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sábado, 26 de setembro de 2015

São Francisco do Sul - Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça

Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça
O Centro Histórico de São Francisco do Sul, tombado pelo IPHAN, preserva as cores de um rico patrimônio arquitetônico da cultura açoriana. Entre as principais construções, destaque para a Igreja Nossa Senhora da Graça, construída em 1699 e um dos cartões postais da cidade. É um centro que lembra bem a arquitetura e colonização de origem portuguesa. São casas e comércio de arquitetura barroca que rendem boas fotos aos visitantes. No início do século XVII quando se iniciou a povoação da Vila, já existia por lá uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Graça, ignorando-se a época e o local de sua construção. Em 1768, em função da prosperidade alcançada pela Vila, resolveram o Conselho, juntamente com os principais da Vila e com o povo, edificar um novo templo na localidade. Foi construída por escravos, milicianos e pelo povo do lugar. A argamassa utilizada na construção era composta de cal de concha, areia e óleo de baleia. A instalação do relógio na torre se deu em 1908. 

Via Sacra da Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça

Altar da Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça
Originalmente construída em estilo veneziano e com uma só torre, a Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça sofreu diversas modificações que a descaracterizaram, ignorando-se a que estilo ficou pertencendo. A última delas foi a edificação de uma torre mandada executar pelo Vigário da Paróquia. Na mesma época da construção da segunda torre, houve uma reparação do telhado, substituição do assoalho por ladrilhos, além de uma pintura geral interna e remodelação do Altar-Mor, substituindo o estilo gótico pelo estilo português. Toda sua imponência revela a religiosidade que a comunidade possui, propiciando um espaço de louvor para moradores e turistas. 

Presépio da Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça

Nave da Igreja Matriz
              Nossa Senhora da Graça
No interior da Igreja está a imagem da padroeira, que data de 1553 e foi deixada ali pelos espanhóis, que ergueram uma capela em homenagem a ela depois de serem salvos de um temporal. Também há estátuas barrocas dos séculos XVII e XVIII e um órgão trazido do Rio de Janeiro em 1823 e que é utilizado até hoje. Atualmente a Igreja é considerada um dos principais pontos turísticos da cidade de São Francisco do Sul, sendo visitada todos os anos por pessoas de diversos lugares do mundo. Anexo a Igreja fica o Museu de Arte Sacra – Padre Antônio Manuel da Nóbrega. Inaugurado em 2013, tem cerca de 800 peças em seu acervo, e está voltado ao estudo, pesquisa e preservação de objetos de arte sacra. Um dos lugares muito bacanas no centro é a Rua Dr. Luís Gualberto. Uma ladeirinha, de calçamento de pedra, rodeada de casas coloniais e de onde se avista a torre da Igreja Matriz e do outro lado, se chega ao Mercado Público. Prepare a máquina, celular o que for, pois o ponto rende ótimas imagens!!

Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça
           vista da Rua Dr. Luís Gualberto

Igreja Matriz Nossa
        Senhora da Graça vista da
        Rua Dr. Luís Gualberto
Com esta postagem acabo nosso Cruzeiro Rumo ao Prata. Depois de São Francisco do Sul desembarcamos em Santos com muita história na bagagem para contar.
O próximo pacote de viagens será “Tour pela Suíça”. Aguardem.










quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Cruzeiro Rumo ao Prata - São Francisco do Sul

Casarões antigos em São Francisco do Sul
Depois de Punta Del Este no Uruguai, embarcamos de novo rumo a São Francisco do Sul, no Estado de Santa Catarina, já no Brasil, última parada de nosso Cruzeiro Rumo ao Prata. A vocação de São Francisco do Sul para as grandes navegações remonta há mais de 500 anos. As facilidades de navegação fazem da cidade o destino ideal para receber cruzeiros marítimos e seus milhares de visitantes. Na cidade, os turistas contam com estruturas exclusivas, como o Estacionamento Turístico e o Terminal Marítimo de Passageiros. Feiras de artesanato, passeios e apresentações culturais oferecidas a estes turistas tornam a experiência inesquecível. São Francisco do Sul, ou “São Chico”, como é carinhosamente chamada, tem o charme dos casarios em estilo colonial português, além de suas praias, da Mata Atlântica preservada e da Baía de Babitonga, que encantam os milhares de turistas que visitam este pedaço do paraíso todos os anos.

