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domingo, 20 de março de 2016

Tour pelo Sul do Brasil - Santa Catarina

Blumenau
Depois de alguns dias em Curitiba, no Paraná, era hora de descer mais um pouco. O próximo destino seria Florianópolis em Santa Catarina. Em Florianópolis, a hospedagem foi em casa de parentes na Praia de Jurerê. Jurerê é uma praia situada no norte da Ilha de Santa Catarina, no bairro nobre do mesmo nome, entre as praias de Canasvieiras e do Forte de São José da Ponta Grossa. São dois mundos, divididos por uma linha imaginária. Do lado direito, hotéis, pousadas, casas de veraneio e frequência predominante de famílias. Do esquerdo, Jurerê vira Internacional e ganha ares de Miami Beach - um bairro planejado, com mansões milionárias e desfile de carrões. O pedaço é o epicentro do luxo em Florianópolis, sede de descolados beach lounges onde, no verão, as festas fervem regadas a espumante e ao som de batidas eletrônicas. Considerada a praia mais sofisticada da Ilha de Santa Catarina, Jurerê Internacional tem um público mais exigente, que busca diversão aliada ao conforto. 

Pomerode
Na praia, no entanto, Jurerê continua com um cenário único: mar calmo e limpo, faixa estreita de areia e boa estrutura de barracas. A temperatura das águas é morna durante o verão. A praia tem uma extensão de, aproximadamente, 3,2 quilômetros com faixas de areia que variam entre seis e 80 metros de largura. O primeiro nome do povoado foi Praia da Ponta Grossa, em referência à formação geográfica escolhida para localizar um ponto de defesa militar da Ilha de Santa Catarina. Lá, foi erguida a Fortaleza São José da Ponta Grossa, das baterias de São Caetano e Nova do Pontal. Uma comunidade se organizou e se desenvolveu, dedicando-se à pesca, à agricultura e aos trabalhos junto ao Forte. Em 1955, uma imobiliária chamada Jurerê foi responsável pelo primeiro plano de loteamento da praia, o que causou um choque nos moradores mais tradicionais. A comunidade passou por impactos imobiliários e por grande desenvolvimento urbanístico. Empreendimentos voltados ao turismo foram concluídos e o balneário perdeu a característica de pequena vila. 

Joinville
Santa Catarina é uma das 27 unidades federativas do Brasil, localizada no centro da Região Sul do país. É o 20º Estado brasileiro com maior extensão territorial e o 11º mais populoso, além de ser o nono mais povoado com 295 municípios. As dimensões territoriais abrangem uma área maior do que Portugal ou a soma dos estados brasileiros do Rio de Janeiro e Espírito Santo e o Distrito Federal. Limita-se com os estados do Paraná (ao norte) e Rio Grande do Sul (ao sul) e a província argentina de Misiones (a oeste). Além disso, o Oceano Atlântico banha a região costeira do Estado (a leste). A costa oceânica percorre cerca de 450 quilômetros, ou seja, aproximadamente metade da costa continental de Portugal (943 quilômetros).

Beto Carrero World em Penha
O Estado de Santa Catarina tem uma área territorial repleta de contrastes; as serras estão contrapostas à costa de lindas praias, baías, enseadas e mais de 10 ilhas; na arquitetura, uma grande diversidade de municípios preserva as edificações características do tempo em que foi povoado. Ao passo disso, a capital, Florianópolis, é uma cidade de prédios inovadores e requintados, assinalada pela enorme existência dos jovens, dos esportes náuticos e dos campeonatos de surfe. Atualmente, visitar o Estado de Santa Catarina é uma possibilidade de entender uma característica mistura de nacionalidades, que é refletida não somente na cultura, porém, da mesma forma no patrimônio histórico. Além disso, há no Estado outras grandes atrações, como as elevadas médias térmicas do verão, as quais trazem um grande número de turistas para seus belos balneários, que se distribuem por destinos como Balneário Camboriú, uma das praias mais famosas, Bombinhas, a qual se considera a “capital brasileira do mergulho”, Itapema, Garopaba, Joaquina, Praia Mole e da Vila em Imbituba. Nesse lugar ocorre uma etapa do principal campeonato de surfe do mundo, o WCT; e o excessivo frio do inverno da Serra Catarinense com intensas geadas, de vez em quando seguidas de neve, assegurando confortáveis e apaixonados roteiros. Os mais conhecidos da Serra são Lages e São Joaquim. Tanto no inverno como no verão, há muitas escolhas de passeios para todo o ano.

