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domingo, 6 de dezembro de 2015

Tour pela Europa I

Grand Palais em Paris
Nas próximas postagens vou contar como foi o Tour pela Europa, realizado pelo meu filho juntamente com um amigo da escola. Mais precisamente, em 2008, meu filho passou no vestibular e ganhou de presente uma viagem de 30 dias pela Europa. Como ele não queria ir sozinho, óbvio, convidou um amigo, colega de escola, que também tinha passado no vestibular. A família dele gostou da ideia e então começamos a planejar o roteiro dos dois. É simplesmente impossível conhecer a Europa, um dos menores continentes do planeta, em apenas uma viagem, mas procuramos fazer o roteiro mais abrangente possível. A viagem seria nas férias da faculdade, em julho, alta temporada na Europa, preços elevados, milhões de turistas, mas se não fosse assim, as próximas férias seriam em dezembro e janeiro, muita neve, não dá. O roteiro contemplou desde os museus até os estádios dos times de futebol mais famosos dos países visitados, indo da cultura ao esporte.


Lojinha de rua em Paris
Programamos um tour por seis países, que começaria pela Suíça (Genebra, Lausanne e Montreux). A escolha teve motivos óbvios, minha irmã mora lá, e seria uma boa base para os outros países, num indo e vindo para a casa dela. Os outros países visitados foram Alemanha (Schwangau), Espanha (Barcelona e Madri), França (Paris), Itália (Roma e Vaticano) e Portugal (Lisboa). Como era uma viagem de dois rapazes (18 e 20 anos), decidimos que seria alguma coisa mais light e própria para a idade deles. Seria uma viagem de trem, para mochileiros, hospedando-se em albergues, com o dinheiro contado. Como seria a primeira viagem internacional dos dois, e de cara, desacompanhados dos pais, resolvemos deixar tudo “amarradinho”. As passagens aéreas e as passagens de trem foram compradas na Costa Brava Turismo, que nos orientaram muito bem. O procedimento para viagens internacionais já expliquei como funciona no post Tour pela Suíça. Quem se interessar pode dar uma olhada lá, não quero ser repetitiva.



Jardim em Paris
As passagens de trem foram da Eurailpass, num pacote de passagens para cinco países. As viagens entre os países seriam realizadas à noite, então as datas e cabines nos trens foram reservadas ainda no Brasil. Desta maneira fica um pouco mais caro, mas não quis correr o risco de não acharem vagas nos trens, já que nesta época do ano o número de turistas na Europa é absurdo, e eles ficarem esperando nas estações de trem até que tivesse vaga no próximo. As reservas nos albergues foram feitas por mim através de um site próprio para isso. Os critérios que utilizei para a escolha dos albergues foram: segurança, localização, custo e facilidades oferecidas. Depois de escolhidos, paguei o valor equivalente à metade das diárias para garantir a reserva. A outra metade eles pagariam lá. As datas e horário para check-in e para check-out nos albergues estavam combinadas com os horários de chegada e partida dos trens, por isso a necessidade das reservas antecipadas. 

Uma pausa em Barcelona

Lisboa
Na bagagem, muita roupa de verão, roupa de cama e toalha de banho, já que nos albergues você tem que levar tudo. Eles levaram uma mala grande, que ficaria na casa da minha irmã, e uma mochila grande também, onde colocariam apenas o necessário para as viagens aos outros países. Eu fiz uma pequena bolsa, tipo “pochete”, onde ficariam o passaporte, o dinheiro e o cartão de crédito. Esta “pochete” ficaria presa à cintura o tempo todo, até mesmo para dormir, só tiraria para tomar banho. Esta precaução não é exagerada não. A incidência de roubos nos albergues é elevadíssima na Europa. Risco desnecessário. Escolhemos quartos mistos (masculino e feminino) e com o maior número de pessoas possível. Isso foi a recomendação de quem se hospeda bastante em albergues internacionais. Quanto maior o número de pessoas no mesmo quarto, mais seguro é.

Castel Sant'Angel em Roma


Eles embarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos, via Swiss Air, para o Aeroporto Internacional de Genebra, com escala no Aeroporto de Zurique. Não eram as passagens mais baratas, na Iberia estavam mais em conta, mas não quis correr o risco de uma escala em Madri, pois eles foram justamente naquela época em que a imigração espanhola estava deportando todos os brasileiros. Dois rapazes sozinhos, de mochila nas costas, não era uma boa ideia, outro risco desnecessário. No dia da viagem, as duas famílias no aeroporto para as despedidas. A choradeira de praxe, como se fossem ficar um ano fora. Milhões de recomendações e a obrigação de darem notícias todos os dias. Preocupação de mãe, vocês entendem, não é??

