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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Ouro Preto - História

Vista parcial de Ouro Preto
Uma fabulosa e linda cidade setecentista encravada em um vale profundo das montanhas mineiras. Anacrônica, espantosa, fascinante. Ouro Preto ressurge como uma visão, uma miragem em meio à densa névoa matutina. A sensação para os visitantes de primeira viagem é empolgante. De repente parece que a viagem no tempo é uma realidade. A cidade histórica de Ouro Preto situa-se em Minas Gerais, Brasil, tendo sido o primeiro sítio brasileiro considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, título que recebeu em 1980. Foi considerada Patrimônio Estadual em 1933 e Monumento Nacional em 1938. No município há 13 distritos: Amarantina, Antônio Pereira, Cachoeira do Campo, Engenheiro Correia, Glaura, Lavras Novas, Miguel Burnier, Santa Rita de Ouro Preto, Santo Antônio do Leite, Santo Antônio do Salto, São Bartolomeu e Rodrigo Silva, além da sede.

Casario histórico com o Pico do Itacolomy ao fundo
Antes da chegada dos colonizadores de origem europeia no século XVI, toda a região atualmente ocupada pelo Estado de Minas Gerais era habitada por povos indígenas que falavam línguas do tronco linguístico macro-jê. A partir do século XVI, exploradores luso-tupis provenientes de São Paulo, os chamados “bandeirantes”, começaram a percorrer a região do atual Estado de Minas Gerais em busca de ouro, pedras preciosas e escravos indígenas. Nesse processo dizimaram muitas nações indígenas da região. No final do século XVII, finalmente foi descoberto ouro, aumentando ainda mais o afluxo de aventureiros para a região. Enquanto isso, as descobertas de ouro nos córregos continuavam no sertão, acendendo ambições de além-mar. As expedições procuravam ora o Rio das Velhas (principalmente os paulistas), ora o Tripuí, onde já se havia encontrado o afamado “ouro preto”. Orientados pelos picos que eriçam as Serras de Ouro Branco, Itatiaia, Ouro Preto, Itacolomy, Cachoeira, Casa Branca, Ribeirão do Carmo etc., os exploradores seguiam juntos ou separados.

Sobrados de Ouro Preto
O ouro mineiro começou a chegar a Portugal ainda no final do século XVII. Não era distribuição fácil nem equitativa, pois, às vezes, eram exploradas aluviões riquíssimas ao longo de um curso d’água estreito e, assim a riqueza mineral não era bem distribuída. Pelo Direito da época, o senhor do solo e do subsolo era o Rei, mas este não podia trabalhar a terra e a dava em quinhões a particulares para explorar mediante parte nos resultados. Para a arrecadação, em cada distrito havia um Guarda-Mor com escrivão, tesoureiro e oficiais. Vieram artífices de profissões diversas, no Arraial de Ouro Preto e no Arraial de Antônio Dias, no Caquende, Bom Sucesso, Passa-Dez, na Serra e Taquaral, construindo capelas, casas de morada e fabricando ferramentas. Em toda parte, foi revirada e pesquisada a areia dos ribeiros e a terra das montanhas, levantando-se barracas perto de terrenos auríferos, arraiais de paulistas começando a povoar o interior da terra que hoje é Minas Gerais. Organizaram-se depois os povoados em torno de capelas provisórias, até a "grande fome".

Casario histórico
Falava-se de fome desde meados de 1700, quando a escassez alarmante de víveres começou a se estender aos povoados do Ribeirão do Carmo. O ouro enchia as bruacas e como ninguém admitia a ideia de ali permanecer depois de rico, nada se plantava; e do Rio das Velhas vinham tropas de negociantes para vender carne e víveres. No Ouro Preto e no Carmo, a paisagem era rude, solo pedregoso, aspecto ameaçador, selvagem, abrindo-se em vales estreitos e profundos, nada alentador para a agricultura. Circulava ouro em pó como moeda e havia pouco a comprar. E, além do mais, uma epidemia de bexigas correu pelos arraiais. Existiria até hoje o Campo das Caveiras: centenas, sucumbidos no esforço de subir a serra fugindo de Ouro Preto. Salteavam os vivos e saqueavam os mortos negros escravos e ciganos armados. Os paulistas reuniram seus burros e retornaram a São Paulo ou partiram para o Rio das Velhas defendendo-se a tiro e espada. Os poucos no Arraial de Ouro Preto se salvaram pela ambição de mercadores sertanejos, correndo ao famoso vale com cargas, conseguindo fabulosos lucros. 