São Francisco do Sul
No Vale do Itajaí, merecendo destaque Penha, em que existe o Beto Carrero World, e Blumenau, concentram-se destinos em que o bom é o turismo de negócios. Limitando-se com Blumenau está localizada Gaspar, cidade conhecida pela Igreja Matriz e pela Rota das Águas que contém mais de nove Parques Aquáticos, o mais conhecido o Parque Aquático Cascaneia. Já o município de Timbó destaca-se pelos excelentes locais para que se pratiquem esportes radicais como o “rafting”, “canyoning” e que sejam praticados verticalmente. O município de Fraiburgo, que faz parte da Rota da Amizade, destaca-se ao cultivo da maçã, podendo ser conhecidas as várias fases desta cultura, como a floração da Malus domestica, e o plantio dos frutos. Além disso, conta com a organização que existe na Terra da Maçã para que os visitantes sejam recebidos. Sabido como um pedaço da Europa que está encravado no Sul do país, o Estado de Santa Catarina possui um dos mais altos índices de desenvolvimento econômico do Brasil, que se baseia na grande variedade de produção industrial. Possui o mais alto índice de expectativa de vida do país (empatado com o Distrito Federal), a menor taxa de mortalidade infantil e também é a unidade federativa com menor desigualdade econômica e analfabetismo do Brasil. Um importante ponto turístico é o Farol de Santa Marta, o mais extenso das Américas e o terceiro maior do mundo. 

Serra do Rio do Rastro em Lauro Müller
Tem sido crescente a movimentação turística, que vem principalmente de São Paulo e dos países da Prata para Santa Catarina. Com o fim da crise econômica nos países do MERCOSUL, parte do movimento de argentinos, uruguaios e paraguaios voltou ao proveito do turismo de verão, em cidades balneárias tais como Balneário Camboriú e Barra Velha. A mais importante concentração que atrai os turistas são os lindos balneários da Ilha de Santa Catarina, além das praias de Laguna, Balneário Camboriú, Porto Belo e Itajaí. Também atrai a zona de colonização alemã, centralizada em Blumenau, porém, abrangendo, na periferia, Pomerode e Timbó e inclusive, no extremo norte, Joinville. Os antigos habitantes dos municípios da região ergueram as históricas casas de enxaimel (caibros atravessados de modo a segurar o barro, o qual constitui as paredes). 

Ilha do Arvoredo em Florianópolis
São sediadas em Santa Catarina várias instituições culturais, podendo ser citados o Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, a Academia Catarinense de Letras e o Círculo de Arte Moderna. As principais bibliotecas são a Biblioteca Pública do Estado, a Biblioteca Pública Municipal de Estreito, as das diversas escolas da Universidade Federal (Florianópolis), a Biblioteca Pública Municipal Dr. Fritz Müller (Blumenau), a Biblioteca Pública Municipal (Joinville) e a Biblioteca da Fundação Camargo Branco (Lages). Os principais museus de Santa Catarina são o Museu Histórico (local de instalação na Casa de Santa Catarina, com armas, uniformes e objetos que pertenciam à Companhia Barriga Verde), a Residência de Vítor Meireles, o Museu Etnográfico, Etnológico e Botânico, o Museu de Arte Moderna, o Museu do Índio, o Museu do Instituto Geográfico e Histórico, o Museu do Homem do Sambaqui (Florianópolis), o Museu de História Natural Dr. Fritz Müller (Blumenau), o Museu Arquidiocesano Dom Joaquim (Brusque), o Museu Nacional do Mar, com embarcações do Brasil e do exterior (São Francisco do Sul), o Museu Municipal (de imigrantes, colonizadores e achados arqueológicos), o Museu Estação da Memória na histórica Estação de Trem (Joinville) e o Museu Histórico Pedagógico (Lages).

