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domingo, 1 de maio de 2016

Final de Semana em Curitiba - Museu Ferroviário de Curitiba

Museu Ferroviário de Curitiba
Instalado na antiga Estação Ferroviária de Curitiba, que funcionou entre 1890 e 1985. O Museu Ferroviário de Curitiba, fundado em 1982, guarda a história da ferrovia no Paraná. Expõe várias peças históricas (mais de 600 peças) e suas instalações buscam reproduzir o antigo funcionamento da Estação. É único por possuir itens curiosos, como um grande livro utilizado para a contabilidade da antiga Estação. Nos espaços restaurados estão o mobiliário, bagageiros, fechaduras, luminárias, telefones e relógios originais, como os instalados na bilheteria e na Sala do Telégrafo. Ele é composto de uma exposição permanente de um acervo único, coletado pela Rede Ferroviária de dentro de suas estações e locomotivas.

Antiga Estação Ferroviária de Curitiba
Logo na entrada, é possível revisitar uma bilheteria, onde manequins simulam a comercialização de bilhetes e os viajantes. Inclui parte do acervo da RFFSA, como uma locomotiva a vapor do início do século XX e um vagão dormitório que serviu para hospedar o ex-presidente Getúlio Vargas. Jornais e livros constituem o acervo escrito a respeito das ferrovias, criadas para permitir o avanço tecnológico durante os ciclos do café, da erva-mate e da madeira. Os recortes podem ser consultados pelos frequentadores. É oferecido monitorias para turmas de até 20 estudantes por vez e pode personalizar a monitoria conforme o nível escolar e os assuntos que estão sendo debatidos pelos alunos em sala de aula, contribuindo para reforçar o aprendizado. 

Museu Ferroviário de Curitiba
É a preservação da memória ferroviária, que explica e justifica a história da economia paranaense e brasileira, de heróis anônimos ou não. Durante a visitação é possível, além de observar as peças em exposição, ouvir explicações sobre o desenvolvimento da malha ferroviária do Paraná. Um resgate de sua dedicação, que colocaram o Estado no rumo do crescimento. Sem dúvida, o passado dentro do futuro. O engenheiro baiano Antônio Rebouças (1839-1874) foi um dos expoentes na construção de estradas de ferro no Paraná e em outros estados do Brasil. Fez, por exemplo, os primeiros estudos para a construção da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá. Em sua homenagem, o Bairro Rebouças, em Curitiba, e o município de Rebouças, do Paraná, receberam seu nome.

Antiga Bilheteria da Estação Ferroviária
A antiga Estação Ferroviária foi construída em um terreno que ficava afastado do centro de Curitiba, na época. A Ferrovia propiciou, além do avanço tecnológico e econômico, o encurtamento das distâncias e o surgimento de uma nova classe trabalhadora ligada exclusivamente a esta atividade. Com os avanços proporcionados pelas ferrovias, a região em torno da Estação teve um rápido crescimento, com a abertura de hotéis, restaurantes e cafés. Ao longo do tempo, a Ferrovia transformou-se num espaço não apenas de viagem, mas também de trabalho profissional para, por exemplo, maquinistas, administradores, telegrafistas, vendedores de passagens, cozinheiros, mecânicos, entre outros. A partir desse desenvolvimento, a região tornou-se o ponto mais movimentado da cidade. Atualmente, o Museu Ferroviário está localizado na área central de Curitiba.

Antiga Locomotiva a vapor do início do século XX
Antes da construção da Ferrovia Paranaguá-Curitiba, a comunicação entre o litoral e o resto do território atual do Estado do Paraná era feito em condições precárias por caminhos que entrecortavam o território. Apenas em meados do século XIX foi aberta a Estrada da Graciosa, aproveitando o traçado original da antiga Estrada Colonial. Naquela época, a agricultura era prejudicada por não existir vias para o transporte adequado e eficiente da mercadoria para os portos de Antonina e Paranaguá. A Ferrovia foi inaugurada em 1917 e até 1930 era basicamente utilizada para escoar a produção de erva-mate e para o transporte dos funcionários da companhia. Foi apenas em meados do século XX que a Ferrovia passou a servir o público em geral.

