Genebra é uma cidade com opções para os mais variados públicos e
para conhecer os principais pontos deste destino encantador, você vai precisar
de pelo menos dois dias inteiros. No entanto, se a sua vontade é fazer tudo com
calma, sentir a verdadeira alma da cidade, reserve ao menos quatro dias
inteiros. O bonito lago que atravessa diversas cidades suíças é um dos cartões
postais da cidade – ele tem a maior quantidade de água da Europa Central.
O Lago Léman é o coração, a praia, o lazer dos genebrinos. É por onde você
deve caminhar (em ambos os lados do Lago, cruzando a pé ou de barco – o passeio
de cruzeiro turístico tem duração de 60 minutos) para sentir o astral da
cidade. O principal símbolo é o Jet d’Eau – um jato d’água de 140 metros
de altura cravado no centro do Lago. À noite, o jato recebe uma iluminação
especial.
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Jet d'Eau de Genebra |
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Rio Rhône e a Pont Mont Blanc |
Compondo o belo cenário da cidade, há ainda belas pontes,
como a Pont des Bergues – que conecta a cidade à Ilha Rousseau
(pequeno parque e ilha no Rio Rhône) – e a movimentada Pont Mont
Blanc, erguida em 1862. Dois locais excelentes para os que gostam de
fotografar belas paisagens, principalmente fazer vários cliques incríveis do Jet
d’Eau. Aproveite sua visita pela
região para conhecer o Bains de Pâquis, uma praia lacustre bem disputada
durante os dias quentes de verão. Apenas no verão, o Bains de Pâquis
(com sauna, massagem, café e banhos de lago e piscina) se transforma em praia
com várias atrações para os moradores e visitantes. Aliás, a Plage de Pâquis
é uma instituição na cidade. No lado da Cidade
Velha, não deixe de percorrer o Promenade du Lac. E ainda, aproveite
a vista do Lago para admirar o panorama dos Alpes franceses que cercam a
paisagem de Genebra, como o Montblanc, o mais alto da Europa.
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Vieille Ville |
A Vieille Ville, na parte alta de Genebra, é
onde nasceu a cidade. É um local lindo para percorrer a pé e admirar seus
prédios históricos, cafés, restaurantes, museus, entre outras atrações
importantes. Por lá, estão localizados a Catedral, a Prefeitura, o Hôtel de
Ville, a Place du Bourg-de-Four (uma autêntica praça europeia com
fonte no centro, casinhas fofas ocupadas por restaurantes e uma antiga passagem
que conecta a Praça à Catedral, a Passage des Degrés-de-Poules), a Maison
Tavel, o Colégio Calvino (um edifício que abriga a primeira escola
secundária da cidade), o Musée d’Art et d’Histoire de Genebra, o Museu
Internacional da Reforma Protestante e o Espaço Jean-Jacques Rousseau.
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Prefeitura de Genebra na Vieille Ville |
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Cathèdrale Saint Pierre |
A antiga Cathèdrale Saint Pierre fica no alto da
cidade. Para chegar lá é preciso percorrer uma série de pequenas vielas
charmosas que por si só já valem o passeio. A Catedral é um dos pontos mais
visitados dessa área. Foi erguida entre 1150 e 1250. Por volta de 1535, durante
o período da Reforma Protestante, a Catedral de Genebra (Cathèdrale
Saint-Pierre) se tornou um lugar de culto protestante. Nessa época, os
religiosos retiraram todas as imagens sacras do local e até hoje a Catedral
permanece uma igreja sem a presença de estátuas ou santos. Apesar de toda a sua
história, a Catedral é muito apreciada pelos turistas devido a sua vista
panorâmica de 360 graus da cidade. Em seu interior, há 157 degraus que levam o
visitante até o topo da Catedral – onde se tem vistas lindas de Genebra.
Vale a pena subir os vários degraus até o topo da torre para admirar a
paisagem. No subsolo da Catedral há um sítio arqueológico repleto de histórias
– é a maior coleção de capitéis romanescos e góticos da Suíça. Combine
sua visita à Catedral de Genebra com uma visita ao Museu
Internacional da Reforma Protestante de Genebra, que fica coladinho na Catedral
de Genebra e mostra como a Reforma Protestante mudou o curso e a
história europeia. Para quem gosta de aprender durante a viagem, é uma bela oportunidade.
O Museu tem legendas em francês, inglês e alemão.