Chegando em Füssen na Alemanha



Falando um pouco sobre a Europa. Na mitologia grega, Europa era uma princesa fenícia que Zeus sequestrou depois de assumir a forma de um touro branco deslumbrante. Ele a levou para a Ilha de Creta, onde ela deu à luz Minos, Radamanto e Sarpedão. Para Homero, Europa era uma rainha mitológica de Creta e não uma designação geográfica. Mais tarde, o termo Europa foi usado para se referir ao centro-norte da Grécia, e em 500 a.C., seu significado foi estendido para as terras ao norte.

A mesma estrada na Alemanha
A Europa é, por convenção, um dos seis continentes do mundo, e o segundo menor. Dos cerca de 50 países que o compõem, a Rússia é o maior tanto em área quanto em população (sendo que a Rússia se estende por dois continentes, a Europa e a Ásia) e o Vaticano é o menor (isso mesmo, o Vaticano é um país). É o quarto continente mais populoso do mundo, após a Ásia, a África e a(s) América(s). A Europa, nomeadamente a Grécia Antiga, é considerada o berço da cultura ocidental. Tendo desempenhado um papel preponderante na cena mundial a partir do século XVI, especialmente após o início do colonialismo. Entre os séculos XVI e XX, as nações europeias controlaram em vários momentos as Américas, a maior parte da África, a Oceania e grande parte da Ásia. Ambas as guerras mundiais foram em grande parte centradas na Europa, sendo considerada como o principal fator para um declínio do domínio da Europa Ocidental na política e economia mundial a partir de meados do século XX, com os Estados Unidos e a União Soviética ganhando maior protagonismo.

Uma igrejinha na Alemanha
Como um continente, a economia da Europa é atualmente a maior do planeta e é a região mais rica. Tal como acontece com outros continentes, a Europa tem uma grande variação da riqueza entre os seus países. A moeda mais importante da Europa é o Euro (moeda oficial da União Europeia), que circula em 16 países. Na Suíça, a moeda é o Franco Suíço, mas o Euro é aceito em qualquer lugar. Dependendo da loja, aceitam Dólar Americano também. No  geral, a economia dos países é bem desenvolvida, sendo que as mais fortes são: Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália e Espanha. Em geral, a qualidade de vida dos europeus é muito boa. Os índices sociais estão entre os melhores do mundo. Nos países mais desenvolvidos da Europa (região centro-oeste), o analfabetismo é baixo, a expectativa de vida é alta e a criminalidade é pequena.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Partida

Imagine reunir num só país o melhor das culturas alemã, francesa e italiana? A Suíça é esse país. Além da comida excelente, a viagem tem lagos, montanhas cobertas de neve, compras elegantes e atrações históricas que estão entre as melhores da Europa. Sabe aqueles estereótipos sobre a Suíça? Lugar moderno, em que tudo funciona; qualidade de vida invejável; poderosa indústria financeira que gere as maiores fortunas do planeta; fondue aos pés dos Alpes; deliciosos queijos feitos em casebres no alto de montanhas: é tudo verdade. Mas além dos clichês, há outra Suíça nada difícil de descobrir. Basta desbravá-la por entre vales de campos verdes. Por trás da imagem de autossuficiência, encontra-se um país caloroso que as linhas retas de suas metrópoles poderiam encobrir, de gente simples e simpática e de cantões de tradição rural muito forte que atravessa séculos e mais séculos de história.

Tão logo você começa a montar seu roteiro suíço, descobre o inevitável: é muita Suíça para pouco tempo, minha gente! A Suíça é fantástica, bem como o estilo de vida que os moradores levam. Você não consegue distinguir quem tem mais ou menos dinheiro porque todo mundo tem acesso a tudo. Todos andam de metrô, de ônibus, consomem as mesmas coisas. A qualidade de vida está a "anos luz" na frente da nossa, infelizmente, e confesso que, ao voltar para o Brasil, fiquei bem desanimada com tudo isso que passamos por aqui. O sistema de transporte, não só da Suíça, mas da Europa de um modo geral, é admirável. Carro por lá é desnecessário.

Além do mais, o povo da Suíça é bastante educado, cordial, simpático e elegante. Contudo, mais reservado. Notei também que, apesar de pães, queijos e chocolates divinos, a população consome com mais frequência alimentos saudáveis, e estes são de alta qualidade. Há muitos produtos orgânicos também que não são caros como aqui no Brasil. Quanto às carnes, estas são pouco consumidas devido ao preço, que é bem salgado. Apresentaram-nos também a sobremesa que os suíços mais comem, à base de creme de queijo Gruyère (como se fosse um creme de leite bem cremoso, mas bem mais gostoso), merengue (tipo um suspiro) e frutas vermelhas. Simplesmente de comer rezando! O custo de vida é alto, mas os salários são muito bons, o sistema de saúde é um dos melhores do mundo e podemos andar nas ruas livremente, sem preocuparmos com falta de segurança.

