Fribourg |
A primeira impressão de quem chega à Fribourg pela via terrestre é
deslumbrar uma aglomeração medieval, que parece ter sido extraída dos contos de
infância. Os turistas que chegam
a Fribourg por trem saltam na parte
alta da cidade. Ao lado da estação está o escritório da Secretaria de Turismo. Fribourg
é considerada uma das fronteiras entre as duas regiões linguísticas da Suíça, a de expressão francesa e a alemã.
Fribourg parece sempre perfeita, mas tudo conspira para fazê-la ainda
mais especial em férias românticas ou lua de mel. Fribourg é uma charmosa cidade da Suíça, pertencente à parte francesa do país e distante apenas 25
minutos de trem, partindo de Berna. Caminhar pelas ruas medievais da Comuna de Fribourg num dia ensolarado é puro deleite. Situada
confortavelmente em uma península rochosa, é cercada em três lados pelo Rio Saane ou Rio Sarine. Bem no coração da Suíça,
Fribourg é cercada por escarpas de granito
com até 50 metros de altura. Por essa razão, ela também é conhecida por ser a cidade
das escadarias.
Centro Histórico de Fribourg |
Fribourg foi fundada pelo Duque
Bertoldo IV de Zähringen em 1157. A
partir de 1218 passa a integrar o Condado
de Kiburgo, sendo cedida à Casa de
Habsburgo em 1277, passando ao controle da Casa de Saboia entre 1452 e 1477. Após a vitória das forças suíças
sobre o Duque de Borgonha na Batalha de Morat, em 1476, a cidade
liberta-se da influência de Saboia e
obtém o status de Cidade Imperial Livre,
solicitando posteriormente sua integração à Confederação Helvética, à qual é admitida em 1481. Em 1516 sedia a
assinatura da “Paz Perpétua”, selada
com o Rei Francisco I de França,
após a derrota suíça frente aos franceses na Batalha de Marignano. No século XVI sua influência territorial se
expande. Em 1536, com auxílio de Berna,
toma parte da invasão ao Vaud. Em
1554, anexa o território do Condado de
Gruyère.
Ponte sobre o Rio Sarine e Cathèdrale Saint Nicolas |
A partir do século XV, proeminentes famílias burguesas,
enriquecidas pelo desenvolvimento industrial, associadas à nobreza local,
dominam a cena política da cidade, vindo a consolidar seu poder oligárquico
após o estabelecimento da Constituição
de 1627. Em 1798 a cidade foi invadida por tropas francesas, como parte das
guerras napoleônicas, sendo convertida em capital do Cantão de Fribourg durante a República
Helvética. Em 1803 um Ato de
Mediação de Napoleão Bonaparte institui a separação entre a soberania da
cidade e a do Cantão. Após 1815 a Confederação é restaurada, sendo, porém, mantida a separação entre a cidade e o Cantão. O governo oligárquico é
restabelecido, sendo amenizado pela Constituição
Liberal de 1830.
Centro Histórico de Fribourg e Cathèdrale Saint Nicolas |
Em 1847 a cidade participa, por meio do Cantão,
na Guerra de Sonderbund, ao lado dos
católicos separatistas que são derrotados pelas forças da Confederação. A
pacificação interna é consolidada após a Constituição
de 1848, onde o direito de voto é estendido a todos os cidadãos. Ao longo
dos séculos XIX e XX, verificam-se drásticas mudanças nos aspectos culturais e
na estrutura física da cidade. A antiga muralha é parcialmente demolida, sendo
construída uma nova ponte sobre o Rio
Sarine. A integração à malha ferroviária em 1862 e o desenvolvimento dos
transportes promovem o incremento da industrialização. O centro desloca-se da Cidade
Antiga para os quarteirões ao redor da nova Estação Ferroviária. O incremento
da urbanização por volta de 1900 incorpora as áreas extensivas em Pérolles, Beauregard e Vingnettaz,
para o uso industrial e residencial. Entre os anos de 1950 e 1970 o crescimento
populacional se reflete no acréscimo dos quarteirões de Schoenberg (ao norte), Beaumont
(ao sul) e de Torry (a oeste),
direcionando a cidade aos seus contornos atuais.
É
uma das maiores cidades medievais da Üechtland.