Gaivotas no litoral de Florianópolis
Ao povoarem a Florianópolis de hoje, os açorianos haviam erguido um sistema de fortalezas, as quais atualmente são historicamente muito importantes. Na Ilha de Anhatomirim encontra-se um desses fortes, a Fortaleza de Santa Cruz, a qual, erigida em 1744, foi restaurada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Das ruínas do Forte de São José da Ponta Grossa (1740), na Praia do Forte, possui-se uma das mais lindas visões da região. Demais conhecidos monumentos são o Mercado Público e o prédio da Alfândega, construídos no final do século XIX, e a Ponte Hercílio Luz (1926), uma das mais compridas pontes pênseis do planeta (Florianópolis) e o Palácio dos Príncipes, construído em 1870 (Joinville). O patrimônio histórico cadastra por tombamento as ruínas e construções da Ilha de São Francisco do Sul e da cidade de Laguna.

Águas limpas no litoral catarinense
Dentre as festas religiosas tradicionais de Santa Catarina merecem destaque: a Procissão do Senhor Jesus dos Passos, a Festa de São Sebastião, a do Divino Espírito Santo (móvel, com três dias de duração) e a de Santa Catarina (padroeira do Estado). Das festas folclóricas, realizam-se as principais no mês de outubro em uma grande diversidade de cidades: em Criciúma, a Festa das Etnias; em Florianópolis, a Fenaostra; em Blumenau, a Oktoberfest, tradicional da Alemanha, que distribui chope, canções típicas e grupos de folclore; em Joinville, a Fenachopp; em Rio do Sul, a Kegelfest, no qual o atrativo, bem como a cerveja, é o bolão, jogo parecido com o boliche e com a bocha; em Treze Tílias, a Tirolerfest, celebração do dia em que os imigrantes vieram da Áustria; em Jaraguá do Sul, a Schützenfest, combinação de torneio de tiro com festival alimentar e cervejeiro, em Brusque, a Fenarreco, a Nacional do Marreco; em Pomerode, a Pomerana; em Itapema, o Festival do Camarão; e em Itajaí, a Marejada, com culinária de Portugal. Demais festas folclóricas famosas no Estado são o Terno de Reis, em janeiro; o Boi de Mamão, em janeiro e fevereiro, uma aparência de pantomima onde é predominante a imagem de um boi de papelão ou madeira, acompanhada de pessoas, fantasia, dançarinos e cantores; e a Farra do Boi, na semana santa.

Gaivotas no litoral de Florianópolis
Da culinária de Santa Catarina, os pratos mais famosos são a bijajica (bolinho de polvilho, ovos e açúcar, frito em banha), o Pirão de Peixe no Sul e a Marrecada (marreco com repolho roxo) no norte. Na capital, o destaque é a Sequência de Camarão, uma série de vários pratos preparados com o crustáceo. No mês de abril ocorre a Expofeira Nacional da Cebola no município de Ituporanga, período em que as festas são realizadas; o evento, toda edição, se firmou como habitual para excursões, promoção de agronegócios e divulgação de novas tecnologias no setor agropecuário. Entre maio e julho ocorre em Lages a Festa Nacional do Pinhão, com pratos típicos feitos de pinhão, considerado o mais importante festival tradicionalista brasileiro, e em Urussanga, no sul do Estado, a Festa do Vinho e a Festa Ritorno alle Origini merecem destaque como festas da imigração italiana no Estado.

Ilha do Arvoredo em Florianópolis
O futebol é o esporte mais popular no Estado de Santa Catarina, seguido por vôlei, tênis, basquete, ciclismo e artes marciais. O futebol foi introduzido no início do século XX, tendo como principais equipes o Avaí, o Figueirense, a Chapecoense, o Joinville e o Criciúma, além de outros menores. Já o Campeonato Catarinense, realizado anualmente desde 1924, é o principal evento de futebol no Estado, organizado pela Federação Catarinense de Futebol, contando com a participação de 10 equipes na primeira divisão. Os Estádios Arena Condá, em Chapecó e Heriberto Hülse, em Criciúma, são os maiores de futebol de Santa Catarina. Santa Catarina é sede de eventos esportivos nas mais diversas modalidades, seja de importância local, nacional e até mesmo internacional, entre os quais os Jogos Abertos de Santa Catarina, os Joguinhos, a Olimpíada Estudantil (OLESC), os Jogos Escolares (JESC), Campeonato Escolar de Futsal (MOLEQUE), os Jogos Abertos Paradesportivos (PARAJASC), os Escolares Paradesportivos (PARAJESC), os Abertos da Terceira Idade (JASTI) e Dança Catarina, todos realizados pela Secretaria Estadual do Esporte.

