quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Zermatt

Zermatt
Depois de conhecermos algumas cidades do Cantão Ticino, fomos até Zermatt, no Cantão Valais. A Suíça tem muitos destes vilarejos bucólicos, com chalés nas montanhas, vaquinhas pastando tranquilamente, restaurantes charmosos e lojinhas interessantes. Típico cenário onde a vida passa de forma tranquila e aparentemente sem grandes preocupações. Confesso que Zermatt não estava em nosso roteiro, na verdade foi indicação da minha irmã que mora em Lausanne, onde montamos nossa base para este Tour pela Suíça. Zermatt é um vilarejo localizado no centro-sul da Suíça bem no meio dos Alpes, junto à fronteira com a Itália, rodeado por montanhas e cortado pelo Rio Matter Vispa, uma parada quase que obrigatória para quem vai visitar o país. É o epicentro dos clichês suíços: montanhas, vaquinhas, chocolates, fondues, ovelhas, neve, frio, mais chocolates, mais montanhas e mais frio! São os Alpes, afinal!!! Há várias opções para quem quer visitar os Alpes, mas Zermatt chama a atenção dos visitantes por vários motivos, e um deles é onde fica a montanha Matterhorn, que inspirou a logomarca do chocolate Toblerone.

Hauptbahnhof

Bahnhofstrasse
A única forma para chegar lá é de trem da Matterhorn Gotthard Bahn. Exceto se você for bem rico, daí pode chegar de helicóptero também. Há inclusive a opção de mesclar a visita à cidade com a rota de trem panorâmica Glacier Express, considerada uma das mais cênicas do mundo. Para quem vem de carro, é preciso deixá-lo no estacionamento do Vilarejo de Täsh (cinco quilômetros antes de chegarmos a Zermatt), já que a circulação de veículos não é permitida por lá. Em Täsh há vários estacionamentos, mas o melhor é o estacionamento dentro da Estação Ferroviária, que é mais cômodo e com bom preço: Matterhorn Terminal Täsch. Pode ficar tranquilo estacionando lá, é estacionamento coberto, protegido e ali mesmo você compra o bilhete de trem que sai a cada 20 minutos. Dentro do trem, uma dica é ficarem nos vagões do meio, cujo teto é de vidro, daí eles te oferecem uma vista panorâmica dos Alpes. Nos vagões das extremidades as janelas são normais. Como chegamos quase na hora do trem partir não conseguimos lugar nos vagões do meio. Na realidade a circulação de carros em Zermatt é restrita aos veículos elétricos. Mas os carros realmente são desnecessários. Se você se hospedar em um hotel na parte central da vila estará perto de relativamente todos os pontos turísticos em questão de minutos de caminhada. Caso o hotel seja um pouco mais afastado, existe a opção de ônibus elétricos, táxis elétricos ou até mesmo carruagens. As lojas, restaurantes e comércio se concentram em poucas quadras, na Bahnhofstrasse. Sugiro que você comece a explorar Zermatt por aí.

Bahnhofstrasse

Hotel Simi
Mesmo não sendo lá tão conhecida pela grande maioria dos turistas brasileiros (não topamos com nenhum por lá!), a cidade é um dos destinos turísticos mais conhecidos e famosos da Suíça. Por ser uma cidade bastante turística, os preços de hospedagem em Zermatt costumam ser bem caros. Hospedamo-nos no Hotel Simi, um quatro estrelas muito charmoso e aconchegante. O Hotel estava praticamente vazio, pois outubro ainda não é temporada de esqui, quando tudo lota na cidade. A vista da janela do nosso quarto era de conto de fadas. Chegamos, nos acomodamos, e daí chegou a hora de passear pela cidade. Simplesmente demais! Cara de cidade do interior, casinhas de madeira, dezenas de restaurantes incríveis, lojinhas de tudo quanto é coisa: souvenires, artesanatos, artigos esportivos de inverno, roupas de grife, padarias etc. Jantamos no Restaurante Walliserkanne. Eu visitei Zermatt no comecinho do outono e achei a paisagem linda, já começando a ficar em tons coloridos, porém o tempo é bem instável e momentos de sol se alternam com momentos em que a Matterhorn pode ser totalmente encoberta pelas nuvens.

