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domingo, 30 de agosto de 2015

Florianópolis - Santo Antônio de Lisboa

Lojas de Artesanato e 
Igreja Nossa Senhora das Necessidades
Encravado no noroeste da Ilha de Santa Catarina o Distrito de Santo Antônio de Lisboa é formado além de Santo Antônio, pelos bairros de Sambaqui, Barra de Sambaqui e Cacupé. Fica a 15 quilômetros do centro, no caminho para as praias do Norte da Ilha. É uma praia interna da Baía Norte. Da praia, tem-se uma bela paisagem da Avenida Beira-Mar Norte, das pontes que ligam a Ilha ao continente e das regiões continentais ao norte de Florianópolis. Apesar de fazer parte de uma cidade em franca expansão econômica e tecnológica, Santo Antônio de Lisboa é um lugar único, com uma cultura própria e pulsante, vivida em um processo de renovação constante como resultado do dia a dia das pessoas que aqui estão e de toda a sua história, que se faz presente por todos os lados por onde olhamos. 

Casa em estilo açoriano
O local era ocupado inicialmente por índios Guaranis. A partir do início do século XVIII, passou a receber imigrantes açorianos, tornando-se uma das primeiras freguesias da Ilha de Santa Catarina. Em 1757, foi construída a Igreja de Nossa Senhora das Necessidades, no terreno doado pela filha do iniciador da comunidade da região. Em função da localização geográfica, Santo Antônio de Lisboa tornou-se um local portuário e posto de alfândega onde navios estrangeiros atracavam para fazer comércio. O século XIX foi marcado pela forte imigração de espanhóis, franceses, italianos, alemães, belgas, austríacos, gregos e sírios, além dos 20% da população de descendência africana. Cerca de 75% dos habitantes vieram do Arquipélago de Açores, Portugal. Eles trouxeram a cultura agrícola e pecuária e, aqui, passaram a viver também da pesca. 

Casario antigo
Logo na chegada do centrinho histórico do bairro, uma placa em azulejo, tipicamente portuguesa, dá as boas-vindas aos visitantes. Uma das características mais marcantes de Santo Antônio de Lisboa são as casas coloridas com janelas e portas pintadas em cores fortes, uma herança da cultura açoriana. Elas também podem ser encontradas em outras regiões de Florianópolis, como em Sambaqui e na Freguesia do Ribeirão da Ilha. No Centro Histórico está a Praça Roldão da Rocha Pires, que ainda conserva, numa área bloqueada para o trânsito de veículos, a primeira rua calçada do Estado de Santa Catarina, construída em homenagem à visita de Dom Pedro II à Freguesia de Santo Antônio de Lisboa em outubro de 1845. No local também está preservada a fachada da casa onde o Imperador ficou hospedado na ocasião. 

Loja de artesanato
Na Praça Roldão também acontece a Feira das Alfaias, mais conhecida como Feirinha de Santo Antônio de Lisboa. Algumas barraquinhas vendem livros, telas, mosaicos, roupas, bijuterias, artesanato, objetos de madeira e peças feitas com renda de bilro, uma técnica herdada da cultura açoriana. Junto à Praça há um restaurante e um café. Além da Feirinha, que acontece de vez em quando na praça central, Santo Antônio também possui três casas de artesanatos, entre elas o Atelier Santo de Casa, que vendem os mais variados tipos de objetos, pinturas, obras de arte e souvenires. Perfeito para quem gosta de coisinhas criativas e objetos de decoração coloridos e inventivos. Vale a pena visitá-las para levar uma lembrança para casa. 

Igreja de Nossa Senhora das Necessidades
No canto esquerdo do bairro está a Igreja Nossa Senhora das Necessidades, também chamada de Igrejinha de Santo Antônio de Lisboa. Lindinha por fora, preciosa por dentro. Funciona normalmente com missas e celebrações. Em frente à Igreja está a Praça Getúlio Vargas, onde há um parquinho infantil e quiosque de petiscos. É nesta área que acontece, uma vez por ano, a Festa do Divino Espírito Santo, um festejo da igreja católica que também é herança da cultura açoriana e que acontece em todos os distritos de Florianópolis. A Festa do Divino é celebrada na Freguesia de Santo Antônio desde o ano 1754. É preciso ter um pouco de sorte e paciência para estacionar na região, já que as ruas são estreitas e há poucas vagas.

Santo Antônio de Lisboa à noite
A praia de Santo Antônio de Lisboa não é daquelas praias de ficar o dia inteiro apreciando o sol e o mar. O mar é dos pescadores e é muito comum encontrá-los em seus barcos, pescando na área. Extremamente calmo, a areia é de grossura média e de cor amarelada, com trechos cinza por conta de pequenos riachos que desembocam no mar. São 750 metros de extensão, com largura que varia entre quatro e seis metros de areia. A região é bem arborizada e propícia para passeios à beira da praia. O bom de Santo Antônio é relaxar e curtir a bela paisagem, com uma caminhada no calçadão a qualquer hora do dia, especialmente no final da tarde, durante o espetáculo do pôr do sol, já que este é um dos melhores pontos de Floripa para ver o sol se pondo. O passeio por Santo Antônio de Lisboa pode ser feito em meio dia. O ideal é vir para o almoço e dar um rolé depois com calma.

Vista parcial da orla de Santo Antônio de Lisboa
As festas religiosas, as manifestações do folclore local, os diversos e frequentes eventos culturais, a produção de artesanato e cerâmica, o cultivo de ostras, além da magnífica paisagem e do casario antigo fazem deste, um lugar muito interessante para se viver ou visitar em qualquer época do ano. O Distrito possui grande concentração de restaurantes de comida típica (sobretudo frutos do mar), que atraem moradores de outros bairros da cidade para almoços em família nos fins de semana. O quarteirão que abriga os principais restaurantes (a maioria com deck voltado para o mar) é um dos trechos mais agradáveis e rende boas fotos da orla. Existem várias “fazendas de ostras” na região, o que faz com que o molusco chegue fresquinho aos restaurantes. Santa Catarina, aliás, é a maior produtora de ostras do país.