Centro Histórico de São Francisco do Sul

Casarões do Centro Histórico de
São Francisco do Sul
Em tempos distantes, na época das grandes navegações, período que compreendeu o fim do século XV até o fim do século XVII, os europeus exploraram intensivamente o Oceano Atlântico em busca de novas rotas de comércio, além do interesse pela conquista de novos territórios. A Ilha de São Francisco do Sul, durante muito tempo foi o local de passagem, onde navegadores abasteciam suas embarcações. Reduto de índios Carijós, que pertenciam à grande nação Tupi-Guarani, a Ilha de São Francisco do Sul recebeu os primeiros europeus em 1504. Curiosamente, foi uma frota francesa, liderada por Binot Paulmier de Gonneville, que aportou na cidade. Brancos e índios conviveram pacificamente durante meses, quando a expedição voltou à Europa. Içá-Mirim, filho do Cacique Arosca, foi mandado junto com os navegadores com o objetivo de aprender as artes das armas e retornar em seguida. O retorno não aconteceu e Içá-Mirim montou família na França, sendo o primeiro índio brasileiro a pisar no continente europeu. A teoria de que São Francisco do Sul foi descoberta pelos franceses nunca foi provada. 


Rua do comércio de São Francisco do Sul

Casarões do Centro Histórico
em São Francisco do Sul
São Francisco do Sul é a cidade mais antiga de Santa Catarina e a terceira cidade mais antiga do Brasil. Colonizada pelos portugueses, espanhóis e açorianos, sua primeira ocupação, foi feita temporariamente por espanhóis em 1553. A sede do município está localizada às margens da Baía de Babitonga, ao norte da Ilha de São Francisco do Sul a uma distância de 14 quilômetros da barra. No início do século XVII, Gabriel Lara, “Alcaide Mor, Capitão Mor, Povoador da Vila de Nossa Senhora do Rosário da Capitania de Paranaguá”, com portugueses e vicentistas, procedentes de Paranaguá, fundou a Vila de Nossa Senhora da Graça do Rio São FranciscoPortugal, já liberta do jugo espanhol, interessa-se pela colonização do sul do Brasil. Em, 1658, Manuel Lourenço de Andrade, acompanhado por casais portugueses e paulistas chegou a São Francisco, com plenos poderes, concedidos pelo Marquês de Cascais, para povoar a terra, repartindo-a entre a sua comitiva e os que fossem chegando. Já em 1660 foi elevada à categoria de Vila e tornou-se Paróquia, recebendo seu primeiro vigário, o Padre Manuel dos Santos.


Casario de São Francisco do Sul

Arquitetura de São Francisco do Sul
Inicialmente, a Vila de São Francisco pertencia à Ouvidoria de São Paulo, passando em 1723 à jurisdição da Ouvidoria de Paranaguá. Após a criação da Ouvidoria de Santa Catarina, em 1729, iniciou-se um impasse que persistiu até 1831. Por questão de limites, São Francisco continuava pertencendo à jurisdição da Ouvidoria de Paranaguá, embora o governo civil e militar fosse exercido pela Ouvidoria de Santa Catarina. Tal impasse foi solucionado somente no ano de 1831, quando o governo imperial, por solicitação do Vice-Presidente da Província, Nunes Pires, determinou a anexação da Vila de São Francisco à jurisdição de Santa Catarina.

Mercado de São Francisco do Sul

As cores fortes de São Francisco do Sul
A evolução da cidade exigia uma melhoria no meio de ligação entre a Ilha de São Francisco e o continente, uma vez que a ponte rotativa do Canal do Linguado apresentava problemas na estrutura. Após vários estudos, os diretores da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande mandaram alterar o Canal, iniciando-se as obras em abril de 1934. Cerca de 400 homens trabalharam durante os 18 meses de aterramento do Canal do Linguado (o que causou um grande impacto ambiental no escoamento da Baía da Babitonga e passagem dos animais marinhos pelo lugar), concluído finalmente em outubro de 1935. Juntamente com o aterramento do Canal, teve início à construção da Rodovia São Francisco-Joinville. Foram empregados 58.895 metros cúbicos de pedras britadas, extraídos do Morro do Linguado através de força muscular de centenas de trabalhadores e dos 6.005 quilos de dinamite explodidas no decorrer da construção do aterro.

