Mostrando postagens com marcador Catedral de Barcelona. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Catedral de Barcelona. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Barcelona - Catedral de La Santa Creu i Santa Eulàlia

Catedral de Barcelona
O que não falta na Barcelona de Gaudí são obras arquitetônicas que deixam a gente de queixo caído. A Catedral de Barcelona, também conhecida como La Seu ou a Catedral de La Santa Creu i Santa Eulàlia está no Barri Gòtic, em pleno coração da cidade. Sua presença no bairro é tão marcante que, até o início do século XX, o Barri Gòtic era conhecido como “Bairro da Catedral”, uma alusão ao papel exercido pela Catedral como centro espiritual do bairro. Dedicada a Santa Eulália e a Santa Cruz, a Catedral foi construída entre os séculos XIII e XV, sobre uma antiga catedral românica. O templo está dedicado a Santa Cruz desde o ano 599, e a partir de 877, também recebeu a advocação de Santa Eulália, quando o Bispo Frodoí localizou os restos mortais da santa e o levou solenemente à Catedral. Uma das histórias relativas à santa conta que ela foi exposta nua no fórum da cidade e que, milagrosamente, pois já era primavera, caiu uma nevasca que cobriu sua nudez. As enfurecidas autoridades romanas a teriam, então, metido em um barril com vidros quebrados e cravos e lançado o barril costa abaixo (de acordo com a tradição, trata-se da Rua Baixada de Santa Eulália, ou Costa de Santa Eulália).

Catedral de Barcelona em reforma

Catedral de Barcelona

Imponentes colunas da Catedral de Barcelona
As obras de construção da Catedral gótica se iniciaram em 1298 no reinado de Jaime o Justo, pelo mandato episcopal de Bernat Peregrino. Na primeira etapa foi construída a abóboda do presbitério. A segunda etapa foi o prolongamento das três naves que já existiam, tardando 150 anos para ficar pronta. Esta, por sua vez, foi edificada sobre uma igreja da época visigoda. A esta precedeu uma Basílica paleocristã, cujos restos podem ser vistos no subsolo, no Museu de História da Cidade. A Catedral paleocristã está documentada desde o século VI, porém supõe-se que seja mais antiga, já que a existência dos bispos de Barcelona é conhecida desde meados do século IV. A presença de uma mistura de estilos arquitetônicos, como gótico, barroco, neogótico e modernista, representam o desenrolar da história religiosa da Espanha. Desde 1929, a Catedral de Barcelona é considerada Monumento Histórico-Artístico Nacional.

Interior da Catedral de Barcelona
A Catedral de Barcelona não é a Sagrada Família. Apesar da sua grandeza e importância, ela é só uma basílica menor. Ficaram surpresos? Devido a Exposição Universal realizada em 1888 em Barcelona, as obras da Catedral foram retomadas depois de 400 anos para a realização da fachada, no mesmo estilo que o resto da Igreja. Todo mundo acha que a fachada é original, mas não é. Ela foi reformada e patrocinada por Manuel Girona, um rico banqueiro da cidade. A rica fachada da Catedral é, na verdade, seu elemento mais moderno. A grande torre pontiaguda da fachada foi construída no século XIX, ao mesmo tempo em que a fachada era reformada. A fachada principal e a torre pertencem ao estilo neogótico, embora acompanhem o desenho original de 1408. Projetada pelo arquiteto Josep Oriol i Mestres, está formada por um grande arco gótico com arquivoltas, presidida por uma escultura de Cristo, e em ambos os lados por imagens dos Apóstolos. Além destas, um total de 76 figuras, representando também profetas e reis, adornam a fachada. O zimbório (a parte mais alta e exterior da cúpula) foi terminado em 1913. No alto está Santa Helena, mãe do imperador Constantino, quem encontrou pedaços da cruz de Cristo, em Jerusalém.

