segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Partida

Imagine reunir num só país o melhor das culturas alemã, francesa e italiana? A Suíça é esse país. Além da comida excelente, a viagem tem lagos, montanhas cobertas de neve, compras elegantes e atrações históricas que estão entre as melhores da Europa. Sabe aqueles estereótipos sobre a Suíça? Lugar moderno, em que tudo funciona; qualidade de vida invejável; poderosa indústria financeira que gere as maiores fortunas do planeta; fondue aos pés dos Alpes; deliciosos queijos feitos em casebres no alto de montanhas: é tudo verdade. Mas além dos clichês, há outra Suíça nada difícil de descobrir. Basta desbravá-la por entre vales de campos verdes. Por trás da imagem de autossuficiência, encontra-se um país caloroso que as linhas retas de suas metrópoles poderiam encobrir, de gente simples e simpática e de cantões de tradição rural muito forte que atravessa séculos e mais séculos de história.

Tão logo você começa a montar seu roteiro suíço, descobre o inevitável: é muita Suíça para pouco tempo, minha gente! A Suíça é fantástica, bem como o estilo de vida que os moradores levam. Você não consegue distinguir quem tem mais ou menos dinheiro porque todo mundo tem acesso a tudo. Todos andam de metrô, de ônibus, consomem as mesmas coisas. A qualidade de vida está a "anos luz" na frente da nossa, infelizmente, e confesso que, ao voltar para o Brasil, fiquei bem desanimada com tudo isso que passamos por aqui. O sistema de transporte, não só da Suíça, mas da Europa de um modo geral, é admirável. Carro por lá é desnecessário.

Além do mais, o povo da Suíça é bastante educado, cordial, simpático e elegante. Contudo, mais reservado. Notei também que, apesar de pães, queijos e chocolates divinos, a população consome com mais frequência alimentos saudáveis, e estes são de alta qualidade. Há muitos produtos orgânicos também que não são caros como aqui no Brasil. Quanto às carnes, estas são pouco consumidas devido ao preço, que é bem salgado. Apresentaram-nos também a sobremesa que os suíços mais comem, à base de creme de queijo Gruyère (como se fosse um creme de leite bem cremoso, mas bem mais gostoso), merengue (tipo um suspiro) e frutas vermelhas. Simplesmente de comer rezando! O custo de vida é alto, mas os salários são muito bons, o sistema de saúde é um dos melhores do mundo e podemos andar nas ruas livremente, sem preocuparmos com falta de segurança.

Nosso Tour pela Suíça está terminando. Que pena!! Durante nossa viagem, passamos pelo Norte da Itália, nas regiões do Piemonte e da Lombardia e conhecemos quatro cidades. Vou falar um pouco sobre elas no próximo pacote de viagens, chamado Norte da Itália.

domingo, 29 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Ao Redor do Lac Léman

Lac Léman em Genebra

O imenso e lindo Lago Léman (também chamado de Lago Genebra) tem a forma de um croissant ou de uma vírgula, com 73 quilômetros de extensão, 180 quilômetros de circunferência e 310 metros de profundidade. Os celtas chamavam o Lago Genebra (ou Lago Léman) de “Água Grande” – “Lem na” – e por isso até hoje é assim chamado, em francês, de “Lac Léman”. E ele é grande, de fato. É o maior lago da Europa Ocidental (a nível europeu é superado pelo Lago Balaton na Húngria). O Lago recebe água proveniente dos rios do Cantão de Vaud (Suíça) como o Morge, o Venoge, o Veveyse e o Versoix e o Dranse do lado da Haute Savoie (França), mas principalmente do Rio Rhone que entra no Lago pelo Cantão do Valais e deságua no delta da Camargue, na França. Na origem, o Rio era retido na sua saída do Lago unicamente pelo Arco Morénico. Hoje, um sistema de comportas junto ao Edifício das Forças Motrizes, em Genebra, controla o nível do Lago devido à irregularidade dos regimes torrenciais que caracterizam os seus afluentes, Rhone inclusive, já que antes de entrar no Lago recebe os rios do Cantão de Valais.

