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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Paris - Place de la Concorde

Place de La Concorde
A Place de La Concorde, no 8º arrondissement de Paris, é a maior Praça de Paris (84 mil metros quadrados). É a segunda maior Praça da França (a primeira é a Place de Los Quinconces, em Bordeaux). À beira do Rio Sena, ela é o elo majestoso entre La Défense, a Avenue Champs-Élysées, os Jardins des Tuileries e o Louvre. Praça histórica, ela também liga o Palais Bourbon (Assembleia Nacional), situado na Rive Gauche (margem esquerda do Rio) à Igreja La Madeleine, que fica na Rive Droite (margem direita do Rio). A cidade de Paris, na pessoa de seus vereadores e de seu prefeito, decidiu, em 1748, erigir uma Estátua Equestre do Rei Louis XV para festejar o restabelecimento do Rei após uma doença que o havia acometido em Metz. Foi lançado um concurso para encontrar o melhor local, concurso do qual participam 19 arquitetos, entre os quais Germain Boffrand e Jacques-Germain Soufflot. Um deles, Ange-Jacques Gabriel, propôs reservar uma esplanada simples de terra batida, sem função ou propósito, que se situava ao final do Jardin des Tuileries e que se chamava “Esplanade Du Pont-Tournant”, em referência a uma ponte de madeira que então cruzava o fosso próximo ao terraço das Tuileries. Apesar de fora do centro, o local poderia servir para a urbanização dos novos bairros que tendiam a ser construídos para o oeste da capital, no Faubourg Sainte-Honoré.

Place de La Concorde e o Obelisco de Luxor
O Rei era o proprietário da parte essencial desses terrenos, o que permitiu se realizar as desapropriações necessárias. Antes mesmo de a decisão ser oficialmente tomada, negociações foram iniciadas junto aos herdeiros do economista John Law, proprietários de terrenos marginais ao perímetro necessário à criação, no local, de uma praça real, inscrita na vasta cadeia de praças reais que iriam (em Rennes, Rouen, Bordeaux, Dijon, Nantes ou Montpelier) teatralizar a representação equestre do Rei Louis XV. Valorizada por fachadas desenhadas por Gabriel, a Place Louis XV parisiense tornou-se um intervalo arquitetônico entre as fundações do Palais des Tuileries e as folhagens verdes da Avenue Champs-Élysées

Place de La Concorde e o Obelisco de Luxor
Em 1753, um concurso foi aberto para o planejamento da Esplanada, reservado aos membros da Académie Royale d’Architecture (Academia Real de Arquitetura). Gabriel, diretor da Academia, em sua qualidade de Primeiro Arquiteto do Rei, foi encarregado de estabelecer um projeto, emprestando as melhores ideias propostas pelos concorrentes. Beneficiando-se do apoio de Madame de Pompadour, favorita do Rei, que supervisionou o conjunto dos trabalhos, o projeto foi aceito em 1755. O acordo entre a cidade de Paris, os representantes do Rei e os herdeiros de Law foi assinado em 1758. Em troca dos terrenos cedidos, os herdeiros receberam o edifício situado a noroeste da Place, assim como os terrenos de um lado e do outro da futura Rue Royale. Eles consentiram em pagar a construção das fachadas de todos os edifícios de sua propriedade.

Place de La Concorde

Começada por Edmé Bouchardon e acabada por Jean-Baptiste Pigalle, a Estátua Equestre de Louis XV foi inaugurada em junho de 1763, 15 anos após a ideia original. Ela foi colocada no centro da Esplanada, com a face voltada para o leste, na interseção da nova Rue Royale, que liga a Igreja da Madeleine ao Sena, do Jardin des Tuileries e da Avenue Champs-Élysées. O Rei está vestido à romana e coroado de louros. O pedestral, feito por Jean-François Chalgrin, é ornado por baixo relevos e, em cada ângulo, por uma estátua de bronze evocando as virtudes do Rei: a Força, a Justiça, a Prudência e a Paz. Em maio de 1770, a Place é palco de um acontecimento dramático: no momento em que um espetáculo de fogos de artifício acontecia em honra do casamento do delfim com a arquiduquesa Maria Antonieta da Áustria, 133 pessoas são mortas pisoteadas e sufocadas quando o pânico toma conta da Place, provocado por um incêndio desencadeado pela queda de um foguete. A Place só é totalmente acabada em 1772.

