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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Tour por Buenos Aires - Microcentro

Arquitetura típica do Bairro Montserrat
O blog Recantos e Encantos começou meio que de brincadeira. Queria contar um pouco do que vi e aprendi em diversas viagens pelo Brasil e pelo mundo. Quase sete meses depois, 180 postagens, muitas histórias e visualizações em 20 países, a brincadeira ficou séria. A responsabilidade obriga maiores pesquisas e mais cuidado nas postagens, o que nunca faltou, já que neste período fiz uma revisão em todas aquelas em que achei necessário. Como recebi muitas fotos de viagens de amigos para que eu contasse suas histórias, vamos começar fazendo um tour pelos bairros mais charmosos de Buenos Aires.

Prédios Históricos na Avenida de Mayo
Buenos Aires é uma cidade muito grande, com os subúrbios supera os 10 milhões de habitantes. O Rio de La Plata e o Riachuelo são seus limites naturais ao leste e ao sul. A Avenida de Circunvalação General Paz, que rodeia a cidade de norte a oeste completa os limites da cidade. Esta Avenida enlaça de um modo rápido a capital com a Grande Buenos Aires, uma faixa de alta concentração de habitantes e intensa atividade. Buenos Aires é uma capital repleta de atrativos, passeios e onde o turismo é bem visado e explorado devido à grande demanda de pontos turísticos e um dos seus principais atrativos e é claro um dos mais convidativos são os seus belíssimos bairros. Oficialmente a cidade de Buenos Aires está dividida em 48 bairros. Buenos Aires tem diversos bairros interessantes, cada um com seu charme e suas peculiaridades. Os pontos turísticos estão espalhados por todos eles; por isso, uma boa dica é escolher os locais a serem visitados para evitar cruzar a capital toda hora e gastar desnecessariamente com deslocamentos. 

Prédios Históricos na Avenida de Mayo
Como qualquer outra grande cidade do mundo que recebe muitos turistas, volta e meia um bairro de Buenos Aires o qual ninguém nunca tinha ouvido falar antes vira super star e enche de restaurantes e lojas bacanas. Mas as áreas básicas da cidade, aquelas que a maioria das pessoas fazem questão de conhecer e que são rapidamente reconhecidas nas fotos e nos cartões postais, continuam populares e cheias de atrativos. Os bairros de Buenos Aires são sempre muito diferentes um do outro. Alguns são centenários, outros existem já faz algumas décadas e outros foram definidos muito recentemente, como é o caso de Puerto Madero. Além disso, Buenos Aires possui várias áreas que são conhecidas por um determinado nome e que não são bairros oficialmente, como é o caso do Microcentro.

Para começar sua viagem nos pontos mais tradicionais, vá ao Microcentro que é a região central de Buenos Aires, com muitos pontos turísticos e bastante história para contar. O Microcentro (conhecido como Centro de Buenos Aires) trata-se de uma área de aproximadamente 60 quarteirões, informalmente delimitada por edifícios administrativos, governamentais, bancários, comerciais e históricos, indo desde a Avenida Córdoba até a Avenida de Mayo. O Microcentro não é reconhecido como um bairro, mas é uma região delimitada por quatro grandes avenidas (Mayo, Córdoba, 9 de Julio e Leandro N. Alem). O Microcentro ocupa em sua maioria o Bairro de San Nicolás e um pouquinho de Montserrat. Quase não dá para perceber quando termina um e começa o outro. 

O local está bem servido pelo metrô e possui hotéis com diárias bem legais para quem pensa em economizar. Além dos hotéis, são poucos os edifícios residenciais pela área. Caracterizada por ser o centro financeiro do país, reunindo as matrizes de diversos bancos e a bolsa de valores, em seus altos e belíssimos edifícios. Por ali, circulam caoticamente, assim como em todos os centros urbanos, cerca de quatro milhões de pessoas todos os dias durante o horário comercial, incluindo, é claro, turistas de todas as partes do mundo. Entre as centenas de maravilhosos edifícios que impressionam pela bela arquitetura europeia, encontram-se também vários pontos turísticos.