Lac Léman em Genebra

Genebra às margens do Lac Léman

O Lago formou-se após a última era glacial, há aproximadamente 15 mil anos e pertence à categoria dos Lagos Dimictícios, quer dizer, cujas águas se misturam completamente duas vezes por ano – na primavera e no outono – razão da sua riqueza piscícola. As suas águas são férteis devido às matérias em suspensão que afluem principalmente do Rhone. É dividido em duas bacias separadas pela ponta de Yvoire, na costa do Chablais francês: o Grande Lago a norte e leste, onde se encontra a parte mais larga (14 quilômetros) entre Morges e Amphion-les-Bains e o Pequeno Lago a sul junto de Genebra, entre Prangins e Yvoire.

Genebra às margens do Lac Léman

Jet'Eau no Lac Léman em Genebra
A região do Lago Lemán é uma região extraordinária mergulhada em séculos de história. E muito desta história ainda permanece, com as ruínas romanas, anfiteatros, castelos, igrejas, monumentos, e cerca de 200 sítios arqueológicos – todos, silenciosas testemunhas dos acontecimentos de muitos milênios. O primeiro registro conhecido do nome do Lago é Lacus Lemannus, na época do Império Romano; tornou-se Lacus Lausonius, Lacus Losanetes e então Lac de Lausanne na Idade Média. Com a crescente importância de Genebra, tornou-se Lac de Gèneve (Lago de Genebra), aquela parte do Pequeno Lago que fica rodeada pelas comunas do Cantão de Genebra, a sul da Linha Versoix-Hermance. No século XVIII, o nome Lac Léman foi revigorado em francês. É incorretamente denominado Lac de Gèneve, pois o Lago de Genebra só corresponde ao Pequeno Lago, e é mesmo em alguns mapas denominado por Lac d’Ouchy (do nome do porto localizado próximo de Lausanne).

Jet'Eau no Lac Léman em Genebra

Jet'Eau no Lac Léman em Genebra
O Lago Genebra é um corpo aquático de superlativos. Se bem que encravado pelos Maciço Alpino a leste e pela Cordilheira do Jura a oeste, esta grande massa de água cria um microclima que é particularmente notável em Montreux protegido a norte por colinas e exposto a pleno sul e onde as palmeiras são um espetáculo à parte. O Lago ameniza o clima das redondezas, protegendo do rude inverno montanhoso ao restituir o calor que armazenou, e no verão “adoça-o” ajudando a refrescar tudo à sua volta. Há, no entanto dois casos extremos característicos: no inverno quando o vento frio do norte sopra muito forte, há uma diferença de nível do Lago entre o norte, Montreux, e o sul, Genebra, que pode atingir dois metros. Além disso, quando as montanhas adjacentes estão cobertas de neve, o frio ainda se torna mais rude e a junção de vento forte, ondas altas e frio intenso, podem cobrir as margens de espessas camadas de gelo. Noutras ocasiões, quando não há vento, e o ar seco e frio de alta e média altitude se encontra com a umidade mais quente do Lago, pode formar-se uma espessa bruma que atinge facilmente 200 ou 300 metros de espessura e 100 metros acima do solo, e isso durante duas ou mais semanas. O fato é facilitado pela presença do Monte Salève de um lado e a Cordilheira do Jura do outro, formando um funil que dificulta ainda mais a dissipação dessa bruma.

Lac Léman em Genebra

Lac Léman em Genebra
Com tamanha superfície (582 quilômetros quadrados) todos os desportos e atividades náuticas são praticados e entre elas o Bol d’Or (Taça de Ouro) que é a maior regata em água doce e se realiza em meados de junho. Partindo de Genebra vai dar a volta à ilha que fica em frente à foz do Rio Rhone no Lago, o Bouveret, e regressa a Genebra. Quase todas as localidades têm um porto e um respectivo Clube de Vela. Menos desportivos, mas muito mais turísticos são os passeios na Companhia Geral de Navegação sobre o Lac Léman (CGN) que tem a concessão da navegação no Lago – servindo tanto o lado suíço como o francês – e como característica o fato de uma grande parte da frota ser constituída por barcos da Belle Époque, a roda d’água que são utilizados diariamente. Junto à foz do Rhone, no Bouveret, Cantão de Valais, existe o Le Swiss Vapeur Parc, um Parque de trens a vapor em miniatura, que não encanta somente as crianças.

