muito bem cuidados que levam o visitante a flanar pelo Parque, guiados pelo mapa ou apenas seguindo sua intuição. A cada passo, o encantamento pelas cores e formas surge à medida que avançamos pelos setores que abrigam diferentes jardins e construções, cada um com espécies de plantas e arranjos paisagísticos próprios. Mesmo em um dia nublado e em pleno outono, estação do ano onde, em teoria, as folhas caem e a vegetação perde vida, o passeio nos revelava paisagens encantadoras em cada canto que se olha. Mais do que percorrer todo o trajeto, o ideal é passear sem pressa, deixando-se surpreender por cada flor e cada folhagem dos mais de 20 jardins do Parque.



Espelho d'água
O Parque abre todos os dias da semana, e os ingressos para a visitação possuem preços diferenciados para estudantes, deficientes e terceira idade.  estacionamento gratuito para veículos. Em termos de estrutura, o Parque é muito organizado, com serviços adequados a todas as idades e condições físicas dos visitantes. A cada jardim (setor), há bancos e estruturas para sentar e apreciar a paisagem. Os sanitários existentes são limpos e bem cuidados. Há uma lojinha onde se pode comprar água, lembrancinhas, e outras coisinhas na entrada do local. Não há restrições para animais domésticos, desde que os cães estejam em guias ou no colo. Não há como andar de bicicletas ou skate no interior do Parque, sendo proibidos. Não é permitido fazer piquenique no Parque, que conta com um amplo restaurante.

Escola de Jardinagem

Lareira ao ar livre

Ruínas

Jardins de Salzburgo


sábado, 4 de junho de 2016

Campos do Jordão - Mosteiro São João

Mosteiro São João
Localizado na Cidade de Campos do Jordão, famosa por ser uma das cidades mais frias do Brasil, o Mosteiro São João é um lugar onde paz, natureza e religião imperam em perfeita harmonia, num bosque ladeado por ciprestes e ornado por belos jardins. As 29 monjas que vivem na Comunidade Monástica de São João são conhecidas como “As Beneditinas” porque elas pertencem a mais antiga Ordem Religiosa do Ocidente, fundada por São Bento, Abade. A Ordem de São Bento, tradicionalmente, é conhecida pelo lema “Ora et Labora”, ou seja, Reza e Trabalha, então conforme a tradição monástica os monges vivem de seu próprio trabalho.

Mosteiro São João

Mosteiro São João
O Mosteiro foi fundado em 1964 pela Reverendíssima Madre Margarida Hertel e mais 17 irmãs vindas de Uberaba, Minas Gerais. A Crônica do Mosteiro de São João, em Campos do Jordão, escrita pela Reverendíssima Madre Margarida Hertel, sob o título “A História da Pequena Semente” tem início em maio de 1964 e registra em português e alemão os momentos mais relevantes da história da fundação. Historicamente, Madre Margarida ao longo de sua vida demonstrou sempre o dom de unir as irmãs, tomando a comunidade sob sua orientação, forte no espírito fraterno. Sua principal característica é a procura de Deus, que acontece de modo diverso: na recitação do Ofício Divino, na meditação da Sagrada Escritura, na vivência da caridade fraterna e acolhimento das pessoas como presença do próprio Cristo.

Os belos arcos do Mosteiro São João
Madre Margarida nasceu em fevereiro de 1903 em Estrasburgo, Alemanha, e recebeu no batismo o nome de Gertrud Franziska Felicitas. Passou, porém, sua infância e parte da juventude em Würzburg na Alemanha. Seus estudos foram feitos na Abadia de Frauenchiensee onde ingressou como postulante, após terminar o curso de Farmácia. No noviciado recebeu como padroeira Santa Margarida Maria Alacoque e em setembro de 1932 pronunciou seus primeiros votos, recebendo três anos mais tarde a Consagração das Virgens. Em 1936 foi enviada a Dinamarca com duas monjas de seu mosteiro para implantar a Regra Beneditina, no único mosteiro de contemplativas daquele país (Mosteiro de Den Evige Tilbedelses Kirke). Lá, Madre Margarida foi eleita Prioresa por unanimidade e para a surpresa da população local, de maioria luterana, conseguiu atrair inúmeras vocações. 

