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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Tour pela Europa II - Paris

Arc de Triomphe
         A segunda etapa deste Tour pela Europa II foi em Paris, França. A viagem de Genebra para Paris foi de avião, saindo do Aéroport de Geneve-Cointrin direto para o Charles de Gaulle Airport, na cidade vizinha de Roissy, localizado a 50 minutos da cidade, via Air France. Este é o principal aeroporto, destino dos voos internacionais que chegam à França. A viagem dura pouco mais de uma hora, mas o tempo gasto entre aeroportos e local de hospedagem é longo. Vale a pena ir de trem. A viagem de trem dura cerca de três horas, chegando à Gare Du Nord, que é mais central, valendo mais a pena. Como todas as passagens deste Tour foram compradas com pelo menos cinco meses de antecedência, as passagens de trem ainda não estavam disponíveis para venda (disponíveis somente 30 dias antes da viagem).

Arc de Triomphe

Tour Eiffel
A hospedagem em Paris foi ao estilo “troca-casa”. A casa foi escolhida através de sites especializados nisso. É uma espécie de rede social para trocas de imóveis por temporada. Nele, você faz um perfil do imóvel, suas características básicas, e descreve o entorno onde vive. Coloca fotos, vídeo e um pequeno relato sobre os donos e seus interesses. Pode incluir também uma lista de restrições, como ‘não fumantes’. São casas, apartamentos, sítios, casas de praia etc. do mundo inteiro. A negociação pode ser comparada a um "namoro virtual". Você espera ansiosamente pelos e-mails, tem dúvidas, fica nervoso e sempre tem vontade de conversar mais. Isso porque há medo de ambas as partes — todos querem que suas casas fiquem perfeitas. Mas, embora haja essa apreensão inicial, é um processo interessante, rico em trocas culturais. Pode demorar alguns dias até que você consiga fazer a troca no período que você deseja. Para quem gosta de ter contato com as pessoas do país, certamente trocar de casa é uma boa opção. E, diferentemente de se alojar em um hotel, você estabelece sua rotina ao passeio, sem hora para o café da manhã, check-in e checkout. 

Tour Eiffel

Musée du Louvre e sua pirâmide de vidro
Paris é romântica, emocionante, histórica, Paris é vibrante, elegante! A receita é clássica. Para aproveitar Paris ao máximo, basta caminhar ao acaso. No caminho é impossível não topar com cartões-postais - que ficam ainda mais inesquecíveis quando aparecem assim, do nada, sem avisar. Tudo o que contam sobre Paris é verdade. Poucos lugares do planeta marcam um antes e um depois tão claro na vida de quem a visita. A capital da França não foi presenteada com uma geografia que a diferenciasse especialmente por sua beleza natural, como o Rio de Janeiro ou Veneza, por exemplo. Mas seu conjunto arquitetônico deslumbrante, o charme de suas ruas e avenidas e seus imponentes monumentos lembram o turista a todo o momento que ele está diante de parte do melhor que o ser humano foi capaz de construir – e preservar. 

Musée du Louvre e sua pirâmide de vidro

Palais du Luxembourg
Restringindo-se ou não ao clássico circuito Museu do LouvreTorre EiffelArco do TriunfoChamps Elysées, a pé, de metrô ou de bicicleta, o que não falta é local bonito para conhecer – tanto para notívagos quanto para quem acorda cedo. Paris tem muita informação em cada esquina, cada pequeno café, cada impecável bulevar. Uma quantidade de atrativos que se equipara à sua riqueza humana, fazendo do encontro entre o multiculturalismo dos milhões de imigrantes e o orgulho e a elegância dos parisienses um programa imperdível por si só. Paris é uma cidade que parece feita para o viajante. Suas ruas, praças, edifícios, jardins e monumentos parecem idealizados para que qualquer pessoa que a visite deseje voltar.

Palais du Luxembourg

Jardins du Luxembourg
Paris é a “Cidade Luz”, a cidade dos amantes por excelência, o destino que atrai milhões de visitantes todos os anos, cativados por muitos monumentos que adornam suas ruas banhadas pelo Rio Sena. Queridinha dos apaixonados, muitos casais passam a lua de mel na cidade e fazem juras de amor em um dos cenários mais românticos do mundo. Para os amantes da cultura, Paris é um paraíso, pois a cidade reúne alguns dos melhores museus do mundo. A capital da França tem uma magia inexplicável que hipnotiza através dos séculos. Paris é... Paris. Não há necessidade de maiores adjetivos para reconhecer o que na mente desperta esta cidade no viajante.

