Löwendenkmal |
Depois de visitar a Muralha e Torres de Lucerna se dirija até outro famoso
monumento, um leão esculpido em rocha. O Monumento do Leão (Löwendenkmal), obra concebida pelo escultor dinamarquês Bertel
Thorvaldsen, e finalmente lavrado em 1820 pelo escultor Lukas Ahorn numa antiga
pedreira de arenito perto de Lucerna. Também
é um dos mais famosos pontos turísticos da cidade e trata-se de uma figura de
leão esculpida na rocha, em memória aos mercenários suíços que morreram em 1792
durante a Revolução Francesa, no
ataque às Tulherias. Durante a Insurreição de 10 de Agosto,
revolucionários invadiram o Palácio. A luta rebentou espontaneamente depois de
a família real ter sido escoltada das Tulherias
para tomar refúgio na Assembleia
Nacional Legislativa. Os suíços ficaram sem munições e foram oprimidos pelo
número superior de revolucionários. Uma nota escrita pelo Rei sobreviveu até aos
nossos dias, ordenando aos suíços que retirassem e voltassem aos seus quartéis,
mas isto só foi efetuado depois da sua posição ter-se tornado insustentável.
Löwendenkmal |
Estes guardas protegiam a família do Rei
Louis XVI, e eram considerados o melhor exército da Europa. Eles eram famosos por sua disciplina e lealdade e eram
contratados por várias famílias reais na França,
na Espanha, e na Itália, e hoje são eles que fazem a
guarda do Vaticano. Dos Guardas Suíços defendendo as Tulherias, mais de 600 foram mortos durante
a luta ou massacrados após a rendição. Estima-se que mais 200 morreram na prisão
devido às suas feridas ou foram mortos durante os Massacres de Setembro que se seguiram. Excetuando cerca de 100 suíços
que escaparam das Tulherias, os únicos
sobreviventes do regimento foram 300 homens que haviam sido destacados para a Normandia alguns dias antes de 10 de agosto.
Os oficiais suíços estavam na sua maioria entre os massacrados, embora o Major Karl
Josef Von Bachmann – no comando nas Tulherias
– tenha sido formalmente julgado e guilhotinado em setembro, ainda usando o seu
casaco de uniforme vermelho. No entanto, dois oficiais suíços sobreviventes viriam
a alcançar patentes superiores sob as ordens de Napoleão.
Löwendenkmal |
A iniciativa de criar o Monumento partiu
de Karl Pfyffer Von Altishofen, um oficial da Guarda Suíça que estava de licença em Lucerna quando a luta ocorreu, e começou a coletar dinheiro em 1818.
O Monumento é dedicado à lealdade e bravura dos suíços. A escultura mostra um
leão mortalmente ferido por uma lança, cobrindo um escudo com a flor de lis da monarquia
francesa e expressa a dor da morte. Ao seu lado encontra-se outro escudo com o brasão
de armas da Suíça. A inscrição por debaixo
da escultura lista os nomes dos oficiais, e o número aproximado dos soldados que
morreram e sobreviveram. Mark Twain uma vez descreveu-o como “o pedaço de pedra mais triste e comovente do
mundo”. O Monumento está localizado em um
bosque próximo à Löwenplatz, perto
do Centro Antigo da cidade.
Löwendenkmal |
A pose do leão foi copiada
em 1894 por Thomas M. Brady para o seu Leão
de Atlanta, que comemora os soldados confederados desconhecidos sepultados no
Cemitério de Oakland em Atlanta, na Geórgia. No Jardim Glacier,
onde está o Leão Caído você pode
fazer uma viagem de descoberta através de 20 milhões de anos de Lucerna, inclusive conhecer “Alhambra“, o
corredor de espelhos, uma atração com 90 espelhos além de rochas originárias da
Era do Gelo e fósseis de 20 milhões
de anos.
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