Estátua na Place de La Concorde
No tempo da Revolução Francesa, a Place é o local de passagem obrigatório dos cortejos, sejam improvisados, sejam ritualizados pelo protocolo das festas. Ela foi um dos grandes locais de reunião no período revolucionário, sobretudo depois que nela se instalou a guilhotina. A partir de julho de 1789, antevéspera da Tomada da Bastilha, os bustos de Jacques Necker, Ministro das Finanças demitido, e de Louis Philippe II passam a ser exibidos nela pelos revoltosos; o Principe de Lambesc e seus dragões fazem uma carga contra os manifestantes. No dia seguinte, a multidão pilha as armas do Garde-Meuble (Guarda Móveis - que ficava localizado na Place, no edifício nordeste) para “ir à Bastilha”. Em outubro de 1789, a família real, trazida de Versailles para Paris pelo povo, faz sua entrada no Palais des Tuileries atravessando a Place Louis XV. Em agosto de 1792, já com o Rei deposto, a Estátua de Louis XV é arremessada de seu pedestal. A Place é então rebatizada Place de La Révolution

Obelisco de Luxor
A Place torna-se então o grande teatro sanguinário da Revolução, com a instalação da guilhotina. Ela é instalada aí, porém provisoriamente, em outubro de 1792, para a execução de ladrões de joias da Coroa no Guarde-Meuble. Ela reaparece em janeiro de 1793 para a execução de Louis XVI: ela é então instalada a meia distância da base da estátua derrubada de Louis XV e da entrada da Champs-Élysées. É finalmente em maio de 1793 que ela fixa sua morada na Place, para aí permanecer até junho de 1794, e, desta vez, entre o centro da Place e a entrada do Jardin des Tuileries. Das 2.498 pessoas guilhotinadas em Paris durante a Revolução, 1.119 o são na Place de La Révolution. Entre elas, ficaram gravados os nomes de Maria Antonieta, Charlotte Corday, Manon Roland, Filipe de Orleans, a Condessa Du Barry, Georges-Jacques Danton Guillaume-Chrétien de Lamoignon de Malesherbes e Antoine Lavoisier. O cadafalso é em seguida trnsferido para a Place Du Trône-Renversé (Praça do Trono Derrubado), atual Place de La Nation e só retorna à Place de La Révolution para a execução de Maximilien de Robespierre e seus amigos.

Fonte de Hittorff
Em agosto de 1793, a Estátua de Louis XV é substituída por uma efígie de gesso representando a Liberdade coberta por um barrete vermelho e tendo uma enxada na mão direita. Ela será retirada em junho de 1800. Além disso, cavalos ditos de Marly, obra de Guillaume Coustou, são instalados na entrada dos Champs-Élysées em 1795. Com o fim do Terror, o governo decide rebatizar a Place como Place de La Concorde (1795). Marcada pela lembrança sangrenta do Terror e da execução da família real, a Place de La Concorde propõe um problema político ao governo do século XIX. A Estátua da Liberdade, retirada sob o Consulado, e projetos pensando edificar uma Estátua de Carlos Magno e depois uma fonte, tendo sido abandonados, é finalmente Louis XVIII, quem imagina erigir no centro da Place um monumento à memória de seu irmão, o Rei decapitado Louis XVI; a estátua do Rei mártir, enquadrada por uma capela. Carlos X coloca a primeira pedra em maio de 1826. No mesmo ano, a Place de La Concorde é rebatizada Place Louis XVI (a inscrição ainda é visível no ângulo da Rue Boissy d’Anglais). Mas a estátua projetada não será jamais erguida, interrompida pela Revolução de Julho de 1830, que dá novamente à Place seu nome definitivo: Place de La Concorde