Vagão dormitório
O edifício junto ao Centro Comercial "Estação" abriga o Museu da Farmácia e o Teatro de Marionetes. Hoje, o Museu faz parte das instalações do Shopping Estação. Está localizado na Avenida Sete de Setembro, no Bairro Rebouças, em frente à Praça Eufrásio Correia. O Shopping foi inaugurado em 1997 e conta com 150 lojas, dois teatros, o Museu Ferroviário, 10 salas de cinema, uma Praça de Alimentação e um dos mais completos e modernos centros de convenções da América Latina: o Estação Convention Center. O Shopping Estação fica a uns 20 minutos a pé do Largo da Ordem, ou seja, se estiver passeando pelo Centro Histórico de Curitiba e quiser dar uma passada no Shopping para um lanche ou almoço, inclua o Museu Ferroviário de Curitiba no seu roteiro.

Shopping Estação

Shopping Estação

Shopping Estação
O Museu Ferroviário de Curitiba é o tipo de programa simples e melhor, gratuito. E o bacana é justamente isto: toda a atmosfera do lugar é feita para tentar recriar o ambiente da Estação que funcionou ali um dia. Ao entrar, o visitante tem a nítida impressão de que a vivacidade da antiga Estação Ferroviária permanece. A visita é bem curta e parte do charme está justamente nisso. Entretanto, não faça malabarismo para ir lá, porque o Museu Ferroviário de Curitiba é daqueles pontos turísticos que valem a pena se você estiver com tempo e por perto. Não é permitido fotografar o acervo do Museu, apenas a entrada da Estação.

sábado, 30 de abril de 2016

Final de Semana em Curitiba - Paróquia do Imaculado Coração de Maria

Paróquia do Imaculado Coração de Maria
Acho que um dos maiores monumentos de uma cidade são suas igrejas. Elas representam a arquitetura de uma época e a cultura de um povo. Acho ainda que elas devem constar em qualquer roteiro de viagem, independente da crença do turista. Como vocês podem perceber, elas constam em todos os meus roteiros de viagem. Não poderia ser diferente em Curitiba. Desta vez fui conhecer a Paróquia do Imaculado Coração de Maria que é um templo claretiano situado no Bairro Rebouças. Em 1900, como um ato simbólico de renovação evangélica do Brasil como nação católica, o Bispo Dom José Camargo Barros celebrou, em um descampado na então pequena Curitiba, uma missa em comemoração aos 400 anos de chegada dos europeus na Terra de Santa Cruz. Nesse ato, benzeu a cruz de madeira colocada no centro do descampado, que passou, desde então, a ser conhecido como Campo da Cruz (atual Praça Ouvidor Pardinho). Na oportunidade, o primeiro Bispo de Curitiba apontou para onde hoje se encontra a Paróquia do Imaculado Coração de Maria e vaticinou que aquele local brevemente iria abrigar importante instituição religiosa.

Entrada principal da 
Paróquia do Imaculado Coração de Maria
Na Casa e Capela provisória – benzida em maio de 1908 pelo então Padre Superior José Domingos com a autorização do Bispo Diocesano Dom João Francisco Braga – a festa em homenagem ao Imaculado Coração de Maria passou a atrair a população local, a qual ainda começou a contar com a oferta dos trabalhos paroquiais, como missas e administração dos Santos Sacramentos, confissão, batismo, casamento e ensino do catecismo. A Casa dos Missionários transformou-se em um centro popular de espiritualidade católica; o trabalho era imenso para o pouco número de religiosos claretianos estabelecidos em Curitiba. A construção do Santuário Matriz do Imaculado Coração de Maria em substituição a Capela provisória começou a ser cogitada pelos claretianos imediatamente ao seu estabelecimento em 1908.