Casario Histórico
Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro I do Brasil, tornando-se oficialmente capital da então Província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto. Em 1839, foi fundada a Escola de Farmácia, tida como a primeira Escola de Farmácia da América do Sul. Em 1876, a pedido de Dom Pedro II do Brasil, foi fundada a Escola de Minas em Ouro Preto. Esta foi a primeira escola de estudos mineralógicos, geológicos e metalúrgicos do Brasil e, hoje, é uma das principais instituições de engenharia do país. Foi a Capital da Província e, mais tarde, do Estado, até 1897. Entretanto, em 1897, a mudança da capital para Belo Horizonte provocou um esvaziamento da cidade e acabou inibindo seu crescimento urbano nas décadas seguintes, fato que contribuiu para preservação do Centro Histórico de Ouro Preto. 

Vista parcial do Ouro Preto
Apesar de atualmente a economia de Ouro Preto depender muito do turismo, há também importantes indústrias metalúrgicas e de mineração no município. As principais atividades econômicas são o turismo, a indústria de transformação e as reservas minerais do seu subsolo, tais como ferro, bauxita, manganês, talco e mármore. Os minerais de importância são o ouro, a hematita, a dolomita, turmalina, pirita, muscovita, topázio e topázio imperial, esta última apenas encontrada em Ouro Preto. Outra importante fonte de recursos para o município são os estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto, oriundos principalmente da Região Sudeste do Brasil.

Casario Histórico
A cidade se tornou conhecida como um "museu a céu aberto", preservando um grande núcleo de casario colonial essencialmente intacto, prestigiado em todo o Brasil e mesmo no estrangeiro, tanto que a Cidade Histórica foi declarada pela UNESCO um Patrimônio da Humanidade, quando a organização enfatizou a autenticidade, integridade e originalidade de seu panorama urbano, qualificado como uma obra do gênio humano, sua importância histórica como sede da Inconfidência e de um florescente polo cultural, e o relevo de seus principais monumentos religiosos, onde atuaram mestres de importância superior como Aleijadinho e Ataíde, que deixaram obras que se colocam como os primeiros sinais de uma genuína brasilidade.

Chafariz do Museu da Inconfidência
Apesar de ter a maior parte do intenso fluxo turístico focado na arquitetura e importância histórica, o município possui um rico e variado ecossistema em seu entorno, com cachoeiras, trilhas seculares e uma enorme área de mata nativa, que teve a felicidade de ser protegida com a criação de Parques Estaduais. O mais recente destes situa-se próximo ao Distrito de São Bartolomeu. Para fugir do burburinho, as opções são embarcar na antiga “maria-fumaça” que leva à vizinha Mariana; ou seguir para o Pico do Itacolomy, protegido em um Parque Estadual com 75 quilômetros quadrados repletos de mirantes naturais.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Minas Gerais - Pedra da Boca

Pedra da Boca ou Pedra da Baleia
A Pedra da Boca mineira é um morro situado no município de Teófilo Otoni, Mesorregião do Vale do Mucuri, no Estado de Minas Gerais. Está distante cerca de 450 quilômetros de Belo Horizonte, capital do Estado, no limite com Carlos Chagas e Ataléia. Tem formato de uma grande baleia, sendo que a fenda frontal em formato de uma boca deu origem ao nome da pedra. Pelo seu formato grandioso, também é bastante conhecida como Pedra da Baleia. Possui 970 metros de altura. A Pedra da Boca está perto do Distrito de Pedro Versiane, na BR-418, conhecida por Estrada do Boi, pela grande quantidade de rebanho bovino encontrado em seus arredores. O inselberg fica exatamente às margens dessa rodovia, dentro da propriedade rural do Sr. José Rogério Dantas. Quem passa pela BR-418 se impressiona com a beleza natural em sua volta. O local está sendo cada dia mais procurado por turistas de todo o Brasil, bem como pelos adeptos de esportes radicais, como escaladas.

Pedra da Boca ou Pedra da Baleia

Pedra da Boca ou Pedra da Baleia
A beleza da Pedra da Boca e das demais rochas em seu redor, além de chamar a atenção de vários motoristas que circulam pela rodovia diariamente e turistas de todo a Região Sudeste que avançam rumo às praias capixabas e baianas, sendo alvo de inúmeros cliques fotográficos, também já faz parte do roteiro de muitas equipes de escaladores de montanhas espalhados pelo Brasil, atraídas pela beleza natural e pela imponência da rocha. Vale ressaltar que a Estrada do Boi é a principal ligação entre a região nordeste do Estado de Minas Gerais e o litoral sul do Estado da Bahia.

Pedra da Boca ou Pedra da Baleia

Pedra da Boca ou Pedra da Baleia
A Geografia brasileira e suas nuances são como uma enorme colcha de retalhos que de norte a sul nos surpreende, belezas semelhantes e diferenciadas são encontradas na Pedra da Boca mineira, a qual imediatamente recordamos ou comparamos a beleza e grandiosidade da Pedra da Boca paraibana. Assim como a rocha paraibana, a Pedra da Boca mineira localizada em região de Mata Atlântica apresenta um enorme potencial turístico a ser explorado e mais bem conhecido pelo brasileiro, onde o esporte, lazer, preservação ambiental devam ser os carros guias de possíveis empreendimentos em favor do turismo e da conservação ambiental.