Palacio Barolo
O Bairro Montserrat nasceu com a cidade. O fundador da cidade de Buenos Aires, Juan de Garay, escolheu esta área para instalar a Plaza Mayor, o Forte, a Catedral Metropolitana e o Cabildo. A partir daí começou a expansão da cidade para o sul. Garay também deu terras para as várias ordens religiosas, incluindo a dos franciscanos, dominicanos e jesuítas. Eles construíram seus templos, casas e hortos. Neste bairro foi fundado o primeiro jornal, a Biblioteca Nacional e a Universidade de Buenos Aires. Bem no centro da área onde a cidade de Buenos Aires começou a dar seus primeiros passos, Montserrat demanda uma atenção especial. Os sons e a multidão desse bairro histórico contrastam com as colunas, beirais e torres dos prédios governamentais que ficam ali. Enquanto a Plaza de Mayo costuma lotar de funcionários públicos, turistas com câmeras, vendedores ambulantes e ativistas políticos, as travessas de paralelepípedo que percorrem o bairro dão vez a um cenário mais silencioso. Incessante e arrebatadora, a energia que paira no pedaço que faz aos argentinos a mesma promessa de Eva Perón – a vontade é de ficar ali para sempre.

Palacio San Martin - Banco de la Nación Argentina

Avenida de Mayo
Sendo o bairro mais antigo de Buenos Aires, Montserrat equilibra seu passado histórico com um clima de movimento constante. O bairro adotou esse nome em 1769, depois da edificação da Paróquia de Nossa Senhora de Montserrat. O coração político da cidade está em Montserrat. Os prédios governamentais pomposos dali dão em praças amplas, e suas escadas se tornam o espaço perfeito para sentar e fazer uma boquinha. Em Montserrat, cada esquina vem repleta de personalidade. O clima europeu dali se faz perceptível nos detalhes. Cafés pelas calçadas, venezianas coloridas e sacadas com detalhes em ferro forjado compõem o jeito maleável e encantador de Montserrat. À medida que o expediente se encerra no centro da cidade, pedestres, trabalhadores e gente que só quer dar aquela relaxada se reúnem nos balcões dos bares para curtir uma happy hour. Aqui fica a emblemática Plaza de Mayo, onde mães – hoje avós – há mais de 30 anos saem em protesto contra o governo, exigindo a volta dos seus filhos desaparecidos nos porões da ditadura militar. Todas as quintas-feiras à tarde, as Madres de La Plaza de Mayo andam em círculo com lenços brancos na cabeça em memória aos filhos desaparecidos na ditadura militar argentina. 

Plaza de Mayo

O moderno e o clássico 
convivendo em harmonia
A Plaza de Mayo é a principal praça do bairro e da cidade, também seu ícone político. A Plaza é o palco perfeito para se expressar publicamente. Há tempos o local foi escolhido como foco de protestos políticos, desfiles públicos e outros encontros envolvendo os cidadãos. A Plaza de Mayo é uma testemunha dos eventos históricos do país desde a época da fundação de Buenos Aires. Foi criada em 1580, quando Juan de Garay fundou a cidade. No início era chamada de Plaza Mayor ou Plaza Grande. A Plaza era o lugar onde os comerciantes se reuniam para vender seus produtos. A cidade de Buenos Aires construiu a Pirâmide de Mayo em 1811, em comemoração ao aniversário de um ano do decreto que deu Independência à nação. A Plaza foi palco de importantes acontecimentos históricos como as Invasões Inglesas (a Argentina honra seus esforços empreendidos na Guerra das Malvinas ali mesmo na Plaza de Mayo) e a Revolução de Maio (primeiro governo independente). A Plaza foi ajardinada no final do século XIX e foi reformada várias vezes. A Plaza de Mayo foi bombardeada pelos militares que tentaram derrubar o governo em 1955. 

Cabildo na Plaza de Mayo

Piramide de Mayo
A Plaza de Mayo serve como caixa de ressonância para os sentimentos dos cidadãos. Dos pedestres e trabalhadores de sempre até a linha de frente dos protestos, a Plaza vive movimentada. Mas a Plaza de Mayo não é só lugar para divergências – muitas lembranças passam por ali também. Em frente a Plaza está a Casa Rosada que – dizem os poetas – era uma referência à conciliação política já que as cores dos partidos rivais no século XIX eram branca e vermelha. Mas reza a história que a cor da Casa de Gobierno é mistura de cal e sangue de boi usado para impermeabilizar as paredes. Muitos prédios públicos circundam a Plaza de Mayo, e o tom corado perfeito da Casa Rosada só deixa cada foto ainda melhor. A Cada de Governo ou Casa Rosada está no mesmo local onde foi o Forte Espanhol de Juan de Garay em 1580. Em 1873, o Presidente Sarmiento mandou construir no local os Correios. Em 1882, ele construiu outro edifício ao lado com características semelhantes. Em 1910, esses dois prédios foram unidos e dedicados inteiramente à sede do governo. Sobre a Avenida Rivadavia está a entrada presidencial, na parte de trás pode-se ver restos da antiga Aduana (alfândega); sobre a Avenida Hipólito Yrigoyen está a entrada do Museu da Casa Rosada.