Jardins du Luxembourg

Basilique du Sacré Coeur
A atmosfera de Paris exala glamour, beleza, história, arte, cultura e gastronomia bem peculiares em seus 20 distritos, os chamados “arrondissements”. Eles correspondem a uma divisão administrativa que decompõe a comuna da capital da França. Estão distribuídos segundo uma espiral que se desenvolve no sentido dos ponteiros do relógio a partir de um ponto central da cidade, localizado no Louvre (1º arrondissement). A maior parte das famosas atrações turísticas pode ser encontrada nos 11 arrondissements mais centrais. Porém, ao contrário de Londres aonde as áreas mais afastadas realmente são muito afastadas do centro da cidade, o número 18 não fica muito longe da área central. 

Basilique du Sacré Coeur

Pont Alexandre III
Paris tem opções para todas as idades e gostos, é rica em história, cultura e cartões-postais mundialmente conhecidos. Cenário de filmes e berço de grandes pensadores, reis absolutistas, navegadores, artistas, pintores e cantores, deixa até hoje um grande legado para a humanidade. Famosa por sua culinária, por seus gatos espalhados por suas ruas, por sua riqueza, bons restaurantes e centros de compras. Paris é tão intensa como sutil, tão veloz na vida cotidiana como repousada nas tardes de boemia, tão moderna como antiga, tão culta como popular; é tão francesa, que não se concebe a França sem ela.

Cadeado do amor na Pont des Arts

Pantheón
Capital e berço da moda, Paris é uma cidade bonita, cheia de pessoas elegantes, com um sentido estético naturalmente apurado, que não as deixa sair de casa de qualquer forma. Isso não significa que os parisienses estejam sempre em compras. Pelo contrário, valorizam a qualidade em detrimento da quantidade. Cidade onde nasceu a moda, como é conhecida hoje, e mãe das grandes casas de alta costura, Paris mantém o título de uma das melhores cidades de compras do mundo. De artigos de luxo sim, mas não só. O conhecido Triângulo de Ouro, formado pelas Avenidas George V, Montaigne e Champs Elysées, é onde se concentram a maior parte das casas Chanel, Dior, Louis Vuitton, Lanvin, Prada e Hermès, bem como na Avenue Saint Honoré e nas avenidas circundantes da Ópera Garnier, onde ficam, por exemplo, as Galerias Lafayette. Se o orçamento é outro, permita­-se descobrir as lojas de criadores emergentes, vintage e outlets do Marais, da Rue Étienne Marcel, Rue da Alésia e Canal de St. Martin.

Cathédrale Notre-Dame de Paris

Cathédrale Notre-Dame de Paris
As longas avenidas rodeadas de árvores, as pontes, os candeeiros de ferro, os cafés com esplanadas aquecidas, os prédios nunca demasiado altos, a Torre Eiffel iluminada, os museus e os monumentos mais conhecidos do mundo e os crepes de chocolate na rua. Comer e beber bem é próprio dos franceses e comer bem é fazê-lo com requinte, qualidade e apresentação. Talvez a única exceção a isso sejam os maravilhosos crepes quentes com chocolate, vendidos democraticamente em qualquer esquina, ou a famosa baguette, que segue viagem na mão de um parisiense a caminho de casa. Depois, vêm os coloridos macarrons, os croissants, os vinhos, como os de Champagne, o Bourgogne ou o Bordeaux e queijos Roquefort ou Camembert. Sabores elegantes, muito ao estilo francês, que fazem as delícias dos apreciadores gastronômicos de todo o mundo.

Jardins du Trocadero

Champs de Mars
Isto é Paris, mas não só. Ao mesmo tempo em que tudo lhe possa parecer familiar, a cidade está em constante renovação e crescimento, ainda que de forma regulada, associada sempre a um delicado bom senso, a que se pode chamar elegância. É isso. Elegância. Nenhuma outra palavra descreve melhor a aura de Paris, sendo essa elegância que apaixona qualquer visitante, em qualquer altura do ano. Quer saber mais sobre Paris? Leia o Tour pela Europa I.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Paris - Jardin du Luxembourg