Sacadas da Bahnhofstrasse
Só a caminhada pela cidade já vale a visita e isso que ainda tínhamos todo o dia seguinte pela frente para subir a montanha. O ideal é passar dois dias completos em Zermatt. Se você quiser ficar mais tempo também “rola”, principalmente se você for esquiar daí pode passar uma pequena temporada por lá. Se você não gosta de esquiar, sempre há as opções para fazer hiking nas trilhas. E se você não gosta de nenhum dos dois, bem, veja se seu hotel tem piscina aquecida e leve um bom livro. Você também pode alugar uma bicicleta e fazer um passeio costeando o rio, ou pegar um dos táxis elétricos e ir passear até a base da montanha ou simplesmente andar sem destino pelos lugares mais remotos. Há ainda saltos de parapente e voos de asa delta. Andando pela cidade, algo que chama a atenção é a quantidade de flores nas sacadas. A explicação para isso está no fato de que existe uma lei local que obriga todos os proprietários de prédios com sacadas, a colocar flores nas floreiras.

Sacadas da Bahnhofstrasse

Ruas de Zermatt
A fama da localidade se cristalizou e a vila hoje é farta em hotéis classudos, restaurantes chiquérrimos, lojas de relógios de luxo, pubs, galerias de arte e celebridades internacionais arriscando uma ou outra manobra sobre um par de esquis. A discrição em relação aos famosos, no entanto, é quase tão absoluta quanto a dos bancos de Zurique ou Genebra a respeito das contas dos milionários. Não deixe de circular pela Praça Kirchplatz e conheça a aldeia que está sendo escavada por arqueólogos, revelando machados de pedra neolíticos e até a corda que se rompeu no cume do monte na fatídica primeira escalada. Uma das atrações mais pitorescas e charmosas de Zermatt são as construções da Hinterdorfstrasse, uma travessa da Bahnhofstrasse, vocês encontrarão construções (estábulos, lojas e casas) erguidas entre os séculos XVI e XVIII. Em perfeito estado de conservação, elas são o retrato fiel de como era a vida em Zermatt naquela época. Literalmente uma viagem no tempo.

Zermatt
É em Zermatt que a essência do esqui e dos famosos Alpes Suíços se revela. Deslizar entre as pistas levemente azuladas da cadeia montanhosa, respirando o vento puro e cortante ao longo dos quase 320 quilômetros de trilhas sinalizadas, é uma experiência sem igual. A região de esqui compreende 63 ferrovias montesas. A região chamada de "paraíso de geleiras do Matterhorn" é a maior e mais elevada região de esqui de verão da Europa. No inverno, a região vira uma espécie de parque de diversões para praticantes de esqui, snowboard, cross country, paragliding e patinação no gelo da Suíça e de toda a Europa.

Zermatt
O Cemitério e Memorial dos Montanhistas, localizado a poucos passos da rua principal (Bahnhofstrasse), é uma homenagem aos alpinistas que perderam a vida nas montanhas ao redor de Zermatt. As lápides revelam nomes de mulheres e homens do mundo inteiro que morreram no Matterhorn, Täschhorn, Weisshorn, Liskamm, Obergabelhorn e no maciço do Monte Rosa. De quebra, o turista tem a oportunidade de conferir, no Museu Matterhorn, a rica história da região, desde o lendário acidente da primeira escalada do Matterhorn, em 1865, quando membros da equipe liderada por Edward Whymper morreram durante a descida. O Museu Matterhorn chama a atenção pela sua futurística cúpula de vidro azul. Localizado ao lado da Igreja de Sankt Mauritius, o Museu expõe traços históricos do desenvolvimento da pequena Zermatt, especialmente as primeiras expedições ao topo do Matterhorn. Em 2015 Zermatt ficou em 12º lugar na pesquisa de Melhores Destinos realizada pelo Trip Advisor, título muito merecido, já que é de fato uma cidade dos sonhos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Simplon Pass