Piramide de Mayo

Casa Rosada
A Avenida de Mayo no centro da cidade é um passeio imperdível. A Avenida é uma das maiores riquezas arquitetônicas da cidade. Foi inaugurada em 1894 e projetada pelo arquiteto Buschiazzo. Para a sua concepção teve de demolir alguns edifícios, incluindo dois arcos do Cabildo. A Avenida de Mayo se estende por 10 quadras e liga a Plaza de Mayo (Casa do Governo) com a Plaza Del Congreso (Palácio Legislativo). No início do século XX, era a Avenida mais importante da cidade, havia os elegantes hotéis e cafés famosos. Era uma área ocupada por imigrantes e boêmios. Frequentada por escritores, poetas e pintores. A Avenida é sempre escolhida para as manifestações políticas. Um lugar para descobrir a pé. A caminhada ao longo da Avenida pode ser combinada com a Calle Florida e a uma visita a Plaza de Mayo. Este roteiro de Plaza de Mayo para o Congresso convida os visitantes a entrar na vida diária dos habitantes da cidade.

Casa Rosada

Show de Tango no Café Tortoni
É só seguir a Avenida de Mayo rumo a oeste para chegar à segunda praça pública mais querida do bairro, a Plaza Del Congreso. O Palacio Del Congreso que fica do outro lado da Plaza atrai amantes do estilo Art Nouveau e gente em busca de uma tarde de tranquilidade. Fica num prédio bonito e imponente com uma enorme cúpula de cobre. Abriga uma biblioteca com três milhões de livros. Oferece visitas guiadas grátis. Por entre as travessas de paralelepípedo de Montserrat não é difícil se deparar com a história. Preservadas com afinco, a maioria das estruturas do bairro conta sua idade na casa das centenas de anos. Por ali, o tempo passa com graça. Os anos vão ficando para trás e o bairro só ganha com elegância. Com famosos clubes de tango e espaços com culinária de primeira, Montserrat garante sempre seu lugar no mapa da cidade. O jeito amigável dali vale para todas as idades. Trabalhadores dedicados, intelectuais acadêmicos e pensadores boêmios enchem o bairro com um espírito jovem.

Café Tortoni

Show de Tango no Café Tortoni
Durante o passeio, você pode visitar uma livraria ou cafés típicos de Buenos Aires. Caminhando pela Avenida de Mayo em direção ao Congresso Nacional está o Café Tortoni, um entre centenas de cafés que existem na cidade. O Cafe Tortoni é um dos cafés mais tradicionais de Buenos Aires. Foi inaugurado em 1858 por um francês e preserva tudo intacto: espelhos, cristais, lustres. Dentro do Café é percebida uma atmosfera boêmia. Lá você pode beber um chocolate quente ou uma cerveja. Também são realizados shows de tango. O Café era frequentado por escritores, muitos poetas, pintores e músicos, tais como: Quinquela Martin, Juan de Dios Filiberto, Arthur Rubinstein, Conrado Nale Roxlo, Ortega y Gasset, Federico García Lorca, Alfonsina Storni e Jorge Luis Borges. Para entrar há fila e o tempo de espera pode chegar a uma hora.

Café Tortoni

Cafe Tortoni
Na região estão pontos muito visitados pelos turistas, como a Calle Florida, uma espécie de calçadão com trânsito exclusivo para pedestres, rodeada de lojas e artigos de couro, roupa, discos e livros, assim como restaurantes e do exclusivo centro comercial Galerias Pacífico. Uma mistura da Galeria Lafayette de Paris com a Vittorio Emmanuele de Milão. Trata-se de um shopping lindo com afrescos no teto. O Centro Cultural Borges, no último andar, é um dos principais atrativos da Galeria. Também se encontra na Calle Florida o Edifício Kavanaugh, que é o primeiro arranha-céus de Buenos Aires. São 10 quarteirões de comércio popular e ambulante. O Obelisco na Avenida 9 de Julio com 67 metros de altura é uma espécie de marco zero da cidade. É um daqueles monumentos feiosos do tipo ame-o ou deixe-o.

