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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Paris - Arc de Triomphe Du Carrousel

Arc de Triomphe Du Carrousel e na mesma linha
ao fundo o 
Arc de Triomphe de L’Étoile
Há alguns séculos, Paris era uma cidade completamente diferente e muito menor, delimitada por muros e algumas portas e arcos que indicavam a entrada para as avenidas reais e o caminho para os palácios. Atualmente, apenas quatro destes portões ainda estão de pé, cumprindo somente o papel de Arcos do Triunfo e não mais de passagem. O maior e mais conhecido deles é um dos principais monumentos da cidade, já os demais, igualmente imponentes e testemunhas da história parisiense, seguem no total anonimato para a maioria dos visitantes. São eles: La Porte Saint-Denis, La Porte Saint-Martin, L’Arc de Triomphe Du Carrousel e o L’Arc de Triomphe de L’Étoile.


Arc de Triomphe Du Carrousel
Todo mundo conhece o famoso e imponente Arc de Triomphe de L’Étoile que fica na avenida mais famosa de ParisChamps-Élysées, porém o que muita gente ainda não sabe é que existem outros dois arcos em Paris, o Arc de Triomphe Du Carrousel e o Grande Arche de La Défense e que esses três arcos têm algo em comum que é muito interessante, porém ainda é pouco conhecido. A grande curiosidade é que esses três arcos estão perfeitamente alinhados em uma mesma reta chamada de Axe Historique, apesar de terem sidos construídos em épocas diferentes. O Axe Historique, que possui mais de 200 anos de história, é uma reta que contempla diversos monumentos, começando no Musée Du Louvre, passando por toda a Champs-Élysées, cruza o Arc de Triomphe e termina na parte mais nova e moderna de Paris, a La Défense. No meio da movimentada Avenue Charles de Gaulle é possível ver cada Arco em uma extremidade diferente. Na mesma linha fica o Obelisco de Luxor, na Place de La Concorde. Do alto do Arc de Triomphe a visão se torna mais clara. Paris reserva mesmo muitas surpresas.


Arc de Triomphe Du Carrousel
O Arc de Triomphe Du Carrousel é um monumento construído entre 1807 e 1809, por Napoleão I (Napoleão Bonaparte). Está situado no 1º arrondissement de Paris, na Place Du Carrousel, a oeste do Musée Du Louvre. Edificado em homenagem ao Grande Exército de Napoleão Bonaparte, o monumento está localizado diante do Louvre, sobre a esplanada que precedia a ala do Palais des Tuileries (antes que o Palácio fosse queimado, em 1871), ao qual servia como entrada de honra, um portão que separa o pátio do Palácio da Place Du Carrousel, que lhe dá o nome. Celebrando a vitória dos exércitos franceses na Batalha de Austerlitz, o Arc de Triomphe, desenhado pelos arquitetos do Império Charles Percier e Pierre-François-Léonard Fontaine, ilustra a Campanha de 1805 e a Capitulação de Ulm em 1807. Ele faz explicitamente referência aos Arcos do Triunfo do Império Romano e, notadamente, ao Arco di Septimio Severo em Roma.

Arc de Triomphe Du Carrousel e ao fundo o
Musée du Louvre
O monumento tem três arcos em sua largura, como o Arco di Septimio Severo, mais um que é transversal. Muito diferente das outras portas e arcos de Paris, o Arc de Triomphe Du Carrousel, tem uma aparência mais sofisticada, apesar de ser o menor, com 14,60 metros de altura e sua base é um retângulo de 19,60 metros de comprimento por 8,65 metros de largura. É coroado com um imponente friso de mármore cereja da Itália. Apresenta oito colunas coríntias de mármore branco e vermelho. Cada uma das oito colunas tem uma estátua diferente de um soldado do Grande Exército Francês. Esta série de estátuas é interessante por causa da verdade das atitudes e da precisão dos uniformes em uma época em que apenas a nudez e a idealização prevaleciam na Antiguidade. A ornamentação do Arc de Triomphe não mudou desde o início do século XIX. As colunas de granito rosa vêm do antigo Castelo de Meudon, destruído em 1804 e do qual foram recuperados alguns elementos. É considerado Monumento Histórico desde 1888. Existem entradas sob cada uma de suas quatro faces.