Mercado de São Francisco do Sul

As Cariocas
Passeando pelo centro da cidade, é possível notar várias homenagens ao navegador francês. Já a colonização portuguesa está exposta no casario, nas antigas Cariocas que ainda jorram água potável (ao todo havia cinco, hoje existe apenas três. Uma que apresenta azulejos portugueses, uma em estilo colonial e outra que até hoje mantém sua construção original) e nas festas e tradições locais, as quais externam a religiosidade da população. O passado indígena está guardado no Sambaqui da Praia da Saudade. Prédios quase tão antigos quanto à cidade encontram-se distribuídos pelas ruas de São Francisco do Sul, criando um ar melancólico, trazendo saudades de um tempo que já passou e não volta, deslumbrando turistas que deixam transparecer a emoção em seus rostos ao desfrutarem da beleza visual da Ilha de São Francisco. Essas inúmeras casas e sobrados eram construídos com os materiais mais abundantes daquela época: pedras, areia, argamassa de conchas e óleo de baleia. Engenhosos frutos da soberba arquitetura colonial açoriana, que por muitas gerações tem sido o lar de tradicionais famílias francisquenses, tombados como patrimônios históricos, são um pequeno pedaço da história da colonização do sul do Brasil.

As Cariocas
São Francisco do Sul é um dos destinos turísticos mais visitados de Santa Catarina. A cidade respira história em seu conjunto urbanístico e arquitetônico, com mais de 400 imóveis tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). São casarões de distintas cores, justapostos uns aos outros, com grandes portas e janelas. Embora o menor país da Península Ibérica tenha predominância no processo migratório da cidade, destacam-se ainda influências espanhola, africana e francesa. O rico conjunto arquitetônico, adornado pela Baía de Babitonga, merece ser apreciado com calma, em passeios a pé. Um destino para quem busca tanto o agito quanto uma atmosfera calma interiorana. 

As Cariocas
A Baía de Babitonga é a maior baía navegável de Santa Catarina, composta por 24 ilhas em sua extensão. Possui um potencial náutico imensurável, já que além das belas paisagens e da rica fauna e flora, suas águas abrigam as embarcações de ventos fortes e tempestades. Na alta temporada, diariamente passeios de barco partem do trapiche central do Centro Histórico com destino a suas ilhas. No caminho ainda é possível avistar golfinhos que animam os grupos que são presenteados de alegria com suas aparições. Muitos estudiosos se dirigem até este espaço para estudar sua fauna que além de ser composta por diversos animais, muitos deles estão sujeitos à extinção, como é o caso dos golfinhos conhecidos como Toninha, além do boto cinza, os meros e os caranguejos-uçá. A natureza na Ilha de São Francisco é bem generosa, praias e baías exuberantes que convidam ao banho, surfe, pesca e passeios de barco.


Em direção ao Porto de São Francisco do Sul

Pôr do sol na Baía de Babitonga
São Francisco do Sul mantém um dos melhores e mais tradicionais carnavais do Estado de Santa Catarina, com programações que agradam aos mais diferentes gostos. O Baile Municipal, os desfiles das escolas de samba que abrilhantam as ruas do Centro Histórico, os blocos carnavalescos e as atrações nas praias reúnem milhares de pessoas em torno de um só objetivo: a alegria.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Punta Del Este - Parroquia Nuestra Señora de la Candelaria

Parroquia Nuestra Señora de la Candelaria
Como sabemos o mundo é um lugar cheio de diversidades, com lugares exuberantes, com diversas culturas, e modo de se viver. Em meio a lugares remotos sempre há pontos turísticos que encantam e fascinam facilmente com suas belezas. A pequena Parroquia Nuestra Señora de la Candelaria, em frente à Plaza Del Faro de Punta Del Este, é um dos pontos de parada num tour pela cidade. Vale a pena conhecê-la para contemplação, pois Nossa Senhora da Candelária é a padroeira do balneário.

