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Painel Externo de Cândido Portinari na Igreja da São Francisco de Assis |
A Pampulha é um
dos pontos turísticos mais conhecidos e procurados em Belo Horizonte, pela presença do Jardim Zoológico, dos parques ecológicos, do Mineirão e do Mineirinho,
mas, principalmente, pelo seu Conjunto
Arquitetônico. Local ideal para passear, sentir a brisa, estar
com quem se gosta ou simplesmente desfrutar as coisas belas da vida, a Pampulha é um lugar único, um dos
principais cartões-postais de Belo
Horizonte. Um ponto destinado ao lazer devido ao seu encanto e às suas
belezas, a Lagoa da Pampulha é
também um marco para a arte expressada por meio da arquitetura em Belo Horizonte. A Lagoa da Pampulha representa, mundialmente, as propostas de
modernidade dos anos 1940. Turistas e moradores da capital têm contato com o
conjunto de intervenções urbanísticas e construções reveladoras da interação
entre a arquitetura, as artes plásticas e o paisagismo de fino gosto.
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Igreja de São Francisco de Assis |
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Vista da Fachada Principal da Igreja São Francisco de Assis |
Belo Horizonte é uma
cidade de fundação recente, do final do século XIX, que foi criada para ser a
nova capital de Minas Gerais. Pelo
projeto original, a cidade ficaria contida nos limites da Avenida do Contorno, que margeia o que hoje é o centro e os bairros
que o circundam. Dentro do perímetro da Avenida tudo era planejado e regular,
com quarteirões de tamanho padrão, ruas se cruzando perpendicularmente e
algumas avenidas cortando as vias em eixos diagonais. Fora dali o que se via
era o oposto. Como a cidade cresceu muito rapidamente, as áreas periféricas,
que não receberam infraestrutura urbana, foram sendo ocupadas, derrubando a
visão racional que se tinha da cidade em sua concepção.
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Vista da Fachada Principal da Igreja São Francisco de Assis |
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Campanário da Igreja São Francisco de Assis |
No início da década de 1940, Belo Horizonte já contava com cerca de 220 mil habitantes e seguia
crescendo bem além de seu plano original. Surgem novas ideias e planos
diretores que buscavam reorganizar a cidade e permitir sua expansão racional.
Nesse período, Belo Horizonte passa
por intensa modernização, abrem-se novas avenidas e são realizados grandes
investimentos em todos os lados da cidade. Época de novas ideias influenciadas
pelo pensamento modernista brasileiro que encontra na capital mineira o espaço
ideal para se desenvolver. Vários bairros para onde a cidade se expandia
receberam a estrutura que necessitavam e foram integrados ao centro. Indo além,
Juscelino Kubitschek decidiu desenvolver uma área ao norte da cidade, a Pampulha, onde, em 1936, uma lagoa
artificial havia sido criada, com a finalidade de amortecer enchentes e contribuir
para o abastecimento da capital. Começou a ser construída na gestão de Otacílio
Negrão de Lima, Prefeito que hoje dá nome à Avenida que contorna a Lagoa.
Mas foi com Juscelino Kubitschek que foi ampliada e alcançou os 18
quilômetros de perímetro que tem hoje. Ele queria dar a Belo Horizonte o que ainda faltava à jovem capital: um centro de
lazer e um grande atrativo turístico.
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Azulejos representando "O Batismo de Jesus" na parede do Batistério da Igreja São Francisco de Assis |
Para dar volume ao que imaginava para a área, Juscelino Kubitschek
contratou um promissor arquiteto, Oscar Niemeyer, e a ele encomendou o projeto
de algumas edificações a serem erguidas às margens da Lagoa da Pampulha. No início dos anos 1940, na primeira metade do
século XX, o passeio de Oscar Niemeyer e Juscelino Kubitschek pela margem
desocupada da Lagoa da Pampulha
mudaria a imagem de Belo Horizonte, Minas
Gerais e do Brasil para sempre. O Conjunto envolveu o
pensamento modernista da época em todas as áreas abrangidas. Enquanto o mundo
se destruía na Guerra, o Brasil fazia
arquitetura. Não por menos, assim que o Conjunto
da Pampulha foi inaugurado, o Museu
de Arte Moderna de Nova York, o MoMA,
dedicou um pavimento inteiro a uma exposição sobre a arquitetura brasileira.