Jardin du Luxembourg
Criado no século XVI para cercar o Palácio de mesmo nome, o Jardin Du Luxembourg é um perfeito exemplo de delicadeza e beleza de certos espaços em Paris. Sobretudo na primavera, quando suas diversas e coloridas flores desabrocham e as árvores de seu pomar lotam de frutas, fenômeno que atrai habitantes de Paris e turistas. O formal Jardin Du Luxembourg apresenta 25 hectares de parterres empedrados e relvados, povoados por estátuas e providos de grandes tanques de água onde as crianças pilotam modelos de barcos. Muito apreciado pelos parisienses, o Jardin Du Luxembourg é uma dependência do Palais Du Luxembourg. No canto sudoeste, existe um pomar de macieiras e pereiras e o Théâtre des Marionettes. O Jardin Du Luxembourg fica sobre a margem esquerda do Palais, era outrora uma dependência privada do Palácio construído por Marie de Medicis, em cerca de 1625 e se localiza ao longo de Saint-Germain-des-Prés e do Quartier Latin, entre o Boulevard Saint Michel, a Rue Vaugirard e a Rue Notre-Dame des Champs. O Jardin Du Luxembourg é considerado o maior parque público (é gratuito também) de Paris. Fica próximo ao Teatro Odéon.

Palais du Luxembourg e o Grande Lago

Uma das inúmeras
esculturas do Jardim
No ano seguinte ao início da construção do Palais Du Luxembourg, Marie de Medicis ordenou o plantio de dois mil ulmeiros e contratou Tommaso Francini, especialista em jardinagem para recriar os jardins que ela conheceu quando criança em Florença. O Jardin Du Luxembourg foi feito para “matar as saudades” de sua Florença natal, e foi criado inspirado dos Jardins Boboli. Marie de Medicis pediu que fossem trazidas flores de Florença e que a arquitetura do lugar lembrasse a arquitetura dos Jardins encontrados na sua terra natal. Francini planeou dois terraços com balaustradas e parterres colocados ao longo do eixo do Château, em torno de uma área circular. Também construiu a Fontaine Medicis a leste do Palácio, um dos elementos decorativos mais bonitos do Jardim. Pegue uma cadeira por perto, sente-se ao lado desta Fontaine e deixe o tempo passar (são mais de mil bancos e quatro mil cadeiras). O Jardim original tinha oito hectares de área. Menos regular do que o Jardin des Tuileries (Catherine de Medicis), o Jardin Du Luxembourg continua sendo um dos mais belos jardins em Paris. Esse Jardim se difere também do Tuileries porque parece mais um parque.


A famosa Estátua de Faune Dansant
com o Palais du Luxembourg ao fundo
Os Jardins Du Luxembourg contam com numerosos monumentos e estátuas, sendo então uma espécie de museu ou galeria de artes a céu aberto. A coleção de arte e esculturas é dos séculos XVI a XIX. O Jardim possui mais de 100 estátuas, monumentos e chafarizes, espalhados por todo o terreno. Aí encontramos esculturas clássicas e contemporâneas de animais, personalidades, santos, reis, alegorias, personagens da mitologia. Em torno do espaço verde central estão dispostas cerca de 20 figuras históricas de rainhas francesas e santas comissionadas por Louis-Philippe, em 1848, sobre pedestais, incluindo estátuas de Joana III de Navarra, Branca de Castela, Ana de Áustria, Luísa de Sabóia, Marguerite de Provence e Anne de França. Luxembourg era amado pelos escritores que viviam nos arredores do Jardim: Baudelaire, Lamartine, Musset, Verlaine, Victor Hugo, George Sand, Balzac, Hemingway, Sartre. 

Escultura da Grande Cabeça



Além das 20 estátuas reais, o Luxembourg tem outras dezenas de esculturas e monumentos que foram sendo acrescentadas ao longo dos anos, como o primeiro estudo da Estátua da Liberdade, uma versão francesa da Boca da Verdade e bustos de escritores e cientistas. Uma figura marcante e controversa que ganhou uma estátua nos jardins é a escritora/Marquesa de Dudevant, Amantine-Lucile-Aurore Dupin (1804-1876), que usou não apenas um pseudônimo masculino, George Sand, mas circulava por Paris com roupas masculinas, fumava em público e dividia opiniões de ilustres escritores, como Baudelaire e Balzac. O Jardim foi cenário de Os Miseráveis, de Victor Hugo, no entanto foi o Barão Haussmann que deu ao Jardim o traçado que ele possui hoje. 