Nave da Paróquia do 
Imaculado Coração de Maria
Localizada no limite entre a área urbanizada e o rocio (bairros afastados), a região do Campo da Cruz foi sendo transformada, ao longo das décadas de 1910 e 1920, de maneira planejada, recebendo arruamento regular e sendo ocupada, principalmente, por instalações industriais e comerciais, em virtude da proximidade da estrada de ferro. A maioria da população estabelecida nesta região exercia profissões urbanas e trabalhava no centro da cidade, em atividades burocráticas, no comércio e na prestação de serviços. A devoção ao Imaculado Coração de Maria não se fez demorar em florescer entre a população curitibana e as dos lugares assistidos pelos missionários claretianos. Aos poucos, o Santuário inaugurado em 1910 tornou-se pequeno para a frequência do crescente número de fiéis e, entre os padres da Casa de Curitiba era grande o desejo de erguer um Santuário definitivo capaz de abrigar fiéis em grande número. Desde meados da década de 1910 os religiosos buscaram concretizar tal desejo contando com o apoio fundamental do então Vice-Governador do Paraná, Caetano Munhoz da Rocha. Por intermédio dessa autoridade estadual, os claretianos pediram uma planta arquitetônica do templo a ser elaborada, gratuitamente, pela Diretoria de Obras Públicas do Município de Curitiba, na época sob a direção do Engenheiro João Moreira Garcez. Enquanto o desenho do templo era planejado, os religiosos iniciaram um depósito no Banco da Província Claretiana com o intuito de criar fundos financeiros para o andamento da obra.

Confessionário da Paróquia do Imaculado Coração de Maria

Pia Batismal da 
Paróquia do Imaculado Coração de Maria
O lançamento e a pedra fundamental do Santuário ocorreram no dia do Imaculado Coração de Maria em 17 de agosto de 1917. Os alicerces do templo tornaram-se visíveis no terreno em meados de 1919, conformando o edifício no formato de cruz latina com 12 metros de largura na nave única e 40 metros de comprimento até o altar-mor. O Santuário foi inaugurado quatro anos depois, em dezembro de 1922. Em março de 1923 a ocorrência de um incêndio no Santuário do Imaculado Coração de Maria, três meses após a inauguração do templo, surpreendeu os religiosos e fiéis. Segundo a crônica da Casa de Curitiba, o fogo consumiu todo o altar-mor, feito em madeira e que abrigava a Imagem do Coração de Maria, vinda da Espanha, além das imagens de São José e de Santo Antônio que se encontravam nos nichos próximos.

Altar-Mor da Paróquia do 
Imaculado Coração de Maria
A ajuda financeira de alguns benfeitores, além das doações coletadas na Festa do Imaculado Coração de Maria, realizada em agosto do mesmo ano do incêndio, possibilitou a colocação de um novo altar-mor, bem como de uma nova Imagem do Coração de Maria, que tomou posse do seu trono em fevereiro de 1924. No desenho da fachada do templo, de autoria de João Moreira Garcez constavam vitrais no corpo principal e na torre maior, sendo esta decorada com relógio e aquela encimada pela Imagem do Imaculado Coração de Maria. No final da década de 1920, alguns anos após a inauguração do templo, e apesar da manutenção do formato original do edifício, ele não foi dotado dos vitrais, espaço esse preenchido por tijolos. Além disso, as torres ganharam acabamento abobadado, diferentemente do planejado por Moreira Garcez; o relógio foi mantido e a imagem somente foi colocada no início da década de 1950 sobre a torre maior; na virada de 1940 para a década seguinte, a fachada ganhou 41 metros quadrados de vitrais importados da Bélgica, os quais foram reparados em março de 1970, a fim de substituir os que haviam se quebrado.

Capela de Nossa Senhora do Rosário
Das atividades direcionadas para a devoção ao Imaculado Coração de Maria destaca-se a das Capelinhas das Visitas Domiciliárias. Criadas em 1937 formavam nove coros compostos, cada um, por 30 famílias e percorriam mensalmente um itinerário pré-estabelecido dentro dos limites da Paróquia do Imaculado Coração de Maria, pioneira ao implantar as Capelinhas na Diocese de Curitiba. A visita das Capelinhas extrapolou, porém, os limites da Paróquia e, após autorização dos respectivos vigários, percorriam outras localidades, espalhando-se pela cidade. Localizada em uma região fabril, a Paróquia interagia, com os trabalhadores das principais indústrias aí instaladas por meio da Páscoa dos Operários. Tal ato era celebrado na própria Matriz do Imaculado Coração de Maria após os operários terem sido instruídos pelos membros da Ação Católica, que percorriam alguns dias antes as fábricas estabelecidas dentro dos limites paroquiais. Em virtude da deflagração da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o clero nacional instituiu, em 1943, a Páscoa dos Militares, a ser celebrada em todas as cidades brasileiras a fim de reforçar o patriotismo e oferecer consolo espiritual aos soldados em tempos de guerra. Na Paróquia do Imaculado Coração de Maria destacou-se a Páscoa dos Militares de 1946.