Obelisco

Galerias Pacifico
O bairro também aloja o Teatro Colón, considerada uma das óperas mais importantes do mundo. Já o Teatro Colón é um marco na arquitetura de Buenos Aires. Foi todo restaurado para comemorar o Bicentenário da Independência. Já recebeu de Maria Callas a Stravinsky. A enorme escadaria de mármore e o candelabro central de sete metros impressionam. É possível assistir a óperas, balé e concertos variados. Tem capacidade para mais de três mil pessoas. Vale à pena a visita guiada (aliás, só é possível visitá-lo com monitores). Todos os dias (inclusive feriados), de hora em hora. A melhor ideia para conhecer o centro é caminhar e, assim, descobrir devagar cada pedacinho da cidade. 

Galerias Pacifico

Catedral Metropolitana de Buenos Aires
Neste quadrilátero você encontra a Catedral Metropolitana com uma discutível fachada Greco-romana. Não que seja de mau gosto. Mas parece tudo, menos igreja. Na parte interna, destaque para o piso feito de mosaico veneziano. O nome real da Catedral Metropolitana de Buenos Aires é "Igreja da Santíssima Trindade". O primeiro templo foi construído na época da fundação da cidade. A primeira Catedral de Buenos Aires foi levantada em 1622 neste mesmo terreno. O edifício atual, depois de um século e meio de obras, foi terminado em 1822. No interior há quadros e esculturas, principalmente de artistas italianos. O estilo arquitetônico é o neoclássico e a fachada é composta de uma série de 12 colunas coríntias. Acima delas assenta um frontão triangular decorado com uma representação bíblica. Em um mausoléu descansam os restos do General José de San Martín, um dos heróis da Independência.

Catedral Metropolitana de Buenos Aires

Teatro Colón
As opções de hospedagem no centro são econômicas e quase sempre estão vinculadas com antigos hotéis reciclados, mas que ainda mantém o estilo dos anos dourados. Os pontos positivos são a cercania, ir caminhando para os principais pontos turísticos de Buenos Aires, ter bancos e farmácias por perto, dezenas de restaurantes de todos os tipos e a abundância de opções de transporte na hora de se movimentar pela cidade e os preços. O ponto negativo é o stress, como em todo centro de capital da América do Sul, essa região de Buenos Aires em geral é barulhenta, tem um trânsito péssimo e se hospedar no centro da cidade vai contagiar seu ritmo financeiro, a eletricidade deste coração e, pelas noites, as ruas não são as mais seguras, concentra os larápios e ladrões da cidade. Atenção redobrada ao andar com celular, bolsa e carteira. Evite andar sozinho à noite.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Buenos Aires - Galerías Pacífico

Galerías Pacífico
Ao falar de compras em Buenos Aires um dos primeiros lugares que surgem na mente é Galerías Pacífico. Construída entre o final do século XIX e o início do século XX, o prédio da Galerías Pacífico foi planejado para ser uma loja de departamentos conhecida como Au Bon Marché Argentine, que era de origem francesa. O local de arquitetura Beaux-Arts foi feito por Francisco Seeber e Emilio Bunge, que se inspiraram nas galerias europeias. O projeto foi caprichado: ruas entrecruzadas, abóbadas de vidro e uma impressionante cúpula central. No entanto, com a crise argentina, a rede nunca chegou a ocupar esse espaço. Ao invés dela, o prédio abrigou o Museu Nacional de Belas Artes, que ficou ali por alguns anos, diversos escritórios, lojas pequenas e até mesmo um hotel.

Galerías Pacífico

Galerías Pacífico
Em 1908 todo esse complexo foi comprado pela empresa Ferrocarril Buenos Aires al Pacífico. O nome da empresa deriva do fato de que sua intenção era operar um serviço de trem ligando Buenos Aires e Valparaíso no Chile, dando assim acesso ao Oceano Pacífico (daí seu nome). Já entre 1945 e 1947, os arquitetos Jorge Aslan e Héctor Ezcurra remodelaram todo o edifício. Foi nessa época que os grandes afrescos no teto foram pintados por cinco artistas, sendo quatro deles argentinos. Durante a ditadura militar no país, um centro de tortura chegou a existir no prédio, que também acabou ficando bastante deteriorado com o decorrer do tempo. Anos depois, em 1989, a Galeria foi declarada Monumento Histórico Nacional. Em 1990 o local foi mais uma vez remodelado, transformando-se em um centro comercial de luxo. Após a reforma, o Shopping foi reinaugurado em 1992.