Altar da Paróquia com seu Crucifixo

Duas capelas foram construídas nas terras onde hoje está a Igreja da Candelária. Em 1903 a Junta Econômica e Administrativa doou ao Padre Lorenzo A. Pons os terrenos A e B do Bloco 69 com o proposito de que fosse levantado um templo. Nesse mesmo ano foi prevista a construção da capela, embora apenas entre 1908 e 1909, e por impulso dos Padres Capuchinhos as obras começaram. No plano inicial desenhado pelo arquiteto Carlos Medhurst Thomas, a capela não excedia os 37 metros cobertos. A Igreja foi inaugurada em 1911, financiada pelos aportes das esmolas e dos eventos feitos pela comissão de damas. Em 1913 foi realizada a Primeira Comunhão de 23 crianças locais, sendo o primeiro ato desta natureza realizado em Punta Del Este. Em 1919 Fray Celestino de San Colombano assumiu a Freguesia de Maldonado, que decidiu construir uma nova capela mais espaçosa. Ele então formou uma comissão de arrecadação de fundos.

Uma das capelas da Paróquia
Em maio de 1921 começa a remodelação e ampliação que cobriu 200 metros quadrados e a construção do campanário. A entrada foi construída ao norte e o altar ao sul. Teve um telhado de duas águas com telhas vermelhas e a atual torre sineira foi construída. A benção da nova capela ocorreu em fevereiro de 1922 e esteve a cargo do Arcebispo de Montevidéu, Monsenhor Juan Francisco Aragoné. Em 1941 o Padre Domingo de Tacuarembó assumiu a Freguesia de Maldonado e, pelo fato de a capela ter ficado pequena, decidiu ampliá-la. Mais uma vez, ele formou uma comissão “pró-ampliação do templo de Punta Del Este”. Decidiu-se solicitar a contribuição de 100 Pesos a 100 famílias abastadas com o objetivo de ampliar a capela e acondicioná-la para receber a grande quantidade de fiéis que vinham no verão. Com projeto do arquiteto Antonio Chiarino, o templo foi construído como é conhecido hoje. Em fevereiro de 1941, Monsenhor Alfredo Viola, Bispo de Salto, abençoou a pedra fundamental do novo templo a ser construído. Da capela anterior, restaram apenas o portal e a torre, construindo uma ampla igreja e adjacente a Casa da Freguesia.

Mosaicos no piso da Paróquia
Em janeiro de 1942, o Arcebispo de Montevidéu, Dom Antonio Maria Barbieri, abençoou o novo prédio. Em 1947, o altar de mármore pré-conciliar com um Tabernáculo de bronze foi adicionado. Em 1950 foi inaugurado o piso monolítico multicolorido com motivos geométricos, desenhado pelo arquiteto Antonio Meneghin. Em 1953, o perímetro interno da Igreja e os alicerces das pilastras foram revestidos com friso de mármore ônix. Em 1955, a então Vice Paróquia de Punta Del Este foi elevada à categoria de Paróquia, sendo o capuchinho Rafael M. de Montevidéu designado como primeiro Pároco. Nesse mesmo ano foi inaugurada a Fonte Batismal em mármore de Carrara. Em 1956, o Salão Comunal também era feito de mármore, com pequenas colunas de travertino romano. Em julho de 1965 foi entronizada na Igreja uma Imagem da Virgem de Luján, procedente do navio argentino “Santa María de Juján”, que nesse ano encalhou nas proximidades da Praia do Emir. Finalmente, em 1967, o Padre Anselmo M. de Treinta y Tres, realizou as reformas necessárias no templo para adaptá-las às reformas introduzidas pelo Concílio Vaticano II.