Pedra da Boca ou Pedra da Baleia

Pedra da Boca ou Pedra da Baleia
Em geologia, um afloramento é a exposição de uma rocha na superfície da terra. Pode ser formada naturalmente pela erosão do solo que cobria a rocha, ou pela ação humana, como por exemplo, em cortes de estradas ou em pedreiras. Afloramentos são muito importantes nos estudos geológicos, pois permitem a observação direta das rochas. Além disto, possibilita a coleta de amostras de rochas, que podem ser analisadas em laboratórios quanto à sua composição mineralógica e química, idade, conteúdo fossilífero (no caso de rochas sedimentares), e etc. Através dos afloramentos, os geólogos podem fazer mapas geológicos de superfície e, assim conhecer as características das rochas em uma região e sua extensão em área, e auxiliar na pesquisa de recursos minerais, petróleo, na geologia de engenharia etc.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Campinas - Escola Estadual Carlos Gomes

Fachada da Escola Estadual Carlos Gomes
A Escola Estadual Carlos Gomes, uma das mais tradicionais de Campinas, está situada na Avenida Anchieta, bem no centro da cidade. A Escola Estadual Carlos Gomes faz parte da história de vida de diferentes sujeitos que teceram suas memórias nos seus espaços de ensino. Em 1901, Carlos Kaysel, vereador de Campinas, apresentou indicação para que se encaminhasse ao Governo Estadual solicitação de instalação de uma Escola Complementar e um Grupo Escolar em Campinas. O político Antônio Álvares Lobo foi incumbido de apresentar e defender tal projeto junto ao Governo Estadual. Após muita disputa na Câmara dos Deputados do Estado, registrando-se que Bento Pereira Bueno (Secretário do Interior) e Bernardino de Campos (Presidente do Estado) defenderam a ideia, e este último aprovando com o nome de Escola Complementar de Campinas, em 1902. 

Jardins da Escola Estadual Carlos Gomes

Fachada da Escola Estadual Carlos Gomes
Em maio de 1903 a Câmara Municipal de Campinas alugou, para instalar tal Escola, um sobrado localizado na Rua Treze de Maio e outro prédio, ao lado do sobrado, situado na Rua Francisco Glicério. O conjunto, depois de reformado e adaptado para as novas funções passou a ocupar a esquina dessas duas ruas, no Largo da Catedral. Num país que ainda não garantiu a educação pública de qualidade para todos, gratuita e democrática, a criação dessa Escola para formar professores para o ensino das séries iniciais é, sem dúvida, um marco importante na cidade de Campinas. Em meio a disputas e tensões, conseguiu por um lado, com a sua implementação em 1903, o cumprimento de um direito assegurado à população; por outro aponta a obrigação do Estado no cumprimento de incumbências educacionais.

Entrada Lateral da Escola Estadual Carlos Gomes

Fachada da Escola Estadual Carlos Gomes
Nos primeiros exames de admissão para essa Escola foram aprovados 100 alunos, sendo 28 do sexo masculino e 72 do sexo feminino. A existência, em Campinas, de um Ginásio do Estado, para o qual se dirigiam as preferências dos rapazes, mesmo aqueles que pretendiam seguir a carreira de magistério, parece ter sido a causa da diferença entre o número de rapazes e moças entre os aprovados. A primeira turma de professores formados por essa Escola, ocorrida em 1906, tinha nove homens e 37 mulheres.

Janelas Laterais da Escola Estadual Carlos Gomes

Escola Estadual Carlos Gomes
Quase 10 anos depois da inauguração a Escola Complementar passa a ser Escola Normal Primária, já com mais atribuições para a formação de professores primários. Depois, em 1920, passa a ser Escola Normal de Campinas. A República criou tais escolas visando desenvolvê-las qualitativa e quantitativamente como instituições responsáveis pela qualificação do Magistério para a educação básica. De fato, o advento da República aprofundou as preocupações com a educação e foi decisiva a reforma da Escola Normal do Estado de São Paulo, quando ocorre uma ampla reforma da instrução pública reconhecendo que a não capacitação dos professores era um dos maiores problemas. Em 1924 a Escola de Campinas muda-se para o edifício atual na Avenida Anchieta, com a presença do Presidente do Estado, Washington Luís.