Capela de 
Nossa Senhora de Guadalupe
Além da prestação de serviços religiosos, os claretianos iniciaram um amplo relacionamento com os moradores da cidade, não somente daqueles que moravam ou trabalhavam nas proximidades da Casa de Curitiba, mas da sociedade curitibana em geral, em virtude do desenvolvimento de atividades diversas ofertadas pela Paróquia, como o cinema, a escola noturna para adultos, a escola diurna para crianças do jardim de infância e das primeiras séries, cujas aulas eram ministradas por professores da rede estadual de ensino, os cursos de corte e costura e da Academia Claret de Datilografia, além do atendimento aos assistidos pelo Centro Social Coração de Maria, que angariava fundos e produtos de primeira necessidade, como remédios, roupas e alimentos para distribuir aos assistidos. As funções do cinema tiveram início no segundo semestre do ano de 1940. Em 1960, o cinema foi reaberto com novos equipamentos e preços reduzidos às crianças do catecismo. A última exibição do cine paroquial foi em outubro de 1966 com a apresentação da 300ª sessão. 

Vitrais da Paróquia do Imaculado Coração de Maria

Pintura no teto da Paróquia do 
Imaculado Coração de Maria
Em 1964, o Centro Social pôs em funcionamento um Gabinete Dentário, que passou a atender, além dos assistidos do próprio Centro, os alunos da Escola Paroquial, seminaristas e demais membros da comunidade Claretiana. Porém, a intensificação dos trabalhos paroquiais na década de 1970, como a catequese familiar, os cursilhos, os grupos de jovens, etc., tornou inviável a manutenção das salas de aula e impossibilitou a renovação do contrato com a Secretaria de Educação e Cultura, resultando na transferência dos alunos para grupos escolares próximos. 






sexta-feira, 29 de abril de 2016

Final de Semana em Curitiba - Praça do Japão

Memorial da Imigração Japonesa na Praça do Japão
também conhecido como Templo Dourado de Kyoto
Curitiba é marcada pela miscigenação étnica e por um cenário repleto de pontos turísticos e culturais que homenageiam a diversidade presente na região. A presença japonesa é uma das mais significativas. A imigração japonesa no Brasil teve início em 1908, num acordo entre os governos do Brasil e do Japão. Em 28 de abril daquele ano, 781 japoneses partiram de Kobe, no Japão, a bordo do navio a vapor Kasato Maru. A maior parte dos japoneses saíram das cidades de Okinawa, Kagoshima, Fukushima e Hiroshima. Chegaram ao Porto de Santos em junho de 1908, após 52 dias de viagem. Dirigiam-se, principalmente, às lavouras cafeeiras de São Paulo e norte do Paraná. Depois desses pioneiros, milhares de imigrantes japoneses continuaram a chegar ao Brasil.

Memorial da Imigração Japonesa na Praça do Japão também
conhecido como Templo Dourado de Kyoto

Memorial da Imigração Japonesa na Praça do Japão também
conhecido como Templo Dourado de Kyoto

Portal Japonês
No Paraná, as cidades de Maringá e Londrina são as que concentram o maior número de descendentes de imigrantes japoneses. Em Curitiba, muitos japoneses chegaram a partir de 1915, estabelecendo-se, principalmente, nos bairros de Uberaba, Guabirotuba, Campo Comprido, Santa Felicidade e Araucária; permanecendo até os dias atuais como uma das principais etnias presentes na cidade. A capital paranaense possui a segunda maior comunidade japonesa do Brasil, atrás somente de São Paulo. Hoje, existem cerca de 40 mil descendentes de japoneses em Curitiba. Uma das homenagens mais importantes à etnia na capital paranaense é um logradouro localizado no Bairro Água Verde, quase na divisa com o Bairro Batel, a Praça do Japão.

