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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Tour pela Europa I - Lisboa

Lisboa
A estadia em Madri acabou, é hora de seguir para Lisboa, em Portugal. O embarque foi na Estación Madrid Chamartin para uma viagem noturna de mais de oito horas de trem até Lisboa, chegando à Estação Lisboa Oriente, uma das principais estações terminais e interfaces de transportes de Lisboa. Infelizmente a viagem não foi em cabines com beliches confortáveis como na viagem de Genebra para Barcelona, foi em assentos confortáveis, mas comuns, e a viagem foi um pouco cansativa. Como de costume, da Estação os meninos foram direto fazer o check-in no Lisbon Old Town Hostel. Este albergue foi eleito o melhor albergue da Europa em 2008. Inaugurado em 2007, o Lisbon Old Town Hostel está localizado na colina mais cosmopolita das Sete Colinas de Lisboa, num edifício do século XVIII. É fácil caminhar do albergue para a maioria dos pontos de interesse da cidade.

Estação Lisboa Oriente
A capital de Portugal é uma linda e histórica cidade na Europa, conhecida pelo seu charme e pelo clima agradável da cidade e dos portugueses. Com dezenas de prédios históricos, igrejas, monumentos, praças, lugares legais para fazer compras, parques e bairros incríveis para fazer passeios, Lisboa é sem dúvida uma cidade apaixonante e que vai fazer você querer ficar mais tempo do que já planejou. Não existe exatamente uma época perfeita para ir para Lisboa, mas no que diz respeito ao clima, a melhor época para quem quer aproveitar todas as atrações de Lisboa é de abril a setembro, cujo tempo é sempre ensolarado e os dias são mais longos, devido ao horário de verão. A capital de Portugal está na moda. Muitos dos turistas que viajam pela Europa integram Lisboa no seu circuito e não se arrependem. Lisboa agrada aos mais jovens, aos turistas mais experientes e a todos aqueles que gostam de lugares com carisma e onde a população ostenta um sorriso genuíno nos lábios.

Rio Tejo
Lisboa é uma das capitais mais amenas da Europa, com um clima mediterrânico fortemente influenciado pela Corrente do Golfo. A Primavera é fresca a quente, o Verão é, em geral, quente e seco, o Outono é ameno e instável, e o Inverno é tipicamente chuvoso e fresco. Nas tardes de Verão, o vento tende a soprar moderado (por vezes, forte) de noroeste. Pela sua condição geográfica, está entre as capitais europeias com Invernos mais amenos, sendo raras as temperaturas abaixo de zero e bastante esporádica a queda de neve. Conhecida como a “Cidade das Sete Colinas”, Lisboa é um anfiteatro virado ao Rio Tejo e com este sempre viveu em estreita ligação. Lisboa guarda história nas suas avenidas românticas, nos seus bairros mouriscos, no seu subsolo romano, nos seus monumentos manuelinos, barrocos, góticos, até a mais ousada arquitetura moderna nacional e internacional. 

Centro de Lisboa
Existem vestígios de ocupação humana na área que hoje é Lisboa de há muitos milhares de anos, atraídos pela proximidade do Rio Tejo. Os primeiros habitantes humanos da região teriam sido os Neandertais, extintos há cerca de 30 mil anos pela chegada à Península do Homem Moderno. Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói mítico Ulisses. Recentemente foram feitas descobertas arqueológicas perto do Castelo de São Jorge e da Sé de Lisboa que comprovam que a cidade teria sido visitada pelos fenícios cerca de 1.200 a.C., e já existindo previamente, com estes comerciava e se relacionava. Nessa época os fenícios viajavam até as Ilhas Sorlingas e à Cornualha, na Grã-Bretanha, para comprar estanho aos nativos. O Mar da Palha ou Estuário do Tejo é o melhor porto natural do percurso e o Rio, uma importante via para as trocas de alimentos e metais com as tribos do interior. Os antigos gregos tiveram provavelmente na foz do Tejo um posto de comércio durante algum tempo, mas os seus conflitos com os cartagineses por todo o Mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono devido ao maior poderio de Cartago na região nessa época.

