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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Zermatt - Matterhorn

Matterhorn
Logo acima de Zermatt, dominando a paisagem, está o Matterhorn, uma das mais belas e singulares montanhas do mundo, com sua inconfundível silhueta piramidal. Por causa disso exerce um grande fascínio, e muitos dos que já tentaram alcançar o topo acabaram perdendo a sua vida por lá (cerca de 500 alpinistas). Se fosse determinado um "marco zero" para os Alpes, um ponto central de referência, certamente este ponto seria o Matterhorn. Mesmo sendo considerado um dos símbolos nacionais da Suíça, metade da montanha corresponde a território italiano, com a linha de fronteira passando justo no cume. Para os italianos, a montanha tem o nome de Cervino. Sendo montanhista ou não, ao enxergá-lo, você será inevitavelmente levado a imaginar como seria alcançar o seu cume. Esta, no entanto, continua sendo uma tarefa para poucos. Por sua verticalidade, o Matterhorn requer respeito, empenho e técnica para ser visitado. Além do Matterhorn, a região possui outras montanhas de interesse, como o maciço do Monte Rosa, onde está o cume mais alto da Suíça, o Dufourspitze, com 4.634 metros. Vale ressaltar que 14 das 17 montanhas mais altas do que 4.300 metros nos Alpes estão na região de Zermatt. Pela altitude, é possível esquiar o ano todo em Zermatt, inclusive no verão, nas encostas do Klein Matterhorn (Pequeno Matterhorn) ou do Monte Rosa. 

Subida para o Matterhorn
Tudo o que você pode fazer por lá gira ao redor da natureza alpina. A cidade dá para conhecer em meio período do dia, e logo mais você vai querer ir ao Matterhorn. Na verdade, você não pode subir exatamente nesta montanha, mas pode ir às montanhas ao lado, que possuem a melhor vista do pico e dos Alpes. Há, basicamente, três opções para subir a montanha. Cada opção te levará a picos diferentes, portanto, serão passeios diferentes. Um deles é o que leva até Rothom via Sunnega. Para o Mount Rothorn (ou Unterrothorn), o primeiro estágio é um trem funicular (em plano inclinado), inteiramente por túnel, até a Estação Sunnegga, a 2.288 metros. Ali existe um restaurante, com terraços e belas vistas do Matterhorn e de Zermatt. Dali, a subida segue por teleférico até a parada intermediária de Blauherd, de onde continua até o cume arredondado do Rothorn. O principal atrativo deste roteiro é a paisagem, com vistas privilegiadas das montanhas e do Vale Matter. Pela topografia do Vale, é comum o tempo estar aberto em Rothorn, enquanto Zermatt permanece coberta por nuvens.

Quase não se vê as montanhas

E a neve se acumulando

Muita neve
No inverno, as encostas são frequentadas pelos esquiadores. No verão, a neve diminui e surgem inúmeras trilhas. Um passeio curto seria até o cume do Oberrothorn (3.414 metros), que oferece novos ângulos da paisagem e uma vista próxima dos principais picos desta área. Outra possibilidade é visitar o abrigo Fluhalp, onde é possível comer ou pernoitar. No retorno, uma alternativa interessante seria dispensar os teleféricos, optando pelas trilhas que descem a montanha, passando por Blauherd e Sunnegga, até Zermatt (este último trecho em meio a um bosque). No inverno, a partir de Blauherd, há um teleférico que vai a Gant e dali para o Hohtälli, já na área do Gornergrat.

Pequeno curso d'água que ainda não tinha congelado

Hotel Restaurant Riffelberg
Outro roteiro muito famoso é a ferrovia que leva até Gornergrat a 3.089 metros (foi o que fizemos). E parece que este é o passeio mais apropriado para quem não esquia. Lá no topo há uma boa infraestrutura com restaurante, observatório e até um shopping, sem falar na paisagem idílica que se descortina enquanto se atravessam pontes, lagos e túneis dentro do trem movido por um sistema de cremalheiras (correntes dentadas que fazem o trem subir quase na vertical). No percurso de 30 minutos, o trem passa por Riffelalp e Riffelberg, dois tradicionais hotéis alpinos, com algumas construções em volta. Mais acima, está a Estação de Rotenboden e, ao final da linha, Gornergrat. Inicialmente, havia no local um rústico hotel de montanha, o Belvedere