Lac Léman em Lausanne

Lac Léman em Lausanne

Cercado pelos Alpes de um lado e pela cadeia montanhosa do Jura do outro, a paisagem em volta do Lago Léman é de tirar o fôlego: picos nevados (entre eles o famoso Mont Blanc), castelos, vilarejos medievais e vinhedos centenários. A Região do Lago Leman é uma região extraordinária mergulhada em séculos de história. E muito desta história ainda permanece, com as ruínas romanas, anfiteatros, castelos, igrejas, monumentos, e cerca de 200 sítios arqueológicos, todos, silenciosas testemunhas dos acontecimentos de muitos milênios. O Lago é perfeito para fazer passeios de barcos que saem regularmente das principais cidades. Ou, percorrer de carro suas margens e desfrutar dos passeios encantadores nas cidades apreciando paisagens inesquecíveis. Poucas regiões da Europa oferecem uma gama de atividades tão grande quanto a área ao redor do Lago Genebra. A região engloba os cantões de Genebra, Vaud e Valais, bem como as cidades de Lausanne e Montreux. Os Alpes da região do Lago Genebra são o lar de pequenas vilas com chalés de madeira e infraestrutura para esportes.


Museu Olímpico às margens do Lac Léman em Lausanne

Museu Olímpico às margens do Lac Léman
em Lausanne
Comece sua viagem pela segunda maior cidade da Suíça. A partir de Paris, são três horas de trem ou 45 minutos de avião. Cidade sede da ONU, da Cruz Vermelha e de centenas de outras organizações internacionais, cidade dos bancos privados e das relojoarias de luxo, Genebra está aos pés dos Alpes e na pontinha oeste do Lago, fazendo divisa com a França. Conheça o Centro Antigo, passeie pela orla (no verão, o Lago e o Rio Rhone se transformam em grandes piscinas), chegue próximo ao imenso Jet’Eau, símbolo da cidade, conheça o lindo Museu da Cruz Vermelha, faça uma visita guiada ao Palácio das Nações, visite as exposições do Cern para se iniciar no misterioso universo das partículas. Vá até a margem leste do Lago, na parte antiga da cidade, para você visitar o Jardin Anglais de onde se tem uma linda vista do porto e dos edifícios na margem norte. Logo na entrada do Jardim, você vai ver o relógio gigante de flores, cujo mostrador é composto por mais de 6.500 flores e atualizado com novos arranjos varas vezes por ano, como forma de homenagear a indústria de relógios da Suíça.

Port d'Ouchy em Lausanne

Cisnes do Lac Léman em Lausanne
Quem visita Genebra não costuma demorar em perceber que um passeio de barco pelo Lago é um dos programas turísticos mais bacanas da cidade. E mais caros também. Os barcos têm um jeitão meio antiquado. É que grande parte da frota que cruza todos os dias o Lago Genebra é da chamada Belle Époque, que vai das últimas décadas do século XIX até o começo da Primeira Guerra Mundial, em 1914. São oito barcos a vapor, que operam há mais de 100 anos e levaram gente durante todo esse período. Os barcos, muito bem conservados, dão um charme interessante para a viagem. Um dos passeios é o Geneva Bay Tour. O cruzeiro dura cerca de uma hora e vai somente nas áreas ao redor de Genebra – ou seja, uma parte mínima do Lago. O passeio inclui a narração de um guia, em inglês e francês, que conta um pouco da história da região e fala sobre cada um dos prédios e mansões e praias (sim, elas existem!) que os turistas podem ver a partir do barco. É um passeio bonito, que revela a cidade de outro ponto de vista. Quem vai fazer turismo em Genebra não deve esperar o agito de uma cidade como Londres ou Madrid, por exemplo. Em Genebra, há certa disciplina, determinada por uma sociedade conservadora. Genebra é o coração do calvinismo.

O azul intenso do Lac Léman em Lavaux

Escultura nas águas do Lac Léman
representando o Museu da Alimentação em
Vevey
Entre Genebra e Lausanne, há dezenas de pequenas cidades às margens do Lago, todas lindinhas. Em Nyon, veja o Parque de L’esplanade, as ruínas romanas e o castelo. Saint Prex é um antigo vilarejo medieval fortificado, vale a visita. Passeie a pé pelo pequeno Centro Histórico. Caminhe pelas margens do Lago. No verão, arrisque saltar do trampolim ou nadar na pequena praia “Les Bains des Dames”. Vale a pena se desviar um pouco das margens do Lago para ver a incrível vista que se tem ao subir um pouco a montanha em direção ao Jura. Aubonne é uma típica cidade de Vaud, o maior Cantão suíço francófono – casas que rodeiam um castelo, tudo isso rodeado por vinhedos. Passeie pela cidade, escolha um dos restaurantes locais para comer e tomar uma taça de vinho local. Em Aubonne, se encontra também o Parque Signal de Bougny com sua vista panorâmica do Lago, de uma extremidade a outra, e dos Alpes.