Lustres da Catedral de Barcelona
A Catedral conta com cinco portas de entrada: Porta Principal, Porta de Santa Llucia, Porta de Santa Eulália, Porta da Pietá e Porta de San Ivo. A mais antiga é a Porta de San Ivo, cujo nome se deve ao edifício situado em frente, que durante muitos anos foi a Sede dos Advogados, que tem como padroeiro San Ivo. Durante cinco séculos foi o acesso principal ao templo. Realizada em mármore e pedra extraída da montanha de Montjuic, foi uma das primeiras portas em utilizar os arcos ogivais, típicos do gótico, na Catalunha (1298). No tímpano, vemos uma imagem de Santa Eulália, pertencente ao final do século XIV. A porta situa-se bem embaixo de uma das torres campanários da Catedral. Nela, vemos também um relevo, que representa a luta entre um homem e uma fera, que provavelmente procede da antiga Catedral românica, já que data do século XII.

Interior da Catedral de Barcelona
Um dos elementos mais curiosos de qualquer catedral gótica são as gárgulas e a de Barcelona possui uma grande quantidade delas. Normalmente representam seres fantásticos, e sua finalidade principal é escorrer a água das chuvas, além de espantar os maus espíritos. As mais antigas situam-se acima da Porta de San Ivo (século XIV). Segundo uma tradição popular, são bruxas que, durante a Procissão do Corpus Christi, cuspiam nos devotos, sendo castigadas a permanecerem petrificadas como figuras monstruosas, com a missão de “cuspir” a água dos telhados da Catedral. A Catedral possui duas torres campanários. Com uma altura de 53 metros, foram levantadas no final do século XIII. As torres receberam até nomes, a de Honorata e a de Eulália. Uma delas ostenta um relógio e fica sobre a Porta de San Ivo. Nesta mesma torre está o Sino Eulália que pesa três toneladas e dá sinal das horas; o Sino Honorata dá sinal dos quartos de hora.

Coro da Catedral de Barcelona
O interior da Catedral segue a linha das grandes catedrais góticas. Divide-se em três naves da mesma altura, das quais unicamente a imensa nave central, que tem o dobro de largura das laterais, acaba em uma abside. Uma série de esbeltos pilares separam as naves. Várias capelas secundárias estão distribuídas pelas naves laterais. A luz que entra pelos vitrais ilumina delicadamente o interior do templo. Os vitrais são uma grande marca da arquitetura gótica, mas em especial na Catedral de Barcelona eles possuem uma função incrível. Graças a eles, entra luz, o que ilumina a nave de uma forma diferente e linda. La Seu é uma das catedrais mais bonitas da cidade, principalmente por seu interior cheio de vitrais.

Capela de São Bernardo
Há três elementos muito valiosos na nave central. O primeiro é o coro, ricamente decorado, feito de madeira nobre, tem os brasões dos cavaleiros da Ordem do Tosão de Ouro pintados no alto das cadeiras. É possível fazer uma visita guiada ao coro. O seguinte está depois do coro em direção ao altar, onde uma grande escada desce até a Cripta de Santa Eulália. Nela estão um sepulcro do século IX e o belo sarcófago gótico, para o qual foram transferidos os restos da santa. A santa é a Padroeira de Barcelona. E finalmente o Altar-mor da Catedral, todo em mármore branco, que está apoiado em dois capitéis do século VI. O altar chama a atenção com um bonito Cristo crucificado todo em prata. Ao lado do altar também estão enterrados os condes e condessas de Barcelona.