Arc de Triomphe Du Carrousel e ao lado direiro
Musée de l’Orangerie
Na Face Norte (em frente ao Jardin des Tuileries), o baixo-relevo de Deseine representa “A Entrada em Viena”; Na Face Sul (lado do Rio Sena), o baixo-relevo de Lesueur representa “A Paz de Pressburg”; Na Face Leste (lado da Place Du Carrousel), da esquerda para a direita: um soldado, de Taunay, um dragão, por Corbet, um caçador a cavalo, de Foucou, um fuzileiro, de Chinard. Entre as duas colunas da esquerda, um baixo-relevo de Cartellier representando “A Capitulação de Ulm”, entre os que estão à direita: um baixo-relevo de Espercieux representando “A Batalha de Austerlitz”. Na Face Oeste (lado do Musée Du Louvre), da esquerda para a direita: um granadeiro, por Dardel, um fuzileiro da linha, de Antoine Mouton, um artilheiro, por Bridan, um sapador, por Dumont. Entre as duas colunas da esquerda, um baixo-relevo de Clodion representando “A Entrada do Exército Francês em Munique”; Entre os que estão à direita: um baixo-relevo de Ramey representando “A Entrevista de Tilsit”. Os temas dos baixos-relevos ilustrando as batalhas foram escolhidos pelo diretor do Museu Napoleão (situado à época no Palais Du Louvre), Vivan Denon, e desenhados por Charles Meyner.

Arc de Triomphe Du Carrousel
A quadriga, coroando o Arco, é cópia dos Cavalos de Bronze de Constantino I, parelha ornando a parte superior da porta principal da Basílica de São Marcos de Veneza. Com efeito, ao voltar da Primeira Campanha da Itália (1796-1797), o exército francês, comandado pelo general do “Exército da Itália”, Napoleão Bonaparte, trouxe de Veneza (1798) o original da escultura como “tesouro de guerra” e a colocou sobre o monumento. Ele foi cercado por duas “vitórias” a partir de 1808. O diretor do Musée Du Louvre, a quem foi confiado o projeto deste Arc de Triomphe, encomendou ao escultor François Lemot uma Estátua de Napoleão levando a carruagem em triunfo. Uma iniciativa que não agradou ao Imperador, julgando indecoroso glorificar sua pessoa em um prédio público que ele ordenou para celebrar seu exército. Depois de ter sido esvaziado da Estátua de Napoleão, o topo do Arco foi esvaziado de seus cavalos. Em 1815, após a Batalha de Waterloo e a queda do Imperador Napoleão I, a França entrega a quadriga aos austríacos que logo a devolvem para a cidade dos Doges, recentemente anexada ao Império Austríaco pelo Congresso de Viena. A cópia é então executada pelo escultor François Joseph Bosio em 1828. As duas estátuas de ouro nas laterais são originais. Neste Arco está gravado o nome de 128 batalhas e 558 generais. O Arco também possui um relógio de sol.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Paris - Place de la Concorde