Igreja de Nossa Senhora da Encarnação
Lisboa é a capital e a cidade mais populosa de Portugal. Localizada na margem direita do estuário do Rio Tejo, com altitude máxima na Serra de Monsanto (226 metros de altitude), Lisboa é a capital mais ocidental da Europa. Fica situada a oeste de Portugal, na costa do Oceano Atlântico. A cidade é a nona área urbana mais populosa da União Europeia, sendo, portanto, a maior zona urbana portuguesa, seguida pelo Porto, bem como a segunda região mais populosa de Portugal, a seguir à Região do Norte. Os limites da cidade, ao contrário do que ocorre em grandes cidades, encontram-se bem delimitados dentro dos limites do perímetro histórico. Isto levou à criação de várias cidades ao redor de Lisboa, como Loures, Odivelas, Amadora e Oeiras, que são de fato parte do perímetro metropolitano de Lisboa.

Largo do Chiado



Lisboa é reconhecida como uma cidade global devido à sua importância em aspectos financeiros, comerciais, midiáticos, artísticos, educacionais e turísticos. É um dos principais centros econômicos do continente, com um crescente setor financeiro e o maior porto de contentores da costa atlântica da Europa. Lisboa é a sétima cidade mais visitada do sul da Europa, após Istambul, Roma, Barcelona, Madri, Atenas e Milão. A região de Lisboa é a região mais rica do país. A economia da cidade baseia-se principalmente no setor terciário. A sua região metropolitana é a 20ª mais rica do continente. A maioria das sedes das multinacionais em Portugal está localizada na região de Lisboa e a cidade é a nona no mundo em quantidade de conferências internacionais. A Área Metropolitana de Lisboa é altamente industrializada, especialmente na margem sul do Rio Tejo.

Elétrico de Lisboa
A cidade é o centro político do país, como sede do Governo e da residência do Chefe de Estado, além de sediar duas agências da União Europeia: o Observatório Europeu da Droga e da Tóxicodependência (OEDT) e a Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA). Chamada de "Capital do mundo lusófono", a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem a sua sede na cidade. Lisboa tem dois locais classificados pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade: a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos. Além disso, em 1994, Lisboa foi a “Capital Europeia da Cultura” e organizou a Exposição Mundial de 1998.

Teatro Nacional D. Maria II
Popularmente, os naturais ou habitantes de Lisboa são chamados alfacinhas. A origem do termo é desconhecida, mas há quem explique que nas colinas de Lisboa primitiva verdejavam já as "plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria e na medicina" que dão pelo nome de alfaces, e “alface” que vem do árabe, poderá indicar que o cultivo da planta começou quando da ocupação da Península pelos Muçulmanos. Há também quem sustente que, num dos cercos de que a cidade foi alvo, os habitantes da capital portuguesa tinham como alimento quase exclusivo as alfaces das suas hortas. O certo é que a palavra ficou consagrada e que os grandes da literatura portuguesa se habituaram a tomar alfacinha por lisboeta.

Centro de Lisboa
Numa cidade que foi recebendo muitas e diferentes culturas vindas de longínquas paragens ao longo do tempo, ainda hoje se sente um respirar de aldeia em cada bairro histórico. Podemos percorrer a quadrícula de ruas da Baixa Pombalina que se abre ao Tejo na Praça do Comércio e, seguindo o Rio, conhecer alguns dos lugares mais bonitos da cidade: a Zona Monumental de Belém com monumentos do Patrimônio Mundial, bairros medievais, e também zonas de lazer mais recentes ou contemporâneas, como o Parque das Nações ou as Docas. Se pretende conhecer a cidade de forma rápida dedique-lhe três dias. No entanto, cinco a sete dias será o tempo ideal para desfrutar de Lisboa e de um conjunto de lugares fantásticos nos seus arredores, tais como Sintra, Estuário do Tejo, a praia de Cascais, Convento de Mafra, Palácio de Queluz, ou mesmo Fátima que fica a uma hora e meia de Lisboa.