Escola Estadual Carlos Gomes

Porta Lateral da 
Escola Estadual Carlos Gomes
A Escola foi construída num terreno que pertencia ao município, com projeto elaborado pelo arquiteto César Marchisio, discípulo de Ramos de Azevedo, que utilizou o mesmo projeto da Escola Normal de Guaratinguetá e da Escola Normal de Casa Branca, modificando apenas a fachada. O prédio, em estilo eclético, foi projetado com a simbologia típica das construções escolares da época da República Velha. Na construção foram empregados ladrilhos importados da Alemanha, mármores de Carrara nas escadarias, madeira de Riga da Letônia, vitrais e pinturas do artista ítalo-brasileiro Carlo de Servi nas paredes laterais do vestíbulo e detalhes decorativos nas fachadas. O edifício, que tem três pavimentos, atualmente está implantado praticamente no alinhamento frontal da Avenida, pois perdeu parte de seus jardins no alargamento da mesma. O prédio foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), órgão estadual, em maio de 1982. Em abril de 1997, foi tombado pelo CONDEPACC.


Escola Estadual Carlos Gomes
Recebeu o nome de Carlos Gomes em 1936, ano do centenário do nascimento do ilustre compositor de ópera campineiro. Sua denominação foi mudada várias vezes depois: em 1942, passou a Escola Normal e Ginásio Estadual Carlos Gomes; em 1951, Instituto de Educação Carlos Gomes, o segundo Instituto criado no Estado, nome que permaneceu até 1976, e com a extinção das Escolas Normais passou a Escola Estadual de Primeiro e Segundo Graus Carlos Gomes. Sua atual denominação foi dada em 1998. As alterações devem-se às inúmeras reformas no campo da educação havidas durante todo o século XX.


Escola Estadual Carlos Gomes
A Fundação para o Desenvolvimento da Educação anunciou em 2013 uma licitação para o restauro do prédio do Colégio Carlos Gomes, compreendendo os forros, os pisos, os banheiros e as instalações elétricas e hidráulicas, época na qual os estudantes deram um abraço coletivo no prédio em protesto contra as condições de manutenção do prédio, que estava com problemas no piso de madeira e no telhado.

domingo, 8 de maio de 2016

São Paulo - Campinas

Campinas vista da Torre do Castelo
Campinas é um município brasileiro localizado no interior do Estado de São Paulo, na Região Sudeste do Brasil. Fica a 99 quilômetros de distância da capital paulista. É o terceiro município mais populoso de São Paulo (ficando atrás de Guarulhos e da capital) e o 14º de todo o país. Aparece em quinto lugar entre 100 municípios analisados pelo Índice das Melhores e Maiores Cidades Brasileiras, o BCI100, elaborado pela Delta Economics & Finance com base nos dados do Censo 2010 do IBGE. Décima cidade mais rica do Brasil, hoje é responsável por pelo menos 15% de toda a produção científica nacional, sendo o terceiro maior polo de pesquisa e desenvolvimento brasileiro. Campinas é uma das mais dinâmicas no cenário econômico brasileiro e representa 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional (13º maior de todo o país) e 7,83% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista (quinto maior do Estado).

Prédios no Bairro Cambuí

Campinas vista da Torre do Castelo
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Campinas é considerado muito alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo o 14º maior do Estado de São Paulo e o 28° do Brasil. A Região Metropolitana de Campinas (RMC), formada por 20 municípios paulistas, possui uma população de mais de três milhões de habitantes, formando a 10ª maior área metropolitana do Brasil e, junto com a Grande São Paulo e a Baixada Santista, integra o chamado Complexo Metropolitano Expandido, a primeira macro metrópole do Hemisfério Sul, que ultrapassa 30 milhões de habitantes, aproximadamente 75% da população total do Estado de São Paulo. Atualmente, é formada por seis distritos, além da sede, sendo, ainda, subdividida em 14 administrações regionais, cinco regiões e vários bairros.

Ruas do Centro de Campinas

Ruas do Centro de Campinas
As áreas que hoje constituem o Estado de São Paulo já eram habitadas pelo homem desde aproximadamente 12.000 a.C. Até a primeira metade do século XVIII, Campinas não passava de uma área ampla constituída por largas faixas de campos naturais, as quais eram designadas simplesmente por campinas, com áreas de Mata Atlântica fechadas ao redor, em especial nas regiões montanhosas. Naquela época, surgiu um bairro rural na Vila de Jundiaí (hoje Jundiaí) chamado de Mato Grosso, próximo a uma trilha feita por bandeirantes do Planalto de Piratininga (a região da atual cidade de São Paulo) entre 1721 e 1730. Era a Trilha dos Goiases, desbravadas por bandeirantes e que seguia em direção às então recém-descobertas Minas dos Goiases, no atual Estado de Goiás. Assim o Bandeirante Fernão de Camargo promoveu a noroeste da Vila de São Paulo a instalação de um ponto de parada de tropeiros (chamado Campinas do Mato Grosso por ter sido erguido num desses campos naturais cercados por mata cerrada) era usualmente feita pelos bandeirantes, que com isso permitiam ou facilitavam futuro reabastecimento de suas empreitadas desbravadoras, e por isso ao longo do tempo impulsionou o comércio e atraiu moradores para o local.