Jardin de Luxembourg e o Grande Lago
Nos poucos dias de sol do outono, nos belos dias de primavera e verão, entre os turnos de trabalho, aulas ou passeios turísticos, os parisienses e visitantes optam por comprar refeições já preparadas e prontas para comer e degustam-nas no Jardim, onde o podem admirar sob a luz. Ponto imperdível e romântico, ele é muito frequentado pelos turistas e pelos parisienses a passeio, estes o chamam de Luco. Composto de longas alamedas, espaços arborizados e vastos gramados, ele oferece canteiros de flores tanto “à francesa” como “à inglesa”, projetados originalmente por André Le Nôtre. No Grande Lago em frente ao Palácio, a criançada brinca com miniaturas de veleiros de madeira, enquanto no famoso coreto, na primavera e no verão, acontecem concertos clássicos, shows de jazz e de música do mundo todo.

  
Desde o início, você vê os portões cheios de árvores e arbustos, sem falar nas flores super coloridas e de espécies diferentes. Além de admirar seus canteiros floridos, ler e tomar sol nas suas cadeiras, o Luxembourg ainda oferece seis campos de tênis, quatro campos para jogos de bocha, uma quadra para basquete, um coreto para concertos, mesas para jogos de xadrez, dois espaços para exposições, espaços para jogos e brincadeiras para crianças até 12 anos, carrossel com cavalinhos de madeira, teatro de marionetes, passeios de pônei, barquinhos a vela no Grande Lago (várias gerações passaram por lá e brincaram com os mesmos barcos. Estes barquinhos representam mais que um jogo. Eles são míticos. Cada um deles tem a bandeira de um país. A do Brasil está lá também.) e dois pequenos restaurantes rústicos, oferecendo pratos simples, sanduíches e saladas. Se quiser uma opção mais sofisticada, ao lado do Musée Du Luxembourg você encontra uma filial da famosa casa de chá e pâtisserie Angelina. Trata-se de um endereço ideal para os dias bonitos e ensolarados quando as mesas ocupam uma parte do Jardim.


Único local permitido pisar na grama
O único defeito do Luxembourg é o fato de não podermos desfrutar dos seus maravilhosos gramados. Imagine um dia bonito, um bom sanduíche, umas frutas, um vinho gostoso e uma toalha estendida na grama. Mais parisiense impossível. Proibido. No Jardim todo, existe um único e pequeno espaço acessível e todos se aglutinam por aí. Trata-se do gramado perto do Observatoire. Uma sugestão: se quiser fazer piquenique no Luxembourg e o espaço acessível estiver entupido, sente-se nas cadeiras ou nos bancos. O prazer será quase o mesmo. Em certas áreas os cachorros são aceitos com a condição que o seu proprietário pegue, no distribuidor, um saquinho para recolher “o caca”, como dizem os franceses, do Toutou (Totó). Reserve uma tarde para conhecer todo o Jardin Du Luxembourg, aproveitando sua proximidade com a Catedral de Notre-Dame, o segundo ponto mais visitado de Paris.






segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Paris - Palais du Luxembourg

Palais du Luxembourg
Ah, Paris! Lugar inesquecível de se conhecer e que você vai querer voltar muitas vezes. Situado ao lado do Jardin Du Luxembourg (ou Jardim de Luxemburgo), o Palais Du Luxembourg impressiona por sua beleza, em perfeita harmonia com o ambiente. O Palais Du Luxembourg é um Palácio localizado no 6º arrondissement de Paris, na França. O Palácio, que desde 1958 é sede do Senado Francês, não passara inicialmente de um capricho da Rainha Marie de Médicis, mãe do Rei Louis XIII. Tudo começa quando Marie de Médicis, Rainha-regente e viúva de Henrique IV, diz não suportar mais viver no Palais Du Louvre. A proximidade com o Rio Sena, então depósito de todo lixo e dejetos existentes, fazia com que os odores no velho Palácio fossem insuportáveis. Duas grandes questões intrigavam, então, a Rainha e sua corte: mudar para onde? E qual lugar seria digno de acolher uma moradora tão ilustre? Em meados de abril de 1612, Marie de Médicis tomou conhecimento de uma construção elegante do século XVI, um Hôtel Particulier (um pequeno palácio urbano), que pertencia a François de Luxembourg, Duque de Piney. Praticamente na mesma hora, ela viu ali o lugar perfeito para se mudar. Então, ela compra a propriedade e outros terrenos vizinhos, pois só o Hôtel não tinha tamanho suficiente para comportar uma Regente como moradora.