Hotel Restaurant Riffelberg



Estação Rotenboden
Após a construção da ferrovia, com o incremento no número de visitantes, o antigo abrigo foi substituído por um prédio imponente, o Kulmhotel Gornergrat, inaugurado em 1907. A estrutura inclui um hotel, restaurantes, lojas e um observatório astronômico. Dos terraços de Gornergrat, além de uma visão privilegiada do Matterhorn, pode-se avistar 29 dos 35 picos mais altos da Suíça. Ainda é possível subir mais além, por teleférico, até o Hohtälli (3.286 metros) e o Stockhorn (3.632 metros). Estes trechos, no entanto, não costumam operar no verão. Para os interessados, há uma trilha bem marcada ao longo da crista entre Gornergrat e o Hohtälli

Kulmhotel Gornergrat
Da Estação Rotenboden, tem início uma interessante trilha técnica, que permite alcançar Gornergrat e o abrigo do Monte Rosa, um tanto mais acima (há uma bifurcação em determinado ponto). Para o abrigo, localizado a 2.883 metros, serão cerca de quatro horas de caminhada técnica, subindo escadas, segurando em cabos de aço e atravessando o Glaciar Gorner. O abrigo existe desde 1894, mas a estrutura foi sendo modificada ao longo dos anos. Em 2009, foi inaugurado um novo prédio, com um projeto futurista, em metal por fora (com muitos painéis solares) e madeira por dentro. Do abrigo, é possível alcançar alguns dos cumes mais altos de Zermatt, no maciço do Monte Rosa, em investidas de um dia.

Capela São Bernardo de Aosta
Recomendo os passeios pela montanha quando você estiver voltando do topo. Isso porque pela manhã você vai ter a melhor vista do topo e terá mais energia para aguentar o frio que faz lá em cima. Leve luvas, gorro, sapatos impermeáveis, roupas impermeáveis (ou ao menos um par de roupas secas na mochila), cachecol e agasalho corta-vento. Faz muito frio lá em cima!!! Em outubro, em pleno outono, o topo da montanha já estava a 6 graus negativos, nevando demais. Você pode descer em todas as estações no meio do caminho, com o mesmo bilhete da passagem. Prepare-se muito bem para este passeio. Infelizmente não conseguimos ver o Matterhorn, a nevasca foi intensa no dia que subimos até o Gornergrat (precisei pegar uma foto de terceiros, pois não consegui tirar nenhuma).

Gornergrat
O terceiro percurso em teleférico vai até o Klein Matterhorn, onde há uma ampla estrutura escavada na rocha, usada principalmente por esquiadores. A elevada altitude permite esquiar mesmo no verão, numa zona de "neves eternas". O passeio começa em Zermatt, de onde se sobe até o Distrito de Furi (1.864 metros). Dalí é possível seguir para o Schwarzee Paradise (2.583 metros) ou em direção ao Klein Matterhorn. Schwarzee é um pequeno lago alpino, junto ao qual há um tradicional hotel/restaurante e uma capela. A subida leva o dia todo e deixa a gente bem pertinho do Matterhorn. É o passeio mais completo, com várias escaladas até chegar ao topo, onde há também uma mega infraestrutura para praticantes de esportes de inverno ou não.

E dá-lhe neve!!!
A região é lendária entre os montanhistas: a Haute Route, desafiadora rota internacional, que leva dias para ser concluída, sai de Mont Blanc e vai até Zermatt. Há mais de 400 quilômetros de trilhas de caminhadas, saindo e levando ao Vale Matter, incluindo as trilhas dos comerciantes de mula, datadas do século XIII (parte dessas trilhas é asfaltada). Em toda a estrutura da montanha você pode caminhar. Você vai perder o fôlego algumas vezes (no sentido figurado, pelas paisagens, e literalmente, por causa da altitude). 