Capela de São Marcos
O Claustro da Catedral surpreende os visitantes, não por sua beleza, mas pelos gansos. Sant Jordi (São Jorge) é o Padroeiro da Catalunha, e no Claustro da Catedral tem uma fonte de água potável comandada pelo santo. Junto ao tanque de água, o visitante encontra 13 gansos, tantos quantos os anos que tinha Santa Eulália ao ser martirizada pelos romanos. A santa era uma pastora de gansos, por isso os bichinhos ali estão. Diz a lenda que o engenheiro da Prefeitura foi excomungado pelo Bispo de Barcelona por fechar a água da fonte para fazer a manutenção das águas da cidade. Os visitantes não esperam encontrar um oásis no meio do Barri Gòtic, nem muito menos dentro dos muros de uma Catedral. As visitas massivas de turistas, em alguns meses e horários determinados, podem não colaborar para essa sensação mágica e inesperada. Durante muitos séculos era tradição enterrar no interior das igrejas as pessoas que eram benfeitoras das mesmas. Se você olhar para o chão verá que aos teus pés tem muitos túmulos, tanto de religiosos como de pessoas comuns. Manuel Girona, que foi um grande benfeitor da Catedral, está enterrado no Claustro em um bonito túmulo e um nicho só para ele.

A entrada paga na Catedral permite a visita aos telhados da mesma. Do lado esquerdo do altar, junto à Porta de Santo Ivo, perto da Capella dos Santos Inocentes, tem um elevador que leva o visitante até o telhado da Igreja. Lá no alto temos uma vista interessante do Bairro Gótico e da própria Catedral. É um passeio que vale a pena, principalmente para quem gosta de ver as cidades do alto. A Capella de Santa Llucia tem entrada exterior, bem na frente de La Casa de l’Ardiaca, e sua dedicação a Santa Luzia data de 1296, pois no começo era dedicada à Mãe de Deus, a Santa Quitéria e a todas as santas virgens. A Capela é um dos poucos exemplos que restam de arte românica em Barcelona, com o interior predominantemente gótico. No dia 13 de dezembro, festa de Santa Luzia, muitos cegos visitam a Capela.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Barcelona - Arquitetura

Casa Milà
Barcelona é a cidade mais cosmopolita da Espanha, e um dos mais movimentados portos do Mediterrâneo. Seus restaurantes, bares e clubes estão sempre cheios, assim como o seu litoral durante o verão. A arte está por toda a parte, fazendo com que a cidade seja um dos principais polos culturais do mundo. As feições de Barcelona são tão marcantes e únicas que encantam ao primeiro encontro, Barcelona é conhecida como “capital do modernismo catalão”. A cidade, na qual viveu e trabalhou o arquiteto Antoni Gaudí, conta com algumas de suas obras mais relevantes, que atraem a cada ano milhões de visitantes de todo o mundo. 

Casa Milà

Casa Milà

Teatro de Barcelona
Referida muitas vezes como lava derretida ou pulmão de pedra, a última obra secular projetada por Antoni Gaudí, a Casa Milá (popularmente conhecida como La Pedrera), não possui linhas retas. É uma arquitetura magnífica e ousada, e é o ponto culminante das experimentações do arquiteto em recriar formas naturais com tijolos e argamassa (sem falar na cerâmica e até garrafas de vidro). É um dos imaginativos projetos de casas na história da arquitetura, esta construção é mais do que uma escultura de um edifício. Esta obra-prima de Gaudí foi construída entre 1905 e 1910 para a Família Milá.






Arquitetura de Barcelona
Quando foi concluída em 1912, a construção estava tão à frente de seu tempo que a mulher que a financiou como sua casa dos sonhos, Roser Segimon, tornou-se o motivo de chacota da cidade – daí o nome ‘pedreira’. Sua fachada ondulada levou o pintor local Santiago Rusiñol a dizer, ironicamente, que uma cobra seria um animal de estimação mais adequado para os moradores do que um cão. Mas La Pedrera se tornou um dos edifícios mais queridos de Barcelona, ​​e é adorado pelos arquitetos pela sua extraordinária estrutura: ele é sustentado inteiramente por pilares, sem nenhuma parede principal, permitindo que a luz natural entre em cheio pelas janelas assimétricas da fachada. O ferro forjado também está presente nas formas de varandas imitando formas vegetais. 

