Mostrando postagens com marcador Bahnhofstrasse. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bahnhofstrasse. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Zermatt

Zermatt
Depois de conhecermos algumas cidades do Cantão Ticino, fomos até Zermatt, no Cantão Valais. A Suíça tem muitos destes vilarejos bucólicos, com chalés nas montanhas, vaquinhas pastando tranquilamente, restaurantes charmosos e lojinhas interessantes. Típico cenário onde a vida passa de forma tranquila e aparentemente sem grandes preocupações. Confesso que Zermatt não estava em nosso roteiro, na verdade foi indicação da minha irmã que mora em Lausanne, onde montamos nossa base para este Tour pela Suíça. Zermatt é um vilarejo localizado no centro-sul da Suíça bem no meio dos Alpes, junto à fronteira com a Itália, rodeado por montanhas e cortado pelo Rio Matter Vispa, uma parada quase que obrigatória para quem vai visitar o país. É o epicentro dos clichês suíços: montanhas, vaquinhas, chocolates, fondues, ovelhas, neve, frio, mais chocolates, mais montanhas e mais frio! São os Alpes, afinal!!! Há várias opções para quem quer visitar os Alpes, mas Zermatt chama a atenção dos visitantes por vários motivos, e um deles é onde fica a montanha Matterhorn, que inspirou a logomarca do chocolate Toblerone.

Hauptbahnhof

Bahnhofstrasse
A única forma para chegar lá é de trem da Matterhorn Gotthard Bahn. Exceto se você for bem rico, daí pode chegar de helicóptero também. Há inclusive a opção de mesclar a visita à cidade com a rota de trem panorâmica Glacier Express, considerada uma das mais cênicas do mundo. Para quem vem de carro, é preciso deixá-lo no estacionamento do Vilarejo de Täsh (cinco quilômetros antes de chegarmos a Zermatt), já que a circulação de veículos não é permitida por lá. Em Täsh há vários estacionamentos, mas o melhor é o estacionamento dentro da Estação Ferroviária, que é mais cômodo e com bom preço: Matterhorn Terminal Täsch. Pode ficar tranquilo estacionando lá, é estacionamento coberto, protegido e ali mesmo você compra o bilhete de trem que sai a cada 20 minutos. Dentro do trem, uma dica é ficarem nos vagões do meio, cujo teto é de vidro, daí eles te oferecem uma vista panorâmica dos Alpes. Nos vagões das extremidades as janelas são normais. Como chegamos quase na hora do trem partir não conseguimos lugar nos vagões do meio. Na realidade a circulação de carros em Zermatt é restrita aos veículos elétricos. Mas os carros realmente são desnecessários. Se você se hospedar em um hotel na parte central da vila estará perto de relativamente todos os pontos turísticos em questão de minutos de caminhada. Caso o hotel seja um pouco mais afastado, existe a opção de ônibus elétricos, táxis elétricos ou até mesmo carruagens. As lojas, restaurantes e comércio se concentram em poucas quadras, na Bahnhofstrasse. Sugiro que você comece a explorar Zermatt por aí.

Bahnhofstrasse

Hotel Simi
Mesmo não sendo lá tão conhecida pela grande maioria dos turistas brasileiros (não topamos com nenhum por lá!), a cidade é um dos destinos turísticos mais conhecidos e famosos da Suíça. Por ser uma cidade bastante turística, os preços de hospedagem em Zermatt costumam ser bem caros. Hospedamo-nos no Hotel Simi, um quatro estrelas muito charmoso e aconchegante. O Hotel estava praticamente vazio, pois outubro ainda não é temporada de esqui, quando tudo lota na cidade. A vista da janela do nosso quarto era de conto de fadas. Chegamos, nos acomodamos, e daí chegou a hora de passear pela cidade. Simplesmente demais! Cara de cidade do interior, casinhas de madeira, dezenas de restaurantes incríveis, lojinhas de tudo quanto é coisa: souvenires, artesanatos, artigos esportivos de inverno, roupas de grife, padarias etc. Jantamos no Restaurante Walliserkanne. Eu visitei Zermatt no comecinho do outono e achei a paisagem linda, já começando a ficar em tons coloridos, porém o tempo é bem instável e momentos de sol se alternam com momentos em que a Matterhorn pode ser totalmente encoberta pelas nuvens.