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Zermatt

Zermatt
Depois de conhecermos algumas cidades do Cantão Ticino, fomos até Zermatt, no Cantão Valais. A Suíça tem muitos destes vilarejos bucólicos, com chalés nas montanhas, vaquinhas pastando tranquilamente, restaurantes charmosos e lojinhas interessantes. Típico cenário onde a vida passa de forma tranquila e aparentemente sem grandes preocupações. Confesso que Zermatt não estava em nosso roteiro, na verdade foi indicação da minha irmã que mora em Lausanne, onde montamos nossa base para este Tour pela Suíça. Zermatt é um vilarejo localizado no centro-sul da Suíça bem no meio dos Alpes, junto à fronteira com a Itália, rodeado por montanhas e cortado pelo Rio Matter Vispa, uma parada quase que obrigatória para quem vai visitar o país. É o epicentro dos clichês suíços: montanhas, vaquinhas, chocolates, fondues, ovelhas, neve, frio, mais chocolates, mais montanhas e mais frio! São os Alpes, afinal!!! Há várias opções para quem quer visitar os Alpes, mas Zermatt chama a atenção dos visitantes por vários motivos, e um deles é onde fica a montanha Matterhorn, que inspirou a logomarca do chocolate Toblerone.

Hauptbahnhof

Bahnhofstrasse
A única forma para chegar lá é de trem da Matterhorn Gotthard Bahn. Exceto se você for bem rico, daí pode chegar de helicóptero também. Há inclusive a opção de mesclar a visita à cidade com a rota de trem panorâmica Glacier Express, considerada uma das mais cênicas do mundo. Para quem vem de carro, é preciso deixá-lo no estacionamento do Vilarejo de Täsh (cinco quilômetros antes de chegarmos a Zermatt), já que a circulação de veículos não é permitida por lá. Em Täsh há vários estacionamentos, mas o melhor é o estacionamento dentro da Estação Ferroviária, que é mais cômodo e com bom preço: Matterhorn Terminal Täsch. Pode ficar tranquilo estacionando lá, é estacionamento coberto, protegido e ali mesmo você compra o bilhete de trem que sai a cada 20 minutos. Dentro do trem, uma dica é ficarem nos vagões do meio, cujo teto é de vidro, daí eles te oferecem uma vista panorâmica dos Alpes. Nos vagões das extremidades as janelas são normais. Como chegamos quase na hora do trem partir não conseguimos lugar nos vagões do meio. Na realidade a circulação de carros em Zermatt é restrita aos veículos elétricos. Mas os carros realmente são desnecessários. Se você se hospedar em um hotel na parte central da vila estará perto de relativamente todos os pontos turísticos em questão de minutos de caminhada. Caso o hotel seja um pouco mais afastado, existe a opção de ônibus elétricos, táxis elétricos ou até mesmo carruagens. As lojas, restaurantes e comércio se concentram em poucas quadras, na Bahnhofstrasse. Sugiro que você comece a explorar Zermatt por aí.

Bahnhofstrasse

Hotel Simi
Mesmo não sendo lá tão conhecida pela grande maioria dos turistas brasileiros (não topamos com nenhum por lá!), a cidade é um dos destinos turísticos mais conhecidos e famosos da Suíça. Por ser uma cidade bastante turística, os preços de hospedagem em Zermatt costumam ser bem caros. Hospedamo-nos no Hotel Simi, um quatro estrelas muito charmoso e aconchegante. O Hotel estava praticamente vazio, pois outubro ainda não é temporada de esqui, quando tudo lota na cidade. A vista da janela do nosso quarto era de conto de fadas. Chegamos, nos acomodamos, e daí chegou a hora de passear pela cidade. Simplesmente demais! Cara de cidade do interior, casinhas de madeira, dezenas de restaurantes incríveis, lojinhas de tudo quanto é coisa: souvenires, artesanatos, artigos esportivos de inverno, roupas de grife, padarias etc. Jantamos no Restaurante Walliserkanne. Eu visitei Zermatt no comecinho do outono e achei a paisagem linda, já começando a ficar em tons coloridos, porém o tempo é bem instável e momentos de sol se alternam com momentos em que a Matterhorn pode ser totalmente encoberta pelas nuvens.

