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terça-feira, 3 de maio de 2016

Final de Semana em Blumenau - Parque Ramiro Ruediger

Parque Ramiro Ruediger em Blumenau
Quando se fala em Blumenau logo vem à mente a maior festa alemã do Brasil – a conhecida Oktoberfest. Mas além dela, a cidade tem outros atrativos que muita gente não conhece. Cerca de 60% do território da cidade é de área rural, com mais de 300 quilômetros quadrados de mata, cortada por ribeirões e cercada de espécies importantes de fauna e de flora. Blumenau é muito conhecida pelo cultivo da cultura germânica, mas também chama a atenção por suas belezas naturais. Blumenau é famosa por causa de seu clima europeu, e um dos motivos por ser tão visitada são os lindos parques que ficam situados dentro da cidade.

Escultura no Parque Ramiro Ruediger

Lago no Parque Ramiro Ruediger
Localizado no entorno do Parque Vila Germânica, o Parque Ramiro Ruediger é considerado um importante ponto turístico de Blumenau e chama a atenção de visitantes e moradores locais. O lugar já foi chamado várias vezes de “Central Park Brasileiro“, por causa do seu vasto gramado e um lago que possui um tamanho consideravelmente grande. Sua infraestrutura é muito boa se comparado aos demais parques brasileiros. Blumenau também é conhecida por causa dos grandes eventos que acontecem na cidade e, o Parque Ramiro Ruediger é um dos locais que sediam alguns eventos de caráter social e beneficentes que fazem bastante diferença.

Parque Ramiro Ruediger

Ginásio Galegão situado entre o Parque Ramiro
Ruediger e o Parque Vila Germânica
O Parque fica a 3,2 quilômetros do centro, dá mais ou menos 10 minutos de carro. O lugar possui fácil acesso e é totalmente gratuito, você não paga para entrar e usufruir dos serviços prestados. Próximo ao Parque existe um estacionamento particular e você poderá deixar o seu carro enquanto aproveita o Parque. Um detalhe importante, a saber, é que é proibido estacionar em frente ao Parque. Principalmente aos finais de semana é possível ver alguns grupos que fazem sarau ao ar livre, com música boa, poemas e poesias. O Parque Ramiro Ruediger recebe um público bastante variado, que vai desde crianças, assim como adolescentes e terceira idade. Não há nenhuma restrição de pessoas ou de vestimenta, basta ir e se divertir.

Passarela que liga o Parque Vila Germânica ao Ginásio Galegão

Parque Ramiro Ruediger
Caso um dia você pretenda viajar para Blumenauvale a pena conhecer este Parque que faz jus à fama. O lugar é perfeito para passear sozinho, com amigos ou familiares. Sabe quando você quer ir para um parque descansar, contemplar a natureza e se divertir um pouco? Pois então, o Parque Ramiro Ruediger supera as expectativas dos frequentadores. Para os amantes de paisagismo, locais frescos e que possuam um clima agradável, o Parque é perfeito. O Parque é bastante arborizado, é possível ver algumas aves se alimentando próximo ao lago. Por ter um considerável gramado, quando o tempo está favorável, muitos fazem piquenique e aproveitam de todo espaço que o Parque oferece para os seus frequentadores, afinal um piquenique no Parque em dias ensolarados é simplesmente incrível.

Área de lazer infantil no Parque Ramiro Ruediger
O Parque Ramiro Ruediger com toda certeza é um ótimo lugar para praticar esportes dos mais variados tipos e estilos. Para quem gosta de bicicleta, há uma ciclovia bem estruturada, com duas vias que facilita a transição de um lado para o outro. Já para os que gostam de futebol ou vôlei, os frequentadores contam com quadras para praticar esses esportes. Caso você esteja indo sozinho, não se preocupe, boa parte das pessoas que frequentam o Parque são receptivas e provavelmente você será convidado para participar de um jogo. O Parque Ramiro Ruediger também tem aparelhos de ginástica ao ar livre. Portanto, você poderá fazer vários exercícios funcionais que ajudam a “desenferrujar” suas articulações e manter uma qualidade de vida maior. O local foi construído focando na qualidade de vida dos seus usuários, assim podemos ver uma excelente infraestrutura. Para os amantes de skate, o Parque tem uma interessante pista de skate. A pista fez parte de um projeto chamado Viver SC que tem como objetivo reviver a cultura local e mostrar alguns trabalhos de artistas de Blumenau.