Galerías Pacífico

Afrescos da Galerías Pacífico
Na Galerías Pacífico existem diversas lojas famosas, como Lacoste, Samsung, La Martina, Levi’s, Adidas, Chanel, Mac, Nike, Timberland, Swatch e Tommy Hilfiger, por exemplo. São muitas opções para todos os gostos e bolsos. Porém, não são só lojas que estão dentro da Galeria. Há uma Praça de Alimentação no subsolo, onde você encontrará diversos restaurantes, mas praticamente nenhum deles oferece serviço de mesa. Você entra na fila, compra sua comida e procura um lugar. Próximo à Praça de Alimentação há alguns brinquedos para as crianças. São coisas simples, como carrinhos e cavalos, que ao colocar dinheiro, se mexem. No Plaza Kids as crianças podem brincar com o Rasti, que é uma espécie de Lego. Há várias mesas e peças para elas brincarem e os pais podem participar. Lá também ficam algumas escolas de dança, como o Estúdio de Dança Julio Bocca e o Centro Cultural Borges, que ocupa um espaço de mais de 10 mil metros quadrados e tem uma importância histórica, pois já recebeu expressivas exposições e é o mesmo local onde funcionava o Museu de Belas Artes. O espaço foca especialmente nas artes plásticas e na fotografia, embora também ofereça outras atividades.

Afrescos da Galerías Pacífico
Para chegar até a Galerías Pacífico não é difícil. Ela ocupa um quarteirão inteiro entre a Avenida Córdoba e as Calles Florida, San Martin e Viamonte, no Bairro de San Nicolás, na região central da cidade. Nessas vias existem diversos pontos de ônibus, mas as estações de metrô ficam um pouco afastadas. A mais próxima delas é na Florida, da Linha B-vermelha, que fica entre a Calle Florida e a Avenida Corrientes, a 450 metros de distância, o que dá aproximadamente seis minutos de caminhada. Sua fachada é imponente e belíssima, então é impossível não a notar do lado de fora. Lá dentro, o teto é uma atração à parte, devido a sua decoração. É um dos poucos shoppings onde encontramos a atração no teto. Você irá reparar que todos ficam olhando para cima da parte central, perto do chafariz.

Afrescos da Galerías Pacífico
O Shopping é tão bonito e bem decorado que recomendo a visita não apenas a quem deseja fazer compras como a quem procura apenas um lugar para bater perna e ver coisas bonitas. Você pode ver de perto os detalhes arquitetônicos da Galerías Pacífico com explicações detalhadas. O Shopping oferece visitas guiadas com duração de 20 minutos, de segunda a sexta-feira, tendo a cúpula central como ponto de partida. No quiosque de informações, no térreo, há fones de ouvido com opções de idiomas, entre eles, o português. A vantagem de ir à Galerías Pacífico é que, se fizer uma compra de mais de 70 pesos, na saída do país você pode mostrar a nota fiscal e eles te devolvem até 16% do valor. Uma dica boa é levar uma mala de rodinha ou uma mochila grande quando for aos shoppings e outlets, para ir guardando suas compras. Em poucas horas você estará cheio de sacolas e não é nada fácil ficar carregando todas elas o dia inteiro. Com uma mala grande ou uma mochila, você vai guardando tudo dentro delas e é muito mais prático.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Cruzeiro Rumo ao Prata - Buenos Aires

Avenida 9 de Julio
Aproveitamos bem o único dia que ficamos em Montevidéu. Embarcamos novamente no final do dia rumo à Buenos Aires, na Argentina. Ficaríamos dois dias na cidade, então compramos um pacote turístico, daqueles oferecidos pelo navio, para o Grand Tour de Buenos Aires. Buenos Aires também tem um ônibus turístico que faz a city tour em 24 paradas, o Buenos Aires Bus. Voltaríamos no dia seguinte com mais tempo para as fotografias nos locais que mais nos agradasse e para conhecer as lojas do Galerias Pacífico Shopping Mall, um dos principais shoppings de Buenos Aires, e que ocupa um edifício histórico, construído em 1889,  num quarteirão inteiro, na Calle Florida, uma das principais ruas de comércio da cidade. Ao longo dela é possível encontrar muitas lojas de roupas, lojas de departamento e dezenas de centros comerciais e galerias. 