Place de La Concorde
A Place de La Concorde, no 8º arrondissement de Paris, é a maior Praça de Paris (84 mil metros quadrados). É a segunda maior Praça da França (a primeira é a Place de Los Quinconces, em Bordeaux). À beira do Rio Sena, ela é o elo majestoso entre La Défense, a Avenue Champs-Élysées, os Jardins des Tuileries e o Louvre. Praça histórica, ela também liga o Palais Bourbon (Assembleia Nacional), situado na Rive Gauche (margem esquerda do Rio) à Igreja La Madeleine, que fica na Rive Droite (margem direita do Rio). A cidade de Paris, na pessoa de seus vereadores e de seu prefeito, decidiu, em 1748, erigir uma Estátua Equestre do Rei Louis XV para festejar o restabelecimento do Rei após uma doença que o havia acometido em Metz. Foi lançado um concurso para encontrar o melhor local, concurso do qual participam 19 arquitetos, entre os quais Germain Boffrand e Jacques-Germain Soufflot. Um deles, Ange-Jacques Gabriel, propôs reservar uma esplanada simples de terra batida, sem função ou propósito, que se situava ao final do Jardin des Tuileries e que se chamava “Esplanade Du Pont-Tournant”, em referência a uma ponte de madeira que então cruzava o fosso próximo ao terraço das Tuileries. Apesar de fora do centro, o local poderia servir para a urbanização dos novos bairros que tendiam a ser construídos para o oeste da capital, no Faubourg Sainte-Honoré.

Place de La Concorde e o Obelisco de Luxor
O Rei era o proprietário da parte essencial desses terrenos, o que permitiu se realizar as desapropriações necessárias. Antes mesmo de a decisão ser oficialmente tomada, negociações foram iniciadas junto aos herdeiros do economista John Law, proprietários de terrenos marginais ao perímetro necessário à criação, no local, de uma praça real, inscrita na vasta cadeia de praças reais que iriam (em Rennes, Rouen, Bordeaux, Dijon, Nantes ou Montpelier) teatralizar a representação equestre do Rei Louis XV. Valorizada por fachadas desenhadas por Gabriel, a Place Louis XV parisiense tornou-se um intervalo arquitetônico entre as fundações do Palais des Tuileries e as folhagens verdes da Avenue Champs-Élysées

Place de La Concorde e o Obelisco de Luxor
Em 1753, um concurso foi aberto para o planejamento da Esplanada, reservado aos membros da Académie Royale d’Architecture (Academia Real de Arquitetura). Gabriel, diretor da Academia, em sua qualidade de Primeiro Arquiteto do Rei, foi encarregado de estabelecer um projeto, emprestando as melhores ideias propostas pelos concorrentes. Beneficiando-se do apoio de Madame de Pompadour, favorita do Rei, que supervisionou o conjunto dos trabalhos, o projeto foi aceito em 1755. O acordo entre a cidade de Paris, os representantes do Rei e os herdeiros de Law foi assinado em 1758. Em troca dos terrenos cedidos, os herdeiros receberam o edifício situado a noroeste da Place, assim como os terrenos de um lado e do outro da futura Rue Royale. Eles consentiram em pagar a construção das fachadas de todos os edifícios de sua propriedade.

Place de La Concorde

Começada por Edmé Bouchardon e acabada por Jean-Baptiste Pigalle, a Estátua Equestre de Louis XV foi inaugurada em junho de 1763, 15 anos após a ideia original. Ela foi colocada no centro da Esplanada, com a face voltada para o leste, na interseção da nova Rue Royale, que liga a Igreja da Madeleine ao Sena, do Jardin des Tuileries e da Avenue Champs-Élysées. O Rei está vestido à romana e coroado de louros. O pedestral, feito por Jean-François Chalgrin, é ornado por baixo relevos e, em cada ângulo, por uma estátua de bronze evocando as virtudes do Rei: a Força, a Justiça, a Prudência e a Paz. Em maio de 1770, a Place é palco de um acontecimento dramático: no momento em que um espetáculo de fogos de artifício acontecia em honra do casamento do delfim com a arquiduquesa Maria Antonieta da Áustria, 133 pessoas são mortas pisoteadas e sufocadas quando o pânico toma conta da Place, provocado por um incêndio desencadeado pela queda de um foguete. A Place só é totalmente acabada em 1772.