Portal Japonês e os tradicionais táxis laranja de Curitiba

Antes de constituir-se um bairro, a região era formada por fazendas e chácaras, cortada por um rio esverdeado (em função de algas que formavam essa coloração) que recebeu a denominação de "Rio Água Verde", sendo assim, a localidade ficou conhecida por água verde e posteriormente "Bairro Água Verde" em decorrência deste Rio que corta a localidade. Este ribeirão hoje está totalmente canalizado. No século XIX, abrigou várias famílias de imigrantes italianos. Cresceu bastante na segunda metade do século XX. O Bairro possui como característica principal a mescla de bairro residencial e comercial, localizado próximo ao centro de Curitiba. O Bairro Água Verde juntamente com os bairros do Batel, Bigorrilho, Portão e Jardim Social, formam os cinco bairros mais nobres de Curitiba. É, sem sombra de dúvidas, um bairro que chama muita atenção por sua beleza, garantida com ruas arborizadas e casas antigas – pertencentes a moradores que vivem há anos no bairro.


Totem em Homenagem à Colônia Japonesa em Curitiba

Totem em Homenagem ao Japão
O projeto da Praça do Japão foi iniciado em 1958 e concluído em 1962. Uma reforma, em 1993, incluiu o Portal Japonês, o Memorial da Imigração Japonesa, a Biblioteca Municipal da Praça do Japão, onde estão disponíveis publicações em japonês, a Casa de Chá, e ganhou a Casa da Cultura, onde é possível conhecer as dobraduras de papel (origami), da arte floral (ikebana) e dos poemas de três versos (haikai). Em uma área arborizada de 14 mil metros quadrados, existem espalhados pela Praça 30 cerejeiras enviadas do Japão pelo Império Nipônico e seis lagos artificiais nos moldes japoneses. O Buda no centro do lago marca a irmandade entre CuritibaHimeji e transmite a paciência e arte dos japoneses no Brasil, desde 1908. A Estátua do Buda foi vítima de vândalos que a derrubaram e quebraram. Três grupos coordenaram a recuperação: a Comunidade Zen-Budista, o Grupo Tibetano Dorje Ling e o Grupo Ciência Meditativa. Em 1997 foi implantada a maquete do Castelo de Himeji no local.

Um dos lagos da Praça do Japão

Um dos lagos da Praça do Japão

Um dos lagos da Praça do Japão

Lanterna Japonesa
A lanterna esculpida em pedra foi doada pela Assembleia Legislativa de Hyogo, região japonesa coirmã do Paraná, em 1979. A lanterna é um símbolo tradicional nos jardins japoneses. A Praça do Japão também é tradicional por sediar importantes eventos e uma variada programação relacionada à cultura nipônica. Curitiba possui muitos eventos relacionados ao país do “Sol Nascente” como Hana Matsuri (festivais com música, apresentações de arte marcial e Tayko e muita comida), e exposições. Como vocês devem imaginar, esses eventos ficam sempre lotados.

Estátua do Buda

Estátua do Buda
Praça do Japão fica entre as avenidas Sete de Setembro e República Argentina, e o Memorial fica aberto de terça a domingo, das 9:00 às 12:00 horas e das 14:00 às 18:00 horas. A Praça é sempre merecedora de um olhar carinhoso por parte dos moradores e visitantes, um recanto retratado em inúmeros cartões postais da cidade. A Biblioteca Hideo Handa funciona de segunda a sexta, 9:00 às 18:00 horas (fechando durante o almoço); e sábados, das 9:00 às 13:00 horas, e a loja de artesanato japonês, que apresenta variados tipos de souvenires e artesanatos típicos do Japão, abre diariamente, das 10:00 às 17:00 horas. Às quintas-feiras na parte da manhã tem uma feirinha orgânica, que faz parte do Circuito das Feiras Orgânicas de Curitiba.