Fletschhorn
A Passagem de Simplon é tão antiga quanto a Idade da Pedra. Até o século XVII, ela serviu de rota para contrabandistas e mercenários, uma vez que o estreito desfiladeiro Gondo era considerado intransitável pelos arquitetos da Era Romana. A sua utilização se deve ao Príncipe Mercador de Brig, Kaspar Jodok Von Stockalper, que começou a atravessar a Passagem de Simplon no meio do século XVII para transportar sal, no lombo de mulas, vindo do Mediterrâneo. Não é preciso nem dizer que tal comércio o tornou imensamente rico. O monumental Palácio de Stockalper, em Brig, apresenta testemunhos daquela época. Simplon Pass encontra-se nos Alpes Suíços, na nobre região do Cantão de Valais e liga Brig a Domodossola, no Piemonte da sua vizinha Itália.

Alpes Suíços
A primeira passagem de estrada apropriada ao tráfego de veículos remonta ao tempo de Napoleão, que desejava viajar para o sul com seus canhões. Entre 1801 e 1805, a Estrada Simplon foi construída pelo engenheiro Nicolas Céard sob a direção do Imperador, a fim de transportar peças de artilharia através da Passagem entre o Vale do Ródano e a Itália. Mais de 100 anos depois, em 1906, o Túnel Ferroviário do Simplon foi aberto. Com uma extensão de 19 quilômetros, ele era, até recentemente, o mais longo do mundo. Graças à estrada de ferro, os carros podem ser carregados em trens que circulam entre Brig e Iselle, mesmo no inverno. 

Hospício (Hotel) dos Monges Bernardinos
A estrada foi melhorada periodicamente e em 1950 as autoridades cantonais criaram um plano pelo qual a Passagem poderia ser mantida aberta durante todo o ano, e não fechada ao tráfego entre outubro e final de abril como a maioria das Passagens dos Alpes a esta altitude. As melhorias incluíram vários abrigos de avalanche ao longo dos trechos de estrada mais expostos e a expansão de certos túneis rodoviários para acomodar os ônibus turísticos de tamanho grande que eram significativamente mais altos do que os ônibus usados ​​para os passageiros locais. A estrada da Passagem de Simplon pode ser percorrida praticamente o ano todo, mas, apesar do esforço da proteção natural, é possível que ela fique temporariamente interrompida durante o inverno.

Laguinho no Simplon Pass
De Brig, a estrada leva você entre as longas curvas da montanha. No meio do caminho, a Ponte Ganter atravessa o Vale do Ganter. O design arrojado desta moderna construção se encaixa na paisagem em perfeita harmonia. A 2.005 metros, na cimeira da Passagem, ergue-se o Hospício dos Monges Bernardinos (antigamente era hospedagem dos Monges Bernardinos, hoje é uma hospedagem para alpinistas e turistas). Uma águia de pedra com oito metros de altura relembra aos visitantes a Segunda Guerra Mundial. Ao olhar para trás, a visão é do magnífico panorama dos Alpes de Berna, com Bietschhorn e as geleiras de 4.000 metros dos gigantes Fletschhorn e Weissmies.