Esculturas no gramado da Paróquia
Reserve um momento para admirar o projeto simples, mas elegante da Igreja. A fachada azul claro cria um impacto impressionante em relação ao terreno ensolarado e ao céu azul da cidade. A entrada da Igreja e o campanário são as únicas características que restam da construção original. Entre e veja a nave dominada por arcos e pilares brancos. Observe o colorido chão de mosaico e as pinturas das Estações da Cruz, que decoram as paredes do interior. Vá até o altar e veja um ícone do crucifixo de Jesus incorporado a uma pintura de anjos em oração. Sente-se em um banco, aprecie o ambiente tranquilo do Igreja e reflita silenciosamente enquanto outros devotos chegam para fazer suas orações. Visite a Igreja em qualquer dia. Ela fica especialmente agitada aos sábados e domingos, quando residentes de Punta Del Este se reúnem para as missas de final de semana. A Igreja fica a uma caminhada de 10 minutos do Porto de Punta Del Este e a cerca de 20 minutos a pé do principal terminal de ônibus. O estacionamento é grátis nas ruas dos arredores.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Buenos Aires - Galerías Pacífico

Galerías Pacífico
Ao falar de compras em Buenos Aires um dos primeiros lugares que surgem na mente é Galerías Pacífico. Construída entre o final do século XIX e o início do século XX, o prédio da Galerías Pacífico foi planejado para ser uma loja de departamentos conhecida como Au Bon Marché Argentine, que era de origem francesa. O local de arquitetura Beaux-Arts foi feito por Francisco Seeber e Emilio Bunge, que se inspiraram nas galerias europeias. O projeto foi caprichado: ruas entrecruzadas, abóbadas de vidro e uma impressionante cúpula central. No entanto, com a crise argentina, a rede nunca chegou a ocupar esse espaço. Ao invés dela, o prédio abrigou o Museu Nacional de Belas Artes, que ficou ali por alguns anos, diversos escritórios, lojas pequenas e até mesmo um hotel.

Galerías Pacífico

Galerías Pacífico
Em 1908 todo esse complexo foi comprado pela empresa Ferrocarril Buenos Aires al Pacífico. O nome da empresa deriva do fato de que sua intenção era operar um serviço de trem ligando Buenos Aires e Valparaíso no Chile, dando assim acesso ao Oceano Pacífico (daí seu nome). Já entre 1945 e 1947, os arquitetos Jorge Aslan e Héctor Ezcurra remodelaram todo o edifício. Foi nessa época que os grandes afrescos no teto foram pintados por cinco artistas, sendo quatro deles argentinos. Durante a ditadura militar no país, um centro de tortura chegou a existir no prédio, que também acabou ficando bastante deteriorado com o decorrer do tempo. Anos depois, em 1989, a Galeria foi declarada Monumento Histórico Nacional. Em 1990 o local foi mais uma vez remodelado, transformando-se em um centro comercial de luxo. Após a reforma, o Shopping foi reinaugurado em 1992.

Galerías Pacífico

Afrescos da Galerías Pacífico
Na Galerías Pacífico existem diversas lojas famosas, como Lacoste, Samsung, La Martina, Levi’s, Adidas, Chanel, Mac, Nike, Timberland, Swatch e Tommy Hilfiger, por exemplo. São muitas opções para todos os gostos e bolsos. Porém, não são só lojas que estão dentro da Galeria. Há uma Praça de Alimentação no subsolo, onde você encontrará diversos restaurantes, mas praticamente nenhum deles oferece serviço de mesa. Você entra na fila, compra sua comida e procura um lugar. Próximo à Praça de Alimentação há alguns brinquedos para as crianças. São coisas simples, como carrinhos e cavalos, que ao colocar dinheiro, se mexem. No Plaza Kids as crianças podem brincar com o Rasti, que é uma espécie de Lego. Há várias mesas e peças para elas brincarem e os pais podem participar. Lá também ficam algumas escolas de dança, como o Estúdio de Dança Julio Bocca e o Centro Cultural Borges, que ocupa um espaço de mais de 10 mil metros quadrados e tem uma importância histórica, pois já recebeu expressivas exposições e é o mesmo local onde funcionava o Museu de Belas Artes. O espaço foca especialmente nas artes plásticas e na fotografia, embora também ofereça outras atividades.

Afrescos da Galerías Pacífico
Para chegar até a Galerías Pacífico não é difícil. Ela ocupa um quarteirão inteiro entre a Avenida Córdoba e as Calles Florida, San Martin e Viamonte, no Bairro de San Nicolás, na região central da cidade. Nessas vias existem diversos pontos de ônibus, mas as estações de metrô ficam um pouco afastadas. A mais próxima delas é na Florida, da Linha B-vermelha, que fica entre a Calle Florida e a Avenida Corrientes, a 450 metros de distância, o que dá aproximadamente seis minutos de caminhada. Sua fachada é imponente e belíssima, então é impossível não a notar do lado de fora. Lá dentro, o teto é uma atração à parte, devido a sua decoração. É um dos poucos shoppings onde encontramos a atração no teto. Você irá reparar que todos ficam olhando para cima da parte central, perto do chafariz.

