domingo, 18 de outubro de 2015

Tour pela Suíça - Fribourg

Fribourg
A primeira impressão de quem chega à Fribourg pela via terrestre é deslumbrar uma aglomeração medieval, que parece ter sido extraída dos contos de infância. Os turistas que chegam a Fribourg por trem saltam na parte alta da cidade. Ao lado da estação está o escritório da Secretaria de Turismo. Fribourg é considerada uma das fronteiras entre as duas regiões linguísticas da Suíça, a de expressão francesa e a alemã. Fribourg parece sempre perfeita, mas tudo conspira para fazê-la ainda mais especial em férias românticas ou lua de mel. Fribourg é uma charmosa cidade da Suíça, pertencente à parte francesa do país e distante apenas 25 minutos de trem, partindo de Berna. Caminhar pelas ruas medievais da Comuna de Fribourg num dia ensolarado é puro deleite. Situada confortavelmente em uma península rochosa, é cercada em três lados pelo Rio Saane ou Rio Sarine. Bem no coração da Suíça, Fribourg é cercada por escarpas de granito com até 50 metros de altura. Por essa razão, ela também é conhecida por ser a cidade das escadarias.

Centro Histórico de Fribourg
Fribourg foi fundada pelo Duque Bertoldo IV de Zähringen em 1157. A partir de 1218 passa a integrar o Condado de Kiburgo, sendo cedida à Casa de Habsburgo em 1277, passando ao controle da Casa de Saboia entre 1452 e 1477. Após a vitória das forças suíças sobre o Duque de Borgonha na Batalha de Morat, em 1476, a cidade liberta-se da influência de Saboia e obtém o status de Cidade Imperial Livre, solicitando posteriormente sua integração à Confederação Helvética, à qual é admitida em 1481. Em 1516 sedia a assinatura da “Paz Perpétua”, selada com o Rei Francisco I de França, após a derrota suíça frente aos franceses na Batalha de Marignano. No século XVI sua influência territorial se expande. Em 1536, com auxílio de Berna, toma parte da invasão ao Vaud. Em 1554, anexa o território do Condado de Gruyère.

Ponte sobre o Rio Sarine Cathèdrale Saint Nicolas
A partir do século XV, proeminentes famílias burguesas, enriquecidas pelo desenvolvimento industrial, associadas à nobreza local, dominam a cena política da cidade, vindo a consolidar seu poder oligárquico após o estabelecimento da Constituição de 1627. Em 1798 a cidade foi invadida por tropas francesas, como parte das guerras napoleônicas, sendo convertida em capital do Cantão de Fribourg durante a República Helvética. Em 1803 um Ato de Mediação de Napoleão Bonaparte institui a separação entre a soberania da cidade e a do Cantão. Após 1815 a Confederação é restaurada, sendo, porém, mantida a separação entre a cidade e o Cantão. O governo oligárquico é restabelecido, sendo amenizado pela Constituição Liberal de 1830.

Centro Histórico de Fribourg e 
Cathèdrale Saint Nicolas
Em 1847 a cidade participa, por meio do Cantão, na Guerra de Sonderbund, ao lado dos católicos separatistas que são derrotados pelas forças da Confederação. A pacificação interna é consolidada após a Constituição de 1848, onde o direito de voto é estendido a todos os cidadãos. Ao longo dos séculos XIX e XX, verificam-se drásticas mudanças nos aspectos culturais e na estrutura física da cidade. A antiga muralha é parcialmente demolida, sendo construída uma nova ponte sobre o Rio Sarine. A integração à malha ferroviária em 1862 e o desenvolvimento dos transportes promovem o incremento da industrialização. O centro desloca-se da Cidade Antiga para os quarteirões ao redor da nova Estação Ferroviária. O incremento da urbanização por volta de 1900 incorpora as áreas extensivas em Pérolles, Beauregard e Vingnettaz, para o uso industrial e residencial. Entre os anos de 1950 e 1970 o crescimento populacional se reflete no acréscimo dos quarteirões de Schoenberg (ao norte), Beaumont (ao sul) e de Torry (a oeste), direcionando a cidade aos seus contornos atuais. 

