sábado, 25 de fevereiro de 2017

Milão - Castelo Sforzesco

Castelo Sforzesco
Milão, uma das cidades italianas mais requisitadas pelos turistas, é reduto de muitos passeios interessantes para você conhecer. O Castelo Sforzesco de Milão faz parte das metas clássicas dos turistas e se encontra na extremidade da grande área de pedestres do centro da cidade. Com sete séculos de história, o Castelo Sforzesco é um dos monumentos mais importantes de Milão. A antiga fortaleza começou a ser construída ao longo da muralha medieval de Milão, que englobava uma das portas de entrada da cidade, a Porta Giovia, entre os anos 1360 e 1370 quando em Milão reinava a Família Visconti. Depois de acontecimentos alternados, entre eles uma destruição durante a República Ambrosiana, o Castelo foi ampliado e assumiu a forma atual durante os últimos 20 anos do século XV, quando Milão era já um ducado e governado por Ludovico Il Moro (membro da Família Sforza, de onde o Castelo pega o nome). Milão naquela época era cheia de obras: canalizações, plantações de arroz, seda e fortificações.

Castelo Sforzesco
A Corte Milanesa naqueles anos era esplêndida, no ápice do Renascimento, repleta de festas e banquetes, música e bailes. Frequentada por poetas e artistas, entre eles Donato Bramante e Leonardo da Vinci, que em Milão deixou uma marca incalculável, pintando a Santa Ceia, encomendada pelo próprio Ludovico Il Moro. A Família Sforza se esforçou por converter o Castelo em uma das cortes mais magníficas da Itália. Com a queda do Ducado Sforzesco e a invasão dos espanhóis, austríacos e franceses, decaiu também o Castelo, que foi utilizado nos séculos sucessivos e com várias transformações, só para funções essencialmente militares. Com o Decreto de junho de 1800, Napoleão ordenou a demolição do Castelo e, em 1801, foram derrubadas as torres laterais e os bastiões espanhóis.

Castelo Sforzesco
Na segunda metade do século XIX, o Castelo foi alvo de discussão entre os milaneses, já que muitos cidadãos queriam destruí-lo para construir um luxuoso bairro residencial. No entanto, prevaleceu a cultura histórica e o arquiteto Luca Beltrami executou uma importante restauração, devolvendo ao Castelo o aspecto que ele tinha na época dos Sforza. A restauração foi finalizada em 1905, com a inauguração da Torre Filarete e o Parco Sempione, construído onde estava a antiga Praça de Armas. No final do século XX, foi construída a Praça do Castelo com uma fonte inspirada na que ocupava o lugar anteriormente, antes de ser destruída nos anos 1960, pela construção do metrô. Em 2005 foram finalizados os últimos trabalhos de restauração da zona do curral e nas salas do Castelo.

Fonte em frente ao Castelo Sforzesco
O Castelo foi restituído à cidade e destinado a acolher museus e bibliotecas, assumindo a função cultural e pública que ainda hoje o caracterizam. Com isso, podemos dizer que o Castelo é um museu de museus: entre coleções, museus, bibliotecas e arquivos, hospeda 14 instituições que contém obras de peculiar preciosidade. Para visitar tudo, precisaria de dias. Por isso, segundo a vontade e o tempo, se pode decidir de não visitar nenhuma: o Castelo vale a visita só para se refrescar com os jatos da fonte que fica na entrada, admirar a sua estrutura externa, os pátios internos e depois ir descansar no Parco Sempione, que fica atrás da fortificação.

Parco Sempione
Mas os turistas interessados em arte não se deixem escapar a oportunidade de uma visita aos seus inúmeros museus. O mais famoso e frequentado é o Museu de Arte Antiga, situado na Corte Ducal. É ali, que se pode admirar uma das poucas obras que Leonardo da Vinci deixou em Milão, além da Santa Ceia: a Sala delle Asse. A escultura Pietà Rondanini de Michelangelo, que ficava exposta no Museu de Arte Antiga, agora está em um lugar só para ela, dentro da Enfermaria Espanhola da Praça das Armas (o bilhete para a visitação é separado). O Museu também vale como dica de programa para a criançada em Milão, já que abriga uma coleção de armaduras e armas de Milão dos séculos XIII e XIV.

Muralhas do Castelo Sforzesco
e ruínas dos antigos fossos
A parte superior da Corte hospeda o Museu do Móvel e a sua nova montagem apresenta uma interessante combinação entre design moderno e móveis de época. É ali também que fica a Pinacoteca do Castelo, composta por mais de 1500 obras, e que expõe quadros do século XIII ao século XVI, de artistas ativos em Milão e na região da Lombardia. Nos subterrâneos ficam os pequenos museus da Pré-História e Proto-História e do Egito, interessantes para quem quer visitar sarcófagos, máscaras funerárias e múmias. O Castelo abriga ainda o Museu das Artes Decorativas, que documenta o trabalho de ourives, entalhadores, ceramistas e tecelões entre os anos 1000 e 1700 e o Museu dos Instrumentos Musicais, uma das coleções mais importantes da Europa e que abriga peças únicas a nível mundial. Apesar da montagem das exposições em alguns museus sentirem o peso do tempo e precisarem de uma renovada, eu aconselho muito a visita a alguns deles, já que eles são uma das coisas que essa cidade tem de melhor como história e cultura. O custo do bilhete é baixo e vale para a visita a todos os museus do complexo.

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