Escultura nas águas do Lac Léman
representando o Museu da
Alimentação em Vevey
A próxima parada é Lausanne. Cidade universitária, sede do Comitê Olímpico Internacional. Lausanne é uma cidade em desnível. Por isso, apesar de não ser uma cidade fácil de desbravar, os desníveis oferecem vistas espetaculares do Lago e dos Alpes. Caminhe pelas ruas do Centro Antigo. Visite o porto da cidade e não deixe de conhecer o imperdível Museu das Olimpíadas (mesmo se você não gosta de esportes, vai gostar do museu). E, para entrar no clima, coma uma fondue no restaurante mais antigo da cidade: Pinte Besson. Ao sair de Lausanne, se estiver de carro, pegue a estrada em direção a Vevey. A Route de La Corniche, pequena e estreita estrada que liga as duas cidades, passa pelos centenários vinhedos de Lavaux, cujos terraços datam do século XI. Por 30 quilômetros, você vai percorrer os vinhedos suspensos sobre o Lago, passando por pequenos vilarejos e, claro, tendo a vista espetacular dos Alpes aos fundos. Se você tiver tempo e disposição, pegue a Route des Trois Soleils, uma trilha de 11 quilômetros (para ser feita a pé ou de bicicleta), ligando St. SaphorinLutry. Além da paisagem espetacular, você vai passar pelas propriedades vinícolas, algumas abertas para degustação. Morges é o vizinho bem menor de Lausanne, conhecido pelo Festival das Tulipas anual, quando milhares de flores recebem a primavera. Morges é a porta de entrada para La Côte, na região vinícola de Vaud. Aprecie uma degustação de vinhos em um dos famosos vinhedos.

Lac Léman visto de uma das janelas do
Château de Chillon em Montreux

Montreux às margens do Lac Léman
Ao descer a estrada até o Lago, você vai chegar a Vevey, uma pequena cidade onde está a sede da Nestlé, uma das maiores empresas alimentícias do mundo e seu Museu da Alimentação. Talvez um dos símbolos mais conhecidos da Suíça seja a empresa Nestlé responsável por diversos produtos, principalmente os chocolates distribuídos ao redor do mundo e é exatamente na cidade de Vevey que ela nasceu em 1867 e a sua sede ainda permanece lá. Faça um passeio pela fábrica e prove chocolates. Mas esse não é nem de longe o principal motivo pelo qual você deveria incluir a cidade de Vevey em seu roteiro pela Suíça. Mais do que isso a cidade é conhecida pelas incríveis paisagens alpinas que encantaram e continuam encantando. A cidade se divide entre a parte moderna com o Escritório Central da Nestlé, por exemplo, e a parte antiga que ainda guarda resquícios do período conhecido como “Belle Époque” no final do século XIX, em que podemos apreciar hotéis majestosos e a margem do Lago totalmente ornamentada com flores e palmeiras. Vevey é uma cidade que reúne natureza, cultura e compras. São diversos museus e ao andar pela parte antiga da cidade encontramos diversas lojas famosas de departamento e pequenas lojas como chocolaterias.

Lac Léman em Montreux

Lac Léman em Montreux
A última parada do lado suíço é Montreux, conhecida pelo seu famoso Festival de Jazz que acontece todos os anos em julho. Mas a cidade em si já vale a parada. A principal atração é o Château de Chillon, construído numa ilhota do Lago. Com ares meio decadentes (para os padrões suíços, obviamente), a cidade de Montreux é um encanto. Em Montreux, o idioma, o cassino, o Festival de Jazz e as referências a ícones pop (como a Estátua de Freddie Mercury) remetem direto aos balneários do sul da França. Prédios e palacetes dependurados na montanha e, sempre, aquela vista de tirar o fôlego. Em dezembro, tem o Mercado de Natal na orla. E, de Montreux, você pode pegar o Golden Pass, o trem panorâmico, com várias rotas. Saindo de Montreux, que fica no extremo leste do Lago, você vai entrar na França