Sacadas da Bahnhofstrasse
Só a caminhada pela cidade já vale a visita e isso que ainda tínhamos todo o dia seguinte pela frente para subir a montanha. O ideal é passar dois dias completos em Zermatt. Se você quiser ficar mais tempo também “rola”, principalmente se você for esquiar daí pode passar uma pequena temporada por lá. Se você não gosta de esquiar, sempre há as opções para fazer hiking nas trilhas. E se você não gosta de nenhum dos dois, bem, veja se seu hotel tem piscina aquecida e leve um bom livro. Você também pode alugar uma bicicleta e fazer um passeio costeando o rio, ou pegar um dos táxis elétricos e ir passear até a base da montanha ou simplesmente andar sem destino pelos lugares mais remotos. Há ainda saltos de parapente e voos de asa delta. Andando pela cidade, algo que chama a atenção é a quantidade de flores nas sacadas. A explicação para isso está no fato de que existe uma lei local que obriga todos os proprietários de prédios com sacadas, a colocar flores nas floreiras.

Sacadas da Bahnhofstrasse

Ruas de Zermatt
A fama da localidade se cristalizou e a vila hoje é farta em hotéis classudos, restaurantes chiquérrimos, lojas de relógios de luxo, pubs, galerias de arte e celebridades internacionais arriscando uma ou outra manobra sobre um par de esquis. A discrição em relação aos famosos, no entanto, é quase tão absoluta quanto a dos bancos de Zurique ou Genebra a respeito das contas dos milionários. Não deixe de circular pela Praça Kirchplatz e conheça a aldeia que está sendo escavada por arqueólogos, revelando machados de pedra neolíticos e até a corda que se rompeu no cume do monte na fatídica primeira escalada. Uma das atrações mais pitorescas e charmosas de Zermatt são as construções da Hinterdorfstrasse, uma travessa da Bahnhofstrasse, vocês encontrarão construções (estábulos, lojas e casas) erguidas entre os séculos XVI e XVIII. Em perfeito estado de conservação, elas são o retrato fiel de como era a vida em Zermatt naquela época. Literalmente uma viagem no tempo.

Zermatt
É em Zermatt que a essência do esqui e dos famosos Alpes Suíços se revela. Deslizar entre as pistas levemente azuladas da cadeia montanhosa, respirando o vento puro e cortante ao longo dos quase 320 quilômetros de trilhas sinalizadas, é uma experiência sem igual. A região de esqui compreende 63 ferrovias montesas. A região chamada de "paraíso de geleiras do Matterhorn" é a maior e mais elevada região de esqui de verão da Europa. No inverno, a região vira uma espécie de parque de diversões para praticantes de esqui, snowboard, cross country, paragliding e patinação no gelo da Suíça e de toda a Europa.

Zermatt
O Cemitério e Memorial dos Montanhistas, localizado a poucos passos da rua principal (Bahnhofstrasse), é uma homenagem aos alpinistas que perderam a vida nas montanhas ao redor de Zermatt. As lápides revelam nomes de mulheres e homens do mundo inteiro que morreram no Matterhorn, Täschhorn, Weisshorn, Liskamm, Obergabelhorn e no maciço do Monte Rosa. De quebra, o turista tem a oportunidade de conferir, no Museu Matterhorn, a rica história da região, desde o lendário acidente da primeira escalada do Matterhorn, em 1865, quando membros da equipe liderada por Edward Whymper morreram durante a descida. O Museu Matterhorn chama a atenção pela sua futurística cúpula de vidro azul. Localizado ao lado da Igreja de Sankt Mauritius, o Museu expõe traços históricos do desenvolvimento da pequena Zermatt, especialmente as primeiras expedições ao topo do Matterhorn. Em 2015 Zermatt ficou em 12º lugar na pesquisa de Melhores Destinos realizada pelo Trip Advisor, título muito merecido, já que é de fato uma cidade dos sonhos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Zurique - Centro Histórico

Hauptbahnhof
A Bahnhofplatz é a praça central dos tradicionais bondes azuis de Zurique e embarcar num deles é uma excelente opção para fazer um passeio. Como a cidade não é grande, uma hora a bordo de um deles já é suficiente para se ter uma boa ideia de como são os bairros principais. Em frente à Bahnhofplatz situa-se a estação de trens da cidade – Hauptbanhof - o ponto mais central de Zurique. Há cerca de 150 anos, parte das fortificações da cidade foi transformada no que é hoje, sem dúvida, a mais famosa "Estação Ferroviária" do mundo. Tanto a Bahnhofstrasse quanto a Limmatquai, as principais ruas de Zurique, saem dali.