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Interior da Igreja São Francisco de Assis e seu altar |
A arquitetura de Oscar Niemeyer é inconfundível. O arquiteto
até então desconhecido concebeu as ideias dos prédios (exceto a Casa Kubitschek), juntamente com o
trabalho de artistas como Cândido Portinari, Alfredo Ceschiatti, August
Zamoiski, Paulo Werneck e José Alves Pedrosa e do paisagista Roberto Burle
Marx. A ideia de um lago para prática de esportes náuticos partiu do então Prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek. A concepção original previa
ainda um hotel, que nunca foi construído. O conjunto reúne características que
exemplificam conceitos-chave da arquitetura moderna mundial, tais como a
estrutura em concreto armado, a planta livre, as amplas janelas e fachadas de
vidro que possibilitam o diálogo entre o interior e o exterior da edificação.
Porém apesar destas características, na Pampulha,
o estilo arquitetônico adquire feições únicas e regionais que irão influenciar
e gerar transformações na arquitetura moderna brasileira e mundial.
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Escadarias que levam ao mezanino da Igreja São Francisco de Assis |
O
entorno da Lagoa da Pampulha reúne o
mais belo Conjunto Arquitetônico da
capital mineira. Por lá estão três obras assinadas pelo mestre Oscar
Niemeyer: Museu de Arte da Pampulha,
instalado no prédio onde funcionava um cassino; Casa do Baile, um espaço para exposições que, inicialmente,
abrigaria um restaurante e um salão de festas; e a Igreja de São Francisco de Assis, principal cartão-postal da
cidade, ornamentada com 14 painéis de azulejo de autoria de Cândido Portinari
retratando a Via Sacra. Todo o
espaço é contornado por jardins criados por Burle Marx. Além destes, pertencem
ao Conjunto Arquitetônico o Aeroporto Carlos Drummond de Andrade
(conhecido como Aeroporto da Pampulha),
o Estádio Governador Magalhães Pinto
(Mineirão), o Estádio Jornalista Felipe Drummond (Mineirinho), a Fundação
Zoo-Botânica e o Campus da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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Cruzeiro na lateral da Igreja São Francisco de Assis |
Passando
por períodos de esquecimento e abandono à revitalização, o Conjunto Arquitetônico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2007 e, desde julho de 2016, é
Patrimônio da UNESCO. A indicação da Pampulha
foi ratificada pelos 21 países integrantes do Comitê, por consenso. É um marco vivo, íntegro e autêntico da história da
arquitetura mundial e da história brasileira e das Américas. A residência de Juscelino Kubitschek (atual Casa Kubitschek), construída em 1943
está ali perto e segue o mesmo padrão de arquitetura, mas não
está incluída no conjunto pela UNESCO. Essa conquista só foi possível pelo trabalho
dedicado e meticuloso de arquitetos e urbanistas de várias instituições
brasileiras, que planejaram uma série de reformas e a gestão do principal ponto
turístico da capital mineira. Isso faz renascer a esperança de que a Pampulha tenha o cuidado que merece,
pois, para manter o título, a Prefeitura
de Belo Horizonte, o Estado e a União devem cumprir uma série de exigências
da UNESCO.
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Museu de Arte da Pampulha (MAP) |
Alguns exemplos: retirada da Guarita da Casa do Baile,
reestruturação das Praças Dino Barbieri (próxima
a Igreja) e Dalva Simão (entre a Casa do Baile e a Praça de Iemanjá), demolição do prédio anexo do Iate Tênis Clube, além de despoluição
da Lagoa da Pampulha, no prazo de
três anos. Esta extensa lista de elementos que compõem o que agora é Patrimônio da Humanidade reforça a
ideia de que a Pampulha não é uma
atração, mas uma experiência a ser vivida. Aos turistas que desembarcam em Belo Horizonte, o Complexo da Pampulha é hoje a maior atração da cidade. Mas são
poucos os que visitam a região que conseguem visualizá-lo da forma que foi
concebido: como um conjunto que envolve arquitetura, arte e paisagem. Com uma
manhã ou uma tarde é possível ver com calma os componentes do Conjunto Arquitetônico da Pampulha.