sábado, 28 de novembro de 2015

Tour pela Suíça - Castelos na Suíça

Château de Chillon
Além de lagos e Alpes, a Suíça também possui belos castelos entre suas atrações turísticas mais visitadas, sendo eles muito bem preservados graças a longa história de neutralidade suíça. Existem inúmeros castelos espalhados pela Suíça. Devido ao relevo montanhoso do país, a maioria deles fica nas montanhas e em lugares mais elevados. Na Idade Média, quanto mais altos os castelos, melhor a visão do que acontecia ao redor, podendo inclusive prever ataques inimigos. Mas a Suíça é tão rica em castelos que ela tem ainda os chamados Wassenburgen, que são os castelos cercados por água, outra tática do período medieval. Visitar os castelos na Suíça faz parte dos roteiros neste belo país da Europa no qual as paisagens podem ser comparadas com as histórias de princesas dos contos de fadas. A verdade é que por trás de cada uma dessas construções, como o Château de Chillon, por exemplo, está uma infinidade de descobertas sobre a história do país. Por isso, incluir os castelos da Suíça, nos pontos turísticos para conhecer na viagem fará com que você tenha a sensação de voltar no tempo. Com o roteiro pelos castelos você poderá conhecer um pouco da história medieval, já que muitos deles foram edificados há muito tempo e são verdadeiros cenários de filmes. Se for visitar a Suíça, não deixe de escolher pelo menos um para entrar e explorar. É atração para todas as idades e um banho de história e cultura.

Château de Chillon

Château de Chillon
O Château de Chillon é, sem sombra de dúvidas, o mais famoso dos castelos suíços e um dos mais visitados. Ele fica em Montreux, na Riviera Suíça, e é um belo exemplo de Wassenburgen. Ele fica localizado em uma ilha rochosa e já foi moradia da nobreza suíça. Construído às margens do Lac Lèman, o Chillon é uma visita que impressiona. O Castelo é maravilhoso e cada cômodo tem um pouco da história da Suíça. O primeiro documento do local tem data do ano de 1.150, por isso, acredita-se que ele tenha pelo menos mil anos de vida. A disputa pelo território entre os franceses e suíços é contada em alguns trechos da visita. A sala que recebia mercadorias, o local onde se armazenava os vinhos e até a prisão são salas que fazem parte da visita. Aliás, a prisão do Chillon é uma das causas que fez o Castelo se tornar tão famoso. Nela viveu François de Bonivard (1493-1570), personagem do poeta inglês Lord Byron no poema “The Prisioner of Chillon”, de 1816. Byron, em sua visita ao Castelo, deixou seu nome registrado na parede em que Bonivard ficou acorrentado.

Château de Chillon

Châteu de Chillon
A visita ao Chillon dura mais ou menos duas horas. Na entrada, o visitante recebe um roteiro de visitação – e tem versão em português. Existe também a opção de áudio guia em inglês, francês, alemão e espanhol. O Castelo é aberto todos os dias, exceto 25 de dezembro e 1 de janeiro. O Chillon tem ainda eventos especiais para crianças e famílias ao longo do ano (a Festa de Halloween é uma delas). É possível ainda alugar para realização de festas e eventos. Já pensou em celebrar uma festa de casamento ou aniversário em um castelo medieval na Suíça? Demais, não? Cada castelo na Suíça tem uma época do ano que é mais recomendada a visita, no caso de Chillon a estação mais vantajosa para os visitantes é o verão, uma vez que ele fica aberto até mais tarde e demora mais para escurecer na região.

Château de Gruyères

Château de Gruyères
O Château de Gruyères é um exemplo de castelo em região montanhosa da Suíça. Localizado na pequena cidade medieval de Gruyère, o Castelo também tem seu charme e merece uma visita. Aliás, Gruyères é uma cidade que precisa estar no seu roteiro pela Suíça. Localizada na região que produz o queijo Gruyère, a charmosa cidade medieval só pode ser visitada a pé, já que carros não entram no local, e é um cenário maravilhoso para fotos. O Château de Gruyères é menor que o Chillon, mas não menos encantador. A construção conta com diversas salas que possuem desde obras de arte a aposentos. A mobília antiga, instrumentos musicais e diversas relíquias completam o cenário do Castelo. As janelas e varandas do Château de Gruyères tem cenários completamente diferentes a cada estação. Ele abriga ainda um belo jardim e proporciona uma vista maravilhosa dos Alpes da região. O jardim do Castelo é um ponto de parada muito bonito. O outono é a época mais bonita para visitação por conta da paleta de cores da natureza. O tour completo é feito em menos de uma hora. Tanto que a visita está incluída no famoso passeio do Trem de Chocolate.