Lisboa às margens do Rio Tejo

Rio Tejo

sábado, 26 de dezembro de 2015

Tour pela Europa I - Madri

Palacio de Communicaciones
A estadia em Barcelona terminou, é hora de seguir para Madri. O embarque foi na Estación Barcelona Sants para uma viagem de pouco mais de três horas de trem até Madri, chegando à Estación Madrid Atocha. Da Estação os meninos foram direto fazer o check-in no Cat’s Hostel. Este albergue está localizado no centro de Madri e foi a hospedagem perfeita, pois aliou economia, conforto e limpeza em um palácio do século XVII, a poucos metros dos lugares mais turísticos da cidade e dos bairros mais autênticos. Como eles chegaram ainda no meio da tarde, tinha tempo suficiente para “bater perna” pela cidade, e foi o que eles fizeram.

Palacio de Communicaciones na Plaza Cibeles

Um dos vários Chafarizes de Madri
Apesar de o local onde atualmente está situada a cidade ter tido ocupação humana desde a Pré-história, e de, no tempo do Império Romano, ter pertencido à Diocese de Compluto (atualmente, Alcalá de Henares), as primeiras referências históricas relevantes sobre a cidade aparecem apenas no século IX. Durante o Reinado de Maomé I, foi construído um pequeno palácio na localidade, no local onde se ergue atualmente o Palácio Real de Madrid. Em torno desse Palácio, desenvolveu-se uma povoação de poucos habitantes chamada Al-Mudaina. A povoação foi conquistada em 1085 pelo Rei Afonso VI de Leão, na investida militar que visava chegar à cidade de Toledo. A mesquita foi adaptada e passou a ser uma Igreja dedicada à Nossa Senhora de Almudeña. Em 1329, as Cortes Generales instalaram-se na cidade quando da estada de Afonso XI de Castela. Sefarditas e mouros puderam permanecer na cidade, tendo sido expulsos mais tarde no século XV.



Teatro Häagen Dazs
Após um grande incêndio que destruiu parcialmente a cidade, o Rei Henrique III de Castela ordenou a reconstrução da mesma; o monarca ficou instalado num palácio no exterior da cidade, El Pardo. O Reino de Castela, cuja capital era Toledo, e o Aragão, com a capital em Zaragoza, uniram-se formando a Espanha devido ao casamento dos reis católicos Isabel de Castela e Fernando II de Aragão. Em 1561, o Rei Felipe II mudou a corte de Sevilha para Madri, tornando a cidade na capital de Espanha, apesar de não ter havido uma cerimônia que assinalasse esse fato. Sevilha continuava a controlar todo o comércio das colônias espanholas, mas Madri controlava Sevilha. Enquanto a Espanha (assim como muitos outros países europeus) centralizava a autoridade real, a cidade ganhou maior importância como centro de administração para o Reino de Espanha.

Teatro Häagen Dazs

Ruas arborizadas de Madri
Durante o  Século de Ouro, fim do século XVI e o princípio do século XVII, Madri era uma capital diferente das grandes capitais europeias, tanto em termos de população, que era bastante pequena para a importância da cidade, como também em termos econômicos; a economia madrilena dependia principalmente das Cortes, não existindo outras atividades econômicas relevantes. Ela evoluiu para se tornar um importante núcleo de atividade artesanal e que eventualmente experimentou uma revolução industrial durante o século XIX. No final do século XIX, a Rainha Isabel II não conseguiu conter a tensão política, o que culminou na Primeira República Espanhola. A República durou apenas dois anos, voltando-se novamente à monarquia. Mas a situação política não era estável e, em 1931, iniciou-se a Segunda República Espanhola; a esta se seguiu a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). 