Afrescos da Galerías Pacífico
O Shopping é tão bonito e bem decorado que recomendo a visita não apenas a quem deseja fazer compras como a quem procura apenas um lugar para bater perna e ver coisas bonitas. Você pode ver de perto os detalhes arquitetônicos da Galerías Pacífico com explicações detalhadas. O Shopping oferece visitas guiadas com duração de 20 minutos, de segunda a sexta-feira, tendo a cúpula central como ponto de partida. No quiosque de informações, no térreo, há fones de ouvido com opções de idiomas, entre eles, o português. A vantagem de ir à Galerías Pacífico é que, se fizer uma compra de mais de 70 pesos, na saída do país você pode mostrar a nota fiscal e eles te devolvem até 16% do valor. Uma dica boa é levar uma mala de rodinha ou uma mochila grande quando for aos shoppings e outlets, para ir guardando suas compras. Em poucas horas você estará cheio de sacolas e não é nada fácil ficar carregando todas elas o dia inteiro. Com uma mala grande ou uma mochila, você vai guardando tudo dentro delas e é muito mais prático.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Montevidéu - Plaza Constitución

Plaza Constitución
Seguimos até a Plaza Matriz também chamada de Plaza Constitución, a principal do bairro e a mais antiga da capital uruguaia. A partir de 1726, foi a Plaza Mayor, na Ciudad de Fort San Felipe y Santiago de Montevidéu e fortaleza militar murada na fase final desse império onde "o sol nunca se põe". Somente no final do século XVIII, a Praça, que era uma planície poeirenta, foi definida por seus grandes edifícios, a antiga Câmara Municipal e da Igreja Paroquial. Depois disso, foi palco de festas e touradas civis e militares. Oficializou-se mesmo como mercado, após a Independência (1825) e o layout da nova cidade, em 1836, perdendo um pouco sua exclusividade como uma hierarquia do espaço público e do Estado como sede dos eventos oficiais.

Plaza Constitución
A Praça recebeu seu nome oficial por ter sido neste local que se jurou, em 18 de julho de 1830, a primeira constituição da recém-nascida República Oriental do Uruguai. Em meados do século XIX, árvores foram plantadas em caminhos diagonais, pavimentados e equipados com bancos e lanternas, e da fonte de mármore como seu centro explícito foi construído todos os arredores. Em 1967 foi inaugurado o primeiro chafariz público da Praça, o atual foi inaugurado em julho de 1871, quando passou a ser prestado na cidade o serviço de água encanada por uma empresa privada. A construção da fonte de mármore foi incluída nas condições do contrato de prestação do serviço e foi projetada pelo arquiteto italiano Juan Ferrari. É composta por uma piscina circular com uma coluna ornamentada no centro que assume a forma de três placas que se abrem em tamanhos decrescentes de baixo para cima. Existem na beira do lago oito faunos com tritões enroscados em seus corpos. No centro há quatro torneiras alternadas com vários elementos simbólicos: Escudo Nacional, esquadro, martelo e compasso, colmeia, ancinho, garfo, foice e fuso, entre outros. Três querubins seguram o segundo prato e o prato superior de três golfinhos. Como a coroa da fonte no topo está um querubim bebendo de uma tigela. Nas margens do lago existem sete inscrições em letras de mármore em relevo que lembram acontecimentos nacionais e mencionam os responsáveis pelo serviço de água encanada.