Nosso Tour pela Suíça está terminando. Que pena!! Durante nossa viagem, passamos pelo Norte da Itália, nas regiões do Piemonte e da Lombardia e conhecemos quatro cidades. Vou falar um pouco sobre elas no próximo pacote de viagens, chamado Norte da Itália.

sábado, 28 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Castelos na Suíça

Château de Chillon
Além de lagos e Alpes, a Suíça também possui belos castelos entre suas atrações turísticas mais visitadas, sendo eles muito bem preservados graças a longa história de neutralidade suíça. Existem inúmeros castelos espalhados pela Suíça. Devido ao relevo montanhoso do país, a maioria deles fica nas montanhas e em lugares mais elevados. Na Idade Média, quanto mais altos os castelos, melhor a visão do que acontecia ao redor, podendo inclusive prever ataques inimigos. Mas a Suíça é tão rica em castelos que ela tem ainda os chamados Wassenburgen, que são os castelos cercados por água, outra tática do período medieval. Visitar os castelos na Suíça faz parte dos roteiros neste belo país da Europa no qual as paisagens podem ser comparadas com as histórias de princesas dos contos de fadas. A verdade é que por trás de cada uma dessas construções, como o Château de Chillon, por exemplo, está uma infinidade de descobertas sobre a história do país. Por isso, incluir os castelos da Suíça, nos pontos turísticos para conhecer na viagem fará com que você tenha a sensação de voltar no tempo. Com o roteiro pelos castelos você poderá conhecer um pouco da história medieval, já que muitos deles foram edificados há muito tempo e são verdadeiros cenários de filmes. Se for visitar a Suíça, não deixe de escolher pelo menos um para entrar e explorar. É atração para todas as idades e um banho de história e cultura.

Château de Chillon

Château de Chillon
O Château de Chillon é, sem sombra de dúvidas, o mais famoso dos castelos suíços e um dos mais visitados. Ele fica em Montreux, na Riviera Suíça, e é um belo exemplo de Wassenburgen. Ele fica localizado em uma ilha rochosa e já foi moradia da nobreza suíça. Construído às margens do Lac Lèman, o Chillon é uma visita que impressiona. O Castelo é maravilhoso e cada cômodo tem um pouco da história da Suíça. O primeiro documento do local tem data do ano de 1.150, por isso, acredita-se que ele tenha pelo menos mil anos de vida. A disputa pelo território entre os franceses e suíços é contada em alguns trechos da visita. A sala que recebia mercadorias, o local onde se armazenava os vinhos e até a prisão são salas que fazem parte da visita. Aliás, a prisão do Chillon é uma das causas que fez o Castelo se tornar tão famoso. Nela viveu François de Bonivard (1493-1570), personagem do poeta inglês Lord Byron no poema “The Prisioner of Chillon”, de 1816. Byron, em sua visita ao Castelo, deixou seu nome registrado na parede em que Bonivard ficou acorrentado.

Château de Chillon

Châteu de Chillon
A visita ao Chillon dura mais ou menos duas horas. Na entrada, o visitante recebe um roteiro de visitação – e tem versão em português. Existe também a opção de áudio guia em inglês, francês, alemão e espanhol. O Castelo é aberto todos os dias, exceto 25 de dezembro e 1 de janeiro. O Chillon tem ainda eventos especiais para crianças e famílias ao longo do ano (a Festa de Halloween é uma delas). É possível ainda alugar para realização de festas e eventos. Já pensou em celebrar uma festa de casamento ou aniversário em um castelo medieval na Suíça? Demais, não? Cada castelo na Suíça tem uma época do ano que é mais recomendada a visita, no caso de Chillon a estação mais vantajosa para os visitantes é o verão, uma vez que ele fica aberto até mais tarde e demora mais para escurecer na região.

Château de Gruyères

Château de Gruyères
O Château de Gruyères é um exemplo de castelo em região montanhosa da Suíça. Localizado na pequena cidade medieval de Gruyère, o Castelo também tem seu charme e merece uma visita. Aliás, Gruyères é uma cidade que precisa estar no seu roteiro pela Suíça. Localizada na região que produz o queijo Gruyère, a charmosa cidade medieval só pode ser visitada a pé, já que carros não entram no local, e é um cenário maravilhoso para fotos. O Château de Gruyères é menor que o Chillon, mas não menos encantador. A construção conta com diversas salas que possuem desde obras de arte a aposentos. A mobília antiga, instrumentos musicais e diversas relíquias completam o cenário do Castelo. As janelas e varandas do Château de Gruyères tem cenários completamente diferentes a cada estação. Ele abriga ainda um belo jardim e proporciona uma vista maravilhosa dos Alpes da região. O jardim do Castelo é um ponto de parada muito bonito. O outono é a época mais bonita para visitação por conta da paleta de cores da natureza. O tour completo é feito em menos de uma hora. Tanto que a visita está incluída no famoso passeio do Trem de Chocolate.