Lagoa da Conceição em Florianópolis
A cidade-sede dos poderes executivo, legislativo e judiciário estaduais é a capital Florianópolis. O município de Joinville, contudo, é o mais populoso do Estado. Além do Espírito Santo, Santa Catarina é o único Estado cuja capital não é a cidade mais populosa. Atualmente, Santa Catarina possui, ao todo, 11 Regiões Metropolitanas, todas elas criadas por intermédio de leis complementares estaduais entre os séculos XX e XXI. Inteiramente ao sul do Trópico de Capricórnio, localizado na Zona Temperada meridional do planeta, o Estado possui Clima Subtropical. Estas condições variam de acordo com o relevo regional: no Oeste e Planalto Serrano é relativamente comum a ocorrência de geadas e neve, enquanto no litoral o clima é mais quente, podendo atingir altas temperaturas durante o verão.

Águas Azuis do Litoral Catarinense
No começo do século XVI, a região que é hoje o Estado catarinense era povoada pelos Carijós, tribo do grupo Tupi-Guarani, catequizados desde 1549. A partir do início da época em que o Brasil foi descoberto, expedições vindas de Portugal e Espanha visitaram a costa catarinense. No ano de 1526, Sebastião Caboto, viajando no Rio de La Plata, tinha passado pela ilha então denominada dos Patos e a chamou de Santa Catarina. Dom João III doou as terras continentais para Pero Lopes de Sousa em 1534. No entanto, em todos os anos do século XVI, as terras ficaram desabitadas, recebiam a visita dos jesuítas, colonizadores espanhóis e portugueses, porém, sem população permanente. Os portugueses somente começaram a se interessar pela região na metade do século XVII.

Projeto Tamar em Florianópolis
A Capitania de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, fundada pelo Marquês de Cascais em 1656, substituiu a Capitania de Santana, que teve início na foz da Baía de Paranaguá e fim na atual cidade catarinense de Laguna. Tem como limites a de Santo Amaro (parte da segunda seção da de São Vicente) ao norte, as águas salgadas do Oceano Atlântico a leste e o Governo do Rio de La Plata e do Paraguay a oeste, estados extintos delimitados pelo Tratado de Tordesilhas. No ano de 1658, a povoação permanente mais antiga do Estado, o Povoado de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, foi fundada por Manuel Lourenço de Andrade e seus amigos.

Open Shopping em Jurerê Internacional
Em 1675, o bandeirante paulista Francisco Dias Velho, seguido de seus filhos, escravos e criados, criou a Povoação de Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis) na Ilha de Santa Catarina. Em 1676, o Povoado de Laguna foi estabelecido por Domingos de Brito Peixoto. Criou-se a Capitania de Santa Catarina, vinculada à de São Paulo, em 1738. A Capitania desmembrou-se de São Paulo e passou a pertencer à do Rio de Janeiro, em 1739. Um sistema defensivo insular foi criado e cerca de mil imigrantes açorianos começaram a povoar a Ilha e o litoral da Capitania, de 1748 a 1756. Portugal e Espanha entraram em guerra. Em consequência disso, a Ilha de Santa Catarina foi devastada e invadida por tropas espanholas em 1777. Os espanhóis foram obrigados pelo Tratado de Santo Ildefonso a devolver a região que haviam conquistado. 

Praia do Forte
Com a Independência do Brasil que foi proclamada, a Capitania foi elevada à categoria de Província. A Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul em 1835, teve suas consequências sofridas pela então Província. Em julho de 1839, a República Juliana foi proclamada pelos revolucionários, chefiados por Giuseppe Garibaldi e David Canabarro, que tinham tomado Laguna. Derrotados pelas tropas do Império do Brasil, os rebeldes deixaram Laguna. O novo país sul-americano teve curta duração, pois, quando sua independência foi proclamada, deixou de pagar à República Rio Grandense por falta de dinheiro. Em 1840, as trincheiras farroupilhas mais recentes foram extintas. Em meados do século XIX vieram os imigrantes europeus, especialmente alemães e italianos, estes últimos em quantidade muito pequena. Foram criadas as Colônias de Dona Francisca, atual Joinville, em 1850, Blumenau em 1852 e Brusque em 1860.