Fachada do Palais du Luxembourg
Os trabalhos começam em 1615 e são confiados ao arquiteto Salomon de Brosse. A propriedade original é preservada, mas as casas dos terrenos vizinhos são demolidas para que seja construído o Palácio da Rainha. O nome do antigo proprietário continua ligado ao lugar. O Hôtel onde morava o Duque passa a ser chamado de Petit Luxembourg para se diferenciar do Palácio real vizinho, conhecido como Palais Du Luxembourg (Palácio de Luxemburgo) ou Grand Luxembourg. Marie de Médicis se muda em 1625, mas as construções só acabam em 1631. No Petit Luxembourg ela instala o Cardeal de Richelieu, que era seu homem de confiança.

Palais du Luxembourg
O Palais Du Luxembourg tem mais de residência secundária que de Palácio urbano oficial. A sua planta é bastante característica dos Châteaux franceses, como o de Verneuil-em-Halatte, no qual Salomon de Brosse participou. Compõe-se por um pátio quadrado, o Cour d’honneur, um corpo de entrada coroado por uma cúpula, a Cúpula Tournon, e por pavilhões redobrados no corps de logis. Novidades, como o corps de logis, que toma uma grande amplitude em comparação com as duas alas, ou ainda a parte central monumental, marcam o Château. O Palais Du Luxembourg é o resultado da livre inspiração no Palazzo Pitti (Florença) pedida por Marie de Médicis que, tendo-se casado no Palais Du Louvre, desejava reencontrar o espírito florentino e a doçura que este lhe evocava, nomeadamente através do emprego das ornamentações de pedra na arquitetura do edifício em vez de uma mistura de tijolo e pedra, como se encontra, por exemplo, no pavilhão de caça do Château de Versailles.

Palais du Luxembourg
Os aposentos de um dos lados, no piso térreo, foram reservados para a Rainha, e o conjunto correspondente no outro lado para Louis XIII. A Rainha-mãe foi expulsa da Corte no mesmo ano, na sequência da Journée des Dupes. Louis XIII encomendou, mais tarde, decorações para o Palácio a Nicolas Poussin e Philippe de Champaigne. Em 1642, Marie deixou em herança o Palais Du Luxembourg ao seu segundo filho, Gastão de Orleans, o irmão mais novo do Rei. O Palácio passou depois para a sua viúva e para a sua filha, Ana, Duquesa de Montpensier, que fez dele a sua residência. A filha desta, a Duquesa de Guise, herdou-o em 1660 e deu-o a Louis XIV em 1694. O Palácio não voltaria a ser habitado até ser possuído por Louis XVI que o deu em 1778, ao seu irmão, o Conde de Provence

Palais du Luxembourg
Durante a Revolução, foi uma prisão durante um breve período, em seguida foi o centro do Diretório, ou seja, do governo, enquanto o Petit Luxembourg passa a ser a residência de seus diretores. A partir de então, a vocação “governamental” do Palais Du Luxembourg nunca mais será abandonada. Napoleão Bonaparte decide criar o Senado Conservador, uma assembleia composta por 80 senadores com idade mínima de 40 anos. Eles instalam sua sede no Palácio a partir de 1804 e o presidente faz do Petit Luxembourg sua residência. Com o passar dos anos, a assembleia muda de nome: Chambre des Pairs (uma espécie de Câmara dos Lordes) e, depois, Senado. Hoje, o Senado conta com 343 membros e seu presidente continua morando no Petit Luxembourg.

Palais du Luxembourg
No século XIX o Palácio foi extensamente remodelado, com uma nova fachada para o Jardim, obra de Alphonse de Gisors realizada entre 1836 e 1841, e um ciclo de pinturas, realizado entre 1845 e 1847 por Eugène Delacroix, o qual foi adicionado à Biblioteca. A construção e mobiliamento do Palácio formaram o seu principal projeto artístico, apesar de nada restar atualmente dos interiores tais como foram criados por ela, salvo alguns fragmentos arquitetônicos reunidos na Sala do Livro de Ouro. Os conjuntos de pinturas que a Rainha encomendou, de cujos temas ela expressou os seus requisitos através de agentes e conselheiros, estão dispersos por vários museus. Os mais célebres, uma série de 24 telas triunfantes, foram encomendados a Peter Paul Rubens. Uma série de pinturas executadas para o seu Gabinete Dourado foi identificado por Anthony Blunt em 1967.