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"Nu" de August de Zamoisk em frente ao Museu de Arte da Pampulha (MAP) |
Talvez a principal obra do Complexo da Pampulha, a Igreja
São Francisco de Assis, mais conhecida como Igreja da Pampulha seja um local a parte, com bastante
originalidade na arquitetura. Emoldurada pelas águas da Lagoa, a igrejinha
reúne as genialidades do arquiteto Oscar Niemeyer, do paisagista Burle Marx e
do pintor Cândido Portinari em suas paredes. Essa combinação gerou a construção
em linhas curvas totalmente revestidas por azulejos azuis tais quais os
clássicos portugueses e pela Via Sacra,
constituída por 14 painéis de Cândido Portinari, considerada uma de suas obras
mais importantes, e a Imagem de São
Francisco, com escultura de Alfredo Ceschiatti e pastilhas de Paulo
Werneck.
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Interior do Museu de Arte da Pampulha (MAP) com suas colunas |
No projeto da Capela Oscar Niemeyer faz novos
experimentos em concreto armado, abandonando
a laje sobre pilotis e criando
uma abóbada parabólica em concreto, até então só utilizada
em hangares. A abóbada na Capela da
Pampulha seria ao mesmo tempo estrutura e fechamento, eliminando a
necessidade de alvenarias. Inicia aquilo que seria a diretriz de toda a sua
obra: uma arquitetura onde será preponderante a plasticidade da estrutura de
concreto armado, em formas ousadas, inusitadas e marcantes. O cálculo
estrutural coube ao engenheiro Joaquim Cardoso, tido por Niemeyer como o
"brasileiro mais culto que existia".
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Rampa que leva ao andar superior do Museu de Arte da Pampulha (MAP) |
No entanto, a modernidade de suas curvas causou um forte
impacto na sociedade à época. As autoridades eclesiásticas não permitiram de
imediato a consagração da Capela devido à sua forma nada convencional para uma
igreja, e ao painel de Portinari, onde se vê um cachorro representando um lobo
junto a São Francisco de Assis. Para os artistas de vanguarda, a Igreja, com
sua sequência de arcos, que ao mesmo tempo formam cobertura e paredes, era a
subversão dos princípios da arquitetura modernista vigente, de forma até então
inimaginável. Para as autoridades católicas, inimaginável era aceitar que uma
igreja tivesse forma tão vanguardista. Por quase uma década e meia foi proibido
o culto na Igreja. Ela só saiu do ostracismo quando o então Papa João XXIII
manifestou interesse em expor no Vaticano
a Via Sacra de Portinari, registrada
na Igrejinha. Mas a primeira missa só foi celebrada em abril de 1959. No
exterior estão belos jardins, assinados por Burle Marx.
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Andar superior do Museu de Arte da Pampulha (MAP) |
Inaugurado em 1943, o Iate
Tênis Clube (originalmente Iate
Golfe Clube), se propunha a ser um local de lazer para a família, com
ênfase nas atividades esportivas, principalmente as náuticas. Sua sede, com
formato de barco, “avança” sobre o espelho da Lagoa da Pampulha. Erguido sobre pilotis, segue a estética
modernista e se destaca por seu telhado invertido, do tipo borboleta. O local
ganhou painéis de Cândido Portinari e do paisagista Burle Marx. À frente, a
beleza deslumbrante da Lagoa da Pampulha,
com a Igreja de São Francisco de Assis
refletida nas águas. No interior, sofisticados salões de festas e de
convenções, totalmente estruturados para receber convidados, como eles merecem:
com requinte e conforto.
