segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Tour pela Europa I - Suíça

Centro de Genebra
Nos meses mais frios do ano, a terra dos relógios precisos, das vacas gorduchas, contas bancárias sigilosas e dos canivetes multifunções – lota de turistas ávidos por curtir o frio em meio ao charme dos Alpes, com direito a muito chocolate quente e fondue, no calorzinho das lareiras. Mas é no verão que se tem a oportunidade de vivenciar as quatro estações de uma só vez. Enquanto moradores de Zurique aproveitam os meses mais quentes para se banhar nas águas límpidas do Rio Limmat, nos mais de 200 centros de esqui suíços os picos de neve eterna garantem temperaturas abaixo de zero seja qual for a época do ano. Nessa brincadeira de tá quente, tá frio, a fantástica rede ferroviária exerce papel fundamental. O turista embarca no calor do verão e desembarca, com luvas, cachecol e dentes batendo, em montanhas com temperatura abaixo de zero.

Genebra às margens do Lac Lèman


Genebra às margens do Lac Lèman

Genebra e o Lac Lèman

Grande Thèâtre de Genève
O pequeno país é mesmo tudo o que se imagina dele. Mas acrescente também cidades que transitam entre a tradição e a modernidade, museus e obras futuristas. É um dos lugares mais belos do mundo ou, no mínimo, o que melhor harmonizou o urbano com o natural. Da janela dos trens, que levam confortavelmente para qualquer lugar, surgem vilarejos com casinhas de madeira entre vales verdejantes e campos que parecem de golfe. Na Suíça, tudo funciona, está limpo ou muito organizado. Como uma espécie de utopia realizada de como o mundo inteiro poderia ser. Ali estão as cidades de melhor qualidade de vida do planeta, como Zurique, Berna e Genebra, onde vive um povo de muitas culturas, das quais a alemã é predominante – as outras são a francesa, a italiana, e o romanche.

Grande Thèâtre e o Conservatório de Música de Genève

Centro de Genebra
Tanta perfeição pode ser explicada, em parte, pela ausência de grandes guerras nos últimos 500 anos, o que liberou os suíços da necessidade de reconstruir o país, deixando-os livres para concentrar esforços apenas no aperfeiçoamento do que já existia. A Suíça hoje parece ter resolvido todos seus problemas materiais e assim pode dedicar-se a resolver apenas questões existenciais, como votar pelo casamento gay ou pelo direito a eutanásia.

Rio Rhône

No verão europeu, entre junho e agosto, é a alta temporada. Faz calor e a Suíça está colorida e alegre, com muitos turistas bebendo chope e ouvindo jazz nos bares à margem dos rios de Zurique e Lucerna, assim como do Lago de Lausanne. A partir do final de novembro, a temperatura começa a cair. Há muita neblina e o sol não dá mais as caras. É o início da temporada de esqui. Já falamos o suficiente sobre a Suíça nas postagens do Tour pela Suíça, quem quiser mais informações pode dar uma olhada lá. Na ocasião da viagem dos meninos, minha irmã estava morando em Genebra, depois foi para Lausanne e atualmente voltou para Genebra. Enfim, eles conheceram estas duas cidades, além de Montreux. Falamos sobre elas também, em postagens anteriores. 

Rio Rhône

Lac Lèman
Para conhecer Genebra eles alugaram bicicletas, e pedalaram todos os dias, o dia inteiro. Que fôlego!!! E conheceram os principais pontos turísticos da cidade. O Lac Leman ou Lago de Genebra, como é mais conhecido, é o maior lago de água doce da Europa Ocidental, com uma extensão de 73 quilômetros de comprimento por 14 quilômetros de largura. Ele é compartilhado com o país vizinho, a França, que possui 40% de sua área. Dizem que a beleza do Lago e a discrição suíça já atraíram muitos famosos que acabaram adquirindo propriedades às suas margens como Charles Chaplin, Freddy Mercury e David Bowie. A parte do Lago pertencente a Genebra é conhecida como Petit Lac (pequeno lago). Durante o verão, o Lago é destino certo de moradores e turistas, que aproveitam para velejar, nadar, ou simplesmente relaxar lendo um bom livro.

Jet D'Eau du Lac Lèman
O Jet D’Eau é um dos símbolos de Genebra e sua principal atração turística. A água que jorra do Jet D’Eau atinge uma altura de até 140 metros. À noite, uma iluminação sofisticada faz com que o aspecto de neve (devido à presença de milhões de minúsculas bolhas de ar) contraste com a escuridão da noite, dando uma atmosfera mágica à fonte. Em ocasiões especiais, o Jato recebe iluminação especial e as águas podem refletir diferentes cores. Já em dias ensolarados, é possível apreciar belos arco-íris que se formam em torno do Jato.


Jet D'Eau du Lac Lèman

Horloge Fleurie du Jardin Anglais
O Jardin Anglais é um dos muitos parques da cidade de Genebra e está localizado à beira do Lago. É nele que o turista encontra o Horloge Fleurie (Relógio das Flores) e também uma das vistas mais privilegiadas do Jet D’Eau. É neste parque que acontece as maiores festividades da cidade, como, por exemplo, a Fêtes de Genève, que acontece nos meses de julho e agosto. Dentre tantos relógios famosos espalhados pelas vitrines da cidade, certamente o mais célebre – e fotografado pelos turistas, é o Horloge Fleurie. Criado em 1955, o Relógio feito de flores é conhecido mundialmente e alia perfeitamente duas artes distintas: a botânica e a relojoaria. Com 16 metros de circunferência e cinco metros de diâmetro, o monumento é composto por mais de seis mil flores, cujas cores mudam de acordo com a estação do ano.

Jardin Anglais

Vieille Ville
A Vieille Ville ou a Vila Velha é considerada a maior cidade histórica da Suíça. Além da Cathèdrale “Saint-Pierre”, o Palácio da Justiça e o Muro dos Reformadores, vários outros prédios e monumentos retratam um pouco dos tesouros da história de Genebra. Foi em uma das ruelas do Centro Histórico de Genebra que nasceu, em 1712, Jean-Jacques Rousseau, o filósofo que defendia a teoria de que “o homem é bom por natureza, mas está submetido à influência corruptora da sociedade”. O Espaço Rousseau é um dos museus que podem ser visitados nesta parte da cidade.

Praça de Armas

Vieille Ville

Place Bourg du Four na Vieille Ville

Rio Arve
A cidade de Genebra é banhada por dois rios (Rhône e Arve) que se encontram em um bairro chamado Jonction, localizado a poucos minutos de caminhada do centro da cidade. As águas desses rios têm origens diferentes: o Rio Rhône é formado pelas águas do Lac Leman e o Rio Arve pelo desgelo de vários glaciais do Vale de Chamonix, na França. Ao se encontrarem, os dois rios exibem um contraste de cores impressionante e por alguns metros as águas claras do Rhône não se misturam às águas turvas do Arve. Vale a pena a caminhada. Além destes pontos turísticos eles conheceram também o Palais des Nations, o Museé Ariana, o Promenade des Bastions, o Grand Théâtre de Genève, e como não poderia deixar de ser, o State de Genève

Rio Arve

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