Château d'Ouchy

Château d'Ouchy
O Château d’Ouchy é um castelo medieval restaurado com uma torre fortificada original (listada como Monumento Histórico de Lausanne) em meio à bela paisagem de Lausanne, situado às margens do Lac Lèman. Hoje, o Château d’Ouchy é um hotel quatro estrelas dotado de uma vista privilegiada dos Alpes. No local, você pode desfrutar de um restaurante mediterrâneo, um bar aconchegante, uma piscina ao ar livre, uma área de lazer moderna com sauna, banho turco e um terraço com vista para o Lago. À noite o Château se ilumina de uma maneira absurdamente linda. Ao amanhecer, seus arredores são um convite para uma caminhada para admirar a vista deslumbrante da região. Do Château ao Museu Olímpico (uma das principais atrações de Lausanne e que vale muito a pena conhecer) são pouquíssimos minutos de caminhada. O Bairro de Ouchy é uma das áreas mais lindas da cidade, ainda mais no verão. A última parada da Estação de Metrô de Lausanne é em Ouchy, quase em frente ao Château.

Castello Visconteo

Castello Visconteo
Embora tenha havido um palácio real em Locarno em 866 e uma família nobre, com um castelo no século X, as partes mais antigas remanescentes do Castello Visconteo (parte da parede do anel e do trato residencial e fundação de uma torre) data para o final dos séculos XII ou XIII. Por volta de 1240 Locarno tornou-se um reduto dos Guelfos, facção que apoiou o papa contra o imperador, possivelmente levando à construção ou expansão do Castello. Em 1260 o Castello foi atacado e destruído pelos Gibelinos pró-imperador. Após a destruição, o Castello foi novamente reconstruído. Em 1342 Lucchino e Giovanni Visconti capturaram o Castello e suas fortificações foram reforçadas e novas muralhas foram construídas. Em 1439, Franchino Rusca, da Família Visconti, renovou e expandiu o Castello. Um pouco ao sul da antiga torre principal, um Palazzo foi construído com salas ornamentadas, grandes chaminés e uma arcada que levava ao pátio. Por volta de 1532, a maior parte das paredes do Castello foram demolidas, restando apenas o Palazzo.

Museggmauer
O Museggmauer é uma das atrações de Lucerna e não é necessariamente um castelo, mas uma fortaleza que data de 1386. Trata-se de um grande muro que marca o território da parte mais antiga da cidade. Esse grande muro teria sido a muralha da cidade, um limite de território. Espalhadas por esse muro, estão quatro torres (Schirmer, Zyt, Wacht e Männli) que são abertas ao público. Na Torre Zyt está o relógio mais antigo da cidade, construído em 1535. É possível passear ao redor da muralha e a visita vale muito a pena.


Château de Bulle
O Château de Nyon, construído em meados do século XII, também relata a história da Suíça e a disputa de território entre os condes de Savoia (franceses) e os senhores de Berna (suíços). Situado no alto de uma pequena colina da cidade, o Château de Nyon tem ainda uma vista privilegiada do Lac Lèman e seus arredores. Além dos relatos da história local, o museu abriga ainda quadros do século XVI ligados à história do Castelo, seus proprietários e da cidade de Nyon. Há também uma grande parte dedicada à cerâmica de Nyon, com peças produzidas pela fábrica local, que funcionou de 1781 a 1979. O Museu está aberto de terça a domingo e os horários de funcionamento variam de acordo com as estações do ano. A cada primeiro domingo do mês, a entrada é gratuita (aliás, isso vale para cada castelo na Suíça). Dica: combine a visita ao Museu com um passeio de barco até a cidade de Yvoire, na França, uma cidade medieval simplesmente encantadora. São apenas 20 minutos de travessia e você conhece duas cidades em dois países diferentes num único passeio.

