Castello Sforzesco |
A nona e última etapa deste Tour pela Europa II foi em Milão,
Itália. A viagem de Veneza para Milão foi de trem, saindo
da Stazione
de Venezia Santa Lucia até Milano
Centrale Railway Station, via Frecciarossa, numa viagem de duas horas
e meia. Quem chega de trem
normalmente desce na Stazione Centrale,
mas há ainda outras duas: a Stazione
Nord, que opera as linhas para o norte, e a Stazione Porta Garibaldi, que concentra as linhas regionais. A Estação Central de Trem que liga Milão às principais cidades italianas e
europeias foi construída em 1925-31 durante o período fascista, sua imponência
é de grande impacto. A hospedagem em Milão
foi em casa alugada via site Airbnb.
Milão está a 600 quilômetros de Roma, 320 quilômetros de Florença (Firenze) e a 280 quilômetros de Veneza.
Duomo di Milano |
Milão é uma comuna
italiana, capital da região da Lombardia, província de Milão. A cidade ocupa uma zona na parte ocidental da Lombardia, na Planície Padana. Geograficamente é limitada pelos rios Ticino, Adda e Pó a oeste, leste
e sul, respectivamente, e pelo Lago di Como
e a fronteira suíça, a norte. A área
urbana de Milão é a quinta maior da União Europeia e a maior e mais
populosa da Itália. Em termos
europeus, a área metropolitana de Milão
cobre uma área territorial equivalente à de Paris com
uma população de mais de sete milhões de habitantes. Pela população, Milão é a segunda maior cidade
italiana. Seus habitantes são referidos como “milanesi” (milaneses), ou, informalmente, como meneghini ou ambrosiani. O
nome da República Ambrosiana provém
de Santo Ambrósio, santo padroeiro popular
da cidade de Milão. Há poucos
vestígios da antiga colônia romana,
que mais tarde se tornou a capital do Império Romano do Ocidente. Durante a
segunda metade do século IV, Ambrósio, como Bispo de Milão, teve uma
forte influência sobre a disposição da cidade, redesenhando-a e construindo
grandes basílicas, às portas da cidade: "Santo Ambrósio", em San
Nazaro Brolos, "São Simpliciano"
e "Sant’Eustorgio", ainda
estão em bom estado, remodelados ao longo dos séculos, como algumas das igrejas
mais importantes em Milão.
Clássica decoração de Natal da Loja de Departamentos La Rinascente |
Estrategicamente assentado na porta de entrada da
península italiana, Milão e os
arredores da região da Lombardia
foram objeto de disputas constantes ao longo dos séculos. Celtas, romanos,
godos, lombardos, espanhóis e austríacos, todos governaram a cidade em alguma
fase da sua história e, a cidade tem capitalizado sobre a sua posição e hoje
surge como uma indiscutível potência econômica e cultural de uma Itália unida, não sem, ocasionalmente,
ter lutado contra os dominadores estrangeiros. A
cidade foi fundada pelos ínsubres,
um povo celta, por volta de 400
a.C. Posteriormente, foi capturada pelos romanos em 222 a.C., tornando-se assim
muito bem sucedida sob o Império Romano.
Durante a Idade Média, Milão
prosperou como um centro de comércio devido ao seu domínio da rica planície do Pó e das rotas da Itália através dos Alpes. Mais tarde, Milão foi governada por Visconti, Sforza, os espanhóis em 1500 e
os austríacos em 1700. Em 1796, Milão foi conquistada por Napoleão
I, que fez dela a capital do seu Reino de Itália em 1805 e foi coroado na Catedral
de Milão (Duomo). Durante o período romântico, Milão foi um importante centro cultural
na Europa, atraindo vários artistas, compositores e importantes figuras literárias.
Clássica decoração de Natal da Loja de Departamentos La Rinascente |
Durante a Segunda Guerra Mundial, Milão
sofreu graves danos devido aos bombardeios britânicos e americanos. Apesar de a
Itália ter saído, assinando um armistício
com os Aliados, a Guerra ainda continuou
até 1945, com as forças armadas
alemãs ocupando a maior parte do
norte do país. Em 1943, a resistência antialemã na Itália ocupada aumentou e houve muitas lutas em Milão. Alguns dos piores bombardeios dos
Aliados na cidade ocorreram em 1944,
e grande parte deles estava focado em torno da principal Estação Ferroviária de Milão.
Parco Sempione e o Castello Sforzesco ao fundo |
Uma cidade
internacional e cosmopolita, 13,9% da população de Milão é de origem estrangeira. O
idioma oficial da cidade é o italiano, mas quem domina a língua inglesa não
terá dificuldades de comunicação. A unificação política da Itália consolidou o domínio comercial de Milão sobre o norte da Itália. Isto também levou a uma grande
construção de ferrovias que fez de Milão
a central ferroviária do norte da Itália.