Sacadas da Bahnhofstrasse
Só a caminhada pela cidade já vale a visita e isso que ainda tínhamos todo o dia seguinte pela frente para subir a montanha. O ideal é passar dois dias completos em Zermatt. Se você quiser ficar mais tempo também “rola”, principalmente se você for esquiar daí pode passar uma pequena temporada por lá. Se você não gosta de esquiar, sempre há as opções para fazer hiking nas trilhas. E se você não gosta de nenhum dos dois, bem, veja se seu hotel tem piscina aquecida e leve um bom livro. Você também pode alugar uma bicicleta e fazer um passeio costeando o rio, ou pegar um dos táxis elétricos e ir passear até a base da montanha ou simplesmente andar sem destino pelos lugares mais remotos. Há ainda saltos de parapente e voos de asa delta. Andando pela cidade, algo que chama a atenção é a quantidade de flores nas sacadas. A explicação para isso está no fato de que existe uma lei local que obriga todos os proprietários de prédios com sacadas, a colocar flores nas floreiras.

Sacadas da Bahnhofstrasse

Ruas de Zermatt
A fama da localidade se cristalizou e a vila hoje é farta em hotéis classudos, restaurantes chiquérrimos, lojas de relógios de luxo, pubs, galerias de arte e celebridades internacionais arriscando uma ou outra manobra sobre um par de esquis. A discrição em relação aos famosos, no entanto, é quase tão absoluta quanto a dos bancos de Zurique ou Genebra a respeito das contas dos milionários. Não deixe de circular pela Praça Kirchplatz e conheça a aldeia que está sendo escavada por arqueólogos, revelando machados de pedra neolíticos e até a corda que se rompeu no cume do monte na fatídica primeira escalada. Uma das atrações mais pitorescas e charmosas de Zermatt são as construções da Hinterdorfstrasse, uma travessa da Bahnhofstrasse, vocês encontrarão construções (estábulos, lojas e casas) erguidas entre os séculos XVI e XVIII. Em perfeito estado de conservação, elas são o retrato fiel de como era a vida em Zermatt naquela época. Literalmente uma viagem no tempo.

Zermatt
É em Zermatt que a essência do esqui e dos famosos Alpes Suíços se revela. Deslizar entre as pistas levemente azuladas da cadeia montanhosa, respirando o vento puro e cortante ao longo dos quase 320 quilômetros de trilhas sinalizadas, é uma experiência sem igual. A região de esqui compreende 63 ferrovias montesas. A região chamada de "paraíso de geleiras do Matterhorn" é a maior e mais elevada região de esqui de verão da Europa. No inverno, a região vira uma espécie de parque de diversões para praticantes de esqui, snowboard, cross country, paragliding e patinação no gelo da Suíça e de toda a Europa.

Zermatt
O Cemitério e Memorial dos Montanhistas, localizado a poucos passos da rua principal (Bahnhofstrasse), é uma homenagem aos alpinistas que perderam a vida nas montanhas ao redor de Zermatt. As lápides revelam nomes de mulheres e homens do mundo inteiro que morreram no Matterhorn, Täschhorn, Weisshorn, Liskamm, Obergabelhorn e no maciço do Monte Rosa. De quebra, o turista tem a oportunidade de conferir, no Museu Matterhorn, a rica história da região, desde o lendário acidente da primeira escalada do Matterhorn, em 1865, quando membros da equipe liderada por Edward Whymper morreram durante a descida. O Museu Matterhorn chama a atenção pela sua futurística cúpula de vidro azul. Localizado ao lado da Igreja de Sankt Mauritius, o Museu expõe traços históricos do desenvolvimento da pequena Zermatt, especialmente as primeiras expedições ao topo do Matterhorn. Em 2015 Zermatt ficou em 12º lugar na pesquisa de Melhores Destinos realizada pelo Trip Advisor, título muito merecido, já que é de fato uma cidade dos sonhos.

domingo, 27 de setembro de 2015

Tour pela Suíça

Cantão Graubünden
Em fins de setembro de 2011 fizemos um Tour pela Suíça. Era outono. Foram 17 dias de viagem. Viagens internacionais sempre requerem uma preparação especial. Passaporte em dia, passagens compradas (ida e volta, com seguro de viagem para eventualidades médicas, é obrigatório), de preferência fora de temporada para reduzir custos, voucher da reserva dos hotéis ou albergues onde for se hospedar ou se for hospedar em casa de parentes ou amigos, é necessário uma carta convite com endereço e número de telefone para contato caso o serviço de imigração queira conferir. Pode-se levar dinheiro (Euros ou Francos no caso da Suíça, em alguns poucos locais aceitam-se Dólares também) ou cartão de crédito, mas é obrigatório que você tenha disponível no mínimo € 100,00 por dia. No nosso caso deveríamos comprovar se necessário € 1.700,00. Se for ficar em casa de parentes ou amigos, é de bom tom levar um presentinho para os moradores da casa. Cidadãos brasileiros não necessitam de visto para a Suíça, se o período de permanência no país não exceder 90 dias e se o motivo da viagem for turismo, visita, negócios, estudo, tratamento médico ou participação em congressos ou eventos.