Château de Bulle

Château de Bulle
Situado na cidade de Morges, o Château de Morges é mais um castelo situado às margens do Lac Lèman. Em excelente estado de conservação, o Château de Morges, que foi construído entre os anos de 1286 e 1296, abriga hoje quatro museus: o Museu Cantonal Militar, o Museu Suíço de Figurinos Históricos, o Museu de Artilharia e o Museu da Polícia Regional do Lago de Genebra. O foco militar dado aos museus não é fruto do acaso. As quatro torres do Castelo mostram bem a ideia de Fortaleza e sua história também é marcada pela presença dos condes de Savoia na disputa pelo território suíço. Ao lado do Château de Morges está o Parque da Independência, jardim onde acontece todo ano a Festa das Tulipas. Um local que definitivamente merece sua visita, especialmente entre os meses de abril e maio, época em que as tulipas estão lindamente em flor. O Château de Morges está aberto de terça a domingo. Nos meses de julho e agosto, abeto todos os dias das 10h às 17h. O bilhete dá acesso aos quatro museus.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Zermatt

Zermatt
Depois de conhecermos algumas cidades do Cantão Ticino, fomos até Zermatt, no Cantão Valais. A Suíça tem muitos destes vilarejos bucólicos, com chalés nas montanhas, vaquinhas pastando tranquilamente, restaurantes charmosos e lojinhas interessantes. Típico cenário onde a vida passa de forma tranquila e aparentemente sem grandes preocupações. Confesso que Zermatt não estava em nosso roteiro, na verdade foi indicação da minha irmã que mora em Lausanne, onde montamos nossa base para este Tour pela Suíça. Zermatt é um vilarejo localizado no centro-sul da Suíça bem no meio dos Alpes, junto à fronteira com a Itália, rodeado por montanhas e cortado pelo Rio Matter Vispa, uma parada quase que obrigatória para quem vai visitar o país. É o epicentro dos clichês suíços: montanhas, vaquinhas, chocolates, fondues, ovelhas, neve, frio, mais chocolates, mais montanhas e mais frio! São os Alpes, afinal!!! Há várias opções para quem quer visitar os Alpes, mas Zermatt chama a atenção dos visitantes por vários motivos, e um deles é onde fica a montanha Matterhorn, que inspirou a logomarca do chocolate Toblerone.

Hauptbahnhof

Bahnhofstrasse
A única forma para chegar lá é de trem da Matterhorn Gotthard Bahn. Exceto se você for bem rico, daí pode chegar de helicóptero também. Há inclusive a opção de mesclar a visita à cidade com a rota de trem panorâmica Glacier Express, considerada uma das mais cênicas do mundo. Para quem vem de carro, é preciso deixá-lo no estacionamento do Vilarejo de Täsh (cinco quilômetros antes de chegarmos a Zermatt), já que a circulação de veículos não é permitida por lá. Em Täsh há vários estacionamentos, mas o melhor é o estacionamento dentro da Estação Ferroviária, que é mais cômodo e com bom preço: Matterhorn Terminal Täsch. Pode ficar tranquilo estacionando lá, é estacionamento coberto, protegido e ali mesmo você compra o bilhete de trem que sai a cada 20 minutos. Dentro do trem, uma dica é ficarem nos vagões do meio, cujo teto é de vidro, daí eles te oferecem uma vista panorâmica dos Alpes. Nos vagões das extremidades as janelas são normais. Como chegamos quase na hora do trem partir não conseguimos lugar nos vagões do meio. Na realidade a circulação de carros em Zermatt é restrita aos veículos elétricos. Mas os carros realmente são desnecessários. Se você se hospedar em um hotel na parte central da vila estará perto de relativamente todos os pontos turísticos em questão de minutos de caminhada. Caso o hotel seja um pouco mais afastado, existe a opção de ônibus elétricos, táxis elétricos ou até mesmo carruagens. As lojas, restaurantes e comércio se concentram em poucas quadras, na Bahnhofstrasse. Sugiro que você comece a explorar Zermatt por aí.

Bahnhofstrasse

Hotel Simi
Mesmo não sendo lá tão conhecida pela grande maioria dos turistas brasileiros (não topamos com nenhum por lá!), a cidade é um dos destinos turísticos mais conhecidos e famosos da Suíça. Por ser uma cidade bastante turística, os preços de hospedagem em Zermatt costumam ser bem caros. Hospedamo-nos no Hotel Simi, um quatro estrelas muito charmoso e aconchegante. O Hotel estava praticamente vazio, pois outubro ainda não é temporada de esqui, quando tudo lota na cidade. A vista da janela do nosso quarto era de conto de fadas. Chegamos, nos acomodamos, e daí chegou a hora de passear pela cidade. Simplesmente demais! Cara de cidade do interior, casinhas de madeira, dezenas de restaurantes incríveis, lojinhas de tudo quanto é coisa: souvenires, artesanatos, artigos esportivos de inverno, roupas de grife, padarias etc. Jantamos no Restaurante Walliserkanne. Eu visitei Zermatt no comecinho do outono e achei a paisagem linda, já começando a ficar em tons coloridos, porém o tempo é bem instável e momentos de sol se alternam com momentos em que a Matterhorn pode ser totalmente encoberta pelas nuvens.