Construções Históricas do Centro de Campinas

Loja Maçônica de Campinas
Por volta do ano de 1772, os moradores daquela região reivindicavam a construção de uma capela, já que a igreja mais próxima do povoado se situava em Jundiaí. A permissão foi concedida um ano mais tarde, demarcando-se, em setembro daquele ano, o local que seria destinado à construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, cujo nome foi recebido em homenagem à padroeira, escolhida por votação. A dificuldade das obras daquele tempo fez com que fosse construída uma capela provisória, em 1774. Em maio desse ano, foi assinado um ato que dava a Francisco Barreto Leme do Prado o título de “fundador, administrador e diretor” do núcleo urbano a ser fundado. Em outro ato feito no mesmo dia, foi definida a medida das ruas e quadras, assim como a posição das casas, sendo esse o primeiro “plano urbanístico” recebido por Campinas. Poucas semanas depois, em 14 de julho de 1774, frei Antônio de Pádua, primeiro vigário da paróquia, rezou a missa que inaugurava a capela provisória coberta de palha e feita às pressas. A partir daí, instalou-se definitivamente a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do Mato Grosso e fundou-se a povoação. Em dezembro de 1797 Campinas foi emancipada de Jundiaí, através de sua elevação à condição de Vila, com o nome de Vila de São Carlos.

Construções Históricas do Centro de Campinas

Monumento em homenagem a Campos Salles na
esquina da Rua 11 de Agosto
Por volta do século XVIII, houve a chegada de vários fazendeiros oriundos de diversas cidades paulistas, como Itu, Porto Feliz e Taubaté. Esses fazendeiros procuravam terras para cultivarem lavouras de cana-de-açúcar e engenhos de açúcar, utilizando-se da mão de obra escrava que possuíam. De fato, também por motivação destes fazendeiros e do Governo da então Capitania de São Paulo que o bairro rural do Mato Grosso foi transformado em Freguesia, depois em Vila de São Carlos (1797) e, posteriormente, em Cidade de Campinas (1842). Até o final do século XVIII, a cana-de-açúcar era a principal atividade de subsistência da região. Entretanto, naquela época, houve uma grande expansão das plantações de café. Os cafezais foram com o passar do tempo, sendo cultivados no lugar da cana-de-açúcar, colaborando para um novo e rápido ciclo de desenvolvimento da região campineira, o que fez com que a cidade recebesse uma grande demanda de trabalhadores, inclusive escravos, oriundos de diferentes regiões do país, que eram empregados nas plantações e em atividades produtivas rurais e urbanas. A partir desse crescimento, também ocorreu um processo de modernização dos meios de transporte e de produção em Campinas

Construções Históricas do Centro de Campinas

Isso que eu chamo de resistência!!!
A cidade foi um dos maiores entroncamentos ferroviários do Estado de São Paulo. Os trilhos da Companhia Paulista chegaram à cidade em 1872. Dali partiam trilhos para o Sul de Minas Gerais (pela Mogiana), para o interior do Estado e Mato Grosso do Sul (pela Paulista e pela Sorocabana) e duas pequenas linhas extintas: a Funilense (Funil era o nome da fazenda que daria o nome ao núcleo que originou o município de Cosmópolis) e o Ramal Férreo Campineiro, que se estendia a Sousas e Joaquim Egídio. Atualmente, as linhas administradas pela Brasil Ferrovias estão reduzidas a poucas viagens diárias de trens cargueiros, com locomotivas movidas a diesel a uma baixíssima velocidade (menos de 30 quilômetros/hora) e muitos dos antigos leitos de trilhos estão abandonados, invadidos por sem-teto ou servindo de esconderijo para criminosos. Após a emancipação política de Campinas, ocorreram várias divisões distritais no território do município. A primeira mudança ocorrida foi a criação do Distrito de Valinhos (atualmente município de Valinhos), em maio de 1896.