Osterbaum no Parque Ramiro Ruediger
Caso você vá visitar o Parque com crianças, saiba que o lugar tem um playground especialmente para elas. O parquinho é bem grande, com algumas opções para se divertirem enquanto os adultos ficam aproveitando as belezas naturais que o Parque tem. Alguns parques do território brasileiro não aceitam animais de estimação, já no Parque Ramiro Ruediger você poderá levar seu bichinho sem problema algum. A administração do Parque entende que a saúde do seu animalzinho está interligada com a sua e com isso eles buscam aumentar a qualidade de vida de ambos. Assim você poderá passear com seu animal de estimação todos os dias da semana.

Escultura no Parque Ramiro Ruediger
O Parque tem algumas lanchonetes que podem atender às suas necessidades. Boa parte possui um cardápio diferenciado, com opções de sucos e lanches em geral. Se você quiser tomar um café quentinho, comer um bolo mais elaborado ou algum tipo de lanche que não tenha nas lanchonetes, bem ao lado do Parque tem um café que é bastante conhecido pelos frequentadores do Parque, que se chama Café Ok. Com o passar dos anos, o Parque Ramiro Ruediger acabou recebendo alguns incentivos governamentais e com isso a sua infraestrutura melhorou, assim como o espaço em um todo.  O antigo Parque tinha apenas 23 mil metros quadrados, hoje em dia com a ampliação o lugar tem cerca de 45 mil metros quadrados. O Parque é a maior área de lazer da cidade. O Parque abre às 6:00 horas da manhã e fica até 24:00 horas, além de poder curtir durante o dia, você também poderá durante a noiteA iluminação sofreu uma reforma e hoje em dia tem vários pontos de luz e fazem com que o Parque Ramiro Ruediger seja mais seguro e agradável para se aproveitar.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Final de Semana em Blumenau - Parque Vila Germânica

Portal na entrada do Parque Vila Germânica
Este Final de Semana em Blumenau foi mais uma viagem a trabalho com meu marido. Desta vez fomos ao Festival Brasileiro da Cerveja, evento de maior prestígio no mercado cervejeiro do país e principal da América Latina, realizado no Parque Vila Germânica, localizado no Bairro da Velha, na zona oeste de Blumenau, Santa Catarina. O Festival é a reunião das principais cervejarias do país, dos melhores sabores, aromas e harmonizações. Cervejeiros, especialistas e consumidores degustam mais de 700 rótulos e aproveitam uma rica programação artística e cultural, palestras e ótima gastronomia. A Feira Brasileira da Cerveja acontece paralelamente ao Festival.

Prefeitura de Blumenau

Arquitetura enxaimel
A região onde se localiza um dos pontos mais turísticos e procurados e um dos mais belos espaços de Blumenau, o Parque Vila Germânica, ficou conhecida por Velha, cujo nome remonta a 1838, por existir uma velhota (uma senhora de idade bastante avançada), que morava às margens do ribeirão, que também recebeu o nome de Velha. Alguns historiadores também apresentam a versão de que existia uma família de cognome Velha, antes da criação da Colônia Dr. Blumenau. Hospedamo-nos através do Airbnb em uma casa de madeira típica da região, bem próxima ao Parque Vila Germânica, dava para ir a pé ao Festival.


Lojas no Parque Vila Germânica
Chamada de “pequena Alemanha”, Blumenau foi fundada em 1850 pelo químico e farmacêutico alemão Hermann Bruno Otto Blumenau, que chegou em um barco via Rio Itajaí-Açu acompanhado de outros 17 colonos compatriotas. Este desembarcou à Foz do Ribeirão Garcia em setembro de 1850 e dividiu a gleba em lotes para que os colonos pudessem edificar suas moradias, majoritariamente casas feitas com a técnica enxaimel. O intervalo ocupado entre a Foz do Ribeirão Garcia e a Foz do Ribeirão Velha definiu o centro da cidade. É a terceira cidade mais populosa do Estado de Santa Catarina. O município de Blumenau está localizado no chamado Médio Vale do Itajaí ou Vale Europeu e a influência germânica se mantém até hoje nos costumes, nas edificações e na principal festa da cidade, a Oktoberfest. Capital Brasileira da Cerveja e casa da maior Oktoberfest do mundo fora da Alemanha, Blumenau atrai cada dia mais visitantes em busca do turismo cervejeiro de qualidade e bons chopes especiais. A cidade já transformou a bebida, que é paixão nacional, em rota oficial.