Sacadas da Bahnhofstrasse
Só a caminhada pela cidade já vale a visita e isso que ainda tínhamos todo o dia seguinte pela frente para subir a montanha. O ideal é passar dois dias completos em Zermatt. Se você quiser ficar mais tempo também “rola”, principalmente se você for esquiar daí pode passar uma pequena temporada por lá. Se você não gosta de esquiar, sempre há as opções para fazer hiking nas trilhas. E se você não gosta de nenhum dos dois, bem, veja se seu hotel tem piscina aquecida e leve um bom livro. Você também pode alugar uma bicicleta e fazer um passeio costeando o rio, ou pegar um dos táxis elétricos e ir passear até a base da montanha ou simplesmente andar sem destino pelos lugares mais remotos. Há ainda saltos de parapente e voos de asa delta. Andando pela cidade, algo que chama a atenção é a quantidade de flores nas sacadas. A explicação para isso está no fato de que existe uma lei local que obriga todos os proprietários de prédios com sacadas, a colocar flores nas floreiras.

Sacadas da Bahnhofstrasse

Ruas de Zermatt
A fama da localidade se cristalizou e a vila hoje é farta em hotéis classudos, restaurantes chiquérrimos, lojas de relógios de luxo, pubs, galerias de arte e celebridades internacionais arriscando uma ou outra manobra sobre um par de esquis. A discrição em relação aos famosos, no entanto, é quase tão absoluta quanto a dos bancos de Zurique ou Genebra a respeito das contas dos milionários. Não deixe de circular pela Praça Kirchplatz e conheça a aldeia que está sendo escavada por arqueólogos, revelando machados de pedra neolíticos e até a corda que se rompeu no cume do monte na fatídica primeira escalada. Uma das atrações mais pitorescas e charmosas de Zermatt são as construções da Hinterdorfstrasse, uma travessa da Bahnhofstrasse, vocês encontrarão construções (estábulos, lojas e casas) erguidas entre os séculos XVI e XVIII. Em perfeito estado de conservação, elas são o retrato fiel de como era a vida em Zermatt naquela época. Literalmente uma viagem no tempo.

Zermatt
É em Zermatt que a essência do esqui e dos famosos Alpes Suíços se revela. Deslizar entre as pistas levemente azuladas da cadeia montanhosa, respirando o vento puro e cortante ao longo dos quase 320 quilômetros de trilhas sinalizadas, é uma experiência sem igual. A região de esqui compreende 63 ferrovias montesas. A região chamada de "paraíso de geleiras do Matterhorn" é a maior e mais elevada região de esqui de verão da Europa. No inverno, a região vira uma espécie de parque de diversões para praticantes de esqui, snowboard, cross country, paragliding e patinação no gelo da Suíça e de toda a Europa.

Zermatt
O Cemitério e Memorial dos Montanhistas, localizado a poucos passos da rua principal (Bahnhofstrasse), é uma homenagem aos alpinistas que perderam a vida nas montanhas ao redor de Zermatt. As lápides revelam nomes de mulheres e homens do mundo inteiro que morreram no Matterhorn, Täschhorn, Weisshorn, Liskamm, Obergabelhorn e no maciço do Monte Rosa. De quebra, o turista tem a oportunidade de conferir, no Museu Matterhorn, a rica história da região, desde o lendário acidente da primeira escalada do Matterhorn, em 1865, quando membros da equipe liderada por Edward Whymper morreram durante a descida. O Museu Matterhorn chama a atenção pela sua futurística cúpula de vidro azul. Localizado ao lado da Igreja de Sankt Mauritius, o Museu expõe traços históricos do desenvolvimento da pequena Zermatt, especialmente as primeiras expedições ao topo do Matterhorn. Em 2015 Zermatt ficou em 12º lugar na pesquisa de Melhores Destinos realizada pelo Trip Advisor, título muito merecido, já que é de fato uma cidade dos sonhos.

domingo, 15 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Lugano

Lugano às margens do Lago di Lugano
Quando estava programando nosso Tour pela Suíça, uma cidade que não poderia faltar era Lugano. Sempre tive vontade de conhecê-la, não me pergunte por que, sonhava um dia pisar nestas terras. Finalmente chegou o dia, estava ansiosa. Ao final de nossa estadia pela cidade ficou um gostinho de “não era tudo aquilo que eu pensava”. Acho que o glamour da cidade ficou lá pelos anos 1980. Ficamos hospedados no Hotel Walter, um três estrelas localizado à beira do Lago di Lugano. Para ser honesta não indico o hotel a ninguém. Pagamos caro e sinceramente a única coisa que valeu a pena foi a vista do quarto. Moveis velhos, decoração cafona e o pior de tudo, dormimos com ventiladores, não de teto, mas uma coisa velha e barulhenta em cima de uma cadeira. Você sai de casa dizendo: vou para o conforto de hotéis, e na realidade, vai para passar raiva. Fechávamos as janelas do quarto morríamos de calor, se abríamos não aguentávamos o barulho da avenida. Fora esse contratempo com o hotel, o lugar é maravilhoso para quem vai viajar com a família, nada de romantismo.

