Castelo Sforzesco |
Milão, uma das cidades italianas
mais requisitadas pelos turistas, é reduto de muitos passeios interessantes para
você conhecer. O Castelo Sforzesco de
Milão faz parte das metas clássicas dos turistas e se encontra na
extremidade da grande área de pedestres do centro da cidade. Com sete séculos de
história, o Castelo Sforzesco é um dos
monumentos mais importantes de Milão.
A antiga fortaleza começou a ser construída ao longo da muralha medieval de Milão, que englobava uma das portas de entrada
da cidade, a Porta Giovia, entre os anos
1360 e 1370 quando em Milão reinava
a Família Visconti. Depois de
acontecimentos alternados, entre eles uma destruição durante a República Ambrosiana, o Castelo foi
ampliado e assumiu a forma atual durante os últimos 20 anos do século XV,
quando Milão era já um ducado e
governado por Ludovico Il Moro (membro da Família
Sforza, de onde o Castelo pega o nome). Milão naquela época era cheia de obras: canalizações, plantações de
arroz, seda e fortificações.
Castelo Sforzesco |
A Corte Milanesa naqueles anos era esplêndida, no ápice do Renascimento, repleta de festas e
banquetes, música e bailes. Frequentada por poetas e artistas, entre eles
Donato Bramante e Leonardo da Vinci, que em Milão deixou uma marca incalculável, pintando a Santa Ceia, encomendada pelo próprio
Ludovico Il Moro. A Família Sforza
se esforçou por converter o Castelo em uma das cortes mais magníficas da Itália. Com a queda do Ducado Sforzesco e a invasão dos espanhóis,
austríacos e franceses, decaiu também o Castelo, que foi utilizado nos séculos
sucessivos e com várias transformações, só para funções essencialmente
militares. Com o Decreto de junho de 1800, Napoleão ordenou a demolição do
Castelo e, em 1801, foram derrubadas as torres laterais e os bastiões
espanhóis.
Castelo Sforzesco |
Na segunda metade do
século XIX, o Castelo foi alvo de discussão entre os milaneses, já que muitos
cidadãos queriam destruí-lo para construir um luxuoso bairro residencial. No
entanto, prevaleceu a cultura histórica e o arquiteto Luca Beltrami executou
uma importante restauração, devolvendo ao Castelo o aspecto que ele tinha na
época dos Sforza. A restauração foi finalizada em 1905, com a inauguração da Torre Filarete e o Parco Sempione, construído onde estava a antiga Praça de Armas. No final do século XX, foi
construída a Praça do Castelo com uma
fonte inspirada na que ocupava o lugar anteriormente, antes de ser destruída nos
anos 1960, pela construção do metrô. Em 2005 foram finalizados os últimos trabalhos
de restauração da zona do curral e nas salas do Castelo.
Fonte em frente ao Castelo Sforzesco |
O Castelo foi
restituído à cidade e destinado a acolher museus e bibliotecas, assumindo a
função cultural e pública que ainda hoje o caracterizam. Com isso, podemos
dizer que o Castelo é um museu de museus: entre coleções, museus, bibliotecas e
arquivos, hospeda 14 instituições que contém obras de peculiar preciosidade.
Para visitar tudo, precisaria de dias. Por isso, segundo a vontade e o tempo,
se pode decidir de não visitar nenhuma: o Castelo vale a visita só para se
refrescar com os jatos da fonte que fica na entrada, admirar a sua estrutura
externa, os pátios internos e depois ir descansar no Parco Sempione, que fica atrás da fortificação.
Parco Sempione |
Mas os turistas
interessados em arte não se deixem escapar a oportunidade de uma visita aos
seus inúmeros museus. O mais famoso e frequentado é o Museu de Arte Antiga, situado na Corte Ducal. É ali, que se pode admirar uma das poucas obras que
Leonardo da Vinci deixou em Milão,
além da Santa Ceia: a Sala delle Asse. A escultura Pietà Rondanini de Michelangelo, que
ficava exposta no Museu de Arte Antiga,
agora está em um lugar só para ela, dentro da Enfermaria Espanhola da Praça das Armas (o bilhete para a visitação
é separado). O Museu também vale como dica de programa para a criançada em Milão, já que abriga uma coleção de
armaduras e armas de Milão dos
séculos XIII e XIV.
Muralhas do Castelo Sforzesco e ruínas dos antigos fossos |
A parte superior da
Corte hospeda o Museu do Móvel e a
sua nova montagem apresenta uma interessante combinação entre design moderno e
móveis de época. É ali também que fica a Pinacoteca
do Castelo, composta por mais de 1500 obras, e que expõe quadros do século
XIII ao século XVI, de artistas ativos em Milão
e na região da Lombardia. Nos
subterrâneos ficam os pequenos museus da Pré-História
e Proto-História e do Egito,
interessantes para quem quer visitar sarcófagos, máscaras funerárias e múmias.
O Castelo abriga ainda o Museu das Artes
Decorativas, que documenta o trabalho de ourives, entalhadores, ceramistas
e tecelões entre os anos 1000 e 1700 e o Museu
dos Instrumentos Musicais, uma das coleções mais importantes da Europa e que abriga peças únicas a
nível mundial. Apesar da montagem das exposições em alguns museus sentirem o
peso do tempo e precisarem de uma renovada, eu aconselho muito a visita a
alguns deles, já que eles são uma das coisas que essa cidade tem de melhor como
história e cultura. O custo do bilhete é baixo e vale para a visita a todos os
museus do complexo.
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