Muralha do Forte São José da Ponta Grossa
A Proclamação da República foi apoiada pela Província agora elevada à categoria de Unidade Federativa em novembro de 1889, data que aparece na bandeira e no brasão estadual, no entanto, a revolta do governador indicado, que aderiu à Revolução Federalista Gaúcha em 1893, foi contrária ao governo central. Desterro foi transformada em base naval da esquadra revolucionária chefiada por Custódio José de Melo. As lutas expandiram-se por toda a costa de Santa Catarina. Derrotados em 1894, os revolucionários foram seriamente castigados pelas tropas legalistas. Em 1894, Hercílio Luz foi escolhido por voto popular como governador e elaborou uma política que pacificasse a região e que reparasse os problemas infraestruturais que o Estado sofreu. Homenageando Floriano Peixoto, a cidade de Desterro recebeu o nome de Florianópolis, após uma reviravolta que custou a vida dos defensores da Revolução. Dessa denominação vem a alcunha Floripa, pela qual a cidade é conhecida.

Praia dos Ingleses em Florianópolis
No ano de 1912, teve início a Guerra do Contestado, conflito de oposição entre os habitantes empobrecidos da região que se situa entre os Rios Negro, Iguaçu, Pelotas e Uruguai, e as forças oficiais. José Maria de Santo Agostinho, um curandeiro considerado sagrado, liderava os sertanejos, além do Paraná e Santa Catarina disputarem a região onde moravam, motivo pelo qual a área recebeu o nome de Contestado. Ambas as unidades federativas se desentenderam e os sertanejos lutaram contra as forças oficiais, e tudo isso somente deixou de existir em 1916. Em 1930 o território de Santa Catarina foi invadido pelas forças revoltosas, as quais saíram do Rio Grande do Sul, apesar da resistência de Florianópolis, que se estendeu até a vitória da Revolução no país inteiro.

Florianópolis
Na época da Segunda Guerra Mundial, foi necessário que o problema da infiltração nazista fosse enfrentado no Estado, em que o esforço militar brasileiro não conseguiu ser prejudicado por agrupamentos de alemães, diante de uma tentativa infrutífera. Em toda a administração de Getúlio Vargas, até 1945, interventores governaram o Estado. Desde os anos de 1950, colaborou ao progresso catarinense o estímulo concedido para que o extremo oeste e o centro do Estado fossem povoados por colonos ítalo-brasileiros que vieram do Rio Grande do Sul. A Universidade Federal de Santa Catarina foi criada em 1960 e a Universidade para o Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina foi fundada em 1965, e tudo isso impulsionou em muito a educação estadual.

Jurerê Internacional
A população de Santa Catarina é composta basicamente por caucasianos, mestiços, afro-brasileiros e povos indígenas. No Brasil Colonial, os colonizadores espanhóis foram os primeiros a iniciar o povoamento no território catarinense. Santa Catarina foi povoada por portugueses e demais imigrantes europeus (italianos, alemães, poloneses, ucranianos, lituânios, judeus, neerlandeses, belgas, suíços, austríacos, franceses, ingleses, irlandeses, noruegueses, suecos, dinamarqueses, checos, eslovacos, gregos e russos). Os vicentistas junto com indígenas aculturados iniciaram a colonização de São Francisco do Sul, Florianópolis e Laguna já no século XVII. Os portugueses, em sua maior parte, açorianos, vieram para Santa Catarina em 1748, para povoar e defender o Brasil meridional de inesperados ataques espanhóis. Já os castelhanos, que chegaram da Argentina, estavam dominando terras portuguesas no Sul do Brasil. Foram criadas colônias açorianas em pontos de estratégia na costa catarinense, que depois foram espalhadas por demais zonas do Brasil