Luminária da Place de la Concorde
Em 1831, o Vice-Rei do Egito, Mehmet Ali, oferece à França os dois obeliscos que marcam a entrada do Palácio de Ramsés II em Tebas, atual Luxor, em reconhecimento ao papel do francês Champollion, primeiro tradutor de hieróglifos. O primeiro chegou a Paris em dezembro de 1833, o segundo nunca chegou. É Louis Felipe I quem decide erigi-lo na Place de La Concorde onde “ele não lembrará nenhum acontecimento político”. A operação, verdadeira proeza técnica, se realiza em outubro de 1836, sob a direção do Engenheiro da Marinha Apollinaire Lebas, na presença de mais de 200 mil pessoas. O Rei e a família real, incertos quanto ao sucesso da operação, preferiram assisti-la dos salões da Guarde-Mueble, e só apareceram sobre o balcão para colher os aplausos da multidão no momento preciso em que o monólito se colocou na vertical. Ao contrário do que muitos pensam essa não é mais uma conquista das batalhas napoleônicas. Esta obra-prima de granito rosa tem 33 metros de altura e pesa 230 toneladas. Está erigido sobre uma base de nove metros e coberto por uma pequena pirâmide dourada com mais de três metros e meio. Os hieróglifos que o cobrem celebram a glória do Faraó Ramsés II. A pequena pirâmide, que serve de ponta ao obelisco, foi acrescentada em maio de 1998, feita de bronze e folhas de ouro. O Obelisco situa-se sobre a linha do Eixo Histórico de Paris que vai do Arc de Triomph ao Arc de La Défense, passando pelo Jardin des Tuileries e pela Avenue Champs Élysées. O Obelisco serve também de quadrante solar, graças às linhas traçadas no solo ao seu redor.

Fonte de Hittorff e Obelisco de Luxor
Entre 1836 e 1846, a Place foi transformada pelo arquiteto Jacques-Ignace Hittorff, conservando o princípio imaginado por Gabriel. Ele junta ao projeto duas fontes monumentais – a Fontaine des Mers (Fonte dos Mares) e a Fontaine des Fleuves (Fonte dos Rios) – de um lado e outro do Obelisco e circunda a Place por lampadários e colunas rostais. A Place deseja ser, assim, celebração ao gênio naval da França, em referência à presença, em um dos edifícios construídos por Gabriel, do Ministério da Marinha. As duas fontes – inauguradas em primeiro de maio de 1840 pelo Prefeito Rambuteau – celebram Navegação Fluvial (Fonte Norte, com figuras sentadas representando os Rios Rhin e Rhône e as colheitas de uva e trigo) e a Navegação Marítima (Fonte Sul, com o Mediterrâneo, o oceano e a pesca). As colunas rostais levam proas de navio, que evocam igualmente o emblema da Cidade de Paris. As fontes acrescentadas por Hittorff são inspiradas pelas da Basílica de São Pedro em Roma. Aproveite sua passagem por este importante marco histórico para tirar algumas fotos com o Obelisco e com as bonitas fontes douradas. Estátuas alegóricas de oito cidades francesas desenham o contorno do octógono imaginado por Gabriel. A estátua evocando Strasburg é coberta de negro a partir de 1871, data da anexação da Alsácia-Lorena à Alemanha. Em 1854, os fossos, que Hittorff havia conservado, são cobertos para melhor adaptar a Place à circulação.

Place de La Concorde
A Place tem como decoração numerosas estátuas e mobiliário urbano, como por exemplo, Les Chevaux de Marly à entrada dos Champs Élysées, e é animado pelos bouquinistas (vendedores de livros usados) no cais do Rio Sena. Do outro lado, o Hôtel de Crillon acolhe personalidades mundialmente conhecidas e abriga o célebre Maxim’s. Na extremidade norte, dois largos edifícios em pedra idênticos fecham a perspectiva. Divididos pela Rue Royale, estas estruturas estão entre os maiores exemplos da arquitetura do século XVIII. O prédio situado a leste da Rue Royale era, desde sua origem, pertencente inteiramente à Coroa. 

Place de La Concorde
Hoje a Place voltou a ter clima festivo e recebe dezenas de noivas em busca da foto perfeita e de turistas encantados com as maravilhas de Paris. A Place de La Concorde é um lugar super legal e uma divisão de duas partes completamente diferentes da cidade, os jardins do Louvre e a Avenue Champs-Élysées. A principal particularidade da Place de La Concorde é que ela é delimitada pelo «vazio» em três lados (contrariamente à maior parte das praças que são delimitadas por edifícios de todos os lados): os Champs-Élysées, o Jardin des Tuileries e o Rio Sena. Quando chega à noite, a Place de La Concorde toda iluminada resplandece como uma joia da “Cidade Luz”.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Tour pela Europa I - Paris

Paris
Chegamos à última etapa de nosso Tour pela Europa, Paris. A viagem de trem saindo de Genebra, na Suíça, pela Gare Geneve CFF e chegando à Paris Gare Lyon, dura cerca de três horas e meia. A hospedagem foi no Hotel Íbis Paris Berthier Porte de Clichy, nome pomposo para um hotel três estrelas localizado no coração do novo bairro ecológico de Batignolles-Montmartre, no 17º arrondissement de Paris.