Hotel Monte Leone
No lado sul da Passagem, a estrada em direção à Itália passa pela Vila de Simplon. O estilo dos edifícios com os seus telhados típicos, feitos de placas de pedra, lembra aos visitantes da proximidade da Itália – assim como a praça da vila, semelhante às italianas. A estrada continua por galerias e túneis estreitos do Desfiladeiro Gondo, sustentado por paredões de granito. Enormes paredes de granito erguem-se sobre nós e a sensação é que percorremos um dramático cenário do filme “O Senhor dos Anéis”. Na Vila de Gondo, minas de ouro podem ser visitadas. Aqui também fica um dos vales mais remotos da Suíça, o Zwischbergental, que se ramifica para o oeste. Em Gondo, é possível, ainda, fazer o cruzamento da fronteira para a Itália. Hoje, a Trilha Stockalper, um percurso de 35 quilômetros de extensão, totalmente preservado tem valor cultural e histórico. No renovado Gasthof Alte ("Old Inn"), no Vilarejo de Simplon, dois museus se dedicam a retratar a paisagem cultural local. A trilha pode ser percorrida em três dias, com pernoites na Passagem e na Vila de Simplon.

Alpes
A beleza ofuscante da natureza alpina e a excelência das suas paisagens são suficientes para que qualquer caminho se torne recompensador. Mas, é certo que por lá, cada local tem a sua característica única que o torna especial. O Simplon Pass não é exceção. A Águia de Pedra, construída com mais de oito metros de altura, é uma das imagens da região. Um Monumento da Segunda Guerra Mundial, construído pela Brigada de Montanha que vigiava a Passagem de Simplon, fica para a posteridade com a mensagem “o preço da liberdade é a eterna vigilância”.

Simplon Pass

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Ascona - Chiesa di Santa Maria della Misericordia

Campanário da
Chiesa di Santa Maria della Misericordia
A Chiesa di Santa Maria della Misericordia é um edifício religioso em estilo gótico tardio localizado em Ascona. Dentro há afrescos importantes que constituem um dos ciclos das maiores pinturas de murais da Suíça. A construção do edifício começou no final do século XIV e quase meio século depois foi construída a torre do sino. Até o final do século XVI a Igreja foi administrada por dois irmãos da Ordem Dominicana, Fra Nicola e Fra Paolo, que acrescentaram à estrutura existente, um convento. Então, pela vontade de São Carlos Borromeo o mosteiro acolheu um seminário, que mais tarde tornou-se o Collegio Papio. No século XVIII foi acrescentado um alpendre ao edifício.

Alameda que leva à Chiesa di Santa Maria della Misericordia

Entrada para a Chiesa di Santa Maria della Misericordia

Capella San Carlo Borromeo
A Igreja dedicada à Nossa Senhora da Misericórdia foi consagrada em 1442. A fachada lisa em empena com portal gótico de granito é precedida por um átrio de três arcos. A torre do sino, alta e esbelta, tem a data de 1488 no porão, a cela do sino e a cúspide em forma de cone, em terracota, no final do estilo gótico lombardo, certamente se seguiram. Acima do portal o afresco com a Madonna della Misericordia, atribuída à escola do Mestre Domenico de 1490/1510.  A arquitetura é simples, com uma única nave retangular coberta por um teto de caixotões, fechado a leste por uma abóbada quadrada transversalmente e a oeste por uma fachada aberta por um portal em que na moldura está pintada a Imagem de Nossa Senhora da Misericórdia. Ao longo das paredes da nave há dois altares dedicados à Madonna della Quercia, à esquerda, e à Virgem do Rosário, à direita. O altar dedicado a São Carlos Borromeo, Bispo de Milão, foi construído no século XVII. Nas paredes da nave estão algumas pinturas que retratam a vida de São Carlos Borromeu. Acima do Altar-Mor, uma obra moderna do arquiteto Franco Pessina, um políptico de 1519 que retrata Maria Assunta, de Antonio Gaia, um artista de Ascona.