Palais du Luxembourg
Durante a ocupação germânica de Paris (1940-1944), Hermann Göring ocupou o Palácio, usando-o como quartel da Luftwaffe em França. Tomou para si próprio um suntuoso conjunto de salas para acomodá-lo nas suas visitas à capital francesa. O seu subordinado, o Marechal de Campo da Luftwaffe Hugo Sperrle, também ocupou um apartamento e passou a maior parte da guerra gozando as luxuosas cercanias. O Palácio foi designado como um “ponto forte” para a defesa da cidade pelas forças alemãs em agosto de 1944, mas graças à decisão do General no comando Dietrich Von Choltitz de render a cidade em vez de lutar, o Palácio foi apenas minimamente danificado. O edifício foi mais tarde usado para a Conferência de Paz de 1946.

Palais du Luxembourg
O Palais Du Luxembourg tem várias áreas interessantes para serem visitadas. Algumas delas são: A Biblioteca e seu anexo, reservada aos parlamentares e seus colaboradores e possui mais de 400 mil obras, a maioria especializada em Direito e Economia. Já seu anexo é situado na parte leste do Palácio e abriga mais de 70 obras e uma parte da documentação do Senado. Em 1750 ali foi instalado o primeiro museu público dedicado à pintura, fechado algumas décadas depois. Durante o Senado Conservador, este museu abre novamente para expor as telas de Rubens, que pertenciam ao Duque de Provence (Louis XVIII), que havia morado no local, a Antiga Galeria Real de Pintura. De 1816 até 1887 (quando é criado o Musée Du Luxembourg), no anexo da Biblioteca também eram expostos quadros de artistas contemporâneos. Hoje o Musée Du Luxembourg organiza mostras temporárias com alguns dos principais artistas franceses e internacionais (Botticelli e Cézanne figuram entre os que passaram por aqui recentemente).

Palais du Luxembourg
O Hémicycle ou Semicírculo é o lugar onde acontecem os debates do Senado, o coração da chamada Haute Assemblée (Alta Assembleia). A sua construção veio da necessidade de um espaço maior para acolher os senadores. A antiga sala, situada onde hoje fica a de Conferências, e construída para os 80 membros do Senado Conservador, logo ficou pequena. Então, o arquiteto Alphonse de Gisors começa, em 1836, os trabalhos para a construção do Hémicycle. A Sala das Sessões do Senado é composta por dois semicírculos: um grande, onde ficam os senadores, e um menor, em frente, que abriga a Tribuna do Orador e o lugar onde fica o presidente da sessão. A Sala de Conferências é dividida em duas partes: Leste e Oeste. A primeira, a Leste, acolheu, em 1919, o presidente americano Wilson para o banquete da Conferência de Paz. Ela possui o estilo do Segundo Império (Napoleão III) e abriga a mesa de imprensa, onde os senadores podem consultar os jornais do dia. A parte Oeste é o lugar de encontro dos senadores com membros do governo ou jornalistas. Ao longo de sua história sofreu diversos arranjos, chegando a ser, durante o Reino de Napoleão III, um salão de festas. 

Palais du Luxembourg
A Sala Victor Hugo é a sala onde os senadores escrevem ou recebem as visitas tranquilamente. Em sua origem, era chamada Sala Napoleão III, mas foi batizada de Victor Hugo em 1889, em homenagem ao escritor que também foi senador. É ali que está o trono que Napoleão Bonaparte (Napoleão I) usava para presidir as sessões do Senado Conservador. A Galeria dos Bustos é decorada por pilastras brancas e douradas, é onde estão reunidos os bustos de antigos senadores e políticos de século XIX. Ela liga a Sala de Conferências ao Hémicycle. É por ali que passa o Presidente do Senado para a abertura solene da primeira sessão do dia. É possível visitar o Palais Du Luxembourg. Visitas em grupo: são organizadas as segundas, sextas e sábados (exceto nos dias em que há sessões do Senado) para grupos de, no máximo, 40 pessoas. Para reservar, é preciso entrar em contato com um dos senadores para obter uma permissão, o que não é difícil. Visitas individuais: são organizadas pelo Centre des Monuments Nationaux, um sábado por mês, das 10:30 às 14:30 horas.