Paris

Rio Sena
Tudo o que contam sobre Paris é verdade. Poucos lugares do planeta marcam um antes e um depois tão claro na vida de quem a visita. A capital da França não foi presenteada com uma geografia que a diferenciasse especialmente por sua beleza natural, como o Rio de Janeiro ou Veneza, por exemplo. Mas seu conjunto arquitetônico deslumbrante, o charme de suas ruas e avenidas e seus imponentes monumentos lembram o turista a todo o momento que ele está diante de parte do melhor que o ser humano foi capaz de construir – e preservar. Restringindo-se ou não ao clássico circuito Louvre-Torre Eiffel-Arco do Triunfo-Champs Élysées, a pé, de metrô ou de bicicleta, o que não falta é local bonito para conhecer – tanto para notívagos quanto para quem acorda cedo. Paris tem muita informação em cada esquina, cada pequeno café, cada impecável bulevar. Uma quantidade de atrativos que se equipara à sua riqueza humana, fazendo do encontro entre o multiculturalismo dos milhões de imigrantes e o orgulho e a elegância dos parisienses um programa imperdível por si só.

Rio Sena

Hotel Íbis Paris Berthier Porte de Clichy
Paris é uma das cidades mais belas e charmosas do Mundo. A história, atmosfera, charme, beleza, atrações e a gastronomia são apenas algumas das maravilhas que a “Cidade Luz” pode oferecer aos visitantes. Deslumbrar-se com Paris não exige muito esforço. Mas conhecer Paris, aí sim, é preciso uma preparação detalhada do roteiro, das prioridades e do quanto se deseja gastar, a fim de fazer dessa viagem à França uma experiência única e indescritível. Em primeiro lugar, deve-se escolher a época do ano que deseja visitar a capital francesa. Por mais incrível que pareça, a cada estação Paris revela-se ainda mais esplendorosa, cabendo, então, ao viajante, escolher a sua estação favorita. No verão, a cidade ganha vida com os parques repletos de pessoas e os banhos de sol às margens do Rio Sena, fazendo a alegria de turistas e franceses. Na primavera - as flores. Não há visão mais bela do que passear pelo Jardin des Tuileries ou Jardin Du Luxembourg repleto de flores de todos os tipos, perfumes e cores. Já no outono, a temperatura agradável, o clima e o número reduzido de turistas conferem ainda mais charme à “Cidade Luz”. No inverno, o branco da neve contrastando com o tom pastel da arquitetura clássica parisiense confere uma beleza única a uma cidade que já nasceu bela e deslumbrante.

Ruas agitadas de Paris

Parques de Paris
A “Cidade Luz” é capaz de surpreender sempre, seja você um frequentador local ou esteja visitando-a pela primeira vez. Um grande centro repleto de opções para todas as idades e gostos, rico em história, cultura, cheio de bairros vibrantes, cartões-postais mundialmente conhecidos, bons restaurantes, centros de compras e muito mais. Berço da cultura e da arte, a capital francesa é um destino que merece ser explorado a fundo e para isso é necessário certo tempo. O ideal é que o visitante reserve ao menos quatro dias de estadia na cidade, período que, ainda assim, pode não ser suficiente, dependendo da quantidade de atrações a serem visitadas.


Paris
Para situar os que estão conhecendo a cidade pela primeira vez, uma breve explicação: a capital francesa está dividida em 20 bairros numerados, os chamados arrondissements. Quanto mais baixo o número, mais centralizado é o ponto de interesse. Para ter uma ideia, o primeiro arrondissement engloba a área do Museu do Louvre e em torno da Catedral de Notre-Dame. Além disso, o famoso Rio Sena, sempre repleto de barcos turísticos em toda a sua extensão, também corta a cidade em duas partes: a margem direita (Rive Droite) – considerada a mais sofisticada, por sinal – e a margem esquerda (Rive Gauche).

