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Villa Ciani no Parco Ciani |
Pelas ruas do centro de Lugano, carros não passam; em
compensação, não faltam turistas, especialmente alemães. Jardins estão por
todos os cantos – são pelo menos 11 os parques da região.
Acompanhando o Lago, pela Riva Giocondo
Albertolli, de um lado a sofisticação, a tradição misturada à modernidade;
de outro, a natureza, a água límpida, o verde dos montes, o caminho marcado
pelas árvores de folhagem “amarelo-outono”, harmoniosamente perfiladas rumo ao Parco Ciani ou Civico, um espaço de 63 mil metros quadrados situado às margens do Lago,
convidam você a passear demoradamente, desfrutando da atmosfera. Falando em relaxar, uma das coisas que marcam o Parque Ciani são os bancos vermelhos espalhados por toda a sua extensão. A parte
que mais chama a atenção é a pontinha do Parque, que fica exatamente onde o Rio
e o Lago se encontram. A vontade é de ficar sentado ali por um tempão, lendo um
livro com calma e apreciando a paisagem. Além do Lago, o Parque oferece um bom ponto de vista do Monte Brè, do Monte San Salvatore e da região em geral. O passeio pode inclusive ser feito a
noite, quando as luzes iluminam a cidade e se refletem nas águas.
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Villa Ciani no Parco Ciani |
O belo prédio histórico da Villa Ciani, em cor de
pêssego, era residência dos irmãos Filippo e Giacomo Ciani e foi palco de
importantes exibições a partir de 1933. Atualmente, é usada principalmente para
exibições históricas e artísticas temporárias, além de eventos diversos. O
prédio de três andares e um total de 30 cômodos de variados tamanhos está
aberto para visitação, que é feita com um tour virtual
usando smartglass que
permite ver os móveis e equipamentos originais, saboreando a atmosfera do
período. O passeio dura cerca de 30 minutos. Mas o local só abre no primeiro
sábado de cada mês ou com agendamento para grupos com mais de 10 pessoas, o que
não era o nosso caso. Tanto a Villa
Ciani quanto o parque datam do século XIX. Os irmãos, nobres milaneses,
compraram a propriedade em 1845.
Nos anos seguintes, uma sucessão de renovações foi feita na infraestrutura e
na vegetação composta
por carvalhos, tílias, plátanos, palmeiras, oliveiras, camélias e azaleias, que
ficam lindas na primavera. Há também esculturas espalhadas por lá.
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Jardins do Belvedere |
Vizinhos
ao calçadão à beira do Lago estão os Jardins
do Belvedere, cujo parque ostenta não só camélias e magnólias, mas também
inúmeras espécies de plantas subtropicais e obras de arte moderna. A paisagem
impressiona pela beleza e civilidade. O Parque abriga ainda museus. Atrás da Villa
Ciani fica o Palazzo dei Congressi, que é um centro
de convenções gigante. Ali são realizados também alguns shows e apresentações
artísticas. Defronte
à entrada principal, no quarteirão entre o Lago e a Piazza Indipendenza, o moderno Casino
di Lugano. Essa charmosa Praça possui como
um de seus principais atrativos um obelisco do século XVII erguido em memória
da batalha entre os Voluntários de
Lugano e o exército da Gália
Cisalpina, em 1789.
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Jardins do Belvedere |
Na mesma Praça está exposta uma intrigante escultura feita
pelo artista polonês Igor Mitoraj, de 1999, chamada Eros Bendato. A
cabeça, feita em bronze, encontra-se caída de lado e com ataduras próximas aos
olhos e boca. A interpretação da forte imagem fica a cargo de cada um. O que se
sabe é que ela representa Eros, o Deus grego do Amor, e que ele está bendato, traduzindo, de
olhos vendados. Será que ele quer dizer que o amor é cego? Outros países como Canadá, Estados Unidos, Polônia,
Inglaterra e Itália também possuem a mesma estátua.
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Obelisco na Piazza Indipendenza |
Outro ponto próximo interessante de ser visitado é o Cancello Sul. Trata-se de um portão de ferro
forjado à beira do Lago, que emoldura o golfo e o perfil do Monte San Salvatore. A obra foi
preservada da demolição da Casa Rusca,
em Mendrisio, e comprada pelo pintor
Emílio Ferrazzini, em 1959. Construído no século XVIII e considerado um Monumento Histórico Cantonal, o portão
foi comprado pela cidade de Lugano
com recursos da contribuição financeira Pro
Lugano. Inicialmente destinado a ser colocado no Parco Ciani em direção à foz do Rio Cassarate, acabou sendo destinado para a frente da antiga doca
e da Villa Ciani. O roteiro cultural também
pede uma conferida. Entre
a Praça e o Cassino, a Rua Canova,
que leva ao Museo Cantonale d’Arte. Conhecedores
de arte são atraídos a esta cidade da arte e da arquitetura devido ao alto
nível das exposições nela encontrado. No Museo
Cantonale d'Arte encontram-se quadros de Klee, Jawlensky, Renoir e Degas,
entre outros. Nos últimos 50 anos, a região do Ticino e, em particular, Lugano
têm se desenvolvido numa importante região para a arquitetura. Os
representantes mais conhecidos da "Escola
do Ticino" são Luigi Snozzi
e Mario Botta. A Banca BSI, de Botta (Viale Franscini), o Palazzo
Ransila (Via Pretorio) e sua
própria oficina na Via Ciani são
ótimos exemplos.
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Palácio dei Congressi |
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