Fuente de Neptuno |
A Fuente de Neptuno
foi projetada por Ventura Rodríguez no
final do século XVIII, em estilo neoclássico, como parte do processo de
reurbanização do Paseo Del Prado.
Desenhada em 1782 pelo referido arquiteto, a Fuente de Neptuno foi executada por Juan Pascual de Mena em mármore branco. A Fonte em seu
início localizava-se no Paseo de Recoletos,
e em 1897 foi levada ao local atual, em frente ao Hotel
Palace, na denominada Plaza
de Cánovas Del Castillo. Está rodeada por magníficos edifícios
construídos entre os séculos XVIII e XIX. O deus Netuno corresponde à
transcrição do grego Poseidon, deus dos Mares. Seu atributo mais conhecido é o tridente, e seu poder causava as tempestades e também as
acalmava. Netuno aparece
com uma cobra enroscada na mão direita e o tridente na esquerda, sobre um carro
formado por uma grande concha e guiado por cavalos marinhos. Ao redor, vemos
focas e golfinhos que jorram água a uma grande altura.
Fuente de Neptuno |
Fuente de Neptuno |
Tal como a Cibeles,
a Fuente de Neptuno é uma das mais
belas e majestosas de Madri. Os dois
deuses foram idealizados pelo Rei Carlos III na sua tentativa de dotar Madri de esculturas dignas das maiores
capitais europeias da época, como Paris
e São Petesburgo. Ambos os deuses
ocupam postos proeminentes na hierarquia mitológica grega. A Plaza
de Cánovas Del Castillo se
torna um popular ponto de encontro dos torcedores do Atlético de Madrid,
quando o clube conquista títulos. Perto daqui ficam várias
atrações importantes, como o Museu Nacional
do Prado, o Congresso e o Museu Thyssen-Bornemisza. Vale
especialmente a pena durante a noite, quando fica iluminada.
Fuente de Apolo ou Fuente de las Cuatro Estaciones |
Fuente de Apolo ou Fuente de las Cuatro Estaciones |
Apolo,
deus das artes, da medicina e da poesia, inimigo da escuridão e perseguidor do
crime, ilustra o espírito que os Bourbon desejavam para o Salon Del Prado, centro destinado a fomentar o desenvolvimento da
cultura e das ciências. Devido à importância do seu projeto, na sua execução
participaram e competiram entre si diversos escultores. O modelo final foi
encomendado a Manuel Álvarez em 1781, mas este não chega a concluir a figura de
Apolo, pois morreu em 1797. O monarca Carlos III e a sua esposa aceleraram a
execução da obra porque queriam inaugurar o monumento para a boda do então Príncipe das Astúrias, e mais tarde Rei
Fernando VII, com Maria Antônia de Nápoles.
Finalmente a Fuente de Apolo,
popularmente conhecida como Fuente de las Cuatro Estaciones, foi concluída em 1802. Esta estátua do deus da música é
considerada uma das melhores obras clássicas erigidas em Espanha, pela elegância das proporções, captação do gesto divino e
pelo seu equilíbrio. Apolo aparece com uma lira e acompanhado pelas esculturas
alegóricas das Quatro Estações, visto que, como deus do Sol, deste depende o
nascimento e a mudança das estações do ano. A Fonte
possui uma conotação política, pois Apolo como Deus Solar é uma representação
do rei francês Louis XIV, o
Rei-Sol. A seus pés, vemos a serpente Píton,
em forma de dragão, enviada pela ciumenta esposa de Zeus, Hera, para matar a Leto. Logo depois de nascer, Apolo derrota
o monstro, e para tal utiliza as flechas, fabricadas pelo deus Hefesto. Na parte inferior, vemos a representação
antropomórfica das estações do ano e, no centro, o Escudo de Madrid.
A base do conjunto está composta por conchas, por onde cai a água da Fonte.
Plaza de Cibeles |
A Plaza de
Cibeles se encontra na
interseção das Calle de Alcalá (que cruza a cidade de leste a oeste)
com o Paseo de Recoletos (ao
norte) e o Paseo Del Prado (ao
sul). Este lugar, um dos mais simbólicos da capital, divide os limites dos
bairros Centro, Retiro e Salamanca. No
centro da Praça, se situa a famosa Fuente de Cibeles, esculpida no ano de
1782, a partir de um desenho de Ventura Rodríguez. Divindade do panteão grego,
deusa da natureza, agricultura e fecundidade, é representada na mitologia sobre
um carro que simboliza a superioridade da mãe natureza, na qual inclusive os
poderosos leões estão subordinados. E desta forma foi esculpida. A deusa e os
leões foram esculpidos em mármore cárdeno da aldeia de Montesclaros (Toledo) e
o resto em pedra de Redueña,
localidade situada a 53 quilômetros ao norte de Madri, perto da Serra de La
Cabrera. A deusa Cibeles aparece
vestida à moda clássica, com um manto fino. Na mão direita, segura o cetro,
símbolo de seu poder universal e, na esquerda, as chaves, atributo da Rainha Mãe
dos Deuses.
Plaza de Cibeles |
No início, a Fonte cumpriu com seu objetivo de abastecer os
madrilenhos com água. Em 1895 foi transferida ao centro dessa Praça e passou a
ser um “simples” elemento decorativo. Em 1931, a Estátua de Cibeles foi mutilada, perdendo as chaves. Durante a Guerra Civil Espanhola (1936/1939),
um dos leões sofreu os disparos de metralhadoras. Toda a estrutura foi coberta
com tijolos, sacos e cimento, convertendo-se num dos emblemas da defesa da
cidade. Em cada uma
das quatro esquinas para a Praça estão edifícios emblemáticos da capital, como
o Palacio de Comunicaciones (atual
centro cultural e sede da prefeitura), o Banco de Espanha, o Palacio de Linares (atual
Centro Cultural Casa de América) e
o Palacio de Buenavista (sede
do Quartel Geral do Exército). A Plaza
de Cibeles também se tornou
um dos principais símbolos da cidade. É onde a torcida do Real Madrid
comemora suas vitórias.
A Plaza
de España é uma das mais importantes de Madri,
de onde sai a Gran
Via, principal artéria da cidade. Contém um conjunto de esculturas que
homenageia o escritor Miguel de Cervantes, através de seu famoso personagem Dom Quixote. O quadrado verde é
cercado por ruas, mas ainda é um lugar muito relaxante. Começa na Calle de Alcalá e termina na Plaza
de España. É uma importante área comercial, turística e de lazer, com os
seus muitos cinemas, apesar de
alguns terem fechado para dar lugar a teatros
para musicais. A região da Gran
Vía, compreendida entre a Plaza
Del Callao e a Plaza de España é conhecida como
a "Broadway madrilena". Mas o que torna
esta rua tão especial é o design arquitetônico de muitos edifícios. Cheia de
turistas durante o dia e à noite cheia de vida, movimentada.
A Plaza de Colón é uma homenagem ao maior navegador ao
serviço de Espanha de todos os
tempos, Cristóvão Colombo. A Praça
comemora a era dourada de Espanha
(séculos XVI-XVII). Nesse local estão edificados o Centro
Cultural de Madrid e um
monumento a Colombo em estilo neogótico, erguido entre 1881 e 1885. A base
quadrada suporta um pilar octogonal esculpido pelo escultor Arturo Mélida; no topo do pilar está
uma estátua de três metros de altura do navegador, esculpida em mármore branco
por Jerónimo Suñol. O monumento tem uma altura total de 17 metros.
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