Museu da Cerveja

Uma das ruas do Parque Vila Germânica 
decorada para a Páscoa
Uma cidade que combina, ao mesmo tempo, muita tradição e modernidade. Blumenau conta com um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. Blumenau divulga o Vale da Cerveja como uma das principais atrações turísticas de Santa Catarina, uma rota com cerca de 100 quilômetros de extensão, que inclui as cidades de Apiúna, Blumenau, Gaspar, Ibirama, Indaial, Pomerode e Timbó, que também se especializou na produção de cerveja. A cidade destaca-se também pela produção têxtil, abrigando fabricantes de grandes marcas de roupas, metalúrgica, mecânica e informática, além disso, as construções típicas, os restaurantes e a rica gastronomia são outros atrativos do município. Visitar Blumenau é estar em contato direto com a cultura germânica, que se mostra não só nos canecos de chope, mas também na culinária típica e na arquitetura enxaimel, ainda presente em alguns pontos da cidade.


Área para diversão infantil no Parque Vila Germânica
A região, colonizada por alemães na metade do século XIX e depois por italianos e poloneses, respira a cultura europeia. Ao percorrer o Centro de Blumenau, especialmente a Rua XV de Novembro, ainda é possível ver alguns prédios inspirados no estilo enxaimel, porém pouco resta das edificações antigas e originais da cidade. Blumenau oferece um turismo fácil e sem grandes obrigações a cumprir. A cidade é pequena e pode tranquilamente ser percorrida em um ou dois dias. E caso você faça parte da enorme turma que busca Blumenau pela Oktoberfest, então é melhor se organizar com alguns meses de antecedência. Capriche no figurino germânico, compre uma bela caneca e prepare-se para uma maravilhosa maratona de bons chopes regados a grandes doses de felicidade. Durante o evento, há apresentações de grupos folclóricos, competições de chope no metro e tiro ao alvo, parque de diversões e desfiles. A cidade também abriga a única escola de ensino superior sobre a cerveja e o malte da América Latina, além do Museu da Cerveja, fundado em 1996 e que recebe hoje 50 mil turistas por ano. 

Rua XV de Novembro

Parque Vila Germânica
Denominada de FAMOSC nos anos 1960 e 1970 e de PROEB nos anos 1980 e 1990, o atual Parque Vila Germânica é até hoje palco de grandes festas, feiras e eventos marcantes. Construído e projetado para grandes acontecimentos, contempla um amplo Centro de Eventos composto de quatro setores. Trata-se de um complexo de arquitetura de inspiração europeia, que dispõe de restaurantes, diversas lojas de souvenires que capricham nas canecas de chope dos mais variados modelos e tamanhos, com produtos regionais e artesanato típico, aberto ao público o ano inteiro. São 26 mil metros quadrados de área construída, com espaços climatizados. Neste ambiente são realizados eventos de todos os tipos, porém, os que mais se destacam, são aqueles que trazem consigo a cultura e a tradição dos colonizadores, como a Oktoberfest, a Osterdorf – Vila de Páscoa, a Weihnachtsdorf – Magia de Natal, o Festival Brasileiro da Cerveja e a Festitália (realizada pelo núcleo italiano da população). Réplica de uma vila alemã, com direito a casinhas em estilo enxaimel, tem duas alamedas com choperias, restaurantes de comida típica e lojas. Só a ida ao local vale a visita, mesmo que não vá almoçar e/ou fazer compras. A visita ao Parque Vila Germânica é uma das coisas mais legais a se fazer em Blumenau, um passeio obrigatório. Mas, o mais bacana é que a Vila fica aberta o ano inteiro para o turista aproveitar além das atrações programadas.