El Cabildo

Avenida 9 de Julio e o Obelisco
O pacote turístico era para o dia todo e dava direito ao almoço no Restaurante El Viejo Almacén no Bairro de San Telmo, onde todos os domingos se instala a famosa Feira de Antiguidades, junto, aliás, de vários estabelecimentos de antiquários. Os shows de tango são um dos principais atrativos da cidade, até porque constituem uma das características mais afamadas da cultura argentina. São muitas as casas de espetáculos que apresentam shows variados de dança e música, muito procurados por quem faz turismo na cidade, nós fomos ao show da Señor Tango, um dos lugares mais famosos de Buenos Aires.

Embaixada Brasileira em Buenos Aires

Avenida Roque Sáenz Peña
A capital argentina é, muitas vezes, a primeira viagem dos brasileiros ao exterior. A boa quantidade de voos e a frequência com que as companhias aéreas oferecem promoções são um incentivo a mais para que a cidade entre na lista de desejos de muitos viajantes. Buenos Aires se renova a cada dia e quem se apaixona pelo lugar faz questão de voltar outras vezes, fazer novos passeios e conhecer novos lugares. Como centro urbano que é Buenos Aires sofre das mazelas de uma cidade grande, mas também oferece tudo que se espera de uma metrópole. Buenos Aires é um dos mais importantes destinos turísticos do mundo, é conhecida por sua arquitetura de estilo europeu e por sua rica vida cultural, parques, variedade de restaurantes, opções de entretenimento noturno, muitas lojas e com a maior concentração de teatros do mundo. Nos últimos anos a cidade se converteu em um polo turístico, em especial pela baixa de custos que produziu para os visitantes estrangeiros e a constante desvalorização do Peso Argentino.

Embaixada Brasileira em Buenos Aires - Palacio Pereda

Avenida Roque Sáenz Peña e Obelisco ao fundo
Se não bastasse, a gastronomia local não deixa nada a desejar nem mesmo aos amantes mais ferrenhos da cozinha e, apesar de ser famosa por suas carnes, a cidade apresenta também muitas opções para os vegetarianos. Bares e restaurantes com mesinhas na rua são paradas quase obrigatórias durante os dias de verão, em que não será difícil encontrar casais dançando tango pelas praças de San Telmo ou La Boca. Mas não se espante se lhe servirem uma cerveja que pareça um pouco morna para o paladar brasileiro: assim como para os europeus, o conceito de cerveja gelada para os portenhos é alguns graus acima do que estamos acostumados. Apesar disso, não podemos esquecer que o país é reconhecido pela qualidade de seus vinhos, em especial o Malbec, que merece ser degustado como acompanhamento de um tradicional bife de chorizo.

Hotel Centro Naval na Calle Florida

Restaurante El Viejo Almacén 
em San Telmo
Um passeio pelas ruas do centro da cidade e, principalmente, pela famosa Calle Florida, pode parecer uma verdadeira viagem no tempo, com muitos edifícios datados dos séculos XIX e XX. Há quem ame e há quem não possa escutar o nome da Calle Florida. Agitada e barulhenta, a região central de Buenos Aires desperta sentimentos oito ou oitenta. São detalhes como esse que fazem com que Buenos Aires seja uma cidade atemporal e mereça uma visita mais atenta. Buenos Aires é a capital e a maior cidade da Argentina, além de ser a segunda maior área metropolitana da América do Sul, depois da Grande São Paulo. Está localizada na costa ocidental do estuário do Rio de La Plata, na costa sudeste do continente. A cidade de Buenos Aires não é parte da Província de Buenos Aires e nem é a sua capital, mas um Distrito autônomo. 

             Restaurante El Viejo Almacén 
        em San Telmo





Por algumas formas de comparação, Buenos Aires é uma das 20 maiores cidades do mundo. Ao lado da Cidade do México, do Rio de Janeiro e de São Paulo, é Buenos Aires uma das quatro únicas cidades latino-americanas consideradas uma cidade global alfa. A Argentina tem a terceira melhor qualidade de vida na América Latina. A qualidade de vida na cidade de Buenos Aires é classificada como sendo a 62ª melhor do mundo. A capital argentina é uma das mais importantes e mais populosas entre as capitais sul-americanas, muitas vezes referida como a “Paris da América do Sul”. As pessoas nascidas em Buenos Aires são referidas como portenhos (pessoas do porto). A cidade é a terra natal do atual Papa Francisco (ex-arcebispo de Buenos Aires), e de Máxima dos Países Baixos, a atual rainha-consorte da realeza neerlandesa.