Instituto Nacional de Administración Pública

Ruas de Madri
A cidade conseguiu ainda mais avanços na expansão durante o século XX, especialmente após a Guerra Civil Espanhola, alcançando os níveis de industrialização encontrados em outras capitais europeias. A economia da cidade era então centrada em diversas indústrias, tais como os relacionados com veículos automóveis, aviões, produtos químicos, aparelhos eletrônicos, produtos farmacêuticos, alimentos processados​​, materiais impressos e artigos de couro. Os elegantes madrilenhos são muito orgulhosos de sua encantadora cidade. Nenhuma outra metrópole abriu suas portas para a Europa moderna como Madri após o Rei Juan Carlos subir ao trono, em 1975. O monarca tem a seu crédito o fato de ter administrado a transição da ditadura à democracia. A prosperidade dos anos 1980 fez com que a cidade consolidasse a sua posição no que diz respeito à economia, indústria, cultura, educação e tecnologia na Península Ibérica.

Almacenes Toledo


Madrid ou Madri é a capital e a maior cidade da Espanha. É a terceira maior cidade da União Europeia, depois de Londres e Berlim, e sua área metropolitana é a terceira maior da União Europeia, depois de Londres e Paris. A cidade está localizada sobre o Rio Manzanares, no centro do país e da Comunidade de Madri (que compreende a cidade de Madri, a sua área urbana e seus subúrbios). Como capital nacional, sede do governo e residência do monarca espanhol, Madri é também o centro político, econômico e cultural da Espanha. A população de Madri começou a crescer significativamente desde que a cidade se tornou a capital nacional. A cidade abriga a sede da Organização Mundial do Turismo (OMT) – pertencente à Organização das Nações Unidas (ONU), da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e do Public Interest Oversight Board (PIOB). Madri também abriga importantes instituições internacionais reguladoras da língua espanhola, como a Real Academia Espanhola (ERA) e o Instituto Cervantes.

Ruas de Madri
A metrópole espanhola tem o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) entre as cidades da União Europeia e sua influência em política, educação, entretenimento, meio ambiente, mídia, moda, ciência, cultura e artes contribui para o seu estatuto como um dos principais centros urbanos do mundo. Devido à sua produção econômica, ao alto padrão de vida e ao tamanho do seu mercado consumidor, Madri é considerada o maior centro financeiro do Sul da Europa e da Península Ibérica, além de sediar a grande maioria das principais empresas espanholas. Madri é uma das mais belas e agitadas capitais da Europa. Situada na região central da Espanha, cercada por terras áridas, Madri é a capital de maior altitude na Europa. Centro intelectual e político de um vasto império, pilar da fé católica e foco das artes sob monarcas das mais diferentes tendências. De lá também partiram as ordens de uma Inquisição fanática, da supressão de identidades regionais – principalmente de bascos, galegos e catalães – e da evangelização forçada de nativos das Américas. É exatamente esse passado rico e controverso que fez de Madri o que ela é hoje – a capital cultural de um dos idiomas mais falados do planeta e de um país que luta para se manter unido e próspero. Temperada com o charme latino, a capital espanhola sintetiza o colorido e a riqueza das diferentes culturas e etnias presentes no país. As festas e a religiosidade estão na tradição do povo madrileno, devoto de San Isidro Labrador.

Iglesia de San Jeronimo El Real
O clima de Madri pode ser definido como mediterrânico continentalizado. Os invernos são frios com geadas frequentes e neve rara. Os verões são quentes e secos com temperaturas máximas que muitas vezes superam os 35°C. Foi o que eles encontraram na cidade, um calor “do cão” já que julho é o mês mais quente do ano. Dizem que Madri tem duas estações: “o inverno e o inferno”. É um exagero, claro. Mas indica que as temperaturas invernais são mais baixas do que em Barcelona ou na Andaluzia e no verão faz o calor que se espera da Espanha. Os nativos da cidade são chamados madrileños. No passado também eram apelidados de "gatos", porém atualmente a vasta maioria dos espanhóis não reconhece esse termo. A sua origem possivelmente veio da lenda popular de que a conquista da cidade por Afonso VI foi conseguida pelo assalto das paredes que protegiam a cidade. Aparentemente as tropas do Reino de Castela escalaram as paredes defensivas como se fossem gatos. Outra origem para o nome pode ter sido do fato de os moradores da cidade, durante a Idade Média, terem sido conhecidos pela sua habilidade de escalar paredes com as próprias mãos. Daí surgiu o nome do albergue onde eles se hospedaram.