Estátua na Place de La Concorde
No tempo da Revolução Francesa, a Place é o local de passagem obrigatório dos cortejos, sejam improvisados, sejam ritualizados pelo protocolo das festas. Ela foi um dos grandes locais de reunião no período revolucionário, sobretudo depois que nela se instalou a guilhotina. A partir de julho de 1789, antevéspera da Tomada da Bastilha, os bustos de Jacques Necker, Ministro das Finanças demitido, e de Louis Philippe II passam a ser exibidos nela pelos revoltosos; o Principe de Lambesc e seus dragões fazem uma carga contra os manifestantes. No dia seguinte, a multidão pilha as armas do Garde-Meuble (Guarda Móveis - que ficava localizado na Place, no edifício nordeste) para “ir à Bastilha”. Em outubro de 1789, a família real, trazida de Versailles para Paris pelo povo, faz sua entrada no Palais des Tuileries atravessando a Place Louis XV. Em agosto de 1792, já com o Rei deposto, a Estátua de Louis XV é arremessada de seu pedestal. A Place é então rebatizada Place de La Révolution

Obelisco de Luxor
A Place torna-se então o grande teatro sanguinário da Revolução, com a instalação da guilhotina. Ela é instalada aí, porém provisoriamente, em outubro de 1792, para a execução de ladrões de joias da Coroa no Guarde-Meuble. Ela reaparece em janeiro de 1793 para a execução de Louis XVI: ela é então instalada a meia distância da base da estátua derrubada de Louis XV e da entrada da Champs-Élysées. É finalmente em maio de 1793 que ela fixa sua morada na Place, para aí permanecer até junho de 1794, e, desta vez, entre o centro da Place e a entrada do Jardin des Tuileries. Das 2.498 pessoas guilhotinadas em Paris durante a Revolução, 1.119 o são na Place de La Révolution. Entre elas, ficaram gravados os nomes de Maria Antonieta, Charlotte Corday, Manon Roland, Filipe de Orleans, a Condessa Du Barry, Georges-Jacques Danton Guillaume-Chrétien de Lamoignon de Malesherbes e Antoine Lavoisier. O cadafalso é em seguida trnsferido para a Place Du Trône-Renversé (Praça do Trono Derrubado), atual Place de La Nation e só retorna à Place de La Révolution para a execução de Maximilien de Robespierre e seus amigos.

Fonte de Hittorff
Em agosto de 1793, a Estátua de Louis XV é substituída por uma efígie de gesso representando a Liberdade coberta por um barrete vermelho e tendo uma enxada na mão direita. Ela será retirada em junho de 1800. Além disso, cavalos ditos de Marly, obra de Guillaume Coustou, são instalados na entrada dos Champs-Élysées em 1795. Com o fim do Terror, o governo decide rebatizar a Place como Place de La Concorde (1795). Marcada pela lembrança sangrenta do Terror e da execução da família real, a Place de La Concorde propõe um problema político ao governo do século XIX. A Estátua da Liberdade, retirada sob o Consulado, e projetos pensando edificar uma Estátua de Carlos Magno e depois uma fonte, tendo sido abandonados, é finalmente Louis XVIII, quem imagina erigir no centro da Place um monumento à memória de seu irmão, o Rei decapitado Louis XVI; a estátua do Rei mártir, enquadrada por uma capela. Carlos X coloca a primeira pedra em maio de 1826. No mesmo ano, a Place de La Concorde é rebatizada Place Louis XVI (a inscrição ainda é visível no ângulo da Rue Boissy d’Anglais). Mas a estátua projetada não será jamais erguida, interrompida pela Revolução de Julho de 1830, que dá novamente à Place seu nome definitivo: Place de La Concorde

