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Santuário della Santa Maria Del Sangue |
O Piemonte é uma
região situada no Norte da Itália, dividido
em oito províncias, cuja capital é Turim.
Essa região é a segunda maior em termos de superfície, depois da Sicília. Tem limites a oeste com a França, a noroeste com o Valle
d’Aosta, a norte com a Suíça (Cantões Valais e Ticino), a leste com a Lombardia,
a sudeste com a Emilia-Romagna e ao
sul com a Ligúria. O Piemonte, que não tem litoral,
revela-se nos queijos e produtos agrícolas interioranos. O queijo pecorino
ácido é fantástico, a linguiça de javali (salsiccia di cinghiale),
única e o vinho de sobremesa Asti
Spumante faz tudo ficar ainda melhor. Mas um ingrediente, o tartufo bianco, faz
a glória das florestas do Piemonte.
Trata-se da trufa branca, encontrada com a ajuda de cães de caça treinados. O
fungo, que cresce sob carvalhos, nogueiras e outras árvores, é tão raro que
chega a custar mais de US$ 1.000 o quilo, e só está disponível do final do
outono, que começa em setembro no Hemisfério
Norte, a janeiro.

Os grandes Passos dos Alpes,
o doce perfil das colinas, a vasta planície, fazem desta região um
extraordinário lugar de encontro de história, tradições e indústrias. O Piemonte é terra de tradições
camponesas, com arrozais a perder de vista na planície, ao passo que as encostas
das colinas são plantadas com vinhedos, e as montanhas, cobertas de bosques,
oferecem ricos pastos. Como sempre, os caprichos da geografia ditaram aqui
também o desenvolvimento da região, compreendendo-se assim por que as áreas na
planície gozaram de ininterrupto progresso, enquanto os vales nas colinas e nas
montanhas, por mais isolados, permaneceram alheios e fortemente apegados às
suas tradições.
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Entrada do Santuário |
A primeira cidade que conhecemos na região do Piemonte foi Re, uma Comuna italiana, na Província
di Verbano Cusio Ossola. A Província
está dividida em 77 comunas, sendo a capital Verbania. Faz fronteira a oeste, norte e leste com a Suíça (Cantões Valais e Ticino) e a leste com a Região da Lombardia. O local pertencia ao Ducado dos Sforza e foi doado como feudo a São Carlos Borromeu. Durante
o século XVI o Vale foi saqueado e pilhado pelos Valaisanos o que obrigou a
passagem dos exércitos franceses e espanhóis por Ossola. O povoado então sofreu com o
assédio militar, principalmente pelos impostos cobrados pelos chefes de
plantão, em particular pelos espanhóis. E mais ainda com a peste que
assolou a região, quase dizimando a população do local. No final do século XVI foi adicionado o flagelo do banditismo.
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Entrada do Santuário |
O Santuário della
Santa Maria Del Sangue é o monumento mais espetacular da cidade de Re. Os turistas voltam seus olhos
atônitos para o grande espetáculo que aparece de repente na paisagem do Centovalli suíço e italiano, no sopé do
Monte Gridone, que mede 2.154 metros
de altura. O altar da Basílica é todo feito em mármore com uma balaustrada
semicircular ao estilo lombardo. O altar foi concebido como nicho para
enquadrar o Afresco de Nossa Senhora dos
Reis, Mãe de Deus e Mãe da Divina Graça. Dois anjos em mármore branco estão
em adoração ao lado do afresco, enquanto acima do altar, seis anjos dão apoio a
uma coroa para a Rainha do Céu e da Terra. Só em 1596 o
venerável Bispo de Novara, em sua primeira visita
pastoral, dá um impulso decisivo ao culto de Nossa Senhora do Sangue.
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Altar-Mor do Santuário |
A imagem da Madonna de Re representa
um estilo românico, muito comum no período entre os séculos XIII e XIV. Sentada em um trono com o Menino Jesus de joelhos, a Madonna
é representada na sua qualidade de mãe do Filho de Deus, na mão direita ostenta
três rosas, a "flor das virgens"
e o símbolo do Rosário. Aos pés, um rolo com o significado teológico da missão de
Maria: "No colo da mãe a sabedoria
do Pai", expressão típica dos Padres da Igreja, a qual não é estranha
para a cultura clássica pagã. O pintor da Madonna de Re é anônimo ou não deixou sua
assinatura na obra. Especialmente no caso do Vale Vigezzo, Vale Cannobina, do Lago Maggiore e
do Ticino a Imagem de Nossa Senhora
do Sangue tem um lugar de honra; também sua figura com os estigmas inconfundível de sangue
aparece pintados nas paredes exteriores de casas em todos os lugares e cabanas
humildes sobre as pastagens de montanha.
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Altar-Mor do Santuário |
O ponto mais ousado da Basílica é definitivamente a cúpula.
Majestosa, encimada por quatro torres de brigada, medindo 51 metros de altura.
É sem dúvida, um valioso trabalho de arquitetura que cria uma nota de
particular elegância no todo harmonioso do edifício. Graças principalmente à emigração
vigezzina dos limpadores de chaminés, dos retalhistas
ambulantes, pintores e joalheiros, a imagem de Nossa Senhora do Sangue aparece
em várias capelas na Suíça (Genebra),
no Tirol, na Hungria (uma em Budapeste
e outra em Gorcsonj), na Áustria, na Tchecoslováquia e nas Américas. No Brasil é conhecida como Nossa Senhora
da Rosa Mística.
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Cúpula do Santuário |
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Interior do Santuário |
Impressionante...
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