A imigração alemã em Santa Catarina começou em 1828, durante a fundação da Colônia de São Pedro de Alcântara pelos primeiros 523 alemães, vindos de Bremen. O Imperador Dom Pedro I, que queria colonizar o Sul do Brasil e fazer a economia regional enriquecer, incentivou a chegada de alemães para o Brasil. Várias colônias alemãs foram fundadas no Estado e expandiram-se pelo interior. As que mais tiveram sucesso foram as colônias de Joinville em 1850 e de Blumenau, em 1851. Ambas as colônias foram as que deram certo na colonização alemã no Estado, porque foi por meio delas que os imigrantes foram expandidos. Os alemães isolaram-se durante decênios em suas colônias, comunicando-se menos com o resto da população brasileira. Como resultado, os alemães, enfim, mantiveram seu idioma e hábitos intocados, sem que ganhassem uma grande quantidade de influências que viessem de fora. Esse afastamento fez com que surgisse em Santa Catarina uma fortalecida origem germânica, percebida em uma grande variedade de características da sua população. O Estado catarinense tem atualmente a maior quantidade de filhos, netos e bisnetos alemães no Brasil. Mais de 40% da população catarinense é originária da Alemanha.

Em agosto de 1869, veio ao Porto de Itajaí, desembarcando do navio “Vitória”, o primeiro agrupamento de emigrantes poloneses da Alta Silésia. No total, havia 64 pessoas. Estabeleceram-se na colônia de Brusque, na região de “Sixteen Lots”. Mais de 5% da população catarinense são filhos, netos e bisnetos de poloneses. A imigração italiana foi a maior corrente imigratória já acolhida por Santa Catarina. Os italianos vieram ao Estado em 1875, procedente especialmente das regiões do Vêneto e da Lombardia. Dessa forma, como aconteceu com os alemães, fundaram-se mais de 10 colônias de imigrantes italianos, sendo as mais desenvolvidas na região do Vale do Rio Tubarão. Criaram-se as mais antigas colônias de imigrantes italianos na costa catarinense. O clima com um pouco mais de calor e as doenças tropicais atingiram os imigrantes, levando assim colônias ao insucesso. No começo do século XX, italianos que vieram do Rio Grande do Sul migraram para o oeste de Santa Catarina, e ali as colônias italianas desenvolveram-se. Mais de 30% da população do Estado são filhos, netos e bisnetos de italianos. Os escravos africanos e seus filhos, netos e bisnetos também contribuíram para formar o povo catarinense.

Um “pequeno pedaço da Alemanha” situado em Santa Catarina. Dessa forma é o Vale do Itajaí, que se localiza entre a capital e o nordeste do Estado. O legado dos pioneiros germânicos marcou a arquitetura em estilo enxaimel, a culinária e as festas típicas, os jardins muito caprichados e o fortalecimento da indústria de roupas. Seus morros, matas, rios e cachoeiras muito atraem os ecoturistas. Os mais importantes municípios são Itajaí, Blumenau, Gaspar, Pomerode, Indaial, Brusque, Guabiruba, Ituporanga e Rio do Sul. Com fortalecida cultura alemã, o nordeste do Estado associa uma economia empreendedora respeitando a rica natureza. Fábricas de eletrodomésticos, produtos metálicos, em geral, máquinas, automóveis e demais veículos compartilham espaço com as espessas florestas da Serra do Mar e as águas salgadas da Baía de Babitonga na cidade de São Francisco do Sul. A região é muito rica e possui um elevado IDH. Seus municípios mais importantes são Joinville, Jaraguá do Sul, São Bento do Sul e São Francisco do Sul.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Florianópolis - Dicas de O Que Fazer em Florianópolis


Mercado Público Municipal de Florianópolis
As praias, sem a menor dúvida, garantem um roteiro e tanto pela capital catarinense. Porém, há muito mais o que fazer em Florianópolis. São tantas atrações, passeios, trilhas, mirantes e outros pontos turísticos que fica difícil escolher o que fazer. E o melhor: muitas das coisas para fazer em Florianópolis são de graça, ou não custam muito. Com exceção de um ou outro passeio, os gastos são basicamente com transporte e alimentação. Florianópolis é encantadora, bucólica, cultural e detentora de uma beleza singular. Com sua população composta, principalmente, por descendentes de portugueses açorianos, alemães e italianos, verificamos traços de cada uma dessas culturas no modo de falar, na culinária, na arquitetura, no artesanato, em cada cantinho da cidade. Por outro lado, a cidade ganhou um ar cosmopolita com a chegada de brasileiros de outros estados e de estrangeiros que escolheram a ilha para viver. 