Correios e Telégrafos de Barcelona




Há três espaços expositivos. A galeria de arte do primeiro andar abriga exposições grátis de artistas ilustres, enquanto o espaço do andar superior é dedicado a uma apreciação mais detalhada de Gaudí: acompanhado por um guia de áudio (incluso no preço de entrada), pode-se visitar um flat modernista no quarto andar, que tem uma suntuosa suíte projetada por Gaspar Homar, enquanto o sótão, emoldurado por arcos parabólicos dignos de uma catedral gótica, mantém um museu que oferece uma visão inspiradora da carreira de Gaudí. O melhor de tudo é a oportunidade de passear no telhado em meio aos seus tubos de ventilação cobertos de trencadís: seus topos têm a forma de capacetes de cavaleiros medievais, o que levou o poeta Pere Gimferrer a apelidá-lo de “jardim dos guerreiros”. O edifício foi reconhecido pela UNESCO como "Patrimônio Mundial", em 1984.

Aduana

Arquitetura de Barcelona
Não é mesmo muito fácil ir além de Gaudí. O pai da Sagrada Família está para Barcelona assim como Niemeyer está para Brasília. Você sempre vai topar com alguma obra dele por onde quer que vá. Estando em Barcelona, respirar Antoni Gaudí é atávico e viciante. Mas, além de Gaudí, Barcelona conta com outras joias do modernismo catalão, como o Hospital de La Santa Creu i Santa Pau e o Palau de La Música Catalana, de Lluís Domènech i Montaner, ou o Palau Macaya e muitas outras obras de Josep Puig i Cadafalch. Barcelona também conta com relevantes obras pertencentes a outros estilos e períodos históricos. Dentro do período medieval, destacam-se, especialmente, as obras góticas que proliferaram em seu Centro Histórico, precisamente denominado Barrí Gótic, como a Catedral de BarcelonaSanta Iglesia Catedral Basílica de Barcelona. É uma Catedral gótica com capela romântica e um belo claustro, foi construída sobre o que foi um templo romano. Seu interior possui 28 capelas. Uma das que mais é procurada é a San Benet (São Bento, Padroeiro da Europa). 

Palau Nou de La Rambla

Casa Terrades
Saindo do Mercat de La Boqueria, atravesse as Ramblas para entrar no Barrí Gótic. De noite pode ser um bocado perigoso devido aos traficantes de droga que lá fazem negócio. Mas, de dia, este bairro lindíssimo é perfeitamente seguro. O Barrí Gótic é um emaranhado de ruas medievais escuras que se encontram em praças cheias de sol. Aos palácios e igrejas espetaculares de antigamente juntaram-se as lojas especializadas. Tudo merece uma visita lenta e descontraída. Veículos não circulam por parte das ruas desse bairro. Por isso, caminhar por ali, sem destino definido e simplesmente entrando de uma ruela em outra, é uma das atividades favoritas na cidade. A região abriga a memória da fundação da cidade pelos romanos há mais de dois mil anos. São mais de 500 construções tombadas e diversas edificações dos séculos VIII ao XV. O Arco na Carrer Del Bisbe, a principal via da cidade na época romana é um bom exemplo disso.

Casa Terrades

Museo Picasso
Nem tudo é gótico no Barrí Gótic. Essa parte de Barcelona tem construções de várias épocas, incluindo algumas ruínas do Império Romano, como o Templo de Augusto. Ao passo que no amplo Eixample os padronizados quarteirões exalam charme e vanguarda cultural. Também possui distintas amostras de arquitetura contemporânea, destacando-se o Pavilhão Alemão de Ludwig Mies van der Rohe, que foi construído para a Exposição Universal de Barcelona de 1929, assim como a Fundação Joan Miró, do arquiteto catalão Josep Lluís Sert. O Museo Picasso apresenta inúmeras obras e é especialmente forte em sua Fase Azul com lindas telas e cerâmicas a partir de 1890. O segundo andar apresenta obras de Barcelona e de Paris a partir de 1900-1904, com muitas obras  de influência impressionista. A Casa Terrades é um bloco de apartamentos hexagonal, foi apelidado de Casa de lês Punxes (Casa das Pontas), pois possui agulhas em suas torres em formato de chapéu. 

Arquitetura de Barcelona