Chafariz da Plaza Constitución
A Plaza Constitucion conta com uma arquitetura impressionante e historicamente significativa no atmosférico Centro Histórico de Montevideo. Este é o local para se observarem construções centenárias deixadas pelos colonizadores espanhóis. Embora ao longo do tempo os seus usos e significados foram modificados, se mantém a sua natureza quadrada da Praça Colonial. Comece sua visita pelo centro da Praça, admirando a fonte adornada com querubins esculpidos. Erguendo-se no lado oeste da Praça está a Catedral Metropolitana de Montevidéu. Entre para conhecer os belos vitrais, o piso de mosaicos e as tumbas de reverenciadas figuras nacionais, como o líder militar Juan Antonio Lavalleja. Do outro lado da Praça fica o elegante Cabildo de Montevidéu, em estilo neoclássico, que data do começo do século XIX. No Cabildo eram tomadas as decisões políticas mais importantes do país. A primeira Constituição do Uruguai foi assinada lá, e marcou o fim de uma batalha de 19 anos pela Independência. Hoje, o lugar abriga o gratuito Museu Histórico do Cabildo. Também conhecido como Museo y Archivo Historico Municipal. O conjunto é formado por cinco casas históricas, e cada qual guarda um tipo diferente de acervo. A entrada é franca. Veja exposições de arte, mapas e fotos, além de performances de música ao vivo que mostram os vários aspectos da história de Montevidéu e da cultura uruguaia. Há alguns museus que podem ser visitados nas proximidades, como o Museo de Arte Precolombino y Indigena (MAPI) e o Museo Del Carnaval.

Bares da Plaza Constitución
Se puder visite a Praça em um fim de semana, quando os artesãos locais e colecionadores aparecem para vender seus produtos. É possível encontrar de tudo, desde antiguidades, livros e porcelana até joias, produtos de couro e brinquedos. Tente negociar com os vendedores para ter descontos nos preços. Após ver as atrações da Praça, faça uma pausa nas áreas de descanso ao ar livre de uma cafeteria. Peça um café, uma bebida gelada ou uma taça de vinho uruguaio. Experimente o “chivito”,  um sanduíche recheado com finas fatias de bife, queijo grelhado e alface. A Plaza Constitución fica a uma curta caminhada de outras atrações de destaque da cidade, como a Plaza Independencia, o Teatro Solís e o Mercado Del Puerto.

sábado, 5 de setembro de 2015

Cruzeiro Rumo ao Prata

Deck do MSC Armonia
Este foi meu primeiro cruzeiro marítimo. Nunca quis fazer cruzeiros. Corrigindo: sempre tive medo de fazer cruzeiros. Eu tinha medo de enjoar a viagem inteira com o balanço do navio, tinha medo do navio afundar e, eu virar comida de tubarão (podem rir), o fato é que nunca tive coragem, até janeiro de 2012. A minha mãe já fez tantos cruzeiros que acho que ela nem sabe mais quantos, e sempre me convidava, e eu sempre recusava. Quando foi em meados de 2011 ela me ligou e disse que tinha feito duas reservas num cruzeiro que sairia em janeiro do ano seguinte, uma para mim e outra para meu marido. Disse também que eu não poderia recusar, pois iríamos num grupo de 21 pessoas da família, incluindo nós dois. A minha reação foi a prevista, falei: “você está doida? Como faz uma coisa dessas sem me consultar primeiro?”. Ela já estava na agência de turismo e passou o telefone para a atendente para pegar nossos dados para o pagamento das passagens.

Deck do MSC Armonia

Porto de Santos
Como minha mãe trabalhava como guia de turismo até se aposentar, para ela foi fácil organizar uma viagem para tantas pessoas. As reservas foram feitas na Nascimento Turismo, em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, onde mora toda a família, menos eu e meu marido que moramos em Campinas, no Estado de São Paulo. Quando chegou o dia da viagem ela já estava praticamente paga. O Cruzeiro Rumo ao Prata seria uma viagem de 10 dias e nove noites que partiria do Porto de Santos, no Estado de São Paulo, Brasil, em direção a Montevidéu no Uruguai, onde ficaríamos um dia, depois partiríamos para Buenos Aires na Argentina para mais dois dias, depois iríamos para Punta Del Este, no Uruguai, novamente, para um dia de passeio. Já de volta ao Brasil ficaríamos um dia em São Francisco do Sul, no Estado de Santa Catarina e chegaríamos finalmente no Porto de Santos para o desembarque.