O famoso Box 32 no Mercado Municipal de Florianópolis.
          Sempre lotado.

Mercado Público Municipal de Florianópolis
Não importa qual o destino, se ele tiver um Mercado Público é muito provável que o lugar se transforme em um ponto turístico. E, obviamente, não é diferente com o de Florianópolis. Localizado no centro, pertinho do terminal de ônibus e da rodoviária, o Mercado Público de Florianópolis chama a atenção pela sua abundância de bares e restaurantes. Outros produtos também são comercializados, porém, quem vai normalmente está interessado em provar algumas das delícias locais. A maioria dos restaurantes oferecem menus para duas pessoas, a preços não tão amigáveis. O prédio é composto de duas alas – norte e sul – separadas por um vão central. No local acontece variado comércio, principalmente de vestuário, alimentos, utensílios diversos e artesanato. Além disso, é um importante ponto de encontro e lazer da cidade, tanto para moradores quanto para turistas. O prédio que hoje abriga o Mercado Público de Florianópolis foi construído, em frente à Casa da Alfândega, no final do século XIX, em substituição ao antigo mercado. O Mercado Público é importante marco histórico-cultural da cidade, é o coração do Centro Histórico, palco da reunião de artistas, boêmios e intelectuais, onde se encontram o melhor em pescado fresco, bares e restaurantes, para se degustar iguarias especiais e desfrutar de um ambiente informal, alegre e pitoresco, com apresentações artísticas eventuais no pátio central.

Casa da Alfândega
Se você já está no Mercado Público, dê uma passadinha na Casa da Alfândega. Ela é considerada o melhor exemplar da arquitetura neoclássica em Florianópolis. Foi construída no final do século XIX e suas operações foram finalizadas na segunda metade do século XX, quando o Porto de Florianópolis foi fechado. Hoje a Casa abriga trabalhos de aproximadamente 400 artesãos oriundos de várias regiões do Estado, numa demonstração das várias etnias colonizadoras com suas habilidades genuínas. Uma das atrações da galeria é manter artesãos demonstrando diariamente suas mais variadas técnicas, onde o visitante pode conhecer de perto a elaboração e confecção das peças. Ainda que com tráfego intenso, a Avenida Beira Mar Norte e sua orla bem cuidada é um local bastante agradável para uma caminhada. Não há nada de muito especial, mas o calçadão atrai os esportistas de plantão e a região rende algumas fotos bacanas. É por esses lados que ficam o Beiramar Shopping e muitos hotéis de rede.

Avenida Beira Mar Norte

Florianópolis vista do Mirante do Morro da Cruz
Quem gosta de ver as cidades do alto certamente ficará contente em visitar o Mirante do Morro da Cruz. Isso porque, a apenas sete quilômetros do centro, é deste local que você terá uma das mais belas vistas de Florianópolis. Se possível, programe para visitá-lo em um fim de tarde porque é quando o cenário fica ainda mais apaixonante. Você pode ir de carro ou de ônibus. Tem uma linha que te deixa exatamente no acesso ao mirante. Ela sai do Terminal do Centro (TICEN) e faz o percurso em cerca de 40 minutos. Importante lembrar que o acesso é gratuito, e que você não encontrará nenhuma infraestrutura turística por lá. Outro mirante em Florianópolis com localização para lá de conveniente é o Mirante da Lagoa, que tem vista para o Bairro da Lagoa. No entanto, o visual não é o mais impressionante de Florianópolis. Ainda assim, como o acesso é bem fácil, para quem está de carro, vale uma parada rápida.