É uma das maiores cidades medievais da Üechtland. Vive num ritmo desacelerado entre mais de 200 excepcionais fachadas góticas do século XV, que são responsáveis pelo incomparável charme medieval de seu Centro Histórico. Assim como a cidade de Berna, Fribourg preservou inteiramente seu Centro Medieval, que é hoje um dos maiores da Europa. Consistindo dos vizinhos Bourg, Auge e Neuveville, seu centro antigo é rico em fontes e igrejas datando do século XII até o século XVII. As fortificações de Fribourg formam a arquitetura militar medieval mais importante da Suíça. Baluartes com mais de dois quilômetros de comprimento protegiam a cidade no passado. Reminiscências de muralhas, torretas e bastiões continuam preservados. 

Fortificações que permaneceram 
ao longo dos séculos
De um lado, a cidade alta, cosmopolita, moderna e com muitos universitários; do outro lado, na cidade baixa, uma profusão de construções históricas bem preservadas separadas pelo Rio Sarine e ligadas por pontes que remontam à época medieval. Do Distrito de Neuveville (na Cidade Baixa), um funicular faz o transporte até à zona pedonal da Cidade Alta (Saint Pierre). Apesar de pequena, a cidade é o centro administrativo de toda a região do Cantão (que também inclui a pequena Vila de Gruyère) e quartel-general de várias companhias. Fribourg é uma animada cidade universitária, com muitos estudantes de todo o mundo, que fazem desta uma mini metrópole cosmopolita e multifacetada. Suas ruelas estreitas estão repletas de pequenas butiques, antiquários, cafés e restaurantes estudantis, todos enfileirados em série, oferecendo especialidades locais e estrangeiras.

Fonte Saint George
Na Cidade Velha há uma grande concentração de igrejas, monumentos e fontes que datam dos séculos XII a XVII. Vale muito caminhar pelos quarteirões de Bourg, Auge e Neuveville, cuja vista para o vale do Rio Sarine é um verdadeiro cartão-postal. Localizado na parte antiga da cidade e finalizado em 1522, o Largo possui um histórico conjunto arquitetônico formado pelo antigo Hôtel de Ville que hoje abriga o Parlamento, o Tribunal do Cantão e a Torre da Prefeitura com o relógio no topo. Logo ao lado, está a Maison de Ville, uma casa barroca projetada por Hans Fasel e construída no século XVIII. Fribourg abriga 12 fontes históricas (chafarizes) renascentistas ao longo das suas praças e bulevares. Vale muito a pena parar para observar a riqueza de detalhes e adornos das suas colunas. Uma delas é a Fonte Saint George, localizada em frente à Prefeitura de Fribourg, que traz a escultura de São Jorge montado a cavalo, matando um dragão, sobre uma coluna em estilo gótico e renascentista. Outra bela Fonte é a do Homem Selvagem, localizada próxima à estação inferior do bondinho e que data do período do Renascimento entre 1626 e 1627.

Maison de Ville
Fribourg também é bastante conhecida por suas pontes (algumas delas medievais) que atravessam o Rio Sarine. A Ponte de Zäehringen fica próxima a Catedral de Fribourg. Construída em 1924, é uma homenagem à família Zähringen, que fundou a cidade em 1157. Já a Ponte Du Milieu foi construída na segunda metade do século XIII, feita de pedras e com quatro arcos em forma de ponta. Com estrutura de madeira, a Ponte de Bern, sobre o Rio Sarine, leva até a Place des Forgerons, local onde há vestígios de fortificações e uma fonte renascentista. Fribourg tem muita gente jovem, por isso tem vários museus e espaços dedicados às artes. Para começar visite o Museu de Arte e História de Fribourg. Se estiver com criança não deixe de fora o Museu de Marionetes e o Museu de História Natural. Mas, o mais interessante para quem curte arte é o Espaço Jean Tinguely e Niki de Saint Phalle que fica num antigo depósito de bondes elétricos. Jean Tinguely, filho ilustre de Fribourg, foi criador do novo realismo junto com sua mulher Niki.

Tomar um café tranquilamente e admirar as fachadas antigas e os belos chafarizes, ouvir dois idiomas locais ou apreciar o panorama do pináculo de 74 metros de altura da Catedral, com uma vista até longe, no campo – estas são algumas das experiências proporcionadas por Fribourg. Apesar de ter características tão peculiares e de ser linda, é uma cidade suíça pouco explorada pelo turismo.

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