quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Barcelona - Outras Igrejas de Barcelona

Capella Real Gótica de Santa Àgueda
O Bairro Gótico de Barcelona forma o Distrito da Cidade Velha, e é considerado um dos centros medievais mais extensos da Europa. Não é somente uma grande concentração de edifícios antigos, nele se encontram o Centro Cívico e religioso da cidade. Atrai milhares de visitantes por seu aspecto singular, composto por um labirinto de ruelas medievais. Na Plaça Del Rey fica o famoso Palau Reial Major, e dentro dele fica a medieval Capella de Santa Àgueda. No entanto, só é possível acessar a Capela por meio do Museu d’História de Barcelona. Dentro, o que chama a atenção é o seu famoso retábulo, obra de Jaume Huguet, datado de 1465, um dos marcos da pintura catalã e representa em sua parte central a Adoração dos Reis Magos e, na superior, a Crucificação. Ao lado, seis painéis ilustram episódios da vida de Cristo e Maria.

Capella Real Gótica de Santa Àgueda
A Real Capela Gótica de Santa Àgueda foi mandada construir em 1302 pelo Rei Jaime II de Aragón e sua esposa Blanca D'Anjou, para integrar o Palau Reial e substituir o antigo oratório que estava no Palácio. O mestre construtor Bertrand Riquer foi contratado para começar a construção, seguido em 1316 por Jaume Del Rei e depois por Pere d’Oliveira. O escultor Joan Claperós, sob o mandato de Pedro, Condestável de Portugal (1463-1466) desenhou 60 azulejos de terra cozida pintados com representações de anjos e as armas de Aragão e da Sicília para pavimentação. Foi dedicada num princípio a Santa Maria, mas por guardar em seu interior as relíquias de Santa Ágata, em 1601 mudou sua advocação, depois de receber uma bula papal.

Capella de Santa Àgueda na Plaça Del Rey

A Capela é constituída por uma única nave retangular com abside poligonal, um pequeno transepto com a Capela das Rainhas, onde é possível ver os escudos de Maria de Navarra e Leonor da Sicília, esposas do Rei Pedro, “O Cerimonioso”. Aos pés da nave há uma pequena capela que serviu como um Batistério. A nave é coberta por um duplo declive com um teto em caixotão de madeira policromada. A abside é coberta com abóbadas com nervuras e por trás é a Sacristia escavada dentro da muralha romana. Localizado entre os contrafortes estão os vitrais com traçados góticos que iluminam o espaço interior. A Torre do Sino é em formato octogonal com o final em oito frontões triangulares que se assemelham a uma coroa real.

Capella Real Gótica de Santa Àgueda
Em 1835, a Capela fazia parte dos bens eclesiásticos afetados pelo Confisco de Mendizábal e foi destinada a vários usos. Em 1856 uma restauração foi iniciada pelo arquiteto Elias Rogent. Foi declarada Bem de Interesse Cultural em 1866. A partir de 1879, o Museu Provincial de Antiguidades foi criado. Em 1990, uma intervenção arqueológica foi realizada no edifício, considerado como um estudo preliminar para a restauração do espaço interior do templo.  Uma nova restauração foi realizada pelos arquitetos Jordi Casadevall e Alfred Pastor, com obras no telhado, na iluminação e, finalmente, a consolidação da Torre do Sino. Atualmente, o Saló Del Tinell e a Capella de Santa Àgueda fazem parte do Museu d’História de Barcelona.

Temple Expiatori Del Sagrat Cor no Monte Tibidabo
No Monte Tibidabo fica o Temple Expiatori Del Sagrat Cor, um grande templo neogótico, com a figura do Cristo dourado no alto e de braços abertos. A ideia de sua construção surgiu no final do século XIX, quando apareceram rumores de que uma igreja protestante seria erguida no local. Uma associação católica adquiriu a propriedade do terreno, cedendo-o em 1886 a São João Bosco, então de visita a Barcelona. A partir deste momento, se planejou a edificação de um templo dedicado ao Sagrado Coração, que se converteu em moda na época, seguindo a linha das igrejas construídas em Roma e Paris. O arquiteto Enric Sagnier i Villavecchia foi contratado para a realização do projeto, mas o templo acabou sendo finalizado por seu filho, Josep Maria Sagnier i Vidal.

Temple Expiatori Del Sagrat Cor
 A construção se prolongou de 1902 até 1961, ano em que recebeu o título de Basílica Menor, outorgado pelo Papa João XXIII. Esta igreja romana católica é dedicada ao coração de Jesus Cristo. Foi construída em pedra e assemelha-se tanto a uma fortaleza antiga como à Basílica do Sagrado-Coração em Paris. A estátua de bronze de Jesus Cristo lembra os visitantes do Corcovado no Rio de Janeiro. O edifício é uma mistura dos estilos românico e neogótico, mas também pode encontrar algumas decorações influenciadas pelo modernismo na cripta. O lugar é muito apropriado, já que o nome do Monte ”Tibidabo” significa ”eu te dou isto”, que segundo a lenda, foi o que diabo teria dito ao formular as tentações a Cristo.

Església de Sant Pere De les Pueles





É dentro do Monestir de Pedralbes que fica a Capella de Sant Miquel, decorada com murais do artista Ferrer Bassa em 1346. Ao lado, a igreja gótica contém o Túmulo da Rainha Elisenda, que foi a fundadora do Mosteiro. A Església de Sant Pau Del Camp foi fundada como um mosteiro beneditino do século IX pelo Conde de Barcelona, Guifre II. Ela foi reconstruída um século depois, em estilo românico, marcada pelas fachadas esculpidas e claustro com arcos arredondados. A Església de Sant Pere De les Pueles foi construída em 801 com intuito de ser uma capela para as tropas acampadas em Barcelona. Mais tarde, a Igreja serviu como retiro espiritual para as meninas da nobreza. Em 1100 ela foi reconstruída e hoje em dia é notável por sua cúpula românica e capitéis encimados por folhas esculpidas. Dentro do Palau de La Generalitat fica a Capella de Sant Jordi, que foi construída no século XV e dedicada ao santo e padroeiro da Catalunha (Sant Jordi). É possível fazer visita guiada pelo interior da Capela e é um passeio que vale muito a pena. Os detalhes arquitetônicos são lindos!

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