Vive num ritmo desacelerado entre mais de 200
excepcionais fachadas góticas do século XV, que são responsáveis pelo
incomparável charme medieval de seu Centro
Histórico. Assim como a cidade de Berna, Fribourg preservou inteiramente seu Centro Medieval, que é hoje um dos maiores da Europa. Consistindo dos vizinhos Bourg, Auge e Neuveville, seu centro antigo é rico em
fontes e igrejas datando do século XII até o século XVII. As fortificações de Fribourg formam a arquitetura militar
medieval mais importante da Suíça. Baluartes
com mais de dois quilômetros de comprimento protegiam a cidade no passado.
Reminiscências de muralhas, torretas e bastiões continuam preservados.
Fortificações que permaneceram ao longo dos séculos |
De um lado, a cidade alta, cosmopolita, moderna e com muitos
universitários; do outro lado, na cidade baixa, uma profusão de construções
históricas bem preservadas separadas pelo Rio
Sarine e ligadas por pontes que remontam à época medieval. Do Distrito de Neuveville (na Cidade
Baixa), um funicular faz o transporte até à zona pedonal da Cidade Alta (Saint Pierre). Apesar de pequena, a cidade é o centro administrativo de toda a região
do Cantão (que também inclui a pequena Vila
de Gruyère) e quartel-general de várias companhias. Fribourg é uma animada cidade
universitária, com muitos estudantes de todo o mundo, que fazem desta uma mini metrópole
cosmopolita e multifacetada. Suas ruelas estreitas estão repletas de pequenas
butiques, antiquários, cafés e restaurantes estudantis, todos enfileirados em
série, oferecendo especialidades locais e estrangeiras.
Fonte Saint George |
Na Cidade Velha há uma grande concentração de igrejas,
monumentos e fontes que datam dos séculos XII a XVII. Vale muito caminhar pelos
quarteirões de Bourg, Auge e Neuveville, cuja vista para o vale do Rio Sarine é um verdadeiro cartão-postal. Localizado
na parte antiga da cidade e finalizado em 1522, o Largo possui um histórico
conjunto arquitetônico formado pelo antigo Hôtel
de Ville que hoje abriga o Parlamento,
o Tribunal do Cantão e a Torre da Prefeitura com o relógio no
topo. Logo ao lado, está a Maison de Ville, uma casa barroca
projetada por Hans Fasel e construída no século XVIII. Fribourg abriga 12 fontes históricas
(chafarizes) renascentistas ao longo das suas praças e bulevares. Vale muito a
pena parar para observar a riqueza de detalhes e adornos das suas colunas. Uma
delas é a Fonte Saint George,
localizada em frente à Prefeitura
de Fribourg, que traz a escultura de São Jorge montado a cavalo, matando um
dragão, sobre uma coluna em estilo gótico e renascentista. Outra bela Fonte é a
do Homem Selvagem, localizada
próxima à estação inferior do bondinho e que data do período do Renascimento entre 1626 e 1627.
Maison de Ville
|
Fribourg também é bastante conhecida por suas pontes (algumas delas
medievais) que atravessam o Rio Sarine.
A Ponte de Zäehringen fica
próxima a Catedral de Fribourg.
Construída em 1924, é uma homenagem à família Zähringen, que fundou a cidade em
1157. Já a Ponte Du Milieu foi
construída na segunda metade do século XIII, feita de pedras e com quatro arcos
em forma de ponta. Com estrutura de madeira, a Ponte de Bern, sobre
o Rio Sarine, leva até a Place des Forgerons, local onde
há vestígios de fortificações e uma fonte renascentista. Fribourg tem muita gente jovem, por isso tem vários museus e
espaços dedicados às artes. Para começar visite o Museu de Arte e
História de Fribourg. Se estiver com criança não deixe de fora o Museu
de Marionetes e o Museu de História Natural. Mas, o
mais interessante para quem curte arte é o Espaço Jean Tinguely e Niki
de Saint Phalle que fica num antigo depósito de bondes elétricos. Jean
Tinguely, filho ilustre de Fribourg,
foi criador do novo realismo junto com sua mulher Niki.
Tomar um café tranquilamente e admirar as fachadas antigas e os belos
chafarizes, ouvir dois idiomas locais ou apreciar o panorama do pináculo de 74
metros de altura da Catedral, com uma vista até longe, no campo – estas são
algumas das experiências proporcionadas por Fribourg. Apesar de ter características tão peculiares e de ser linda, é uma cidade
suíça pouco explorada pelo turismo.
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