A cidade continua sendo um dos principais centros transportacionais e
industriais da Europa e é um dos
mais importantes centros da União Europeia
para negócios e finanças, com a
sua economia sendo uma das mais ricas e poderosas do mundo. A área
metropolitana de Milão tem o PIB mais elevado da Europa. Além disso, Milão é a 11ª cidade mais cara do mundo
para funcionários expatriados.
Assim como no restante da Itália, a
moeda local é o Euro e, embora muita
gente a considere uma cidade extremamente cara (na verdade é, se o visitante
optar pelo circuito do luxo), Milão
pode surpreender aqueles que não estão dispostos a gastar tanto.
Parco Sempione e o Castello Sforzesco ao fundo |
Ser o centro financeiro e comercial de um país e, ao mesmo
tempo, referência nos campos da história, arte, arquitetura, moda e design não
é para qualquer cidade. E Milão,
sabe ser multifacetada. Na opinião de alguns, a cidade chega a ser
excessivamente urbana, porém inegavelmente charmosa, um local onde o novo e o
antigo se misturam perfeitamente e as opções de entretenimento são numerosas. À
primeira vista, Milão impressiona
pelo ritmo frenético das ruas, com pessoas indo e vindo, tráfego de veículos
intenso, prédios comerciais e lojas, mas a verdade é que em meio a esses locais
citados também há museus importantíssimos (é lá que o visitante vai ver de
perto A Última Ceia, de Leonardo da Vinci), sítios
que preservam a história da cidade, teatros, restaurantes que servem delícias
da culinária milanesa, cafés, parques e muito mais.
Arco della Pace |
Milão possui uma rica
cozinha, um tanto distinta da que bem conhecemos e chamamos de “italiana”. Há
vários pratos típicos da região, todos onipresentes nas principais casas da
cidade. Alguns dos símbolos gastronômicos milaneses são o ossobuco, bollito misto,
excelentes polentas (de milho e castanha), ricos e densos risotos feitos com
arroz do Vale Ticino e queijos como Grana Padano, Mascarpone, Taleggio e, o
mais conhecido de todos, o Gorgonzola.
Boa parte dos restaurantes oferecerá uma entrada, um prato principal e café ou
vinho da casa a um preço bem convidativo. Obviamente você também encontrará estabelecimentos
mais luxuosos, trabalhando com ingredientes e leituras mais contemporâneos da cucina
povera, a comida do povão.
Arco della Pace |
Visitar Milão é uma experiência que todos
deveriam ter, de entrada você encontrará uma cidade muito desenvolvida com
edifícios grandes e muito movimentada, a capital da moda é também um dos
grandes motores da economia europeia. Passear de carro numa cidade destas é um
grande erro, estacionamentos são escassos e você não vai aproveitar como
deveria. Quebre o paradigma, o transporte público é muito bom, barato e pontual
na Itália. Os bilhetes devem ser
comprados antecipadamente, não há cobrador no ônibus, tram ou metrô, sempre
perto de cada parada você encontrará um local que vende, seja uma banca (conhecida
“Tabacchi”), em qualquer lugar assim chamado se vendem revistas, cigarros e até café de primeira qualidade.
Arena Cívica |
Caminhar
pelos charmosos bairros da cidade é uma das sugestões de programas imperdíveis.
Alguns pontos turísticos importantes e movimentadas áreas de compra, por
exemplo, concentram-se na região central, em torno da Catedral (Duomo),
mas é claro que se deslocar para outros pontos mais distantes não é nada
complicado devido ao eficiente transporte público local. É na região do Duomo
que está tudo o que o turista que possui pouco tempo, e está fazendo um giro
pela Itália ou até pela Europa precisa ver. Prepare-se para
caminhar, mas tudo pode ser feito a pé com um pouco de boa vontade e com
algumas pausas. São tantos lugares, tanta arte, você não irá conhecer a
história em Milão, estará pisando
sobre ela e é isso que faz da Itália
um lugar tão fascinante. Você não vê história, você vive a história em cada
edifício, cada construção, cada cantinho particular que somente você
encontrará. Não há uma fórmula de sucesso melhor do que caminhar pelas pequenas
ruas e encruzilhadas de Milão.