Parque Vila Germânica
O destaque turístico da cidade é sua Oktoberfest, criada em 1984 para elevar o ânimo da população que havia acabado de suportar duas das maiores enchentes da história de Blumenau. Inspirada na Oktoberfest de Munique, a versão de Blumenau é a maior festa de cultura alemã do Brasil. Entre os principais locais de lazer está a Rua XV de Novembro, onde acontecem os desfiles da Oktoberfest e o Stammtisch, além das paradas cívicas na data de aniversário do município (2 de setembro), e. alguns dias depois, no Dia da Independência. O turismo ecológico perpassa museus como o Museu de Ecologia Fritz Müller, que funciona na antiga casa do cientista, e o Museu da Água, onde pode-se ver todo o processo de despoluição da água captada do Rio Itajaí-Açu. Há também parques ecológicos como o Parque Nacional da Serra do Itajaí, com trilhas que percorrem áreas remanescentes de Mata Atlântica – além do último abranger um dos pontos culminantes de Blumenau, o Morro Spitzkopf.

Turistas no Parque Vila Germânica
A Capital Nacional da Cerveja possui diversas fábricas de cervejas artesanais, sendo a pioneira no país na produção da bebida. Há, na cidade catarinense, cerca de 120 produtores artesanais da bebida, que é estrela de grandes eventos sediados no local. O tour pelas fábricas da cidade é uma das atividades mais importantes a se fazer em Blumenau e você precisará organizar um roteiro para conhecê-las. A gastronomia catarinense é um dos destaques de Blumenau. Aproveite a sua ida à Blumenau para provar diversos pratos típicos da culinária alemã como Spätzle, Entrevero, Eisben, Kassler e Marreco Recheado. A deliciosa culinária local ainda conta com queijos, linguiças e pães de cervejas artesanais. É possível participar de diversos eventos ao longo do ano e comer comidas da culinária alemã, que são tradicionais em todo o Estado. Fora das festas, há diversos restaurantes na cidade que servem as comidas típicas do Estado.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Santa Catarina - Penha

Praia Armação do Itapocoroy
Penha é um município brasileiro do Estado de Santa Catarina. Na região que deu origem aos índios Carijós, o início do povoado foi a construção da Capela São João Batista, em 1759, na localidade chamada de Itapocoroy (derivado de “Itapocorá”, que em Guarani significa “parecido com um muro de pedra”). A cidade de Penha é o cenário ideal para momentos de lazer, diversão e descanso. A cidade possui o título de “Capital Nacional do Marisco”, pois as principais comidas típicas da cidade são o marisco, a lula e a estrela do mar. A cidade é uma das principais criadoras de mariscos do país e seus restaurantes apresentam pratos saborosos e diferenciados. Recomendo o Restaurante Pirão d’Água, especializado em culinária açoriana, à base de frutos do mar, pirão e banana frita. 

Capela São João Batista
A região de Penha teve a colonização iniciada no século XVIII a partir da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis), por pescadores portugueses – a maior parte deles açorianos - fugindo dos invasores e que procuravam novos locais para a caça e beneficiamento de baleias. A Armação do Itapocoroy tornou-se então sede na época, de uma das maiores armações baleeira do sul do Brasil. Uma nova comunidade, criada a seis quilômetros da Armação por moradores deslocados de núcleos de Itapocoroy, teve progresso suficiente para ser elevada à categoria de Freguesia em 1839, com o nome de Freguesia de Nossa Senhora da Penha do Itapocoroy. No século XIX a caça da baleia entrou em crise e foi substituída pela pesca artesanal e comércio rudimentar como subsistência.

Restaurante Pirão D'Água





Seu desenvolvimento turístico teve início na década de 1970 quando uma nova fase do município começou a ser vivida com a instalação do Beto Carrero World – segundo maior parque temático do mundo, sendo nacionalmente conhecida por isso. O maior parque temático da América Latina recebe cerca de 300 mil pessoas no verão - são crianças e adultos que chegam em busca de diversão, adrenalina e belos espetáculos. O rebuliço começa antes mesmo de se chegar ao local - da estrada, avista-se os contornos dos brinquedos, como as montanhas-russas, e dos palhaços gigantes