Ministerio de Agricultura, Pesca Y Alimentación
Madri é uma daquelas cidades que você adora logo de cara. Apesar de ser um dos principais polos financeiros da Europa, a capital espanhola mantém preservadas suas características históricas e um rico patrimônio cultural. Avançada e dinâmica proporciona experiências inesquecíveis por ser agitada e tradicional ao mesmo tempo. Mas não tenha pressa, descobrir Madri requer tranquilidade. Madri é uma cidade relativamente grande para se conhecer apenas a pé, mas isso não é um problema: seu sistema público de transporte funciona muito bem, com vários pontos e estações perto de cada atração. Os vários meios de transporte, e respectivas infraestruturas, estão organizados de forma a reduzir substancialmente o trânsito automóvel na capital, possibilitando uma rápida circulação, quer de quem circula dentro da cidade, quer de quem se desloca desde a periferia. A cidade de Madri tem uma das maiores e mais extensas linhas de metrô do mundo. O metrô foi bastante usado pelos meninos em sua estadia na cidade. 

Palacio de Fomento na Plaza del Emperador Carlos V

Ruas de Madri
Dinâmica e moderna, percorrer as ruas desta cidade é descobrir em cada recanto, atrativos e prazeres diferentes. Sua arquitetura é notável, com prédios e monumentos imponentes espalhados por toda a cidade. Durante os dias circule pela região central, visite os imperdíveis museus, observe cada detalhe dos edifícios históricos que remetem à Espanha imperial e caminhe pelos lindos parques. Quando a fome apertar, procure parar em um dos mercados gastronômicos, locais que combinam compras com espaços gourmets da melhor qualidade. Descubra e vivencie os costumes locais, como comer churros com chocolate quente por exemplo. O cenário gastronômico vibrante, com o que há de melhor na cozinha ibérica -- tapas, paellas, doces e presuntos, é uma atração à parte. Come-se bem, bebe-se ainda melhor. O vinho é tratado com respeito, com adegas bem abastecidas de rótulos nacionais (como os Cava, Rioja e Jerez) e dos vizinhos italianos, portugueses e franceses, muitas vezes com preços bem atraentes. Lugar onde comer é o que não falta em Madri. E boa parte deles é muito boa. Cervezerías e restaurantes vivem cheios, oferecendo ótima comida, inclusive pescados e especialidades de outras regiões do país e do mundo hispano, como casas especializadas em pratos peruanos e mexicanos, além de carnes argentinas. Apesar do cenário gastronômico não ser tão inventivo como na Catalunha, terra dos chefes Ferran Adriá e Sergi Arola, na cidade também há boas e inovadoras bodegas e tascas. No entanto, a maioria dos restaurantes e bares serve melhor aos glutões do que aos supostos gourmet, com porções generosas, bons rótulos de vinhos e um ambiente ruidoso.

Plaza Murillo
Mas é depois que o sol se põe que você irá conhecer o outro lado da cidade. A vida noturna madrilena é empolgante e faz parte da rotina local. Se o Real Madrid jogar em casa então fica ainda mais agitada. E envolve todos, independentemente da idade. Após as 18 horas os bares ficam lotados e parece que todos saem para a happy hour para tomar uma cerveja, sangria ou outros drinques acompanhados pelas fantásticas tapas, um verdadeiro símbolo nacional. Em muitos bares da cidade basta pedir uma cerveja para ganhar um pratinho com petiscos, que pode ser desde um simples e delicioso pão com tomate até presunto (jamon) ou frutos do mar. Shows, espetáculos e exposições são algumas das atrações da agitada vida cultural madrilenha. Há sempre alguma boa mostra em cartaz na cidade e mesmo os cinemas são uma ótima opção de lazer. Além disso, eventos esportivos como os jogos dos times locais Atlético de Madri e Real Madrid (com seu ótimo museu) são ótimos para quem viaja em família ou com uma turma de amigos. 