Hotel Walter
Existem duas maneiras de chegar a Lugano: a primeira é ir de carro. Mas, a maioria opta em viajar de trem. Além de ser uma viagem rápida e visualmente interessante, o trem termina sendo mais barato. Quem for de trem à cidade precisa ficar atento na estação que vai descer. Existem duas paradas: a primeira Lugano Paradiso, um pouco afastada do centro, já a segunda, Lugano é mais próxima ao centro da cidade. Já em relação às atrações turísticas, o mais legal de lá são os passeios de barcos em volta do Lago e o de Funicolare (trem que leva até à montanha). Quem vai durante o verão, também pode desfrutar do píer que se transforma em restaurante e casa de banhos.

Banque de la Suisse Italienne
Neste tipo de viagem que fizemos um tour percorrendo vários Cantões, a gente começa a perceber as diferenças do país. Além da língua, tudo muda quando se passa para uma região de outro idioma. O nome das cidades, a voz do trem que anuncia a chegada às estações, o nome das plataformas de trem. E a gente vai entrando em outro mundo. Sem falar que as pessoas são bem mais agitadas e falam mais alto na parte italiana. A impressão era que estávamos na Itália. Não parecia a SuíçaA diferença entre a Itália e a Suíça está nos preços. Sim, assim como todas as outras cidades suíças, Lugano é uma cidade cara. Linda, porém cara para os padrões italianos. Mas a cidade também não nega a pátria à qual pertence, recheada de chocolates divinos, boas relojoarias e respeito aos horários, cidadãos e meio ambiente.

Consulado da Alemanha na Piazza Cioccaro
Lugano é uma Comuna da Suíça, no Cantão Ticino, do qual é a maior cidade, embora a capital do Cantão seja Bellinzona, onde os costumes são bem parecidos com o da Itália. Na realidade é a Itália dos sonhos. Localizada há menos de duas horas de trem de Milão, a cidade que é um cartão postal vivo encanta muitos turistas europeus por ser calma e tranquila. Lugar para relaxar. A língua oficial nesta Comuna é o italiano, bem mais amigável que o alemão, e bem mais parecido com o português do que o francêsUma delícia de escutar e bem mais fácil de se virar. Lugano situa-se numa baía no lado norte do Lago di Lugano, cercada por inúmeras montanhas, oferecendo esplêndidos pontos de observação. O histórico centro da cidade, fechado ao trânsito de automóveis, os inúmeros edifícios em estilo lombardo italianizado, os museus exclusivos, as montanhas, o Lago e o calendário recheado de eventos, todos convidam os visitantes a conhecer as atrações turísticas, absorver a atmosfera local e desfrutar do "dolce far niente". A cidade é linda, tranquila e bem pequenina, dá para fazer tudo a pé em um dia. Graças a seu clima ameno, Lugano é um popular destino turístico durante a primavera, quando as camélias estão em flor.

Lago di Lugano
Terra onde as paisagens vislumbradas a cada passo mais parecem quadros de Cézanne – “A Baía de L'Estaque”, talvez – e que guarda para outubro agenda multicor, com Festival Internacional de Marionetes, concertos da Settimane Musical e Festa do Outono, verdadeira celebração da cultura local, com comidinhas típicas e apresentação de grupos folclóricos. Da vizinha Itália, Lugano absorveu os vinhos, a arquitetura, o jeitão expansivo do povo e a descontração que lhe rendeu a alforria da metódica precisão suíça. Foram os dotes naturais que, somados à abertura da linha férrea de San Gotardo fizeram da cidade medieval um polo turístico desde a segunda metade do século XIX.

Jet d'Eau do Lago di Lugano
Nós começamos pelo Lago di Lugano, que parece uma miniatura do Lago de Genebra, inclusive tem um jato de água de 50 metros de altura. A orla do Lago di Lugano se estende por quase dois quilômetros. O trecho que liga Lido à vizinhança de Paradiso é conhecido como Lungolago, o lugar mais pop da cidade e sem dúvida uma das caminhadas mais agradáveis de Lugano. Caminhe com calma, capriche nas fotos e curta as árvores ultra bem cuidadas do caminho. Para completar, a paisagem outonal deixou a caminhada ainda mais charmosa. Lago translúcido, montanhas, parques floridos, clima deliciosamente ameno. O cartão-postal da região é o Lago di Lugano, com imperdíveis passeios de barco, e os Montes Bré e San Salvatore, um de cada lado. Toda cidade lacustre suíça tem passeios de barco, está aí um programa que vale a pena sempre. O Monte Brè, a montanha mais ensolarada da Suíça é um dos orgulhos locais, tem 933 metros de altura e, além da vista panorâmica da cidade, você vai encontrar um restaurante e um museu lá em cima. O pôr do sol visto lá do alto é divino! Com 912 metros de altura, o Monte San Salvatore é conhecido como o Pão de Açúcar suíço. A vista do Monte San Salvatore é incrível, embora não se compare à do Pão de Açúcar, abriga uma igreja, um museu e um restaurante. Em ambos, dá para pegar um teleférico até o cume e descer em caminhadas por parques bem sinalizados.