Janela do Mosteiro São João

A imponente porta em madeira do
Mosteiro São João
Em 1947 Dom Alexandre Gonçalves do Amaral, Bispo Diocesano de Uberaba manifestou o desejo de ter em sua Diocese um mosteiro beneditino. Madre Margarida veio para o Brasil com seis monjas e duas candidatas dinamarquesas, acompanhadas por Dom Wolfgang Czernin, do Mosteiro de Beuron. Assim, em 1948, esta semente lançada na Dinamarca chegou ao solo brasileiro para morrer e renascer, ser podada até a raiz e tornar-se uma árvore frondosa. Em setembro daquele mesmo ano o Louvor Divino foi iniciado solenemente na pequena capela da fundação cuja padroeira era Nossa Senhora da Glória. Assim, as irmãs começaram a nova vida numa casa perto da Igreja Nossa Senhora da Saúde. Esta casa atualmente abriga o Museu de Xilogravura. Era uma casa pequena, a qual tiveram que pintar e colocar janelas. No início sofreram muitas privações e frio, mas a fé não as deixava esmorecer. Para sobreviver, algumas irmãs davam aulas de línguas e outras se dedicavam aos trabalhos artísticos. A necessidade de ter uma casa maior era também incluída em suas preces.

Detalhe em ferro na decoração externa da Capela São João Batista

Capela São João Batista
Na história do Mosteiro São João, a presença dos amigos sempre significou um apoio inestimável para que a semente germinasse. Encontraram finalmente uma chácara, onde hoje se localiza o Mosteiro e ficaram encantadas com a linda propriedade, cujo preço ultrapassava o seu poder aquisitivo, além do fato de que tal compra dependia de licença dos superiores. Toda a questão relacionada à aquisição da chácara é registrada em alemão e em alguns momentos com símbolos de estenografia, como se Madre Margarida guardasse para si a angústia de ver solucionado o negócio da forma mais harmoniosa possível. No ano de 1966, a questão avançou. Uma senhora sueca, irmã de uma das fundadoras, Tilly, ajudou financeiramente. Em maio de 1968, as irmãs se mudaram. As vocações começaram a chegar em junho de 1972.

Interior da Capela São João Batista

Altar da Capela São João Batista
Em outubro de 1973, o Mosteiro São João é declarado priorado independente com noviciado próprio. Madre Margarida é eleita Prioresa. O número de vocações aumenta consideravelmente. Em junho de 1977 morre Madre Margarida Hertel deixando atrás de si três fundações e muita saudade. Em julho de 1977 durante a Visita Canônica presidida pelo Reverendíssimo Abade Presidente Dom Basílio Penido, a Reverendíssima Madre Dolores foi nomeada Prioresa para substituir Madre Margarida no governo do Mosteiro São João. Em 1981 durante a Visita Canônica julgaram os visitadores ter chegado o momento de darem-se os passos necessários para transformação do Priorado Conventual em Abadia o que de fato ocorreu. Assim, em setembro de 1981 o Mosteiro São João pôde festivamente celebrar a Solenidade da Bênção Abacial da Reverendíssima Madre Dolores Souto Maior a qual foi presidida pelo Reverendíssimo Dom Eusébio Oscar Sheid.

Imagem de Nossa Senhora da Rosa Mística

Capela Nossa Senhora da Rosa Mística
Por 23 anos Madre Dolores governou o Mosteiro. Após sua renúncia, em maio de 2001, sob a presidência de Dom Abade Joaquim de Arruda Zamith foi eleita a Segunda Abadessa do Mosteiro, Madre Myriam de Castro. A Bênção Abacial foi presidida pelo Bispo Diocesano de Taubaté Reverendíssimo Dom Carmo João Rhoden em junho de 2001. E o Mosteiro São João continua crescendo em vida fraterna, alegria, e tornando-se um foco de irradiação da vida cristã e monástica para todos que o visitam e mais além. Em 2005, o Mosteiro Von Frue Kloster, situado na Dinamarca, de onde partiram as fundadoras do Mosteiro Nossa Senhora da Glória, tinha somente cinco irmãs idosas e doentes. Necessitavam, pois, de ajuda para que o único mosteiro beneditino naquele país continuasse aberto. Assim teve início a missão que a comunidade do Mosteiro São João assumiu de resgatar a história e manter viva a vida monástica beneditina naquele longínquo país.