Heidsee (Cantão Graubünden)

Bela Vista no Cantão Graubünden
Embarcamos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, também conhecido como Cumbica, em Guarulhos. Em voos internacionais é necessário chegar pelo menos duas horas antes para fazer o check-in. Não se esqueçam de conferir tamanho e peso da bagagem para evitar problemas com a companhia aérea. Fizemos conexão no Aeroporto de Zurique (é o maior aeroporto da Suíça e um dos 10 maiores da Europa, então cuidado para não se perder) e pegamos o voo para o Aeroporto Internacional de Genebra. De Genebra fomos de carro até Lausanne onde ficaríamos hospedados na casa da minha irmã. Alugamos um carro para que pudéssemos conhecer as cidades sem preocupação com horários. 
Nas cidades próximas a Lausanne íamos e voltávamos no mesmo dia, não necessitando hospedagem. Depois, quando estávamos percorrendo as cidades mais distantes, parávamos onde achávamos melhor e procurávamos um hotel. Isto só dá para ser feito fora de temporada, onde os hotéis estão vazios. No verão ou no inverno somente com reservas antecipadas. Além de Lausanne, nos hospedamos em Interlaken, Lucerna, Chur, Lugano, Ascona e Zermatt. Nosso roteiro preparado com antecedência previa 15 cidades, mas acabamos conhecendo 21 cidades (Comunas), percorremos os quatro cantos do país, ou melhor, nove dos 26 Cantões (Estados) existentes na Suíça. Algumas cidades são tão pequenas que dá para conhecer mais de uma por dia. 

Château d'Oex (Cantão Vaud)

Hotel Montana (Cantão Graubünden)
A bagagem é outra história, no outono ainda não está tão frio, mas há dias bem quentes, no entanto em Zermatt nevou demais!!! Nada menos que 6ºC negativos, com sensação térmica de 12ºC negativos. O tempo na Suíça varia bastante de lugar para lugar. Tivemos que comprar roupas apropriadas, pois não tínhamos na mala. É tanto frio que dói até os ossos. Fazendo fronteira com França, Alemanha, Itália e Áustria, um diferencial da Suíça está na belíssima paisagem natural de grandes bosques, lagos e montanhas, como a famosa região dos Alpes. Lá, a adrenalina das estações de esqui e o frio abaixo de zero são garantidos em qualquer época do ano.

Hôtel Du Chamois em Château d'Oex (Cantão Vaud)

Viaduto de Landwasser (Cantão Graubünden)
A Suíça ou Confederação Suíça (Helvética) é uma República Federal composta por 26 estados, chamados de Cantões, com a cidade de Berna como sede das autoridades federais. A Suíça é um país sem costa marítima cujo território é dividido geograficamente entre o Jura, o Planalto Suíço e os Alpes, é um dos países mais ricos do mundo e Zurique e Genebra foram classificadas como as cidades com melhor qualidade de vida no mundo, estando em segundo e terceiro lugar respectivamente. 


Café Tivoli em Châtel Saint Denis
(Cantão Friburgo)




A Suíça é constituída por quatro principais regiões linguísticas e culturais: alemão, francês, italiano e romanche. Por conseguinte, os suíços não formam uma nação no sentido de uma identidade comum étnica ou linguística. A separação não fica somente pela língua, mas também pelas ideologias e culturas, onde os falantes franceses são mais abertos e liberais e os falantes alemães são mais conservadores. O visitante estrangeiro pode se sentir à vontade. O povo local é tranquilo, cordial e elegante. Interagir com eles é fácil. O suíço aprende logo na escola a falar ao menos duas das quatro línguas oficiais, além de inglês, é claro! Com alto padrão de qualidade de vida e organização, a Suíça é um país “quatro em um”. Pois se divide em regiões de origens alemã, francesa, italiana e romanche. Poliglota, a terra do relógio, onde tudo funciona com precisão, carrega a herança multicultural em museus, festivais, lugares históricos e na arquitetura medieval.