Grafite na floreira do centro de Campinas

Grafite na floreira do centro de Campinas
A primeira metade da década de 1920 caracterizou-se pelo auge da produção cafeeira em grande parte do território paulista. Porém, no final dessa década, houve uma crise da economia cafeeira, atingindo grande parte do Estado de São Paulo. A decadência da produção ocorreu pelo desgaste das terras da região, pelas geadas que acabavam com as lavouras, pela diminuição da exportação motivada pela alteração da qualidade do café, pela concorrência de outros países e pela crise econômica de 1929. Com a crise do café, a volta da cana-de-açúcar e a troca pela indústria e prestação de serviços, fez com que a fisionomia da cidade deixasse de ser ruralista e passasse a ser mais urbanística. Para seu novo projeto de planejamento, recebido do chamado Plano Prestes Maia, no ano de 1938, foi feito um grande conjunto de ações voltado a reordenar seu crescimento urbanístico. Devido a estas melhorias ocorridas, houve um novo período de vinda de migrantes e imigrantes, que foram atraídos pelo projeto da construção de um novo parque produtivo, que seria composto de fábricas, agroindústrias e diversos estabelecimentos comerciais. 

Grafite nas ruas de Campinas

Grafite nas ruas de Campinas
Entre as décadas de 1930 e 1940, Campinas passou a ser marcada pelo desenvolvimento demográfico das redondezas das fábricas então instaladas, dos estabelecimentos e das grandes rodovias em implantação – como a Rodovia AnhangueraSP-330 (1948) que cruza a cidade; a Rodovia dos BandeirantesSP-348 (1978) que passa na região sul da cidade; a Rodovia Santos DumontSP-075 (década de 1980) que segue no sentido norte-sul; a Rodovia Dom Pedro I,  a Rodovia Governador Adhemar de Barros - SP-340, que segue na direção norte; a Rodovia Jornalista Francisco Aguirre ProençaSP-101, que segue na direção oeste e a Rodovia Professor Zeferino Vaz (ou Tapetão) – SP-332, que passa na direção noroeste e é o principal acesso à REPLAN (Refinaria do Planalto Paulista) – fato que fez com que Campinas se consolidasse como importante entroncamento rodoviário. Os novos bairros que foram criados nessas áreas não contavam, originalmente, com uma boa infraestrutura e planejamento, entretanto conseguiram, com o passar do tempo, uma melhor condição de urbanização entre as décadas de 1950 a 1990.

Arquitetura típica do Centro de Campinas

Construções Históricas do Centro de Campinas
Entre 1991 e 1995, operou em Campinas um transporte de média capacidade sobre trilhos, conhecido como Veículo Leve Sobre Trilhos, ou simplesmente VLT. Todavia, devido a diversos erros cometidos em sua implantação, como a ausência de integração com os ônibus e uma Estação Central em posição desvantajosa, a operação comercial foi deficitária, e o serviço descontinuado. A partir de 1998, a cidade vem assistindo a uma mudança acentuada na sua base econômica: perde importância o setor industrial (com a migração de fábricas para cidades vizinhas ou outras regiões do país), e ganha destaque o setor de serviços (comércio, pesquisa, serviços de alta tecnologia e empresas na área de logística). Desde a década de 2000, graças a investimentos públicos e privados, a cidade vem alcançando seu equilíbrio econômico e social, tornando-se um município cada vez mais competitivo perante a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Leis de incentivos para empresas que se instalarem na cidade foram criadas e a obra de ampliação da Rodovia dos Bandeirantes, cujo trajeto passa pelo município, trouxe novas possibilidades de desenvolvimento.

Prédios no Bairro Cambuí

Prédios no Bairro Cambuí
A principal fonte econômica está centrada no setor terciário, com seus diversos segmentos de comércio e prestação de serviços de várias áreas, como na educação e na saúde. Em seguida, destaca-se o setor secundário, com complexos industriais de grande porte. A cidade concentra cerca de um terço da produção industrial do Estado de São Paulo. Destacam-se as indústrias de alta tecnologia e o parque metalúrgico, sendo considerada a capital do “Vale do Silício Brasileiro”. A agricultura é o setor menos relevante da economia de Campinas. Na lavoura temporária, são produzidos principalmente a cana-de-açúcar, o milho e o tomate. Embora a história que ligue Campinas à tecnologia remonte a mais de 100 anos (Campinas foi a terceira cidade do mundo a adotar a tecnologia do telefone, em 1883, após Chicago e Rio de Janeiro quando foram instalados 57 aparelhos e o Instituto Agronômico de Campinas, fundado em 1887) a cidade ganhou um grande impulso com a estruturação do Campus da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), iniciada em 1962, sendo a maior produtora de patentes de pesquisa no país.