Savoy Hotel

Bahnhofstrasse
A Bahnhofstrasse a avenida comercial de Zurique contribuiu amplamente para a reputação da cidade como uma verdadeira “Meca” das compras, sendo um local de grande destaque no que se referem a relógios, joias e grifes internacionais. É uma rua com um público bem focado: o que tem dinheiro. A Bahnhofstrasse vai da Estação até o Lago Zurique, onde são operados passeios de barco. E ainda se der sorte como nós, com certeza será possível ver algum carrão de algum milionário estacionado pela redondeza. Nunca vi tanta Lamborghini num lugar só.


Geiserbrunnen

Rio Limmat com a Prefeitura de Zurique ao fundo
Descendo a colina em direção ao Rio Limmat, atravessamos a Münster Bridge em direção a uma das margens do Rio Limmat, a Limmatquai, onde ficam várias casinhas antigas e coloridas, as famosas Guild Houses. Essas casinhas datam de 1336 e cada uma delas tem um estilo e cores diferentes. Nessa região também fica a Rathaus, a Prefeitura de Zurique, com seu estilo único. Tudo muito bonito! As fotos que você tira andando pela Limmatquai são as mais cartões postais possíveis de Zurique. Ali você vai ver a Grossmünster, por exemplo. Andando até o final da Limmatquai, você vai bater na Utoquai, que é até aonde vai o Rio Limmat e começa o Lago Zurique. Outra ruazinha super bonita e charmosa que vale muito a pena conhecer é a Augustinergasse. Por ali estão diversos restaurantes e lojinhas de decoração. Almoçamos em um restaurante nessa rua. 

Rio Limmat e a torre da Peterskirche

Peterskirche
Seguindo por esse labirinto de ruazinhas chegamos à região de Peterhofstatt, que fica no alto da colina de Lindenhof, um dos melhores lugares para ver toda a cidade do alto. Antigamente, nessa região havia um forte romano, que servia para proteger os suíços contra as invasões dos alemães. Esse local também tem uma importância histórica para o país, pois foi onde foi feito o juramento da Constituição Helvética. E é nessa região onde fica a Peterskirche, considerada a igreja mais antiga de Zurique. Junto com a Fraumünster e a Grossmünter são as principais igrejas da cidade. 

Fraumünster e o Rio Limmat









Aproveitamos para conhecer a última Igreja que faltava, a Fraumünster, que foi fundada alguns anos após a construção da Grossmünster a pedido do neto de Carlos Magno. A Fraumünster é um dos principais pontos turísticos da cidade de Zurique, é uma das igrejas mais antigas e com uma história muito peculiar para a época. A torre é neogótica, enquanto o edifício segue o estilo romanesco de arquitetura. O interior não se compara como algumas igrejas europeias, mas ainda sim, é lindo. A Igreja é muito bonita e sua única torre verde pode ser vista de todas as partes da cidade. Mas com certeza, o seu maior destaque fica por conta de seus vitrais, onde os cinco grandes vitrais são obra de Marc Chagall e outro vitral único, com mais de nove metros de altura, é obra de Augusto Giacometti. Todos esses vitrais coloridos retratam partes da história cristã. Infelizmente as fotos da parte interna são proibidas.

Fraumünster
A primeira coisa que me surpreendeu é que em alemão Fraumünster significa algo como “Catedral das Mulheres”. E justo esta Igreja representa o poder feminino da região, no século IX. O fundador da Igreja, “Louis, the German” mandou construí-la como um presente para sua filha, Hildegard. Naquela época ele nomeou a Catedral como uma abadia beneditina e, além de doar algumas terras, garantiu ao convento imunidade sob a sua autoridade. E para terminar o tour por Zurique, ainda fomos caminhar um pouco às margens do Lago Zurique, que impressiona por ter uma água tão transparente e limpíssima. Como dá para ver, Zurique é uma cidade super compacta, onde é possível conhecê-la com tranquilidade em apenas um dia!!

Fraumünster