Avenida Corrientes e o Obelisco ao fundo


Bares de San Telmo
Oficialmente a cidade se encontra dividida em 48 bairros ou unidades territoriais que derivam das antigas paróquias estabelecidas no século XIX. Cada bairro tem sua própria história e características populacionais que lhe imprimem cor, estilo e costumes únicos; e é um reflexo da variedade cultural que atua na cidade. Algumas destas unidades territoriais existem desde décadas, no entanto existem outras que foram determinadas recentemente. Os bairros do norte e noroeste têm-se convertido no centro da riqueza, com lojas exclusivas e várias áreas residenciais da classe alta como Recoleta, Palermo, Belgrano assim como Puerto Madero, localizado no sul da cidade. Em outro bairro do sul como Barracas, emerge uma população de classe média e média alta graças ao auge imobiliário na zona. Com exceção de Puerto Madero e Barracas, a zona sul é a que ostenta os menores indicadores socioeconômicos da cidade. De acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo, o turismo vem crescendo na capital argentina desde 2002. Em uma pesquisa realizada pela revista de viagens e turismo Travel + Leisure em 2008, os viajantes votaram em Buenos Aires a segunda cidade mais desejável para visitar depois de Florença, na Itália.

Movimentação na Calle Florida
O marinheiro Juan Díaz de Solís, navegando em nome do Império Espanhol, foi o primeiro europeu a chegar ao Rio de La Plata em 1516. Sua expedição foi interrompida quando foi morto durante um ataque da tribo nativa dos Charruas, na região do atual Uruguai. A cidade de Buenos Aires foi estabelecida pela primeira vez como Ciudad de Nossa Senhora Santa Maria Del Buen Ayre (literalmente "Cidade de Nossa Senhora Santa Maria dos Bons Ventos") em homenagem a Nossa Senhora de Bonaria (Padroeira da Sardenha) em fevereiro 1536 por uma expedição espanhola liderada por Pedro de Mendoza. O assentamento fundado por Mendoza estava localizado no atual Bairro de San Telmo, ao sul do centro da cidade. Mais ataques indígenas derrubaram os colonos e, em 1542, o local foi abandonado e quase 50 anos depois foi rebatizada com o nome de Ciudad de La Santísima Trinidad y Puerto de Nuestra Señora Del Buen Ayre. O Rio de La Plata e o Riachuelo (um dos rios mais poluídos do mundo) são os limites naturais da Cidade Autônoma de Buenos Aires ao leste e ao sul.

Galerias Pacífico Shopping Mall na Calle Florida
Desde os primeiros dias, Buenos Aires dependia principalmente do comércio. Durante a maior parte do século XVI, os navios espanhóis eram ameaçados por piratas, por isso desenvolveram um sistema complexo onde navios com proteção militar eram despachados para a América Central em um comboio de Sevilha, o único Porto permitido para comercializa com as colônias, até Lima, no Peru, e para as outras cidades do Vice-Reino. Por isto, os produtos levavam muito tempo para chegar a Buenos Aires e os impostos gerados pelo transporte os tornaram proibitivos. Este esquema frustrou os comerciantes locais e uma próspera e informal indústria de contrabando, ainda que aceito pelas autoridades, se desenvolveu dentro das colônias e com os portugueses. Isto também inculcou um profundo ressentimento entre os porteños em relação às autoridades espanholas.

    Galerias Pacífico Shopping Mall na Calle Florida
Percebendo esses sentimentos, Carlos III da Espanha aliviou progressivamente as restrições comerciais e, finalmente, declarou Buenos Aires um porto aberto no final do século XVIII. A captura de Porto Bello pelas forças britânicas também alimentou a necessidade de promover o comércio através da rota atlântica, em detrimento do comércio baseado em Lima. Uma de suas decisões foi dividir uma região do Vice-Reino do Peru e criar, em vez disso, o Vice-Reino do Rio de La Plata, com Buenos Aires como a sua capital. No entanto, as ações de Carlos não tiveram o efeito desejado e os porteños, alguns impulsionados pela Revolução Francesa, ficaram ainda mais convencidos da necessidade de independência da Espanha.