Rebocador do Porto de Santos

Santos vista do navio
O navio do nosso cruzeiro seria o MSC Armonia, considerado um três estrelas entre os navios de turismo, e é o menor navio da MSC Crociere ou Companhia MSC Cruzeiros, uma empresa italiana que opera cruzeiros em várias regiões do mundo. Ele pode acomodar 2065 passageiros em 783 cabines, com 760 tripulantes.




Aldeia de pescadores em Santos
Para viagens entre países do MERCOSUL, precisamos de um documento de identidade (RG) que tenha sido expedido a menos de 10 anos, ou simplesmente o passaporte. Levamos nosso passaporte por via das dúvidas. Para crianças menores de idade é necessária uma autorização de viagem emitida pela Polícia Federal caso eles não estejam acompanhados dos pais. E não tem “choro nem vela”, se não tiver a autorização não embarca. Um casal do nosso grupo resolveu levar um afilhado e quase ficou para trás. Conseguiram a autorização na última hora.

Porto de Santos visto da cabine do navio

Pôr do sol no mar
Para o embarque, pegamos uma senha no Porto de Santos e aos poucos vão chamando os grupos. Às 17h30min horas todos devem estar a bordo para zarpar em direção a Montevidéu. Depois que todos já foram acomodados em suas cabines ou camarotes, pegamos uma com vista para o mar, a tripulação vai chamando os grupos para o exercício de emergência. É o básico, ensinam a colocar o colete salva-vidas, sua localização no navio e a utilização dos barcos de emergência. Todos levam na brincadeira, mas dá um frio na barriga só de pensar no caso, pelo menos na minha deu.

Saindo do Porto de Santos

Piscinas do MSC Armonia
Às 18 horas em ponto, o navio começa a se mover, primeiro lentamente, pois está sendo rebocado pelos rebocadores do Porto, depois mais rapidamente. Embarcamos no dia 13 de janeiro de 2012. Até chegar a Montevidéu seriam dois dias em alto mar. À noite, seríamos apresentados aos oficiais do navio no Teatro La Fenice. Quando estávamos lá, cada um se apresentando, o comandante do navio pediu um minuto de silêncio para as vítimas do Costa Concórdia que tinha acabado de naufragar na costa da Itália. Quase morri de susto, queria saber onde era a porta de saída, dava tempo de desistir? Não dava.

Caffé San Marco







A noite seguinte seria o jantar de gala com o Comandante Giuseppe Galano, no Restaurante Marco Polo. Os homens de terno e as mulheres com seus vestidos de festa. Justamente nesta noite, atravessamos uma tempestade que balançava fortemente o navio. Pensei, “se não foi ontem vai ser hoje”. Imaginem a cena: aquelas pessoas bem vestidas sendo jogadas de um lado a outro pelos corredores do navio, muitas enjoando. Credo!!! Eu me precavi, tomei um comprimido para evitar o enjoo e não senti nada, só o medo mesmo. No Teatro as dançarinas e malabaristas se equilibrando para não caírem eram hilários. Na hora de dormir a cama balançava tanto que pensei que fosse cair dela. No dia seguinte não tinha água na piscina, foi toda jogada fora durante a tempestade. Foi preciso bombear a água do mar para encher a piscina novamente. Sobrevivi às duas provas nos dois primeiros dias, a partir daí acabou o medo.

Deck do MSC Armonia
Com exceção do jantar de gala, a comida do navio não tem gosto de nada. Qualquer prato tem o mesmo gosto, de coisa alguma. O café da manhã é em estilo Self-service e as filas são enormes. Se você não quiser enfrentar fila pode tomar o café da manhã no Restaurante Marco Polo, onde se é servido por garçons, mas a comida é a mesma. Na área da piscina tem pizzaria, sorveteria e lanchonete, tudo incluso no preço da passagem. As bebidas são pagas à parte, a gente compra um pacote com as bebidas que pretende consumir durante a viagem. Se precisar, é só comprar mais.

Rumo ao Prata

Oceano Atlântico
Enquanto o navio está atracado nos portos, o cassino permanece fechado. Só abre em águas internacionais, pois o jogo é proibido em muitos países, com exceção de Punta Del Este, onde o jogo é permitido. Durante os dois dias que permanecemos em alto mar, tivemos várias atividades durante o dia e à noite. Jogos, gincanas, academia, piscina, cassino, boate, shows etc. Não dá para ficar entediado.