Monumento a Eloy Gonzalo na Plaza de Cascorro

Estación Madrid Atocha
O boom turístico em Madri nos últimos anos baseia-se nas inúmeras atrações que a capital da Espanha possui. Para aprofundar-se em seu conhecimento, seria necessária uma visita de vários dias, mas nem sempre é possível já que muitas vezes quem viaja para Madri tem apenas alguns dias ou um fim de semana para visitar a cidade. Madri dá um show de como unir tradição e modernidade. Por ter sido a capital de um dos maiores impérios que o mundo já viu, a cidade tem um ar grandioso. São inúmeras igrejas, palácios e monumentos, complementados pelo charme que é típico das cidades espanholas. Os pontos turísticos de Madri são inúmeros. Não faltam ao turista o que conhecer durante todo o ano.

Estación Madrid Atocha

domingo, 6 de dezembro de 2015

Tour pela Europa I

Grand Palais em Paris
Nas próximas postagens vou contar como foi o Tour pela Europa, realizado pelo meu filho juntamente com um amigo da escola. Mais precisamente, em 2008, meu filho passou no vestibular e ganhou de presente uma viagem de 30 dias pela Europa. Como ele não queria ir sozinho, óbvio, convidou um amigo, colega de escola, que também tinha passado no vestibular. A família dele gostou da ideia e então começamos a planejar o roteiro dos dois. É simplesmente impossível conhecer a Europa, um dos menores continentes do planeta, em apenas uma viagem, mas procuramos fazer o roteiro mais abrangente possível. A viagem seria nas férias da faculdade, em julho, alta temporada na Europa, preços elevados, milhões de turistas, mas se não fosse assim, as próximas férias seriam em dezembro e janeiro, muita neve, não dá. O roteiro contemplou desde os museus até os estádios dos times de futebol mais famosos dos países visitados, indo da cultura ao esporte.


Lojinha de rua em Paris
Programamos um tour por seis países, que começaria pela Suíça (Genebra, Lausanne e Montreux). A escolha teve motivos óbvios, minha irmã mora lá, e seria uma boa base para os outros países, num indo e vindo para a casa dela. Os outros países visitados foram Alemanha (Schwangau), Espanha (Barcelona e Madri), França (Paris), Itália (Roma e Vaticano) e Portugal (Lisboa). Como era uma viagem de dois rapazes (18 e 20 anos), decidimos que seria alguma coisa mais light e própria para a idade deles. Seria uma viagem de trem, para mochileiros, hospedando-se em albergues, com o dinheiro contado. Como seria a primeira viagem internacional dos dois, e de cara, desacompanhados dos pais, resolvemos deixar tudo “amarradinho”. As passagens aéreas e as passagens de trem foram compradas na Costa Brava Turismo, que nos orientaram muito bem. O procedimento para viagens internacionais já expliquei como funciona no post Tour pela Suíça. Quem se interessar pode dar uma olhada lá, não quero ser repetitiva.



Jardim em Paris
As passagens de trem foram da Eurailpass, num pacote de passagens para cinco países. As viagens entre os países seriam realizadas à noite, então as datas e cabines nos trens foram reservadas ainda no Brasil. Desta maneira fica um pouco mais caro, mas não quis correr o risco de não acharem vagas nos trens, já que nesta época do ano o número de turistas na Europa é absurdo, e eles ficarem esperando nas estações de trem até que tivesse vaga no próximo. As reservas nos albergues foram feitas por mim através de um site próprio para isso. Os critérios que utilizei para a escolha dos albergues foram: segurança, localização, custo e facilidades oferecidas. Depois de escolhidos, paguei o valor equivalente à metade das diárias para garantir a reserva. A outra metade eles pagariam lá. As datas e horário para check-in e para check-out nos albergues estavam combinadas com os horários de chegada e partida dos trens, por isso a necessidade das reservas antecipadas. 