Rio Sena

Paris
Paris é a capital e a mais populosa cidade da França, bem como a capital da região administrativa de Ilha de França. A cidade se situa em um dos meandros do Rio Sena, no centro da bacia parisiense, entre os confluentes do Marne e do Sena rio acima, e do Oise e do Sena rio abaixo. No coração da bacia parisiense se situam as duas ilhas as quais constituem o centro histórico da cidade: a Ile de La Cité a oeste e a Ile Saint-Louis a leste. De lá, se estende de forma desigual dum lado e doutro do rio, sendo a superfície ocupada ao norte sobre a margem direita claramente superior (cerca do dobro de área) àquela sobre a margem esquerda ao sul. Como a antiga capital de um império estendido pelos cinco continentes, é, hoje, a capital do mundo francófono.

Rio Sena

Jardins de Paris
Paris, contudo, não se limita às atrações mais famosas, valendo uma visita à La Defense, maior distrito comercial da Europa, com hotéis, Shopping Center, arranha-céus e um mirante no topo de uma das torres de onde se tem uma excelente vista da cidade. O contraste entre a Paris clássica e a moderna dará uma visão interessante da cidade. “Território dos Artistas”, o Le Marais está repleto de bares e restaurantes, butiques vintage, museus e galerias de arte. A Rue des Rosiers e a Rue des Ecouffes, por exemplo, são locais que têm uma atmosfera super vibrante, onde você pode aproveitar para experimentar várias delícias da culinária oriental. O Montparnasse é excelente para caminhadas ou apenas para sentar-se em um café e observar o vaivém nas ruas. 

Paris

Universidade Paris-Sorbonne
Aos domingos, a Place Fernand Mourlot tem uma feirinha de arte muito interessante; Na Rue Du Montparnasse, que fica bem próxima da praça e, do cemitério, você encontra uma variedade enorme de creperias, entre elas, a famosa Josselin. O Quartier Latin, endereço da Universidade Paris-Sorbonne, recebeu este nome devido ao idioma falado pelos estudantes universitários. Excelente área para caminhadas, com uma grande quantidade de cinemas, bares e restaurantes. A origem da Universidade de Sorbonne remonta a 1257. A Universidade vivia essencialmente em torno da Montanha Sainte-Geneviève, na Rive Gauche. Esse bairro, o Quatier Latin, ainda é hoje em dia um centro universitário de importância.

Prefeitura de Paris

Paris
A posição de Paris numa encruzilhada entre os itinerários comerciais terrestres e fluviais no coração de uma rica região agrícola a tornou uma das principais cidades da França ao longo do século X, beneficiada com palácios reais, ricas abadias e uma catedral. Ao longo do século XII, Paris se tornou um dos primeiros focos europeus do ensino e da arte. Desde o século XII, Paris tem sido um dos grandes centros intelectuais da Europa, principalmente em matéria de teologia e filosofia. Ao fixarem-se os Reis de França e, pois, também a Corte (o que incluía grande parte da alta nobreza francesa), na cidade, sua importância econômica e política não cessou de crescer. Assim, no início do século XIV, Paris era a mais importante cidade de todo o mundo ocidental. No século XVII, era a capital da maior potência política europeia; no século XVIII, era o centro cultural da Europa e, no século XIX, era a capital da arte e do lazer, a Meca da Belle Époque. Sua arquitetura, seus parques, suas avenidas e seus museus fazem-na a cidade mais visitada do mundo francófono, segundo a Secretaria de Turismo e de Congressos de Paris. As margens parisienses do Sena foram inscritas, em 1991, na lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Paris

Paris às margens do Rio Sena
Paris, como o resto a Ile-de-France, mas de maneira ainda mais marcada, é mais rica e mais terceirizada que a média francesa. A aglomeração parisiense é, todavia claramente menos especializada economicamente que os outros grandes centros econômicos mundiais, notadamente Londres, sua grande rival na Europa, que é particularmente dinâmica no setor financeiro. Abrigando numerosos monumentos, por seu considerável papel político e econômico, Paris é também uma cidade importante na história do mundo. Símbolo da cultura francesa ocupa também, um lugar preponderante no mundo da moda e do luxo. Ao longo do século XX, a área metropolitana de Paris, se desenvolveu largamente fora dos limites da comuna original. A Grande Paris é uma das maiores aglomerações urbanas da Europa e da União Europeia. A Região Parisiense é um ator econômico europeu de primeira grandeza, sendo a primeira região econômica europeia.