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Auditório do Museu de Arte da Pampulha (MAP) com seu piso em vidro |
O Iate Tênis Clube
é o edifício que mais causa controvérsia no processo de reconhecimento do Conjunto Arquitetônico da Pampulha como
Patrimônio Mundial. A controvérsia,
no entanto, atinge o prédio anexo, construído anos depois, que descaracteriza o
projeto. A edificação anexa bloqueia a visão face a face que se tinha entre a
Igreja e o Iate ao longo de todo o trecho da orla que une as duas edificações.
Originalmente, a partir do Iate, era possível visualizar todos os demais
prédios do conjunto. A Prefeitura de
Belo Horizonte negocia a desapropriação e demolição do anexo para
restaurar a ambientação original do conjunto. Por ser um clube privado, muitos
turistas excluem o prédio do roteiro de visitação na Pampulha, por ter o acesso restrito.
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Auditório do Museu de Arte da Pampulha (MAP) |
A menor das edificações, mas talvez a mais encantadora delas,
a Casa do Baile é a grande
injustiçada pelos turistas que visitam a Pampulha
pensando somente em conhecer a Igreja, sua obra mais famosa. A Casa do Baile foi construída em uma
ilha artificial ligada à orla por uma pequena ponte feita de concreto. Ela foi
criada para ser espaço de lazer e entretenimento nas noites de Belo Horizonte e tornou-se palco de
atividades musicais e dançantes. Na década de 1940, era o lugar onde a alta
sociedade se encontrava para grandes bailes e festas. Um dos mais famosos
frequentadores era o próprio Juscelino Kubitschek, então prefeito da cidade,
conhecido por sua afeição à vida boêmia. A arquitetura também dá um baile. As curvas
da edificação acompanham a Lagoa da
Pampulha e são emolduradas pelos jardins de Burle Marx.
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Brises de madeira no Auditório do Museu de Arte da Pampulha (MAP) |
Um salão circular forma o corpo principal do edifício, mas a
ele se une uma marquise sinuosa, que contorna o perímetro da ilha, formando o
grande destaque da obra. E é isto que a diferencia de todos os demais edifícios
do Conjunto. Sua marquise leva os visitantes para a parte externa,
convidando-os a explorar os jardins e a observar os contrastes da arquitetura
com a paisagem da Lagoa. Com a proibição do jogo que inviabilizou o cassino ali
perto, a Casa do Baile entrou em
declínio e fechou suas portas, em 1948. Desde 2002 quando foi reaberta,
a antiga Casa do Baile abriga o Centro de Referência em Urbanismo,
Arquitetura e Design, vinculado à Fundação
Municipal de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte, com algumas exposições ocorrendo em seu interior. A entrada é
gratuita e fica aberta de terça a domingo.
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Escultura de Alfredo Ceschiati no exterior do Museu de Arte da Pampulha (MAP) |
O prédio que hoje abriga o Museu de Arte da Pampulha (MAP)
foi projetado por Niemeyer para ser um cassino e foi o primeiro projeto do Conjunto Arquitetônico a ficar pronto,
em 1943. Em sua concepção, nota-se a influência de Le Corbusier, principalmente
na fachada, em travertino e vidro. Os jardins que circundam o prédio foram feitos pelo
paisagista Roberto Burle Marx. Estátuas de Alfredo Ceschiatti, August Zamoiski
e José Pedrosa também foram incorporadas ao local. De imediato à sua
inauguração, o Cassino da Pampulha
passou a receber pessoas de todo o país, transformando assim o cenário da noite
belo-horizontina. Grandes artistas, renomados no Brasil e no exterior, que já haviam atuado nos Cassinos da Urca no Rio de
Janeiro e no Palácio Quitandinha de
Petrópolis vieram a Belo Horizonte.
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Azulejos na lateral do Museu de Arte da Pampulha (MAP) |
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Cassino da Pampulha, atual Museu de Arte (MAP) |
O Cassino era a grande atração do Conjunto Arquitetônico da Pampulha quando as obras foram
inauguradas. Reinando do alto de uma península, na margem oposta às demais
construções, era para o Cassino que todos os olhares ao redor se dirigiam, quando
as festas aconteciam em seu interior. Arquitetonicamente
o Cassino é a obra que mais facilmente se enquadra nos princípios clássicos do
modernismo. Mas já ali Niemeyer demonstrava seu apreço pelas curvas ao
articular o corpo principal, com projeção quase quadrada, com um volume
cilíndrico, onde ocorriam as apresentações. Mas os tempos de glória do Cassino da Pampulha duraram pouco.