Luminária da Place de la Concorde
Em 1831, o Vice-Rei do Egito, Mehmet Ali, oferece à França os dois obeliscos que marcam a entrada do Palácio de Ramsés II em Tebas, atual Luxor, em reconhecimento ao papel do francês Champollion, primeiro tradutor de hieróglifos. O primeiro chegou a Paris em dezembro de 1833, o segundo nunca chegou. É Louis Felipe I quem decide erigi-lo na Place de La Concorde onde “ele não lembrará nenhum acontecimento político”. A operação, verdadeira proeza técnica, se realiza em outubro de 1836, sob a direção do Engenheiro da Marinha Apollinaire Lebas, na presença de mais de 200 mil pessoas. O Rei e a família real, incertos quanto ao sucesso da operação, preferiram assisti-la dos salões da Guarde-Mueble, e só apareceram sobre o balcão para colher os aplausos da multidão no momento preciso em que o monólito se colocou na vertical. Ao contrário do que muitos pensam essa não é mais uma conquista das batalhas napoleônicas. Esta obra-prima de granito rosa tem 33 metros de altura e pesa 230 toneladas. Está erigido sobre uma base de nove metros e coberto por uma pequena pirâmide dourada com mais de três metros e meio. Os hieróglifos que o cobrem celebram a glória do Faraó Ramsés II. A pequena pirâmide, que serve de ponta ao obelisco, foi acrescentada em maio de 1998, feita de bronze e folhas de ouro. O Obelisco situa-se sobre a linha do Eixo Histórico de Paris que vai do Arc de Triomph ao Arc de La Défense, passando pelo Jardin des Tuileries e pela Avenue Champs Élysées. O Obelisco serve também de quadrante solar, graças às linhas traçadas no solo ao seu redor.

Fonte de Hittorff e Obelisco de Luxor
Entre 1836 e 1846, a Place foi transformada pelo arquiteto Jacques-Ignace Hittorff, conservando o princípio imaginado por Gabriel. Ele junta ao projeto duas fontes monumentais – a Fontaine des Mers (Fonte dos Mares) e a Fontaine des Fleuves (Fonte dos Rios) – de um lado e outro do Obelisco e circunda a Place por lampadários e colunas rostais. A Place deseja ser, assim, celebração ao gênio naval da França, em referência à presença, em um dos edifícios construídos por Gabriel, do Ministério da Marinha. As duas fontes – inauguradas em primeiro de maio de 1840 pelo Prefeito Rambuteau – celebram Navegação Fluvial (Fonte Norte, com figuras sentadas representando os Rios Rhin e Rhône e as colheitas de uva e trigo) e a Navegação Marítima (Fonte Sul, com o Mediterrâneo, o oceano e a pesca). As colunas rostais levam proas de navio, que evocam igualmente o emblema da Cidade de Paris. As fontes acrescentadas por Hittorff são inspiradas pelas da Basílica de São Pedro em Roma. Aproveite sua passagem por este importante marco histórico para tirar algumas fotos com o Obelisco e com as bonitas fontes douradas. Estátuas alegóricas de oito cidades francesas desenham o contorno do octógono imaginado por Gabriel. A estátua evocando Strasburg é coberta de negro a partir de 1871, data da anexação da Alsácia-Lorena à Alemanha. Em 1854, os fossos, que Hittorff havia conservado, são cobertos para melhor adaptar a Place à circulação.

Place de La Concorde
A Place tem como decoração numerosas estátuas e mobiliário urbano, como por exemplo, Les Chevaux de Marly à entrada dos Champs Élysées, e é animado pelos bouquinistas (vendedores de livros usados) no cais do Rio Sena. Do outro lado, o Hôtel de Crillon acolhe personalidades mundialmente conhecidas e abriga o célebre Maxim’s. Na extremidade norte, dois largos edifícios em pedra idênticos fecham a perspectiva. Divididos pela Rue Royale, estas estruturas estão entre os maiores exemplos da arquitetura do século XVIII. O prédio situado a leste da Rue Royale era, desde sua origem, pertencente inteiramente à Coroa. 