Construções Históricas do Centro de Campinas

Construções Históricas do Centro de Campinas
Nem só de indústrias e empresas de tecnologia vive Campinas. Há programas bem bacanas para serem feitos na maior cidade do interior paulista. Se, aqui no Brasil, tem uma não-capital com mais cara de capital, ela atende pelo nome de Campinas. Cosmopolita e com um trânsito bem menos caótico do que São Paulo, Campinas tem uma oferta interessante de bons restaurantes, vida noturna e lugares para curtir numa boa. Com pouco mais de um milhão de habitantes, a vida pulsa freneticamente na cidade, sede de várias empresas de tecnologias e indústrias. Durante a semana, achar um hotel por aqui exige uma cansativa procura. No fim de semana, a cidade dá uma relaxada e conhecer os seus bons atrativos, torna-se um programaço para famílias com crianças. Nos últimos anos, com a expansão do Aeroporto de Viracopos, Campinas entrou de vez na rota dos viajantes. Campinas não é uma cidade turística, mas seja por conta de negócios, estudos, doença etc., sempre tem uma gente de fora passando por aqui, além dos que se mudam de vez, né? Como eu, por exemplo.

Construções Históricas do Centro de Campinas. Hoje abriga
um dos bares mais famosos da cidade, o Giovanetti

Construções Históricas do Centro de Campinas
A responsável pelo setor cultural de Campinas é a Secretaria Municipal de Cultura, que tem como objetivo planejar e executar a política cultural do município por meio da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao desenvolvimento cultural. A cidade sempre teve uma posição destacada no Estado de São Paulo com grande produção e recursos culturais. Conta com a Orquestra Sinfônica da Cidade, vários grupos de música erudita, corais, 43 salas de cinema, dezenas de bibliotecas, galerias de arte, museus e editoras de destaque nacional. Também é a terra natal de Antônio Carlos Gomes, famoso compositor de óperas na Itália do século XIX, com obras como “O Guarani”, “Fosca” e “O Escravo”, e da poetisa e escritora Hilda Hilst. Santos Dumont também morou um tempo em Campinas e estudou no Colégio Culto à Ciência.

Construções Históricas do Centro de Campinas

Prédios no Bairro Cambuí
Campinas conta com três teatros municipais, sendo eles o Centro de Convivência – espaço multiuso, que possibilita a realização de espetáculos de teatro, de dança, palestras, simpósios, conferências, exposições artísticas e outras áreas, que foi projetado pelo arquiteto Fábio Penteado, sendo inaugurado em 1976 (interditado por tempo indeterminado); o Teatro Municipal José de Castro Mendes, fundado em 1976, adaptado a partir do prédio do antigo cinema da Vila Industrial, o Cine Casablanca, não possuindo traços arquitetônicos marcantes, além de estar em reformas sem previsão de acabamento desde 2007; além do Teatro Infantil “Carlos Maia”, localizado no interior do Bosque dos Jequitibás, possuindo capacidade para cerca de 150 pessoas e sendo projetado para atender a demanda do público infantil. Dentre outros espaços dedicados à organização de eventos também se destacam o Teatro Padre Pedro Dingenouts, também conhecido como Centro de Convivência Cultural da Vila Padre Anchieta, que conta com uma sala de espetáculos com capacidade para 300 pessoas, e o Auditório Beethoven, que conta com uma capacidade de cerca de 2.000 lugares, sendo projetado para realização de eventos de pequeno a médio porte, ao ar livre.

Só para descontrair

Rua Irmã Serafina,
que leva à Prefeitura de Campinas
Anualmente, Campinas sedia o Festival de Fotografia Hercule Florence, que conta com o apoio da Prefeitura da cidade. O Festival Hercule Florence de Fotografia foi criado em 2007 a partir da junção do Seminário de Imagem e Atualidade da UNICAMP e da Semana Hercule Florence, da Câmara Municipal de Campinas. Ao longo dos anos, o Festival foi ganhando adesões e hoje conta com a participação do Museu da Imagem e do Som, Secretaria Municipal de Cultura, Núcleo de Fotografia de Campinas, SESC, SENAC, CPFL e Centro de Memória da UNICAMP. Na cidade, também são organizados diversos eventos culturais com foco para o setor teatral. Destaca-se a Campanha de Popularização do Teatro, organizada pela Associação dos Profissionais do Teatro de Campinas desde 1985, a campanha é direcionada aos adultos e crianças, oferecendo peças teatrais e musicais realizados no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes. Dentre os grupos musicais destaca-se a Orquestra Sinfônica da Cidade, fundada em 1974, durante as festividades do bicentenário da cidade, sendo considerada uma das três maiores do país, ao lado da OSESP e OSB.

Os detalhes de Campinas

Ruas de Campinas
A Academia Campinense de Letras, criada em maio de 1953, por iniciativa do então Secretário Municipal de Educação e Cultura, Professor Francisco Ribeiro Sampaio, também titular da cadeira de filologia portuguesa da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), é a instituição que reúne os habitantes da cidade que tenham publicado obras de reconhecido mérito e livros de valor literário. Dentre a galeria dos componentes, estão nomes como Monteiro Lobato, Júlio de Mesquita e Vital Brasil. Já a Academia Campineira de Letras e Artes (ACLA), fundada em novembro de 1970, compõe-se de 40 membros titulares ocupando o mesmo número de cadeiras acadêmicas, cujos patronos foram escolhidos com o fito de homenagear grandes personalidades artísticas e literárias. Destacam-se nomes como Heitor Villa-Lobos, Cecília Meireles e Clarice Lispector.