Château d'Ouchy

Château d'Ouchy
O Château d’Ouchy é um castelo medieval restaurado com uma torre fortificada original (listada como Monumento Histórico de Lausanne) em meio à bela paisagem de Lausanne, situado às margens do Lac Lèman. Hoje, o Château d’Ouchy é um hotel quatro estrelas dotado de uma vista privilegiada dos Alpes. No local, você pode desfrutar de um restaurante mediterrâneo, um bar aconchegante, uma piscina ao ar livre, uma área de lazer moderna com sauna, banho turco e um terraço com vista para o Lago. À noite o Château se ilumina de uma maneira absurdamente linda. Ao amanhecer, seus arredores são um convite para uma caminhada para admirar a vista deslumbrante da região. Do Château ao Museu Olímpico (uma das principais atrações de Lausanne e que vale muito a pena conhecer) são pouquíssimos minutos de caminhada. O Bairro de Ouchy é uma das áreas mais lindas da cidade, ainda mais no verão. A última parada da Estação de Metrô de Lausanne é em Ouchy, quase em frente ao Château.

Castello Visconteo

Castello Visconteo
Embora tenha havido um palácio real em Locarno em 866 e uma família nobre, com um castelo no século X, as partes mais antigas remanescentes do Castello Visconteo (parte da parede do anel e do trato residencial e fundação de uma torre) data para o final dos séculos XII ou XIII. Por volta de 1240 Locarno tornou-se um reduto dos Guelfos, facção que apoiou o papa contra o imperador, possivelmente levando à construção ou expansão do Castello. Em 1260 o Castello foi atacado e destruído pelos Gibelinos pró-imperador. Após a destruição, o Castello foi novamente reconstruído. Em 1342 Lucchino e Giovanni Visconti capturaram o Castello e suas fortificações foram reforçadas e novas muralhas foram construídas. Em 1439, Franchino Rusca, da Família Visconti, renovou e expandiu o Castello. Um pouco ao sul da antiga torre principal, um Palazzo foi construído com salas ornamentadas, grandes chaminés e uma arcada que levava ao pátio. Por volta de 1532, a maior parte das paredes do Castello foram demolidas, restando apenas o Palazzo.

Museggmauer
O Museggmauer é uma das atrações de Lucerna e não é necessariamente um castelo, mas uma fortaleza que data de 1386. Trata-se de um grande muro que marca o território da parte mais antiga da cidade. Esse grande muro teria sido a muralha da cidade, um limite de território. Espalhadas por esse muro, estão quatro torres (Schirmer, Zyt, Wacht e Männli) que são abertas ao público. Na Torre Zyt está o relógio mais antigo da cidade, construído em 1535. É possível passear ao redor da muralha e a visita vale muito a pena.


Château de Bulle
O Château de Nyon, construído em meados do século XII, também relata a história da Suíça e a disputa de território entre os condes de Savoia (franceses) e os senhores de Berna (suíços). Situado no alto de uma pequena colina da cidade, o Château de Nyon tem ainda uma vista privilegiada do Lac Lèman e seus arredores. Além dos relatos da história local, o museu abriga ainda quadros do século XVI ligados à história do Castelo, seus proprietários e da cidade de Nyon. Há também uma grande parte dedicada à cerâmica de Nyon, com peças produzidas pela fábrica local, que funcionou de 1781 a 1979. O Museu está aberto de terça a domingo e os horários de funcionamento variam de acordo com as estações do ano. A cada primeiro domingo do mês, a entrada é gratuita (aliás, isso vale para cada castelo na Suíça). Dica: combine a visita ao Museu com um passeio de barco até a cidade de Yvoire, na França, uma cidade medieval simplesmente encantadora. São apenas 20 minutos de travessia e você conhece duas cidades em dois países diferentes num único passeio.

