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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Ponta Grossa - Dicas de O Que Fazer em Ponta Grossa

Mansão Villa Hilda
Você não precisa ir muito longe para se encantar com a natureza. Um lugar para lá de especial é Ponta Grossa, no sudoeste do Paraná. Ponta Grossa é uma cidade localizada a cerca de 100 quilômetros de Curitiba. Um grande polo universitário e industrial, porém, não tão famoso no setor turístico. Entretanto, conquista muitos turistas que buscam aventura e muito contato com a natureza. As belezas de Ponta Grossa estão, principalmente em suas cachoeiras e formações rochosas. Aliás, existem dois pontos turísticos em Ponta Grossa que são famosos e atraem milhares de turistas para a cidade, inclusive excursões escolares. O Parque Estadual de Vila Velha e a Cachoeira do Buraco do Padre. O Parque Estadual de Vila Velha é o ponto turístico mais famoso de Ponta Grossa e região.

Arquitetura típica de Ponta Grossa

A Taça - Parque Estadual de Vila Velha
O Parque Estadual de Vila Velha concentra uma enorme beleza natural e muita história, a apenas 24 quilômetros do Centro de Ponta Grossa. Um passeio fantástico, que te leva para outro mundo. A parte principal do Parque são os arenitos, formações rochosas com mais de 300 milhões de anos. É o único lugar do Brasil com tais formações. Essas rochas existem desde o tempo em que todos os continentes eram unidos ou próximos, chamado de Período Carbonífero. As formações ocorreram quando houve a separação dos continentes, e continuam surpreendendo quem as visita. Todo o material foi esculpido pela chuva, durante milhões de anos, através de pequenas rachaduras, que se alteram de acordo com a temperatura do dia. É interessante notar que algumas formam objetos conhecidos, e nessa hora precisamos da imaginação. Entre todas as formações, a mais famosa delas é a Taça, que inclusive acabou se tornando o símbolo e cartão postal não só do Parque, mas também de Ponta Grossa. O nome Vila Velha vem da boca do povo. Antigamente, tinha-se as formações como se fosse uma cidade antiga, abandonada. A visitação é feita através de trilha guiada por profissionais. A trilha inteira tem 2.700 metros e dura cerca de 90 minutos. E existe a opção de fazer meia trilha, que é um trajeto de 1.100 metros, com duração aproximada de 50 minutos. Ambas são de nível leve, com boa estrutura para caminhar.

O Camelo - Parque Estadual de Vila Velha

Furnas - Parque Estadual de Vila Velha
Além dos arenitos, dentro do Parque Estadual de Vila Velha ainda existem as Furnas e a Lagoa Dourada, que são visitados à parte e opcionais. Arenitos é um ingresso, Furnas e Lagoa Dourada, outro ingresso. As Furnas são buracos gigantes, tanto em diâmetro como em profundidade. Existem seis Furnas dentro do Parque e 50 em Ponta Grossa, e elas existem a mais de 400 milhões de anos. Apenas duas são abertas à visitação, ambas têm aproximadamente 100 metros de profundidade, porém a segunda tem mais que o dobro de diâmetro. Nas duas, cerca de 50 metros são alagados. A primeira, a menor, tem um elevador que levava os visitantes até a parte alagada da Furna. O elevador foi trazido da Bélgica, e instalado em 2002, porém, devido ao dano causado ao meio ambiente, foi desativado em 2008.

Furnas - Parque Estadual de Vila Velha

Lagoa Dourada - Parque Estadual de Vila Velha
Toda furna, com o passar do tempo, torna-se uma lagoa, e foi assim que surgiu a Lagoa Dourada. Apesar de não parecer, devido ao lodo e barro, a Lagoa tem profundidade aproximada de cinco metros. A visitação na Lagoa Dourada fica cerca de duas a três semanas interrompida, em época de muita chuva na região. Isso geralmente ocorre no mês de setembro. O Parque Estadual de Vila Velha é de fácil acesso, localizado na Rodovia BR-376, que liga Curitiba e Ponta Grossa. Tem amplo estacionamento e uma excelente estrutura, com lanchonete, portaria, sala de informações e banheiros. Os dias abertos à visitação são de quarta a segunda-feira, porém existem alguns detalhes importantes e que você deve saber antes de ir. Nas segundas, quartas e quintas-feiras, o passeio só pode ser feito se agendado com antecedência. Ou seja, você tem que agendar com um guia para que ele leve o seu grupo particularmente. Sextas, sábados e domingos, o Parque funciona normalmente. Você pode ir sem agendamento e fazer os passeios, que nesses dias, começam em horários específicos. O valor do guia é cobrado à parte do ingresso.

Lagoa Dourada - Parque Estadual de Vila Velha

Cachoeira do Buraco do Padre
A fama do Buraco do Padre se espalha por toda a região, e sem dúvidas, é um dos lugares mais incríveis da região. O Buraco do Padre é uma enorme caverna, com uma abertura no topo e que ainda tem uma cachoeira interna. Consegue imaginar? Você pode visitar a parte de cima e a de baixo, na qual você entra na caverna. A parte de cima é melhor visitar à tarde, pois tem uma iluminação melhor do sol. A trilha até lá é considerada de nível médio, e cansa um pouco. Para chegar até a parte de baixo é bem fácil e tranquilo. Uma trilha larga, na qual se faz apenas uma caminhada. Tem cercas, lixeiras e até passarelas. Tudo bem organizado. Dentro do parque você também vai encontrar toda a estrutura necessária para passar o dia. Tem banheiros, lanchonete, quiosques e churrasqueiras. Na parte de cima do Buraco, você também vai encontrar mais dois lugares interessantes. Um deles é o Bloco do Favo, um bloco de pedra enorme no qual as pessoas fazem escalada. E o outro é a Fenda do Freira. Buraco do Padre... Fenda da Freira... Nomes bem sugestivos. Você não acha?