Porta principal da Chiesa di
Santa Maria della Misericordia

Altar da Chiesa di Santa Maria della Misericordia
Três pinturas são de Pietro Francesco Pancaldi-Mola, uma de São Carlos que entrega seus bens aos pobres, outra dos santos visitando as vítimas da peste, e uma pintura final, colocada na parte de trás da Igreja que representa São Carlos indicando ao arquiteto o local onde seria construído o Collegio Papio. No altar principal é preservado o magnífico retábulo de Giovanni Antonio de La Gaia. O retábulo é dividido em dois registros: o superior, que é pintado a Assunção da Virgem rodeada por anjos com os apóstolos; na parte inferior é pintada a Madonna da Misericórdia entre São Domingos e Pedro mártir. Além dos esplêndidos afrescos do coro, o mais antigo, a Igreja é a casa de outros murais ao longo da nave e sobre o arco triunfal. Estas pinturas ilustram algumas histórias do Antigo e do Novo Testamento.

Claustro do Collegio Papio

Claustro do Collegio Papio
Na parede esquerda estão representados 66 painéis dedicados ao Antigo Testamento. A delicadeza do estilo e riqueza de detalhes faz destes afrescos uma das páginas de arte dos tribunais góticos mais interessantes conservados em Ticino. Na parede oposta, em vez disso são 36 painéis dedicados à vida e paixão de Cristo, pintados por um segundo grupo de pintores errantes. A parede traseira caracteriza a imagem de uma crucificação e a superior ao de Nossa Senhora da Misericórdia, ladeado por São Pedro e São Paulo. Na abóbada estão os padres da Igreja Latina, a imagem de Cristo rodeado pelos quatro evangelistas, e São Pedro, São Martenus e São Fabiano. Estes últimos são dois santos particularmente venerados em Ascona. O complexo inclui um dos claustros mais significativos do Renascimento da Suíça.



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Ascona - Oratorio dei Santi Fabiano e Sebastiano

Oratorio dei Santi Fabiano
 e Sebastiano
No antigo Oratorio dei Santi Fabiano e Sebastiano, na Via delle Cappelle, construído no século IX, encontra-se o Museo Parrocchiale, que abriga vários achados arqueológicos, pinturas, mobiliário sagrado e vestes que documentam a história religiosa da aldeia de Ascona, que em Celta significa “Grande Pasto”. O edifício data do início da Idade Média, composto por uma nave retangular, fechada por um altar semicircular. O Oratório está entre os edifícios mais antigos de Ascona, foi patrocinado pela família Duni, que viveu no Castelo de San Michele antes de ser destruído nas mãos dos suíços. O Museo Parrocchiale está aberto de abril a outubro.

Museo Parrocchiale









Dentro, ele preserva os traços das três épocas que marcaram seu desenvolvimento. São as colunas carolíngias e capitéis decorados com motivos vegetais, e tecelagem, enquanto a pia batismal, que vem da Chiesa Parrocchiale dei San Pietro e Paolo, é talvez a mais antiga. Testemunhas do barroco são os muitos objetos sagrados (relicários, castiçais, paramentos litúrgicos, livros, pinturas). Entre os objetos mais curiosos, o chapéu do cardeal foi esquecido por São Carlos Borromeo em Ascona, em 1584, alguns dias antes de sua morte. De particular interesse está o retábulo representando a Madonna com os santos Fabiano e Sebastiano, por Giacomo Damotti di Palagnedra, e a Incredulidade de San Tomaso da escola Caravaggiana. Também em exibição estão as pinturas de Lorenzo Lotto (Última Ceia), Paolo Veronese (Madonna com a Criança) e Morazzone (União da Virgem). Uma restauração concluída no início do século XXI também trouxe à luz parte dos afrescos medievais e renascentistas que decoravam o Oratório.