Château de Bulle

Château de Bulle
Situado na cidade de Morges, o Château de Morges é mais um castelo situado às margens do Lac Lèman. Em excelente estado de conservação, o Château de Morges, que foi construído entre os anos de 1286 e 1296, abriga hoje quatro museus: o Museu Cantonal Militar, o Museu Suíço de Figurinos Históricos, o Museu de Artilharia e o Museu da Polícia Regional do Lago de Genebra. O foco militar dado aos museus não é fruto do acaso. As quatro torres do Castelo mostram bem a ideia de Fortaleza e sua história também é marcada pela presença dos condes de Savoia na disputa pelo território suíço. Ao lado do Château de Morges está o Parque da Independência, jardim onde acontece todo ano a Festa das Tulipas. Um local que definitivamente merece sua visita, especialmente entre os meses de abril e maio, época em que as tulipas estão lindamente em flor. O Château de Morges está aberto de terça a domingo. Nos meses de julho e agosto, abeto todos os dias das 10h às 17h. O bilhete dá acesso aos quatro museus.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Zermatt - Matterhorn

Matterhorn
Logo acima de Zermatt, dominando a paisagem, está o Matterhorn, uma das mais belas e singulares montanhas do mundo, com sua inconfundível silhueta piramidal. Por causa disso exerce um grande fascínio, e muitos dos que já tentaram alcançar o topo acabaram perdendo a sua vida por lá (cerca de 500 alpinistas). Se fosse determinado um "marco zero" para os Alpes, um ponto central de referência, certamente este ponto seria o Matterhorn. Mesmo sendo considerado um dos símbolos nacionais da Suíça, metade da montanha corresponde a território italiano, com a linha de fronteira passando justo no cume. Para os italianos, a montanha tem o nome de Cervino. Sendo montanhista ou não, ao enxergá-lo, você será inevitavelmente levado a imaginar como seria alcançar o seu cume. Esta, no entanto, continua sendo uma tarefa para poucos. Por sua verticalidade, o Matterhorn requer respeito, empenho e técnica para ser visitado. Além do Matterhorn, a região possui outras montanhas de interesse, como o maciço do Monte Rosa, onde está o cume mais alto da Suíça, o Dufourspitze, com 4.634 metros. Vale ressaltar que 14 das 17 montanhas mais altas do que 4.300 metros nos Alpes estão na região de Zermatt. Pela altitude, é possível esquiar o ano todo em Zermatt, inclusive no verão, nas encostas do Klein Matterhorn (Pequeno Matterhorn) ou do Monte Rosa. 

Subida para o Matterhorn
Tudo o que você pode fazer por lá gira ao redor da natureza alpina. A cidade dá para conhecer em meio período do dia, e logo mais você vai querer ir ao Matterhorn. Na verdade, você não pode subir exatamente nesta montanha, mas pode ir às montanhas ao lado, que possuem a melhor vista do pico e dos Alpes. Há, basicamente, três opções para subir a montanha. Cada opção te levará a picos diferentes, portanto, serão passeios diferentes. Um deles é o que leva até Rothom via Sunnega. Para o Mount Rothorn (ou Unterrothorn), o primeiro estágio é um trem funicular (em plano inclinado), inteiramente por túnel, até a Estação Sunnegga, a 2.288 metros. Ali existe um restaurante, com terraços e belas vistas do Matterhorn e de Zermatt. Dali, a subida segue por teleférico até a parada intermediária de Blauherd, de onde continua até o cume arredondado do Rothorn. O principal atrativo deste roteiro é a paisagem, com vistas privilegiadas das montanhas e do Vale Matter. Pela topografia do Vale, é comum o tempo estar aberto em Rothorn, enquanto Zermatt permanece coberta por nuvens.

Quase não se vê as montanhas

E a neve se acumulando

Muita neve
No inverno, as encostas são frequentadas pelos esquiadores. No verão, a neve diminui e surgem inúmeras trilhas. Um passeio curto seria até o cume do Oberrothorn (3.414 metros), que oferece novos ângulos da paisagem e uma vista próxima dos principais picos desta área. Outra possibilidade é visitar o abrigo Fluhalp, onde é possível comer ou pernoitar. No retorno, uma alternativa interessante seria dispensar os teleféricos, optando pelas trilhas que descem a montanha, passando por Blauherd e Sunnegga, até Zermatt (este último trecho em meio a um bosque). No inverno, a partir de Blauherd, há um teleférico que vai a Gant e dali para o Hohtälli, já na área do Gornergrat.