Place de La Concorde
Hoje a Place voltou a ter clima festivo e recebe dezenas de noivas em busca da foto perfeita e de turistas encantados com as maravilhas de Paris. A Place de La Concorde é um lugar super legal e uma divisão de duas partes completamente diferentes da cidade, os jardins do Louvre e a Avenue Champs-Élysées. A principal particularidade da Place de La Concorde é que ela é delimitada pelo «vazio» em três lados (contrariamente à maior parte das praças que são delimitadas por edifícios de todos os lados): os Champs-Élysées, o Jardin des Tuileries e o Rio Sena. Quando chega à noite, a Place de La Concorde toda iluminada resplandece como uma joia da “Cidade Luz”.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Paris - Jardins des Tuileries

Jardin des Tuileries e Musée de l'Orangerie 
Quando as pernas clamarem por um descanso, sente-se num banquinho em lugares charmosos como o Jardin des Tuileries - entre o Louvre e a Champs-Elysées, a aristocrática Place des Vosges ou os concorridos Jardins Du Luxembourg. Os Jardins des Tuileries compõem um parque parisiense situado na margem direita do Rio Sena, entre a Place de La Concorde e o Arc Du Triomphe Du Carrousel e perto do Museu d’Orsay (Quai d’Orsay, um cais na margem esquerda do Rio Sena), da Place Vendôme e da Ópera Garnier. Bem cuidado, sua aparência é sempre impecável, mesmo estando localizado bem no centro da cidade. Suas longas vias, frequentemente utilizadas por praticantes de corrida, são apreciáveis tanto no verão, quando as árvores se tingem de um verde perfeito, quanto no inverno, época em que as folhas desaparecem e o chão se cobre do branco da neve. O Tuileries é o mais central, o mais histórico, o mais antigo, o mais elitista e um dos mais bonitos jardins de Paris.  É neste jardim que bate o coração da cidade.

Jardin des Tuileries e Musée de l'Orangerie

Jardin des Tuileries e a Torre Eiffel ao fundo
Criado no século XVI, em estilo italiano e por ordem de Catherine de Medicis para decorar o entorno do Palais des Tuileries onde passava seus tempos livres, possuía várias alamedas, uma fonte e uma gruta decorada. Os jardins, com 25 hectares, se tornaram um lugar de celebração de festas luxuosas nas quais os convidados desfrutavam entre espaços verdes, fontes e esculturas. Naquela época, os jardins estavam rodeados por altos muros que protegiam a privacidade da alta sociedade. Em 1664, o Rei Louis XIV e Jean-Baptiste Colbert encomendaram ao arquiteto André Le Nôtre, autor do projeto do parque que rodeia o Palais de Versailles, um novo desenho para os jardins que teriam também uma extensão. Este o transformou num jardim no estilo francês, formal e simétrico, cheio de estátuas ornamentais. O seu plano de espaçosos jardins formais prolonga a perspectiva através de piscinas que refletem uma na outra numa vista contínua, ao longo de um eixo central, a partir da fachada oeste, o qual foi estendido pelo Axe Historique (Eixo Histórico).

Jardin des Tuileries

Jardin des Tuileries e a 
Roda Gigante do Fête Foraine
O Tuileries é um jardim real de um palácio que não existe mais. Antes de ser somente um jardim, Tuileries foi um castelo construído em 1564 por Catherine de Medicis. Ele ocupou um terreno onde existia uma antiga fábrica de tuiles (telhas), daí seu nome. Com a mudança da Corte para Versailles, o Palácio e os seus jardins caíram no abandono. O Palais des Tuileries foi parcialmente queimado pela Comuna de Paris, durante a Guerra Civil em 1871 e demolido em 1883. A água para molhar o Jardim vem do Canal de L’ourcq, distante 80 quilômetros de Paris, graças a uma bomba de forte pressão controlada por sistema informatizado. Como o Jardim é público e as folhas são varridas, o solo seca rapidamente e necessita um cuidado especial.