Pergolado na Praça do Japão

Praça do Japão

Escultura "A Paz" do artista Baku Inoue
A Praça não faz parte da Linha de Turismo da cidade, mas se você tiver um tempinho sobrando recomendo a visita. Para chegar até lá é super simples. Muitas linhas de ônibus passam perto da Praça, incluindo o famoso biarticulado, aquele ônibus enorme que para nas estações-tubo. E, quem estiver hospedado na região do Batel, pode ir andando (foi o que fiz). É uma caminhada bem tranquila e o percurso em si também é bem bonito. Para quem gosta de pedalar, tem uma ciclovia que passa na frente da Praça.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Final de Semana em Curitiba

Bairro Batel
Meu marido tinha que fazer uma viagem a trabalho em Curitiba, no Paraná e me convidou para ir com ele, assim passaríamos o final de semana na cidade. Foi tudo em cima da hora, então não tive tempo para fazer um dos meus famosos roteiros e quando cheguei lá me deparei com muita coisa bacana que eu não esperava. Para quem está procurando viajar pelo Brasil, mas tem pouco tempo para apreciar um dos destinos mais procurados do país, a cidade de Curitiba oferece uma boa infraestrutura para turistas de todos os gostos, que pode ser apreciada em apenas um final de semana. Apesar de sua vocação turística, Curitiba tem uma estrutura mais voltada aos visitantes que vão à cidade a trabalho. Mas o que parece ser um problema pode ser uma solução: se nos dias de semana a hotelaria fica lotada com o turismo de negócios, ela se esvazia aos sábados e domingos – ótimos dias para conseguir um desconto nas diárias. A trabalho ou a passeio, é um prazer descobrir que existe uma grande capital brasileira que funciona tão bem.

Bairro Batel

Bairro Batel

Hotel Bristol Brasil 500
Quem gosta de praticidade deve escolher um hotel no Centro ou, melhor, no Batel. Assim, ficará mais fácil se deslocar pela cidade, caso você não esteja de carro. Hospedamo-nos no Hotel Bristol Brasil 500, um flat localizado em uma região privilegiada da cidade, no requintado Bairro Batel. O hotel apresenta em sua decoração elementos que homenageiam os 500 anos do Brasil. O Bairro Batel, a zona hoteleira mais nova e agradável da cidade, também bastante conhecido por ser o segundo centro de Curitiba, é um bairro residencial, mas possui uma grande variedade de lojas, três grandes shopping centers e muito o que fazer. Batel é o bairro com o maior número de baladas em Curitiba – tem várias “chiquezinhas”, e milhões de opções de sertanejas. Aliás, o hotel fica em frente ao Shopping Curitiba, é só atravessar a rua. Uma excelente opção para começar o roteiro em Curitiba. Decidi fazer um passeio nas imediações do hotel onde nos hospedamos, pois na sexta-feira estaria sozinha. Fiz um longo roteiro a pé por Curitiba, que durou do começo da manhã até o final da tarde, bem tranquilo, sem pressa.

Decoração na entrada do Hotel Bristol Brasil 500

Decoração na entrada do Hotel Bristol Brasil 500

Arquitetura das casas em Curitiba
Sentir-se em casa em Curitiba não é difícil. Já estive outras vezes na cidade, não me canso de Curitiba, portanto já conheço a maioria de suas atrações turísticas. Quem quiser saber mais um pouco pode conferir meu post Férias de Fim de Ano. A capital do Paraná tem muitos atrativos que vão além do mundialmente conhecido Jardim Botânico. Apesar do espaço realmente valer a visita, existem outros lugares bacanas para conhecer em Curitiba, uma das melhores cidades para se viver no Brasil. Fazendo algumas curvas além da rota turística, dá para curtir passeios diferentes dentro da metrópole, que se revela bastante multicultural, unindo nações com a grande imigração de europeus e asiáticos. No charme das construções e na gastronomia, o visitante sente a forte influência cultural da imigração europeia – italiana, polonesa, ucraniana e alemã.

Jardins bem cuidados nas ruas de Curitiba

Câmara Municipal de Curitiba

Curitiba é a capital mais verde do país, é surpreendente como a natureza está presente na cidade grande e o tanto de parques lindos que existem. Fora que toda a cidade é limpa e organizada, quase não vi lixo nas ruas, como vemos normalmente em outros lugares. Graças a isso, algumas das principais atrações estão relacionadas diretamente com a natureza, com arborização e amplos espaços que se destacam pela sua arquitetura. Curitiba é uma das cidades urbanamente mais desenvolvidas do Brasil. É verdade que nos últimos tempos ela deixou de ser uma “cidade-modelo”. Nunca tinha visto tanto “sem teto” morando nas ruas da cidade como vi dessa vez. Muito triste!!!


Câmara Municipal de Curitiba