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Zermatt |
Depois de conhecermos algumas cidades do Cantão Ticino, fomos até Zermatt, no Cantão Valais. A Suíça
tem muitos destes vilarejos bucólicos, com chalés nas montanhas, vaquinhas
pastando tranquilamente, restaurantes charmosos e lojinhas interessantes.
Típico cenário onde a vida passa de forma tranquila e aparentemente sem grandes
preocupações. Confesso que Zermatt
não estava em nosso roteiro, na verdade foi indicação da minha irmã que mora em
Lausanne, onde montamos nossa base
para este Tour pela Suíça. Zermatt é um vilarejo localizado no
centro-sul da Suíça bem no meio dos Alpes, junto à fronteira com a Itália, rodeado por montanhas e cortado
pelo Rio Matter Vispa, uma parada
quase que obrigatória para quem vai visitar o país. É o epicentro dos clichês
suíços: montanhas, vaquinhas, chocolates, fondues, ovelhas, neve, frio, mais
chocolates, mais montanhas e mais frio! São os Alpes, afinal!!! Há várias opções para quem quer visitar os Alpes, mas Zermatt chama a atenção dos visitantes por vários motivos, e um
deles é onde fica a montanha Matterhorn,
que inspirou a logomarca do chocolate Toblerone.
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Hauptbahnhof |
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Bahnhofstrasse |
A única forma para chegar lá é de trem da Matterhorn Gotthard Bahn. Exceto se
você for bem rico, daí pode chegar de helicóptero também. Há inclusive a opção de mesclar a visita à cidade com a rota de trem
panorâmica Glacier
Express, considerada uma das mais cênicas do mundo. Para quem vem de carro, é preciso deixá-lo no
estacionamento do Vilarejo de Täsh (cinco quilômetros antes de
chegarmos a Zermatt), já que a
circulação de veículos não é permitida por lá. Em Täsh há vários estacionamentos, mas o melhor é o estacionamento
dentro da Estação Ferroviária, que é
mais cômodo e com bom preço: Matterhorn
Terminal Täsch. Pode ficar tranquilo estacionando lá, é estacionamento
coberto, protegido e ali mesmo você compra o bilhete de trem que sai a cada 20
minutos. Dentro do trem, uma dica é ficarem nos vagões do meio, cujo teto é de
vidro, daí eles te oferecem uma vista panorâmica dos Alpes. Nos vagões das extremidades as janelas são normais. Como
chegamos quase na hora do trem partir não conseguimos lugar nos vagões do meio.
Na realidade a circulação de carros em Zermatt
é restrita aos veículos elétricos. Mas os carros realmente são desnecessários. Se
você se hospedar em um hotel na parte central da vila estará perto de
relativamente todos os pontos turísticos em questão de minutos de caminhada.
Caso o hotel seja um pouco mais afastado, existe a opção de ônibus elétricos,
táxis elétricos ou até mesmo carruagens. As lojas, restaurantes e comércio se concentram em poucas
quadras, na Bahnhofstrasse. Sugiro
que você comece a explorar Zermatt
por aí.
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Bahnhofstrasse |
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Hotel Simi |
Mesmo não sendo lá tão conhecida pela grande maioria dos
turistas brasileiros (não topamos com nenhum por lá!), a cidade é um dos
destinos turísticos mais conhecidos e famosos da Suíça. Por ser uma cidade bastante
turística, os preços de hospedagem em Zermatt
costumam ser bem caros.
Hospedamo-nos
no Hotel Simi, um quatro estrelas
muito charmoso e aconchegante. O Hotel estava praticamente vazio, pois outubro
ainda não é temporada de esqui, quando tudo lota na cidade. A vista da janela
do nosso quarto era de conto de fadas. Chegamos, nos acomodamos, e daí chegou a
hora de passear pela cidade. Simplesmente demais! Cara de cidade do interior,
casinhas de madeira, dezenas de restaurantes incríveis, lojinhas de tudo quanto
é coisa: souvenires, artesanatos, artigos esportivos de inverno, roupas de
grife, padarias etc. Jantamos no Restaurante
Walliserkanne. Eu visitei Zermatt
no comecinho do outono e achei a paisagem linda, já começando a ficar em tons
coloridos, porém o tempo é bem instável e momentos de sol se alternam com
momentos em que a Matterhorn pode
ser totalmente encoberta pelas nuvens.
