quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Lucerna - Löwendenkmal


Löwendenkmal
Depois de visitar a Muralha e Torres de Lucerna se dirija até outro famoso monumento, um leão esculpido em rocha. O Monumento do Leão (Löwendenkmal), obra concebida pelo escultor dinamarquês Bertel Thorvaldsen, e finalmente lavrado em 1820 pelo escultor Lukas Ahorn numa antiga pedreira de arenito perto de Lucerna. Também é um dos mais famosos pontos turísticos da cidade e trata-se de uma figura de leão esculpida na rocha, em memória aos mercenários suíços que morreram em 1792 durante a Revolução Francesa, no ataque às Tulherias. Durante a Insurreição de 10 de Agosto, revolucionários invadiram o Palácio. A luta rebentou espontaneamente depois de a família real ter sido escoltada das Tulherias para tomar refúgio na Assembleia Nacional Legislativa. Os suíços ficaram sem munições e foram oprimidos pelo número superior de revolucionários. Uma nota escrita pelo Rei sobreviveu até aos nossos dias, ordenando aos suíços que retirassem e voltassem aos seus quartéis, mas isto só foi efetuado depois da sua posição ter-se tornado insustentável.

Löwendenkmal
Estes guardas protegiam a família do Rei Louis XVI, e eram considerados o melhor exército da Europa. Eles eram famosos por sua disciplina e lealdade e eram contratados por várias famílias reais na França, na Espanha, e na Itália, e hoje são eles que fazem a guarda do Vaticano. Dos Guardas Suíços defendendo as Tulherias, mais de 600 foram mortos durante a luta ou massacrados após a rendição. Estima-se que mais 200 morreram na prisão devido às suas feridas ou foram mortos durante os Massacres de Setembro que se seguiram. Excetuando cerca de 100 suíços que escaparam das Tulherias, os únicos sobreviventes do regimento foram 300 homens que haviam sido destacados para a Normandia alguns dias antes de 10 de agosto. Os oficiais suíços estavam na sua maioria entre os massacrados, embora o Major Karl Josef Von Bachmann – no comando nas Tulherias – tenha sido formalmente julgado e guilhotinado em setembro, ainda usando o seu casaco de uniforme vermelho. No entanto, dois oficiais suíços sobreviventes viriam a alcançar patentes superiores sob as ordens de Napoleão.

Löwendenkmal
A iniciativa de criar o Monumento partiu de Karl Pfyffer Von Altishofen, um oficial da Guarda Suíça que estava de licença em Lucerna quando a luta ocorreu, e começou a coletar dinheiro em 1818. O Monumento é dedicado à lealdade e bravura dos suíços. A escultura mostra um leão mortalmente ferido por uma lança, cobrindo um escudo com a flor de lis da monarquia francesa e expressa a dor da morte. Ao seu lado encontra-se outro escudo com o brasão de armas da Suíça. A inscrição por debaixo da escultura lista os nomes dos oficiais, e o número aproximado dos soldados que morreram e sobreviveram. Mark Twain uma vez descreveu-o como “o pedaço de pedra mais triste e comovente do mundo”. O Monumento está localizado em um bosque próximo à Löwenplatz, perto do Centro Antigo da cidade.

Löwendenkmal
A pose do leão foi copiada em 1894 por Thomas M. Brady para o seu Leão de Atlanta, que comemora os soldados confederados desconhecidos sepultados no Cemitério de Oakland em Atlanta, na Geórgia. No Jardim Glacier, onde está o Leão Caído você pode fazer uma viagem de descoberta através de 20 milhões de anos de Lucerna, inclusive conhecer “Alhambra“, o corredor de espelhos, uma atração com 90 espelhos além de rochas originárias da Era do Gelo e fósseis de 20 milhões de anos.

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