domingo, 22 de novembro de 2015

Ascona - Chiesa Parrocchiale dei San Pietro e Paolo

Chiesa Parrocchiale dei
San Pietro e Paolo
Numa posição dominante na aldeia, no centro antigo de Ascona, no Bairro do Borgo, encontra-se a Chiesa Parrocchiale dei San Pietro e Paolo, que vale a pena visitar. Lá fora, ao longo da rampa que sobe a partir da beira do Lago, imediatamente percebe-se a grandeza e a elegância da torre sineira que é dividida em seis andares e foi construída no século XVI. É uma Basílica suportada por colunas do século XVI, cujo alto campanário constitui o símbolo da estância de férias. O edifício foi mencionado pela primeira vez em documentos históricos que datam de 1264, originalmente dedicada apenas a Pedro. As extensões (coro, sacristia e a torre do sino original) são do brissago Giovanni Beretta (1534). As transformações mais consistentes realizadas no período barroco (1663), como a elevação do piso de pedra, os degraus que levam ao coro e a construção da abóbada na nave principal, mesmo que mudassem o plano da Basílica em cruz latina, mostram, no entanto, uma intenção unitária e coerente precisa. A Igreja passou por outras alterações no século XVIII. Em 1860 a fachada e o flanco sul foram reformados e receberam o estilo neogótico.

Estreitas ruas medievais de Ascona. 
Quase não se vê a Igreja.

Chiesa Parrocchiale dei 
San Pietro e Paolo
A Igreja tem três corredores solenes com uma inclinação particularmente acentuada do chão. A Igreja tem duas naves fechadas por dois altares, a da esquerda dedicada à Nossa Senhora do Monte Carmelo e a da direita à Santíssima Trindade. A nave da esquerda apresenta duas pinturas aparecendo Santo Antônio e a Virgem Maria, em que surge o estilo de Bernardino Luini, pertencente ao grupo de alunos de Leonardo da Vinci. A nave central é coberta com um teto de caixotões em madeira. O coro apresenta uma forma poligonal no exterior e é coberto com uma abóbada de berço. Baixos-relevos de vários períodos são colocados ao longo das paredes. Acima do altar de mármore de Gabriele Longhi (1786), o grande Retábulo da Coroação de Giovani Serodine (1630), pintor seguidor de Caravaggio, originalmente de Ascona, mas operando em Roma: a obra-prima entre as pinturas deixadas pelo grande pintor. Da Igreja há uma Via Crucis, restaurada nos anos 1991-97, que leva ao Oratório di Santa Petronilla. Perto da entrada, à direita, abre a Capela do Rosário construída em 1600. 

Nave principal da Chiesa Parrocchiale dei
San Pietro e Paolo
Numerosos afrescos decoram as paredes: os mais antigos são os do arco esquerdo do coro (séculos XIII e XIV), enquanto os da abside e do coro (os Doutores da Igreja, cenas da vida de São Pedro, as pilastras da cabeça do querubim, os fardos de frutas, os tabuleiros de xadrez) são provavelmente de meados do século XVII. Do mesmo período são as cenas da vida de San Carlo Borromeo, acima da porta lateral na parede direita, atribuída a Alessandro Gorla. O interior é espaçoso e arejado, reforçado por três belas pinturas de Giovanni Serodine, impondo afrescos no teto do coro, que descreve a Glória da Virgem pintado por Pier Francesco Pancaldi Mola no final do século XVI e a capela lateral que mantém o corpo de Santa Sabina. 

sábado, 21 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Ascona

Ascona

De Locarno fomos direto para Ascona. Hospedamo-nos no Albergo Castello Hotel, também conhecido como Romantik Hotel Castello Seeschloss, um quatro estrelas às margens do magnífico Lago Maggiore, na bela Piazza Motta, a 300 metros do centro da cidade. O Hotel tem a forma de um castelo e é muito charmoso, com quartos maravilhosos saindo para uma agradável piscina, um fantástico jardim mediterrâneo e uma cozinha requintada. É um dos edifícios emblemáticos de Ascona e um destino particularmente apreciado para um fim de semana romântico a dois.