Poucos anos após sua abertura, em abril de 1946, o governo do Presidente
General Eurico Gaspar Dutra proibiu o jogo em todo o Brasil e após alguns anos de abandono, o cassino passou a funcionar
como museu a partir de 1957. Hoje o espaço é focado na apresentação de obras de
artistas brasileiros contemporâneos e fica aberto para visitação de terça a
domingo. Um dos pontos turísticos mais famosos de Belo Horizonte.
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Jardins de Burle Marx em frente ao Museu de Arte da Pampulha (MAP) com escultura de bronze de José Alves Pedrosa |
A
Casa Kubitschek não está na lista
dos Patrimônios da Humanidade pela UNESCO, mas segue o mesmo estilo e
pode/deve ser visitada quando se visita os demais. Ela foi projetada na década de 1940 para ser residência de fim
de semana de Juscelino Kubitschek e possui características da arquitetura
moderna. Os jardins e pomar são de Burle Marx. Hoje é um espaço cultural e
museu que abriga objetos da época. Um convite aos estímulos sensoriais e
espaciais. Não visitei a Casa
Kubitschek.
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Uma capivara e uma garça às margens da Lagoa da Pampulha |
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Lagoa da Pampulha |
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Lagoa da Pampulha vista das janelas do Museu de Arte (MAP) |
As atrações do Conjunto
Arquitetônico da Pampulha ficam afastadas umas das outras (da igrejinha até
o Iate Clube são 20 minutos andando,
cerca de 1,7 quilômetros. Dali até a Casa
do Baile são mais 600 metros. Apenas o antigo Cassino fica mais afastado, a
uma caminhada de pouco mais de meia hora partindo da Casa do Baile) e a Pampulha
fica longe do centro da cidade, então com certeza o jeito mais fácil de visitar é de carro.
Para se locomover em Belo
Horizonte, a melhor opção é de Uber
ou Cabify, se não quiser se
estressar (sou de lá, e posso garantir, o trânsito é infernal). Até bem pouco tempo, era difícil conhecer tudo se
não estivesse motorizado, a não ser que a pessoa estivesse bem disposta a
caminhar quilômetros. Com a orla sendo inteiramente plana, dá para fazer todo o
trajeto pedalando (isso para os mais animados). O problema é que as bicicletas estão distribuídas pela Pampulha pensando em seu uso pelo
morador de Belo Horizonte e não pelo
turista que visita o Conjunto
Arquitetônico. A maioria das estações está no trecho oeste da Lagoa,
próximas ao Parque Ecológico da Pampulha.
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Praça de Iemanjá na Lagoa da Pampulha |
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Praça de Iemanjá na Lagoa da Pampulha |
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Lagoa da Pampulha vista das janelas do Museu de Arte (MAP) |
Ao longo dos anos, a Pampulha
assumiu sua vocação natural para o turismo e o lazer. A riqueza do Complexo Arquitetônico atrai milhares
de turistas que veem ícones da modernidade nas curvas da Igreja de São Francisco, no Museu
de Arte Moderna e na Casa do Baile,
construções geradas sob as perspectivas desenvolvimentistas do prefeito da
época, Juscelino Kubitschek. Belo
Horizonte é uma belíssima cidade com inúmeros museus e
incontornável arquitetura moderna. A tranquilidade das margens da Lagoa da Pampulha permite avistar a
pachorrenta capivara, inúmeras espécies de aves e, claro, o conjunto seminal de
obras de Oscar Niemeyer. A Lagoa da
Pampulha é atualmente lugar tradicional de esportes como corrida, caminhada
e ciclismo. Já foi usada também por esportistas náuticos, mas a poluição e o
assoreamento por conta do lixo acumulado impedem práticas, como a pesca e a
natação. Apesar disso, a Lagoa é importante ponto de encontro do belo-horizontino.
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