Uma pausa em Barcelona

Lisboa
Na bagagem, muita roupa de verão, roupa de cama e toalha de banho, já que nos albergues você tem que levar tudo. Eles levaram uma mala grande, que ficaria na casa da minha irmã, e uma mochila grande também, onde colocariam apenas o necessário para as viagens aos outros países. Eu fiz uma pequena bolsa, tipo “pochete”, onde ficariam o passaporte, o dinheiro e o cartão de crédito. Esta “pochete” ficaria presa à cintura o tempo todo, até mesmo para dormir, só tiraria para tomar banho. Esta precaução não é exagerada não. A incidência de roubos nos albergues é elevadíssima na Europa. Risco desnecessário. Escolhemos quartos mistos (masculino e feminino) e com o maior número de pessoas possível. Isso foi a recomendação de quem se hospeda bastante em albergues internacionais. Quanto maior o número de pessoas no mesmo quarto, mais seguro é.

Castel Sant'Angel em Roma


Eles embarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos, via Swiss Air, para o Aeroporto Internacional de Genebra, com escala no Aeroporto de Zurique. Não eram as passagens mais baratas, na Iberia estavam mais em conta, mas não quis correr o risco de uma escala em Madri, pois eles foram justamente naquela época em que a imigração espanhola estava deportando todos os brasileiros. Dois rapazes sozinhos, de mochila nas costas, não era uma boa ideia, outro risco desnecessário. No dia da viagem, as duas famílias no aeroporto para as despedidas. A choradeira de praxe, como se fossem ficar um ano fora. Milhões de recomendações e a obrigação de darem notícias todos os dias. Preocupação de mãe, vocês entendem, não é??

Chegando em Füssen na Alemanha



Falando um pouco sobre a Europa. Na mitologia grega, Europa era uma princesa fenícia que Zeus sequestrou depois de assumir a forma de um touro branco deslumbrante. Ele a levou para a Ilha de Creta, onde ela deu à luz Minos, Radamanto e Sarpedão. Para Homero, Europa era uma rainha mitológica de Creta e não uma designação geográfica. Mais tarde, o termo Europa foi usado para se referir ao centro-norte da Grécia, e em 500 a.C., seu significado foi estendido para as terras ao norte.

A mesma estrada na Alemanha
A Europa é, por convenção, um dos seis continentes do mundo, e o segundo menor. Dos cerca de 50 países que o compõem, a Rússia é o maior tanto em área quanto em população (sendo que a Rússia se estende por dois continentes, a Europa e a Ásia) e o Vaticano é o menor (isso mesmo, o Vaticano é um país). É o quarto continente mais populoso do mundo, após a Ásia, a África e a(s) América(s). A Europa, nomeadamente a Grécia Antiga, é considerada o berço da cultura ocidental. Tendo desempenhado um papel preponderante na cena mundial a partir do século XVI, especialmente após o início do colonialismo. Entre os séculos XVI e XX, as nações europeias controlaram em vários momentos as Américas, a maior parte da África, a Oceania e grande parte da Ásia. Ambas as guerras mundiais foram em grande parte centradas na Europa, sendo considerada como o principal fator para um declínio do domínio da Europa Ocidental na política e economia mundial a partir de meados do século XX, com os Estados Unidos e a União Soviética ganhando maior protagonismo.

Uma igrejinha na Alemanha
Como um continente, a economia da Europa é atualmente a maior do planeta e é a região mais rica. Tal como acontece com outros continentes, a Europa tem uma grande variação da riqueza entre os seus países. A moeda mais importante da Europa é o Euro (moeda oficial da União Europeia), que circula em 16 países. Na Suíça, a moeda é o Franco Suíço, mas o Euro é aceito em qualquer lugar. Dependendo da loja, aceitam Dólar Americano também. No  geral, a economia dos países é bem desenvolvida, sendo que as mais fortes são: Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália e Espanha. Em geral, a qualidade de vida dos europeus é muito boa. Os índices sociais estão entre os melhores do mundo. Nos países mais desenvolvidos da Europa (região centro-oeste), o analfabetismo é baixo, a expectativa de vida é alta e a criminalidade é pequena.