Pintura no teto do Galerias Pacífico Shopping Mall

Pintura no teto do Galerias Pacífico
Shopping Mall
As condições de saúde em áreas pobres eram ruins, com altas taxas de tuberculose. Os médicos e os políticos de saúde pública geralmente culpavam os próprios pobres e as suas casas desoladoras (conventillos) pela disseminação da doença temida. As pessoas ignoraram as campanhas de saúde pública para limitar a propagação de doenças contagiosas, como a proibição de cuspir nas ruas, as diretrizes rígidas para cuidar de bebês e crianças pequenas e quarentenas que separaram famílias. A chegada de ideias liberais fomentou a criação de movimentos emancipadores, que desencadearam em 1810 a Revolução de Maio e a criação do primeiro governo pátrio. Logo depois das guerras civis e da reunificação do país, Buenos Aires foi eleita lugar de residência do Governo Nacional, ainda que este carecesse de autoridade administrativa sobre a cidade, que formava parte da Província de Buenos Aires. Além da riqueza gerada pela Alfândega de Buenos Aires e pelas terras férteis dos pampas, o desenvolvimento da ferrovia na segunda metade do século XIX aumentou o poder econômico de Buenos Aires à medida que as matérias-primas fluíam para suas fábricas. 



Obelisco na Avenida 9 de Julio


Avenida del Libertador
Durante a maior parte do século XIX, o estatuto político de Buenos Aires permaneceu um assunto sensível. A cidade já era a capital da Província de Buenos Aires e, entre 1853 e 1860, era a capital do Estado de Buenos Aires. A questão foi combatida mais de uma vez no campo de batalha, até que o assunto finalmente foi resolvido em 1880, quando a cidade foi federalizada e se tornou sede do governo do país, com o seu prefeito nomeado pelo presidente. A Casa Rosada tornou-se a residência oficial do presidente. Os limites da cidade foram ampliados para incluir as cidades de Belgrano e Flores, ambas agora bairros da cidade. Um dos principais destinos para imigrantes da Europa de 1880 a 1930, particularmente da Itália e da Espanha, Buenos Aires tornou-se uma cidade multicultural do mesmo nível das principais capitais europeias. As favelas (villas miseria) começaram a crescer em torno das áreas industriais da cidade durante a década de 1930, levando a problemas sociais disseminados e contrastes sociais. Um segundo boom da construção, de 1945 a 1980, remodelou o centro e grande parte da cidade. A Emenda Constitucional de 1994 concedeu a autonomia política à cidade, daí o seu nome formal: Ciudad Autónoma de Buenos Aires.

Avenida Corrientes e o Obelisco ao fundo
Buenos Aires também atraiu migrantes das províncias argentinas e países vizinhos. O setor mais importante para a economia da cidade é o de serviços, responsáveis por cerca de 78% do PIB de Buenos Aires (muito maior aos 56% em nível nacional). Os ramos mais importantes são os relacionados aos serviços comerciais, imobiliários, profissionais, empresariais e financeiros. Nos últimos anos, um dos setores que mais veem se destacando na economia da cidade é o relacionado à construção civil, já que a quantidade de permissões para construir concedidas pelo governo local aumentou cerca de 44% entre 2002 e 2008, principalmente na periferia e nas áreas mais valorizadas da cidade, como em Puerto Madero.

Famosa Casa de Tango de Buenos Aires
A Cidade de Buenos Aires evolucionou a partir de diversas correntes imigratórias pertencentes a diferentes culturas e, em consequência, tem criado um remarcado ecletismo que se evidência em sua arquitetura, na qual podem falar-se expressões que vão do frio academicismo ou art déco, até o alegre art nouveau; do neogótico moderno, passando pelo francês bourbônico, ao arranha-céu moderno realizado em vidro ou concreto. Os estilos muito pessoais, como por exemplo, o do colorido Bairro de La Boca. O traçado da cidade é muito regular. O Centro Histórico e financeiro da cidade possui quadras perfeitamente quadradas, estendidas de norte a sul e de leste a oeste, tal como seu fundador Garay as estabelecera. Este traçado de ruas perpendiculares (o chamado "damero") se estendeu em grande parte para o resto da cidade.

Señor Tango, casa sempre lotada