Rua principal à beira do Lago Maggiore

As cores vibrantes de Ascona


Albergo Castello Hotel
Ascona é uma Comuna da Suíça, no Cantão Ticino. Ascona situa-se no ponto mais baixo da Suíça, a uns meros 196 metros acima do nível do mar, às margens do Langensee ou Lago Maggiore. A língua oficial nesta Comuna é o italiano. O Lago Maggiore fica entre a Suíça e a Itália, e o seu litoral norte é uma Riviera litoral, transformando a pequena e encantadora Ascona na Saint Tropez da Suíça. Pense em ruas de paralelepípedos, pequenas lojas e palmeiras com vista para um cenário de fazer cair o queixo: água e as verdejantes montanhas arborizadas por todos os lados. As ruelas ramificadas do Centro Histórico desembocam no passeio junto ao Lago, onde não podem circular automóveis, com charmosos cafés com esplanada. Com detalhes que nos fez perder horas observando as fachadas, os portões, correntes, iluminação e as ruas de pedra. Parece cenário de filme, ou parece que o tempo parou. Tudo lindo, colorido e muito bem conservado.


Albergo Castello Hotel às margens do Lago Maggiore

Apartamentos do Albergo Castello Hotel com vista para a piscina

Piscina do Albergo Castello Hotel

Lago Maggiore
Em Ascona encontra-se o Monte Verità, ou a “Montanha da Verdade”. Adeptos do Pensamento Lateral fundaram aqui, no início do século XX, uma colônia que atraiu celebridades de todo o mundo. Esta colônia desenvolvida para formas de vida experimental e arte alternativa, atraiu revolucionários, anarquistas, filósofos, escritores, poetas, dançarinos e pintores. O psicanalista Karl Gustav Jung, o escritor Hermann Hesse, Alexej Jawlensky e Marianne Von Werefkin são apenas algumas das personalidades que viveram em Ascona. A história do Monte Verità está guardada em um museu na cidade. Atualmente, a montanha acolhe seminários das Universidades de Lucerna e Zurique, e um Museu que conta a história da colônia alternativa e dos seus fundadores.


Bares e restaurantes às margens do Lago Maggiore

Prefeitura de Ascona
Na Idade Média, a história de Ascona estava ligada com a da vizinha Locarno, membros das famílias dos Castelletto de Locarno, os Orelli e os Muralto se estabeleceram em Ascona, bem como membros das famílias de Carcani Milanesi e Griglioni, fugiram por causa das lutas entre os guelfos e gibelinos e construíram seus castelos no Lago. Ascona é um aglomerado de pescadores com delicioso sabor italiano, nas margens do Lago MaggioreAscona é a cidade mais burguesa do sul da Suíça, bem como destinação turística de ricos e madames. Comércio, restaurantes, boutiques, hotéis, campo de golfe, porto… tudo do mais alto nível! Apesar de estar na parte italiana da Suíça, é normal ver as pessoas falando suíço-alemão – ou alemão – pelas ruas. No verão a cidade fica muito movimentada, já no inverno são poucos os negócios abertos e raros os turistas. Aos amantes da música, todos os anos entre junho e julho acontece o Festival Jazz Ascona, com muita música rolando pelas ruazinhas da cidade. 



Restaurante medieval

Galeria Sachetti (Centro Culturale Beato P. Berno)

Chafariz em Ascona
A cidade conta com dois teatros, um cinema (com 3D), dois museus e oito galerias de arte. Estranho é que Ascona é onde se paga menos imposto na região, mas em compensação os aluguéis e o preço dos imóveis são absurdos. Geralmente os ricos alemães compram os imóveis e usam apenas como casa de veraneio durante as férias. Ascona tem menos de 6.000 habitantes, e pela dimensão da cidade, é incrível pensar que existem 54 restaurantes, 20 bares e cinco discotecas.

Rua principal à beira do Lago Maggiore



O Restaurante La Casetta do Hotel Eden Roc é uma espécie de ilha no meio da beleza natural do Lago Maggiore. Uma nota curiosa é que neste restaurante tiveram lugar durante a Segunda Guerra Mundial, importantes encontros entre os aliados e o Alto Comando Alemão para pôr fim à guerra em Itália. Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Ascona e realizar atividades de clima quente é do meio de junho ao meio de setembro.

Porto de Ascona no Lago Maggiore