Cachoeira do Buraco do Padre

Igreja Nossa Senhora do Rosário na
Praça Barão do Rio Branco
Dentro da cidade de Ponta Grossa não tem muita coisa para fazer, todos os passeios e lugares bonitos ficam afastados. Realmente o que atrai os turistas não é a cidade de Ponta Grossa, mas sim suas belas atrações naturais. Porém, caminhar pelo centro é sim muito bacana, e tem alguns lugares bonitos que valem a pena dar uma olhada. A Praça Barão do Rio Branco é a praça central da cidade. A Praça é grande e tranquila, boa para assentar, apreciar o movimento e relaxar. Nos finais de semana, o centro é um lugar tranquilo... Bem tranquilo. É onde fica a Igreja Nossa Senhora do Rosário. É nela também que estão o Monumento Tiradentes, o palco aberto e a Casa do Artesão. Além disso, também tem um parque infantil muito bem estruturado e uma mini feirinha de artesanatos.
A Catedral Santana é uma catedral incrivelmente linda, de arquitetura única e que chama a atenção de quem passa por perto. Seu estilo, como o próprio povo de Ponta Grossa fala, lembra um pavão. Com certeza vale dar uma passadinha por ela para tirar umas fotos e apreciar sua beleza, ainda mais que fica pertinho do Praça Barão do Rio Branco.

Catedral Santana

Catedral Santana

Museu Casa da Memória
O Museu Casa da Memória é um mini museu e memorial, que conta toda a história da cidade. Fica localizado no centro de Ponta Grossa, em uma construção de mais de 100 anos que foi a primeira Estação de Trem da cidade. Ao total, são mais de 40 mil objetos, em sua maioria destinados à pesquisa, mas também para exposição. Você vai encontrar objetos pessoais, jornais, livros, fotos etc. Em frente fica a antiga locomotiva da Rede Viação Paraná-Santa Catarina.
Não deixe de conhecer também a Mansão Villa Hilda, construída em 1926 por Heinrich Thielen, pioneiro do ramo cervejeiro na cidade. O casarão foi considerado um marco no crescimento da cidade. Aliás, vale ressaltar que Ponta Grossa é um dos maiores polos cervejeiros do país e conta inclusive com grandes fábricas do ramo, além de diversas micro cervejarias artesanais.
Despedimos-nos de Ponta Grossa e partimos para Curitiba. Ah! Curitiba, cidade que eu não me canso.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Ponta Grossa - Mansão Villa Hilda


Mansão Villa Hilda com seu Chafariz
A maioria das cidades tem alguma construção antiga repleta de histórias e fatos fantásticos que envolvem sua existência. Sejam prédios abandonados ou casas antigas, tais espaços agregam inúmeros contos, muitos deles, fantasmagóricos casos de terror. Ponta Grossa conta com uma lista de imóveis que chamam a atenção e despertam a curiosidade dos moradores não só da cidade, mas de toda a região, além dos turistas é claro. Localizada na região central da cidade, a Mansão Villa Hilda foi construída no início do século XX, por Alberto Thielen, industrial, comerciante, proprietário da Cervejaria Adriática e figura de destaque na história de Ponta Grossa. O nome da Mansão é uma homenagem a sua esposa Hilda Thielen.


Mansão Villa Hilda com seu Chafariz

Fachada da Mansão Villa Hilda
Por muitos anos foi sede da Biblioteca Pública de Ponta Grossa. No final do século XX passou por uma reforma e hoje abriga a Secretaria de Cultura e Turismo. Foi tombado como Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Paraná em 1990. O casarão é marcado por histórias. Alguns frequentadores do local contam que a falecida proprietária continua na casa, assombrando os que ali estão. Relatam ainda que é possível ouvir sons de músicas ecoando da Mansão durante a noite, já que ela serviu de cenário para muitas festas. Entre as inúmeras versões dadas pelos habitantes locais, a mais recorrente é a de “espíritos” que aparecem nas fotos tiradas da Mansão. Dizem que há um bom tempo atrás foi tirada uma foto para um dos Jornais da cidade, e na hora da foto, não havia mais ninguém dentro, até ai tudo bem, mas quando a matéria com a foto foi publicada, era possível ver o rosto de uma criança na menor janela que há no topo da Mansão.


Fachada da Mansão Villa Hilda

Entrada da Mansão Villa Hilda
Vista de perto, não há nada com que se assustar. A Mansão, que tem a visitação liberada ao público diariamente, menos aos sábados e domingos, conta com um amplo jardim na parte externa da construção. É um excelente espaço para quem quer relaxar durante uma visita, ou está somente de passagem pela região. Se tudo é grandioso por fora, na parte interna alguns aspectos desgastados da construção deixam a desejar. O teto conta com algumas rachaduras e infiltrações, o que compromete a estrutura da casa, além de prejudicar as paredes que são todas pintadas com desenhos tradicionais que retratam a região princesina.

Mansão Villa Hilda
Uma construção marcante de uma época em que a modernidade e a busca do embelezamento da cidade eram discutidas pela sociedade princesina. O casarão de 600 metros quadrados, com dois pavimentos que abrigavam a família e os serviçais da casa, têm arquitetura francesa neoclássica e art-nouveau. As pinturas no interior da Mansão retratam, principalmente, paisagens e motivos europeus. Constantemente a Mansão Villa Hilda agrega exposições com pinturas de artistas locais, que são mais bem apreciadas graças ao silêncio que paira pelo ambiente. Se o lugar é assombrado ou não isso é de pouca importância, os aspectos da construção são muito mais atrativos. Mas uma coisa é certa: Você teria coragem de passar na frente da Mansão durante a noite?