Beto Carrero World
Além do parque, Penha capricha quando o assunto é praia. Sua extensa e bela faixa de areia faz do balneário o principal meio de lazer diurno dos moradores e milhares de turistas que procuram a região para relaxar. São 31 quilômetros de orla marítima e 19 praias propícias para diversas formas de lazer: surf, pesca, banho de mar, esportes na areia e com trilhas ecológicas. As águas calmíssimas da Prainha e da Praia Alegre convidam ao banho e à prática de esportes náuticos. Já os surfistas marcam presença nas do Quilombo, Grande e Vermelha, que oferecem boas ondas, assim como a bela e deserta Praia do Lucas

quarta-feira, 23 de março de 2016

Santa Catarina - Joinville

Portal da cidade
Joinville é um município localizado na região nordeste do Estado de Santa Catarina. É o município mais populoso do Estado, à frente da capital Florianópolis e o terceiro da Região Sul. A cidade possui um elevado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os municípios brasileiros, ocupando a 21ª posição nacional e a quarta entre os municípios catarinenses. Joinville ostenta os títulos de “Manchester Catarinense”, “Cidade das Flores”, “Cidade dos Príncipes”, “Cidade das Bicicletas” e “Cidade da Dança”. É ainda conhecida por sediar o Festival de Dança de Joinville, a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e o Joinville Esporte Clube. Além da língua nacional, o português, outros idiomas originados na Europa são falados por alguns moradores e integrantes da população joinvilense com um pouco mais de idade: dentre eles, o alemão e o italiano.

Moinho na entrada da cidade
Os registros dos primeiros habitantes da região de Joinville datam de 4.800 a.C. Os indícios de sua presença encontram-se nos mais de 40 sambaquis e sítios arqueológicos do município. O homem de sambaqui praticava a agricultura, mas tinham na pesca e coleta de moluscos as atividades básicas para sua subsistência. Índios Tupis-guaranis (especialmente Carijós) ainda habitavam as cercanias quando chegaram os primeiros imigrantes europeus. No século XVIII, estabeleceram-se, na região, famílias de origem portuguesa, com seus escravos negros, vindos provavelmente da Capitania de São Vicente (hoje Estado de São Paulo) e da vizinha cidade de São Francisco do Sul. Adquiriram lotes de terra (sesmarias) nas regiões do Cubatão, Bucarein, Boa Vista, Itaum, Morro do Amaral e aí passaram a cultivar mandioca, cana-de-açúcar, arroz e milho, entre outros produtos.

Museu Nacional de Imigração e Colonização




O primeiro nome da cidade foi Colônia Dona Francisca, cuja história se iniciou quando a princesa Francisca de Bragança, irmã de Dom Pedro II do Brasil, casou-se em 1843 com o príncipe francês François Ferdinand Phillipe, recebendo este o título de Príncipe de Joinville. O nome da cidade foi mudado para Joinville, em homenagem ao príncipe, que recebeu aquelas terras como presente de casamento. Uma residência de verão foi construída para abrigar o príncipe e a princesa de Joinville, com um caminho de palmeiras em frente à casa. Entretanto, nenhum dos dois chegou a conhecer a cidade. Em 1848, o casal negociou as terras, pelo menos em parte, com a Sociedade Colonizadora Hamburguesa, pois o pai de François, o Rei da França Louis Felipe havia sido destronado e a família encontrava-se em dificuldades financeiras. A casa que foi construída para os príncipes atualmente é o Museu Nacional de Imigração e ColonizaçãoPalácio dos Príncipes de Joinville, e a via à sua frente tornou-se a Rua das Palmeiras, hoje ponto turístico da cidade.

Joinville vista do Mirante do Morro da Boa Vista
O empreendedorismo dos imigrantes alemães, suíços e noruegueses deu continuidade ao seu crescimento, tornando Joinville uma das maiores potências da região. A malária, doença desconhecida na Europa, foi causa de morte de muitos dos destemidos colonizadores. Porém, a imigração andou para frente de qualquer maneira com a chegada de novas levas de alemães e Joinville progrediu muito devido a isso e em 1858 se elevou à categoria de Freguesia. A cidade foi criada ao mesmo tempo em que Blumenau (segunda metade do século XIX), com grupo étnico igual ao da sua cidade contemporânea. O povo alemão, que veio de uma região com baixas temperaturas para um país com temperaturas elevadas, impôs sua determinação na construção da cidade conhecida pela sua população trabalhadora e pelas indústrias metalmecânica, de tecidos, de alimentos, softwares, eletrodomésticos, computadores, máquinas etc. Se a agricultura era a fonte de renda que predominava nos primórdios de Joinville, na atualidade mais de 100 indústrias do município são a sua principal atividade econômica.