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Jogo de Xadrez na Promenade des Bastions |
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Muro dos Reformadores |
O Promenade des Bastions está situado em uma região
bem central (próxima ao Centro Histórico) e é um excelente local para
repor as energias entre longas caminhadas. É um Parque agradável com tabuleiros
gigantes de dama e xadrez, parquinho para as crianças e um dos mais importantes
monumentos da cidade: o Muro dos Reformadores. Os mais importantes
reformadores protestantes da Europa são homenageados com estátuas
gigantes no Muro dos Reformadores: Guilherme Farel (1489-1565), João
Calvino (1509-1564), Teodoro de Beza (1513-1605) e João Knox (1513-1572).
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L'Horloge Fleurie |
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L'Horloge Fleurie |
Quem cruza a Pont Mont Blanc do lado internacional
para o centro da cidade logo encontra o belo Jardim Inglês, que
proporciona vistas belíssimas do Lago de Genebra. Ele foi inaugurado em
1854 e é uma das áreas verdes mais visitadas da cidade. Neste Jardim estão
alguns destaques como a Fonte das Quatro Estações, uma obra do escultor
parisiense Alexis André; um coreto do século XIX e o famoso Relógio de
Flores. Instalado em 1955 e com cinco metros de diâmetro, o L’Horloge
Fleurie é o segundo maior do mundo deste tipo. O relógio é uma homenagem
aos relojoeiros da cidade. Normalmente, 6.500 flores e arbustos são usados como
decoração para este relógio e a decoração é alterada a cada mudança de estação
do ano. Desde o século XVI, a Suíça é famosa por sua indústria de
relógios de alto padrão. Para os amantes de relógios, o Museu Patek Philippe
é um tesouro. Conta a história dos relógios no mundo, com várias relíquias da
realeza europeia. E ainda: a trajetória da marca mais famosa e sofisticada no
mundo, a Patek Philippe. Para quem realmente está interessado no
assunto, a dica é investir no tour guiado.
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ONU - Palácio das Nações |
A ONU e o Museu da Cruz Vermelha são atrações
bem próximas uma da outra. O prédio sede das Nações Unidas na Europa
fica em Genebra. Foi construído entre 1929 e 1936 e representa a
diplomacia mundial. O edifício pode ser visitado todos os dias. Um destaque da
praça onde está o Palácio das Nações é o Monumento “Broken Chair”,
uma cadeira gigante com três pés inteiros e um quebrado. A obra é do artista
suíço Daniel Besset e foi feita em 1997 como forma de protesto contra as minas
terrestres usadas em algumas guerras. A princípio, a escultura ficaria ali por
apenas alguns meses, mas fez tanto sucesso que está lá até hoje. O Museu
Internacional da Cruz Vermelha (Musée de la Croix Rouge) emociona
contando em ordem cronológica os 150 anos de suas atividades e trabalho
humanitário.
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Monumento “Broken Chair” |
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Portões do Promenade des Bastions na Place Neuve
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Deixamos o carro em um dos estacionamentos subterrâneos e
fizemos a maior parte dos passeios a pé, utilizamos ônibus apenas uma vez. Essa é uma das minhas regras de viagem: sempre que o lugar for perto o
suficiente para andar, ande. É muito mais fácil conhecer a cidade a pé e você pode dar uma
olhada com calma em lojas, restaurantes e pontos turísticos no caminho. Tinha ouvido muitas opiniões bastante diversas sobre Genebra. Uns diziam que a cidade é
maravilhosa e apaixonante enquanto outros diziam que era chata e sem graça. Confesso que lá senti uma atmosfera um pouco “se você não é rico não pertence a este lugar”.
De todo jeito, aproveitei bastante a cidade no nosso passeio pela maioria dos
pontos turísticos. Foi uma delícia passear pela região do Lago Genebra. É gostoso exatamente por ser um passeio sem aquela
pressão para fazer tudo correndo por ter mil lugares para visitar. De vez em
quando é bom poder fazer uma viagem com calma.
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No centrão de Genebra |
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Le Petit Palais
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Em minha humilde
opinião: a Suíça tem muitos lugares
mais bonitos e mais interessantes que Genebra,
e depois dessa rápida passada por lá digo que foi o lugar que menos gostei em
todo o país, mesmo assim a cidade tem um monte de atrações interessantes e em
linhas gerais, é linda. Acho que a visita vale a pena para quem tem um
interesse muito grande em política internacional. Mas, se assim como eu o que você
busca é viver e experimentar um pouco da vida e da cultura suíça, existem alternativas
muito mais interessantes. E antes que perguntem, não compramos nenhum canivete
suíço!!! Sobre compras, a única loucura que fizemos no país foi sair com uma
mala de mão inteira de chocolate.
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