Pequeno curso d'água que ainda não tinha congelado

Hotel Restaurant Riffelberg
Outro roteiro muito famoso é a ferrovia que leva até Gornergrat a 3.089 metros (foi o que fizemos). E parece que este é o passeio mais apropriado para quem não esquia. Lá no topo há uma boa infraestrutura com restaurante, observatório e até um shopping, sem falar na paisagem idílica que se descortina enquanto se atravessam pontes, lagos e túneis dentro do trem movido por um sistema de cremalheiras (correntes dentadas que fazem o trem subir quase na vertical). No percurso de 30 minutos, o trem passa por Riffelalp e Riffelberg, dois tradicionais hotéis alpinos, com algumas construções em volta. Mais acima, está a Estação de Rotenboden e, ao final da linha, Gornergrat. Inicialmente, havia no local um rústico hotel de montanha, o Belvedere

Hotel Restaurant Riffelberg



Estação Rotenboden
Após a construção da ferrovia, com o incremento no número de visitantes, o antigo abrigo foi substituído por um prédio imponente, o Kulmhotel Gornergrat, inaugurado em 1907. A estrutura inclui um hotel, restaurantes, lojas e um observatório astronômico. Dos terraços de Gornergrat, além de uma visão privilegiada do Matterhorn, pode-se avistar 29 dos 35 picos mais altos da Suíça. Ainda é possível subir mais além, por teleférico, até o Hohtälli (3.286 metros) e o Stockhorn (3.632 metros). Estes trechos, no entanto, não costumam operar no verão. Para os interessados, há uma trilha bem marcada ao longo da crista entre Gornergrat e o Hohtälli

Kulmhotel Gornergrat
Da Estação Rotenboden, tem início uma interessante trilha técnica, que permite alcançar Gornergrat e o abrigo do Monte Rosa, um tanto mais acima (há uma bifurcação em determinado ponto). Para o abrigo, localizado a 2.883 metros, serão cerca de quatro horas de caminhada técnica, subindo escadas, segurando em cabos de aço e atravessando o Glaciar Gorner. O abrigo existe desde 1894, mas a estrutura foi sendo modificada ao longo dos anos. Em 2009, foi inaugurado um novo prédio, com um projeto futurista, em metal por fora (com muitos painéis solares) e madeira por dentro. Do abrigo, é possível alcançar alguns dos cumes mais altos de Zermatt, no maciço do Monte Rosa, em investidas de um dia.

Capela São Bernardo de Aosta
Recomendo os passeios pela montanha quando você estiver voltando do topo. Isso porque pela manhã você vai ter a melhor vista do topo e terá mais energia para aguentar o frio que faz lá em cima. Leve luvas, gorro, sapatos impermeáveis, roupas impermeáveis (ou ao menos um par de roupas secas na mochila), cachecol e agasalho corta-vento. Faz muito frio lá em cima!!! Em outubro, em pleno outono, o topo da montanha já estava a 6 graus negativos, nevando demais. Você pode descer em todas as estações no meio do caminho, com o mesmo bilhete da passagem. Prepare-se muito bem para este passeio. Infelizmente não conseguimos ver o Matterhorn, a nevasca foi intensa no dia que subimos até o Gornergrat (precisei pegar uma foto de terceiros, pois não consegui tirar nenhuma).

Gornergrat
O terceiro percurso em teleférico vai até o Klein Matterhorn, onde há uma ampla estrutura escavada na rocha, usada principalmente por esquiadores. A elevada altitude permite esquiar mesmo no verão, numa zona de "neves eternas". O passeio começa em Zermatt, de onde se sobe até o Distrito de Furi (1.864 metros). Dalí é possível seguir para o Schwarzee Paradise (2.583 metros) ou em direção ao Klein Matterhorn. Schwarzee é um pequeno lago alpino, junto ao qual há um tradicional hotel/restaurante e uma capela. A subida leva o dia todo e deixa a gente bem pertinho do Matterhorn. É o passeio mais completo, com várias escaladas até chegar ao topo, onde há também uma mega infraestrutura para praticantes de esportes de inverno ou não.

E dá-lhe neve!!!
A região é lendária entre os montanhistas: a Haute Route, desafiadora rota internacional, que leva dias para ser concluída, sai de Mont Blanc e vai até Zermatt. Há mais de 400 quilômetros de trilhas de caminhadas, saindo e levando ao Vale Matter, incluindo as trilhas dos comerciantes de mula, datadas do século XIII (parte dessas trilhas é asfaltada). Em toda a estrutura da montanha você pode caminhar. Você vai perder o fôlego algumas vezes (no sentido figurado, pelas paisagens, e literalmente, por causa da altitude).