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Sacadas da Bahnhofstrasse |
Só a caminhada pela cidade já vale a visita e isso que
ainda tínhamos todo o dia seguinte pela frente para subir a montanha. O ideal é
passar dois dias completos em Zermatt.
Se você quiser ficar mais tempo também “rola”, principalmente se você for esquiar
daí pode passar uma pequena temporada por lá. Se você não gosta de esquiar,
sempre há as opções para fazer hiking nas trilhas. E se você não gosta de
nenhum dos dois, bem, veja se seu hotel tem piscina aquecida e leve um bom
livro. Você também pode alugar uma bicicleta e fazer um passeio costeando o
rio, ou pegar um dos táxis elétricos e ir passear até a base da montanha ou
simplesmente andar sem destino pelos lugares mais remotos. Há ainda saltos de
parapente e voos de asa delta. Andando pela cidade, algo que chama a atenção é
a quantidade de flores nas sacadas. A explicação para isso está no fato de que
existe uma lei local que obriga todos os proprietários de prédios com sacadas,
a colocar flores nas floreiras.
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Sacadas da Bahnhofstrasse |
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Ruas de Zermatt |
A fama da localidade se cristalizou e a vila hoje é farta em
hotéis classudos, restaurantes chiquérrimos, lojas de relógios de luxo, pubs,
galerias de arte e celebridades internacionais arriscando uma ou outra manobra
sobre um par de esquis. A discrição em relação aos famosos, no entanto, é quase
tão absoluta quanto a dos bancos de Zurique
ou Genebra a respeito das contas dos
milionários. Não deixe de circular pela Praça
Kirchplatz e conheça a aldeia que está sendo escavada por arqueólogos,
revelando machados de pedra neolíticos e até a corda que se rompeu no cume do
monte na fatídica primeira escalada. Uma das atrações mais pitorescas e
charmosas de Zermatt são as
construções da Hinterdorfstrasse,
uma travessa da Bahnhofstrasse,
vocês encontrarão construções (estábulos, lojas e casas) erguidas entre os
séculos XVI e XVIII. Em perfeito estado de conservação, elas são o retrato fiel
de como era a vida em Zermatt
naquela época. Literalmente uma viagem no tempo.
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Zermatt |
É em Zermatt que a essência
do esqui e dos famosos Alpes Suíços se revela. Deslizar entre as
pistas levemente azuladas da cadeia montanhosa, respirando o vento puro e
cortante ao longo dos quase 320 quilômetros de trilhas sinalizadas, é uma
experiência sem igual. A região de esqui compreende 63 ferrovias
montesas. A região chamada de "paraíso
de geleiras do Matterhorn"
é a maior e mais elevada região de esqui de verão da Europa. No inverno, a região vira
uma espécie de parque de diversões para praticantes de esqui, snowboard, cross
country, paragliding e patinação no gelo da Suíça e de
toda a Europa.
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Zermatt |
O Cemitério e Memorial
dos Montanhistas, localizado a poucos passos da rua principal (Bahnhofstrasse), é uma homenagem aos
alpinistas que perderam a vida nas montanhas ao redor de Zermatt. As lápides revelam nomes de mulheres e homens do mundo
inteiro que morreram no Matterhorn, Täschhorn, Weisshorn, Liskamm, Obergabelhorn e no maciço do Monte Rosa. De quebra,
o turista tem a oportunidade de conferir, no Museu Matterhorn, a rica história da região, desde o lendário
acidente da primeira escalada do Matterhorn, em
1865, quando membros da equipe liderada por Edward Whymper morreram durante a
descida. O Museu Matterhorn chama a
atenção pela sua futurística cúpula de vidro azul. Localizado ao lado da Igreja de Sankt Mauritius, o Museu
expõe traços históricos do desenvolvimento da pequena Zermatt, especialmente as primeiras expedições ao topo do Matterhorn. Em 2015 Zermatt
ficou em 12º lugar na pesquisa de Melhores Destinos realizada pelo Trip
Advisor, título muito
merecido, já que é de fato uma cidade dos sonhos.
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