Casa típica açoriana em Santo Antônio de Lisboa

Santo Antônio de Lisboa
Santo Antônio de Lisboa é um dos bairros mais antigos de Florianópolis, é um lugar que de fato rende um fim de tarde especial. Com uma orla bem servida de restaurantes com decks à beira-mar, é um dos melhores lugares para um entardecer com muito charme e sem grandes compromissos. Não deixe de entrar nas lojas de artesanato, depois escolha um dos restaurantes com vista para o mar na Rua XV de Novembro. Quase todos servem ostras (alguns deles, deles criadas em viveiros nas redondezas). O passeio fica ainda mais bacana em dias de céu claro: comer ostras ao pôr do sol em Santo Antônio de Lisboa é um dos melhores programas da Ilha. Além disso, para deixar o passeio mais completo você pode ir caminhando até Sambaqui, a praia e bairro vizinho que fica a cerca de três quilômetros, e que também compõem a Rota do Sol Poente. Do centrinho do povoado é possível contratar um barqueiro para visitar a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones.

Praia dos Ingleses
Se acaso você for viajar na baixa temporada – que é quando não estará sujeito a congestionamentos sem sim – uma boa dica do que fazer em Florianópolis é alugar um carro e reservar um ou dois dias para rodar pelo maior número possível de praias. É bem verdade que quem quer ficar à toa de frente para o mar não achará essa sugestão tão atraente. Porém, para mim, essa é uma ótima maneira de começar a conhecer um destino que dispõe de dezenas de praias. Depois de ter esse panorama dos pedaços de areia mais concorridos, volte com mais calma naqueles que mais te agradar. Eu mesma já fiz isso, e preferi ficar nas praias do Norte da Ilha, cada dia ficava em uma. Gosto muito da cidade, me sinto bem aqui, mas prometi a mim mesma nunca mais voltar durante a temporada de verão devido aos congestionamentos, mas pretendo voltar no inverno, aproveitar um pouquinho de frio que eu adoro. As praias que ficam ao Norte da Ilha são algumas das mais concorridas entre os turistas. A Lagoinha do Norte tem ambiente familiar, mar calmo e faixa de areia espaçosa para a diversão da criançada. A estrutura, no entanto, é um pouco limitada. Bem pertinho dela, a Ponta das Canas dispõe de mais comodidades e é igualmente agradável. Já a Praia dos Ingleses e a Praia de Canasvieiras possuem uma excelente estrutura de bares, comércios, restaurantes e acomodações. Inclusive, são dois dos bairros mais concorridos para se hospedar em Florianópolis. Jurerê Internacional é um dos pedaços mais valorizados da Ilha e possui estrutura requintada, além de uma praia bastante agradável. 

Lagoa da Conceição
Outra dica de O Que Fazer em Florianópolis e que não custa nada, é apreciar um fim de tarde pelas bandas da Lagoa da Conceição. Apesar da parte do centrinho reunir bastante gente, a Avenida das Rendeiras é um local que vale a pena uma caminhada. Por lá há um gramadão espaçoso onde você improvisa um piquenique. Ou se acaso preferir, há diversos barzinhos que disponibilizam mesas e cadeiras de frente para a Lagoa. Além de ser um lugar e tanto para o fim de tarde, a Lagoa da Conceição também é o point certo para quem quer aproveitar a noite. Pelo centrinho mesmo não faltam opções de barzinhos e restaurantes. Para esticar a noite há diversas casas noturnas. Tem muita coisa boa para fazer em Florianópolis à noite. Desde uma saída para jantar num restaurante legal, ouvir música ao vivo em um restaurante mais intimista, ou até mesmo festejar até o amanhecer do dia – quem decide é você. Embora muitas opções se concentrem na Lagoa da Conceição, é comum que em cada praia exista ao menos um point para aproveitar a vida noturna de Florianópolis.

Projeto Tamar
Presente em todo o litoral brasileiro, na luta pela proteção das tartarugas-marinhas, a sede do Projeto Tamar de Florianópolis é a única do sul do Brasil. Localizada na Barra da Lagoa, bairro após a Praia Mole, exibe tanques com quatro das cinco espécies de tartarugas encontradas nos mares brasileiros. Nos fins de semana, há a hora do banho, em que a criançada pode tocar no casco e, diariamente às 15:30 horas, o momento da alimentação, quando os visitantes colocam a comida na boca da tartaruga. Um museu contando a história do Projeto e uma loja de souvenires completam o passeio.