Mirante do Morro da Boa Vista
O Rio Cachoeira passa pelo centro da cidade e desemboca na Baía de Babitonga. O município ainda conta com extensas áreas de manguezais. A cidade é em geral plana, situando-se ao lado da Baía de Babitonga – um dos atrativos naturais do município, ocorrendo algumas elevações conforme se vai afastando. Há montanhas elevadas em torno da cidade. A área em torno do Rio Cachoeira é quase toda urbanizada, mantendo alguns manguezais preservados. O ponto culminante é o Pico Serra Queimada, com 1.325 metros de altitude, na Serra Queimada. A vegetação em torno da cidade e nos morros em sua área urbana é constituída por remanescentes da Mata Atlântica. O Mirante, localizado no topo do Morro da Boa Vista, poucos quilômetros depois do Parque Zoobotânico, com 250 metros de altura, é uma das principais atrações da cidade. Ao subi-lo, é possível desfrutar a visão magnífica de toda a cidade, inclusive da Baía da Babitonga. Dá um medo danado, porque a estrutura toda balança com o vento.


Casa em estilo enxaimel
A cidade de Joinville, como todo o Estado de Santa Catarina, apresenta clima subtropical. Entretanto, devido a sua baixa altitude média, praticamente no nível do mar, apresenta, em média, temperaturas mais elevadas do que o interior catarinense, principalmente nas regiões de maior altitude do Estado. O mês mais quente é janeiro, com temperaturas médias em torno de 25º C (no entanto quando estivemos lá, em janeiro de 2008, o calor era infernal), e o mês mais frio é julho, com temperaturas médias em torno dos 17º C. A cidade sofre constantemente com enchentes. A pior foi a de 2008 (logo após termos saído da cidade, sorte!!), quando muitos rios subiram e só começaram a baixar uma semana depois. O Centro também sofre alagamentos corriqueiros, como, por exemplo, quando ocorre chuva de verão muito violenta. Os alagamentos acontecem devido à combinação chuva e maré alta que alteram o volume dos rios na área central.

Rua das Palmeiras
O patrimônio cultural, ainda preservado, permite a convivência harmoniosa entre o passado e o presente. No patrimônio arquitetônico, destacam-se as construções que mesclam as influências dos imigrantes com as adaptações necessárias ao local. Casas autênticas em enxaimel, centenárias, ainda podem ser vistas no centro, nos bairros e na área rural. Casarões do século XX chamam a atenção pela angulação dos telhados, em "V". Antigas fábricas ainda preservam suas grandes chaminés, como marcos do desenvolvimento da cidade com vocação industrial. Joinville possui tanto turismo natural quanto cultural, representado principalmente pelos museus, tais como o Museu de Arte de Joinville, Museu Nacional de Imigração e Colonização, Estação da Memória, Museu Casa Fritz Alt, Museu da Bicicleta de Joinville, Galeria de Artes Victor Kursancew, Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville e Casa da Memória.

Museu de Arte de Joinville
O patrimônio arqueológico é outro destaque, já que existem mais de 40 sambaquis no município, sendo 10 deles em área urbana. O Museu Arqueológico de Sambaqui é referência internacional no assunto, já que conserva em seu acervo mais de 20 mil peças. Um sambaqui preservado pode ser visitado no Parque Municipal da Caieira, uma área de preservação permanente junto à Baía da Babitonga, que integra manguezais, Mata Atlântica, sítios arqueológicos e ruínas da antiga fábrica de cal, que utilizava os "casqueiros" dos sambaquis como matéria-prima.

Estação da Memória
Como patrimônio imaterial (ligado aos saberes e fazeres), o destaque é a culinária. A cachaça, o melado, os produtos coloniais e a culinária colonial típica, principalmente suíça e alemã, ainda resistem aos processos de industrialização. As confeitarias da cidade - uma atração cultural à parte - são reconhecidas por suas tortas, cucas e pelo apfelstrudel (torta de maçã). Existe em Joinville a Praça dos Suíços, em homenagem a expressiva imigração suíça na cidade. Há várias fábricas de chocolate caseiro. O artesanato local é simples e com forte predominância dos artigos confeccionados com tecidos e roupas feitos à mão, pintados ou bordados. Recentemente, tem-se destacado o artesanato com fibra de bananeira, uma cultura agrícola ainda abundante no meio rural.