Le Sépey (Cantão Vaud)

Vaquinha típica na Suíça
A história da Suíça começa antes do Império Romano: em 500 a.C. Nessa altura, muitas tribos celtas estavam localizadas nos territórios do Centro-Norte da Europa. A mais importante delas era a dos Helvécios, nome que iria originar a designação atual da Suíça. Ao contrário do que era dito pelos romanos e pelos gregos, os Helvécios não eram selvagens, mas sim avançados na técnica de joias e outras peças pequenas corroborando as escavações feitas no Lago Neuchâtel. Muitas cidades suíças da atualidade foram fundadas durante a colonização pelo Império Romano, como Genebra, Lausanne, Martigny, Zurique, Sion, Basiléia, Bellinzona, entre outras. Do século XI ao século XIII, muitas cidades foram fundadas, incluindo Berna, Lucerna e Friburgo.

Bela vista dos Alpes Suíços

Chalé em Châtel Saint Denis (Cantão Friburgo)
A Suíça é dividida em 13 regiões turísticas. A principal atração são os Alpes Suíços. Até o século XVIII, o país não era um destino, mas uma passagem obrigatória no centro da Europa. Nesta época, as cidades que atraiam turistas eram apenas a Basiléia e Genebra devido as suas universidades, movimentos religiosos, as fontes de água e as curas que as termas proporcionavam. O início do turismo no país é provocado pelos trabalhos de escritores e pintores naturalistas do fim do século XVIII e início do século XIX que suscitam interesse aos viajantes pelas descrições das paisagens e das montanhas.

Cantão Berna
No dia-a-dia, os suíços preferem coisas pequenas e não são esbanjadores. Mas são, sobretudo, marcados pela pontualidade, a precisão e o perfeccionismo. A gastronomia típica helvética é claramente feita à base de leite. Os suíços juntamente com os franceses, produzem queijo para a raclette que é derretida e servida com batatas cozidas e picles (muito bom, principalmente se for degustada na cidade de Gruyères). Além do queijo, come-se muita massa, como o äplermakronen, uma massa com queijo e batatas, prato típico de inverno, o chocolate também é muito famoso no país e no mundo. Na parte alemã é comum encontrar o rösti em formato de panqueca, é feito de batatas cozidas e raladas, a massa misturada com manteiga podendo juntar bacon, cebolas, entre outros ingredientes, é então colocada em uma frigideira e tostada dos dois lados (muito bom também, principalmente se for saboreada em Lucerna). Também é comum encontrar pratos feitos a partir de castanhas, sobretudo nas zonas montanhosas (Valais e Ticino). 

Cantão Berna
Os vinhos suíços não são muito famosos no mundo (mesmo assim foi a bebida que eu mais consumi. Pode-se pedir jarrinhas com quantidades menores da bebida), pois a produção vinhateira na Suíça é muito reduzida, apesar da tecnologia usada no processo de obtenção. A cidra de maçã, o absinto de Jura e a Rivella são outras bebidas famosas. Tortas e quiches também são tradicionalmente encontradas na Suíça. Em particular, as tortas são feitas de todos os modos, desde maçã à cebola. Outro prato típico são os cervelats, linguiça suíça feita especialmente no país e no sul da Alemanha. Na Suíça, a culinária é influenciada pelas outras culturas adjacentes como a francesa, a alemã e a italiana. Se a gente não tomar cuidado é capaz de voltar para casa rolando.

Cascade de la Pissevache, Vernayaz (Cantão Valais)

Vinhedos de Valais
Nem só de praia, sol e carnaval vive a felicidade. Ao que parece, ela está mais voltada para as montanhas, os chocolates, os queijos e os relógios pontuais. Neste ano de 2015 a Suíça foi eleita o país mais feliz do mundo. O ranking é baseado em diversos fatores, como o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, expectativa de vida saudável, sistema de ajuda social e percepção de corrupção ou a ausência dela no governo. Em resumo, a Suíça é tudo de bom.