Monumento a Giuseppe Garibaldi |
A cidade tem um musical particularmente famoso,
principalmente operística, por tradição, é a casa de vários compositores
importantes e teatros. Na década de 1770, Mozart estreou três óperas no Teatro
Regio Ducal. Mais tarde, o Teatro alla Scala tornou-se um teatro
de referência no mundo, com suas premieres de Bellini, Donizetti, Rossini e
Verdi. O próprio Verdi está enterrado na "Casa di Riposo per Musicisti", um presente seu para Milão. No século XIX, outros teatros importantes
foram La Cannobiana e o Teatro
Carcano. Reserve ao menos três dias para conhecer
essa cidade que, apesar de não ter uma quantidade grande de belezas naturais,
encanta pela riqueza cultural e pelas opções de diversão para todos os
públicos. Milão ou Milano (como se diz em italiano) pode
não ser a capital da Itália, mas é
sem dúvida alguma uma cidade muito importante na vida e na economia italiana. É
conhecida por conter vários museus importantes, universidades, academias,
palácios, igrejas e bibliotecas (tais como a Academia de Brera e o Castello
Sforzesco). Milão tem uma
rede de grandes (e desconhecidos pelo grande público) museus, mas se você tem
tempo para visitar só um deles, que seja a Pinacoteca
de Brera. Fundada como museu em era Napoleônica no século XIX, ainda hoje é
a maior coleção de arte que vai do século XIII ao século XIX, da cidade. Caravaggio, Bramantino, Piero della Francesca,
Raffaello, Bellini, Mantegna, são só alguns dos nomes dos grandes artistas da
arte italiana, exposto nos espaços que foram um convento jesuíta no século XVI.
Isso faz de Milão um dos mais
populares destinos turísticos da Europa. A cidade sediou a Exposição
Universal de 1906 e foi a
sede da Exposição Universal de 2015.
Belíssima decoração da Galeria Vittorio Emanuele |
Ainda que tenha a metade da população de Roma, é Milão quem
faz o papel da metrópole moderna e cosmopolita na Itália. Com o bônus de que seu rico passado cultural e
arquitetônico também faz bonito diante de quem a visita. Sim, você encontrará
aqui o stress e o caos urbanos das grandes cidades. Mas não só. Milão é o reino encantado dos
apaixonados por moda, que têm como templo sagrado o chamado Quadrilátero de Ouro, conjunto de ruas
em que as grifes mais chiques e caras do mundo disputa a atenção dos
transeuntes. E a elegância milanesa transcende as peças que Versace, Dior,
Prada e outros craques da alta costura exibem nas vitrines, aparecendo também
na grandiosidade do Duomo ou em outras
igrejas mais singelas como a Santa Maria
delle Grazie (onde repousa A Última Ceia, de
Leonardo da Vinci). Experimente também a noite milanesa, farta em restaurantes
e bares, como só um polo cosmopolita é capaz de oferecer.
Galeria Vittorio Emanuele |
Corso di Porta Venezia, Via Manzoni, Via
Montenapoleone e Via della Spiga.
São essas as quatro ruas que formam um quadrado e fecham o que o mundo chama de
Quadrilátero da Moda ou de Ouro,
como chamam alguns. Dentro desse perímetro você encontra a maior concentração
de grifes do mundo, com uma sucessão de lojas e vitrines que fazem cair os
queixos, às vezes pela beleza das roupas, mas quase sempre pelos preços
astronômicos. Mas comprar no Quadrilátero
da Moda de Milão não é obrigatório e olhar não custa nada, então vale uma
voltinha pelas ruas elegantes, com prédios e palácios de grande beleza e muitas
vezes ignorada pelos turistas. Milão
oferece inúmeras opções e zonas para fazer compras. Para procurar a região das
compras em Milão (como em todas as
cidades), aconselho antes de tudo pensar no próprio bolso. No Bairro de Brera é possível
encontrar lojas de alto nível com preços mais abordáveis. Para quem
deseja coisas diferentes e mais alternativas, a Via Porta Ticinese é a mais adaptada. Para compras mais
baratas as melhores ruas são: Corso
Vittorio Emanuelle, Via Torino e
Corso Buenos Aires.
A vida noturna em Milão é dividida entre bares e
discotecas. As áreas mais conhecidas de entretenimento onde esses lugares estão
abertos até a madrugada são: As Colunas
de San Lorenzo, Navigli e Garibaldi (Corso Como). Ao longo das Colunas de San Lorenzo, os jovens
passeiam e batem papo nos bares e nos bancos que circundam a Igreja de San Lorenzo. No verão, uma
parte da vida noturna mais animada se concentra no Idroscalo (mas passe repelente, porque é cheio de mosquitos) onde
as discotecas a céu aberto lotam quase todas as noites. Se quiser curtir
uma noite menos agitada com bares que ficam abertos até tarde, pode optar por Via Tortona, Brera e também Navigli.
Nenhum comentário:
Postar um comentário