Comércio ao redor do Mercado Municipal de Campinas

Construções Históricas do Centro de Campinas
Campinas possui vários museus, dentre eles o Museu de Arte Contemporânea – instituição pública municipal, subordinada à Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer, e voltada à conservação, estudo e divulgação da arte contemporânea brasileira; o Museu de Arte Moderna; o Museu de História Natural – instituição tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (CONDEPHAAT, em 1970) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC, em 1991); e o Museu da Imagem e do Som – Museu público focado em difundir e preservar o acervo da memória audiovisual do município. O Museu Campos Sales, o Museu Carlos Gomes e a Pinacoteca do Centro de Ciências, Letras e Artes localizam-se num mesmo prédio no centro da cidade.

Jardins floridos de Campinas

Avenida Dr. Moraes Sales
Campinas possui vários museus, dentre eles o Museu de Arte Contemporânea – instituição pública municipal, subordinada à Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer, e voltada à conservação, estudo e divulgação da arte contemporânea brasileira; o Museu de Arte Moderna; o Museu de História Natural – instituição tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (CONDEPHAAT, em 1970) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC, em 1991); e o Museu da Imagem e do Som – Museu público focado em difundir e preservar o acervo da memória audiovisual do município. O Museu Campos Sales, o Museu Carlos Gomes e a Pinacoteca do Centro de Ciências, Letras e Artes localizam-se num mesmo prédio no centro da cidade. No município também há cinco bibliotecas públicas, sendo elas: a Biblioteca Pública Municipal Professor Ernesto Manoel Zink, criada em 1971; a Biblioteca Pública Infantil Monteiro Lobato, fundada em 1979; a Biblioteca Pública Distrital de Sousas Guilherme de Almeida, inaugurada em 1963; e a Biblioteca Pública Municipal Joaquim de Castro Tibiriçá, instalada em 1976.

Mais uma brincadeira para descontrair

Quanto aos atrativos turísticos, o principal parque urbano da cidade é o Parque Portugal, mais conhecido como Taquaral, em função do nome da lagoa, fundado em 1972. Nele há um ginásio esportivo, uma rota de bonde que circunda a lagoa e o Planetário. Outras atrações são o Bosque dos Jequitibás, que em seu interior abriga um mini zoológico e o Museu de História Natural. O mirante no alto da Torre do Castelo permite uma vista quase completa da cidade a partir de suas seis amuradas. Há também a Estação Cultura, que ocupa as instalações da antiga Estação Ferroviária da cidade, datada de 1884. Também há a Estação Anhumas, ponto inicial do percurso turístico de Maria-Fumaça que liga Campinas a Jaguariúna. O Cemitério da Saudade foi fundado em 1881 e hoje é considerado um dos mais importantes cemitérios do Brasil por conta da riqueza arquitetônica e da importância das obras de arte que ostentam grande parte de seus túmulos, dentre elas peças em mármore, granito, cobre e latão, esculpidas por artistas como Tomagrini, J. Rosadas, Velez, Albertini e Colluccini, sendo que foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC). 

Decoração das calçadas de Campinas
Campinas é sede de dois clubes de futebol reconhecidos nacionalmente: a Associação Atlética Ponte Preta e o Guarani Futebol Clube (sendo este o único clube de interior do país a se sagrar campeão brasileiro), que realizam o Derby Campineiro, partida que é considerada uma das mais tradicionais do interior do Estado, que ocorre desde 1912. Há também o Red Bull Brasil, que foi criado em novembro de 2007 e ultimamente vem conquistando significativo destaque. O futebol feminino também vem se destacando, ainda que de forma amadora. Na história se revelaram outros clubes, como o Esporte Clube Mogiana, que foi criado em junho de 1933 e que veio a falência na década de 1960, também o Campinas Futebol Clube fundado em janeiro de 1998 e deixou de existir no ano de 2010 devido a problemas financeiros e políticos. A cidade conta ainda com três grandes estádios: o Estádio Brinco de Ouro da Princesa, pertencente ao Guarani, que foi inaugurado em 1953 e que hoje conta com capacidade para cerca de 30 mil pessoas, o Centro Recreativo e Esportivo de Campinas Doutor Horácio Antônio da Costa (o Estádio CERECAMP ou ainda Estádio da Mogiana), que pertence ao Governo do Estado de São Paulo e foi inaugurado em 1940, além do Estádio Moisés Lucarelli, de comando da Ponte Preta, que foi fundado em 1948 e tem capacidade para quase 30 mil visitantes.