Paris

Rive Gauche e Rive Droite
A maioria dos soberanos franceses desde a Idade Média se empenharam em deixar sua marca sobre uma cidade que não fora jamais destruída como foram Londres (pelo grande incêndio de 1666) e Lisboa (pelo terremoto de 1755). Paris soube elaborar um estilo homogêneo, no qual marcas do passado remoto no traçado de certas ruas convivem lado a lado com uma infraestrutura moderna. A atual organização da cidade muito deve às obras de Haussmann, durante o Segundo Império. Foi ele quem abriu a maioria das vias de maior circulação hoje em dia (Boulevard Saint-Germain, Boulevard de Sébastopol, etc.). Costuma-se associar Paris ao alinhamento de imóveis de mesma altura ao longo de avenidas ladeadas de árvores, às fachadas ritmadas pelos ornamentos do segundo andar e pelos balcões contíguos do quinto andar. O centro de Paris se distingue dos centros de muitas grandes cidades ocidentais por sua alta densidade populacional.

Torre Eiffel

Restaurante Le Consulat
O maior setor econômico é o turismo de lazer (cafés, hotéis, restaurantes e serviços relacionados) e o profissional (salão, congresso etc.). Ela enfrenta a concorrência emergente das cidades do Leste e do Sul Europeu que são por vezes mais baratas. Assim, Madrid é uma concorrente séria no turismo de lazer, Viena e Milão o são no turismo profissional. Paris dispõe de uma rede hoteleira muito diversificada, a um custo menor que várias outras capitais no setor de duas e três estrelas e se beneficia ainda de sua reputação no setor de elegância, luxo, perfumes, moda e gastronomia. Como todas as grandes metrópoles do planeta, Paris sofre as consequências ambientais ligadas à escalada da sua população e da sua atividade econômica. Paris é a capital de maior densidade populacional da Europa. Os espaços verdes são poucos e de baixa biodiversidade, apesar dos parques e jardins que tem sido criados no curso das duas últimas décadas a fim de paliar essa carência.

Restaurante Le Consulat

Rive Droite
Paris tem um lugar privilegiado no âmbito artístico e cultural a nível mundial nos últimos séculos. Nasceram na cidade movimentos artísticos como o expressionismo, o surrealismo e o fauvismo e importantes figuras da arte e pensamento como René Descartes, Voltaire, Victor Hugo, Émile Zola, Alexandre Dumas (filho), Edgar Degas, Claude Monet, Jean-Paul Sartre, Jean Renoir, Louis Malle, Henri Cartier Bresson, Simone de Beauvoir, Edith Piaf. Também acolheu a numerosos artistas estrangeiros como Luis Buñuel, Leonardo da Vinci, Vincent van Gogh, Pablo Picasso e a escritores como Ernest Hemingway, Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa, Samuel Beckett, Julio Cortázar, Francis Scott Fitzgerald, Joyce, Oscar Wilde e outras.


Anoitecer em Paris
Para se locomover dentro da cidade, além de ônibus, há o metrô, com 14 linhas, sendo o terceiro maior da Europa. Paris é, após Londres, a cidade europeia que mais contabiliza passageiros aéreos, sendo a quinta do mundo. Como em todas as metrópoles do planeta, o trânsito é bastante denso e frequentemente complicado apesar das largas avenidas traçadas por Haussmann no século XIX que grandemente facilitaram então um tráfego que já era pesado naquela época. Paris também é conhecida pelas compras. Contudo, não apenas as grandes lojas de grifes famosas dominam o universo consumista da capital francesa. O viajante menos abastado pode fazer boas compras em lojas de departamentos e outlets. A mais famosa loja de departamento é a Galeria Lafayette, que fica próxima a Ópera de Paris, onde você poderá comprar desde bebidas e roupas a móveis e eletrônicos a preços razoáveis. 


Paris
"Turismo", no senso moderno do termo, não atingiu um amplo número em Paris, até que surgiu a ferrovia, no curso dos anos 1840. Mas se Paris é hoje em dia a capital mais visitada do mundo, ela é julgada como uma das menos acolhedoras e das mais caras: segundo uma enquete realizada em 60 cidades através do mundo, ela se situa em primeiro lugar em beleza e dinamismo, mas uma das piores qualificadas no que concerne à qualidade do acolhimento (52° dentre 60) e os preços praticados (somente 55°). Por isso os meninos não se hospedaram em albergues, eram muito caros e muito mal qualificados. Ela é ainda assim a cidade onde se organiza o maior número de congressos internacionais.