Jardin des Tuileries e a 
Torre Eiffel ao fundo

O Musée de l'Orangerie (1892) e a Galerie Nationale du Jeu de Paume (este espaço foi construído para a prática de um jogo considerado o antepassado do tênis, e foi usado pelos nazistas durante a ocupação da França na Segunda Guerra Mundial), sedes de importantes exposições de arte contemporânea, ficam em dois pavilhões dentro do Parque, que oferece uma esplêndida perspectiva dos Champs Élysées, do Arc du Triomphe e do Grande Arc de La Défense (La Défense, o centro financeiro de Paris, a oeste da cidade). As antigas instalações da estufa criadas para a produção de laranjas foram adaptadas e transformadas em um Museu, o Musée de l’Orangerie onde você vai ver de perto as Nymphéas de Claude Monet. O trabalho do artista é impressionante e ocupa quase todas as paredes de duas salas ovais do Museu. Entretanto, apesar dessa grande preciosidade, o Orangerie também abriga outras coleções muito importantes de artistas famosos, como Renoir, Paul Guillaume, Henri Matisse, Modigliani, entre outros. Entre as atividades de lazer para as crianças, estão o Teatro de Marionetes, os passeios de burro e os barquinhos de brinquedo para navegar no tanque octogonal.

 

Jardin des Tuileries e o 
Arc Du Triomphe Du Carrousel
Se você entrar no Jardim a partir do Louvre, não perca a histórica e famosa perspectiva que temos do Arc Du Triomphe Du Carrousel até a Grande Arche de La Defense, passando pela Place de La Concorde, pela Champs Elysées e pelo Arc de Triomphe. O Arc Du Triomphe Du Carrousel é lindo com seus mármores coloridos e suas decorações. Ele comemora as vitórias de Napoleão de 1805 e 1806. Logo após o Arc Du Triomphe Du Carrousel, você verá o Jardin Du Carrousel que foi construído para ligar o Louvre ao Tuileries.  Se prestar atenção verá 20 esculturas do famoso artista francês Maillol espalhadas entre seus arbustos.

Jardin des Tuileries e o Arc Du Triomphe Du Carrousel  ao fundo

Jardin des Tuileries e o Arc de Triomphe ao fundo
Tuileries é um museu de esculturas ao ar livre. Espalhados entre árvores que datam algumas, do Império, você encontrará esculturas de Rodin, de Carpeaux, de Max Ernst, Giacometti, Dubuffet, Henry Moore, que você contemplará assentado nas cadeiras verdes do Jardim. Essas cadeiras são tão famosas que já foram adotadas mundo afora. Observe que várias esculturas antigas estão danificadas, sem mãos e sem os pés. Elas não foram restauradas e lembrarão para sempre os excessos dos movimentos políticos da História Francesa. Preste atenção na maneira como as árvores são meticulosamente podadas. O efeito gráfico que elas produzem, no inverno, é maravilhoso. Esta poda a 2,20 metros de altura tem por objetivo acentuar a perspectiva até o Arc de La Défense. Duas vezes por ano, na primavera e no outono, os jardineiros plantam e substituem mais de 70 mil plantas e flores.

Jardin des Tuileries

Alameda de esculturas do Jardin des Tuileries
Além dos museus, o Jardim possui uma livraria interessante não somente para aqueles que gostam de plantas e jardins como também para comprar lembrancinhas de Paris. Tem também uma variedade de cafés (com mesas dispostas embaixo das árvores), restaurantes e fontes de várias épocas. Ao todo, são quatro pequenos cafés simples, com toldos vermelhos, que servem crepes franceses até champanhe. Vale lembrar ainda que no verão, entre final de julho e meados de agosto, o Jardim recebe o parque de diversões Fête Foraine, com roda gigante, carrinhos de guloseimas e fantasias se misturam com as esculturas prestigiosas. O espaço ainda recebe eventos como a Feira de Arte Contemporânea em outubro e, desfiles de moda street style e um evento de paisagismo, se tornando um anexo do Grand Palais. Hoje em dia, o Jardin des Tuileries oferece um ambiente de paz e natureza onde poderá descansar ou desfrutar de um passeio tranquilo pela sua avenida central. Fazer piquenique no Tuileries é complicado. Se o Luxembourg tem um pequeno espaço para os piqueniqueiros, o Tuileries não tem nenhum. Esqueça a tradicional toalha quadriculada, instale-se nos bancos e nas cadeiras e deixe a vida passar.