Vitral no interior da Capela São João Batista

Vitral no interior da Capela São João Batista
Apesar de estar localizado no centro da cidade, ao adentrar-se neste espaço sagrado tem-se a sensação de bem estar num mundo misterioso onde reinam a paz e a harmonia. As Monjas Beneditinas, consagradas ao serviço do Altíssimo se reúnem sete vezes ao dia na Igreja para cantar os louvores do Senhor em seu nome e em nome de todos os filhos de Deus. O Mosteiro é o lugar ideal para momentos de oração e reflexão e o ponto alto da visita é o famoso Recital de Canto Gregoriano que acontece todas as tardes às 17:45 horas, onde as monjas beneditinas se unem na Capela São João Batista para cantar a palavra de Deus de forma artística, em uma belíssima oração que fascina a todos os fiéis. Junto ao altar da Capela, várias imagens trazem a assinatura da freira e artista plástica, Gertrudes Marker. É dela o vitral com a Imagem de Cristo na “Passagem de Emaús”. A religiosa elaborou ainda um pelicano na porta do Sacrário (simboliza a unidade cristã) e pintou uma imagem bizantina da Mãe de Misericórdia. Todos os visitantes podem participar desses momentos de oração e de elevação espiritual unindo-se à voz do Universo e de toda a criação para glorificar o Todo Poderoso, senhor do Céu e da Terra.

Gruta Nossa Senhora de Lourdes

Gruta Nossa Senhora de Lourdes
Após passar por um estreito caminho cercado por luminárias em meio a grandes árvores, você passará por um lindo lago coberto por ninfeias e cheio de peixes e chegará ao jardim que divide espaço com o Mosteiro. O paisagismo engloba dezenas de árvores, canteiros floridos, folhagens e até um chafariz. Em frente à Capela São João Batista, há uma gruta com a Imagem de Nossa Senhora de Lourdes. Alguns caminhos levam a grutas com imagens cristãs, onde os visitantes podem desfrutar do espaço para fazer suas orações com paz e tranquilidade.

Caminho de pedra no Mosteiro São João

Caminho de pedra no Mosteiro São João

Caminho de pedra no Mosteiro São João

Caminho de pedra no Mosteiro São João
No Mosteiro funciona a Casa Santa Escolástica, que tem como finalidade colaborar com a Igreja e casas religiosas, recebendo padres, religiosos e leigos engajados, para retiros, semanas de estudo ou descanso, a fim de poderem se dedicar com todo o empenho ao serviço de Deus. A Casa, apesar de toda sua simplicidade, oferece um ambiente agradável e aconchegante a todos que ali se hospedam. Todos podem participar das orações e celebrações da comunidade e gozar de uma paisagem considerada como uma das mais bonitas da cidade. Além disso, retornam aos seus lares e trabalhos conscientes de terem vivido um encontro com Deus de Amor.

Lago no Mosteiro São João


Lago no Mosteiro São João
Desde o início de sua fundação, o Mosteiro São João dedicou-se aos mais variados trabalhos artesanais que são vendidos numa loja instalada dentro do próprio espaço. Atualmente, além dos artesanatos em pirogravura, pintura de quadros, colagem e artesanato com flores desidratadas, as monjas possuem uma boa produção e biscoitos, pães, bolos e geleias. Elas revendem também mel, vinho e variedades em artigos religiosos e lembranças. As Monjas Beneditinas realizam um trabalho social chamado “Clube das Mães”, onde as mulheres de famílias carentes aprendem artesanato e auxiliam as monjas na fabricação de doces vendidos nas lojas.



A partir da Vila Capivari, seguir sentido ao centro comercial, Vila Abernéssia, avistando o Mercado Municipal vire à direita, na avenida que leva ao Palácio da Boa Vista, passando pelo Hospital Municipal. Após siga em frente por aproximadamente 350 metros, fique atento, pois logo a frente, ao lado direito da rua, você avistará a entrada do Mosteiro São João, a poucos metros do Distrito Policial. Com certeza um passeio que você não pode deixar de fazer quando for visitar Campos do Jordão, tanto pela beleza quanto pela paz do lugar, o que torna o passeio um momento de reflexão. Mesmo no período de alta temporada, as visitas são muito tranquilas e não é necessário agendamento.