Via Cattedrale

Fontana di Piazza Rezzonico
Do Monte Brè sai uma estrada que desce até o Vilarejo de Brè, com centro preservado em típico estilo do Ticino e obras de arte que o fazem ainda mais atraente. De San Salvatore, outra excursão conhecida atravessa Carona, maravilhosamente situada, até o Lago di Lugano, localizado mais abaixo em Morcote. A viagem de barco de volta a Lugano fecha o dia de forma perfeita. Outras excursões constituem passeios à colônia de pescadores de Gandria, a escalada do Monte San Giorgio ou do Monte Generoso, ou passeios ao mundo Lilliput da Suíça em miniatura, em Melide. É bom reservar um dia da viagem para explorar os arredores de Lugano. Os melhores passeios são os que podem ser feitos a pé ou de bicicleta. Não faltam lugarejos riquíssimos em belezas naturais e históricas. Com tantas atrações permanentes, Lugano nem precisaria oferecer uma programação muito intensa; a chegada do outono, porém, parece inspirar o alegre povo daquela terra, que preparou para o início da estação cardápio variado de atividades.



Banque Credit Suisse na Piazza della Riforma
Lugano, a maior cidade da região de férias do Ticino é não apenas o terceiro mais importante centro financeiro, bancário, de negócios e conferências da Suíça, mas também uma cidade de parques e flores, casas de veraneio e edifícios sagrados. Dona de um sabor mediterrânico, Lugano oferece todas as vantagens de uma cidade de classe mundial, combinadas com o charme de cidade pequena. Não tem alta nem baixa estação em Lugano, se você gosta do frio, os meses de novembro a fevereiro são ideais. Para quem é fã do verão, os meses de junho a setembro são os melhores. Nos meses de março, abril, maio e outubro, a temperatura é bem agradável. No verão o Lago se transforma em praia, as águas ganham uma temperatura agradável e mergulhos se tornam um programa essencial. No inverno alemães, suíços do norte e holandeses buscam em Lugano um esconderijo do frio, e um bom lugar para relaxar. Quer ver Lugano descontrolada? É só cair um pouquinho de neve para os habitantes irem à loucura e a cidade parar. Todo mundo quer fotografar o raro momento em que as palmeiras se cobrem de neve, e que as águas do Lago refletem o branco da neve.

Centro de Lugano

O centro de Lugano é compacto, porém hiper charmoso repleto de cafés bacanas, prédios estilosos e muita coisa legal para fazer. A praça principal de Lugano é a Piazza della Riforma que abriga a Prefeitura da cidade, o Palazzo Civico, um prédio amarelado ornamentado com esculturas neoclássicas e com um bonito relógio. Ao redor da Prefeitura, há uma série de barzinhos e restaurantes. Bem pertinho da Piazza della Riforma está o Gabanni. São duas lojas diferentes, uma que funciona como Salumeria e mercadinho de delícias e outra que funciona como café/restaurante/bar. O Gabanni serve produtos típicos locais (experimente a tradicional Torta de Pão, o doce mais típico da região), sanduíches maravilhosos, queijos, frios e muita coisa gostosa. No final da tarde, o bar se transforma em um dos lugares mais agitados de Lugano para aproveitar o happy hour e serve drinques ao ar livre.

Monumento a Carlo Battaglini

Fontana Moccetti
Um dos cafés mais gostosos e tradicionais do Lugano, o Gran Café Al Porto ocupa o lugar onde antigamente funcionava um convento. Parte da decoração do convento continua visível no piso superior do café. Prepare-se para se encantar com uma das vitrines de doces e chocolates mais caprichadas da cidade. As tortinhas de frutas são divinas. Para fazer compras, a dica é a Via Nassa, que é a rua oficial de compras de luxo da cidade. Antigamente havia um mercado de peixes no local. Mesmo que o teu objetivo não seja fazer compras, vale a pena passear por ali. A Via Pessina é a rua gourmet de Lugano, concentra uma série de cafés, docerias e restaurantes bacanas.