sexta-feira, 15 de abril de 2016

Panamá - Cidade do Panamá

Cidade do Panamá
Muita gente tem a imagem de que na Cidade do Panamá a única coisa que se tem a fazer é comprar os diversos produtos que têm preço muito mais em conta que no Brasil. Mas não. Quem desbrava direito o lugar, vai encontrar uma cidade vibrante, em constante transformação e que descobre aos poucos seu potencial para o turismo. O Canal do Panamá, claro, é parada obrigatória. Mas existe muito mais neste país que parece querer ser a Dubai do ocidente. O Panamá anda super em foco ultimamente e acaba sendo passagem de muita gente que vai do Brasil ao Caribe ou aos Estados Unidos. A cidade, que vem passando por muitas transformações e dando vida a ousados projetos, sabe conviver bem com o passado. Mesmo distante da realidade de sua fundação, é possível conhecer os resquícios da "primeira" Cidade do Panamá, onde se preservam casarões construídos em pedra, no Panamá Viejo, ou visitar a charmosa área do Casco Antiguo, com edifícios moldados à arquitetura colonial espanhola e pequenas ruelas ótimas para passar o dia caminhando, tirando fotos ou conhecendo pontos turísticos.

Cidade do Panamá
O Panamá é um pequeno país na América Central. Aliás, todos os países da América Central são pequenininhos. A grafia correta é Panamá nas línguas portuguesa, castelhana, italiana e francesa e Panama nas línguas inglesa e alemã. Panamá, oficialmente República do Panamá, é o país mais meridional da América Central. Situado no istmo que liga as Américas do Norte e do Sul, o país faz fronteira com a Costa Rica, a oeste; Colômbia, a sudeste; Mar do Caribe, ao norte, e com o Oceano Pacífico ao sul. A capital é a Cidade do Panamá, está às margens do Pacífico (mas é muito fácil “cruzar” o país – cerca de uma ou duas horas de viagem – e chegar ao lado do Atlântico/Caribe). Arborizada, movimentada, histórica e contemporânea, a Cidade do Panamá vem despontando como destino turístico e ganhando cada vez mais fãs mundo afora. O idioma é o espanhol, apesar de que há tantos estrangeiros que você vai acabar ouvindo um pouco de tudo. 

Feira nas ruas de Casco Antiguo
Cidade do Panamá é a capital, cidade mais populosa, e o principal centro financeiro, corporativo, cultural e econômico do Panamá. Situa-se no Canal do Panamá, no Oceano Pacífico, na Província do Panamá. A cidade está classificada como uma cidade-beta, sendo uma das três únicas cidades da América Central enumeradas nesta categoria. A Cidade do Panamá foi eleita a Capital Americana da Cultura de 2003, em conjunto com Curitiba, no Brasil, por conta de sua oferta cultural e gastronômica. Está na 93ª posição entre as cidades mundiais com maior qualidade de vida, além dos cinco melhores lugares para se aposentar no mundo, de acordo com a revista International Living. A Cidade do Panamá é uma das capitais mais antigas da América, tendo sido fundada antes de capitais de países relevantes no continente, como Washington D.C., Brasília, Cidade do México e Bogotá.

Traços indígenas na pequena caribenha
A população do país é formada por uma maioria de mestiços de índios e europeus. No Panamá viviam índios Chibchas, Caribes, Cholos e Chocóes. O istmo foi uma das primeiras terras americanas descobertas e exploradas pelos espanhóis. Em 1501, Rodrigo de Bastidas percorreu as costas caribenhas. Cristóvão Colombo ancorou na Baía de Portobelo em 1502 e, no ano seguinte, fundou Santa María de Belén, primeiro assentamento europeu em terras continentais americanas. Em 1508, a Coroa ordenou a colonização do Istmo do Panamá (Tierra Firme) e nomeou Diego de Nicuesa como o primeiro governador do território, denominado Castilla de Oro. Em 1510, Nicuesa fundou o Puerto de Nombre de Dios, na costa do Caribe. Fundada em 1519 por Pedro Arias Dávila, Governador da Castilla de Oro, a Cidade do Panamá constituiu a primeira cidade permanente no Oceano pacífico e substituiu às anteriores cidades de Santa Maria La Antiga Del Darién e Acla, e logo se desenvolveu, graças ao caminho construído até Nombre de Dios. Dois anos depois, em setembro de 1521, recebeu mediante Real Cédula o título de Cidade e um Escudo de Armas conferido por Carlos V da Espanha e a sua vez se estabeleceu um Cabildo.

Casco Antiguo
A cidade no início, posteriormente o país, o istmo e o golfo são os lugares pelos quais foi emprestado o nome de uma aldeia onde os índios pescavam, na periferia da cidade fundada com o nome de Panamá, cujo significado na língua indígena é "abundância de peixes, árvores e borboletas". A cidade foi o ponto de partida para as expedições de conquista do Império Inca no Peru e foi um ponto de parada nas rotas comerciais mais importantes na história do continente americano, por onde passou a maior parte do ouro e prata que a Espanha tomou de suas colônias americanas. Em 1539 e março de 1563 a cidade sofreu grandes incêndios que devastaram parte de suas casas, no entanto isto não deteve seu progresso. Já em 1610, existiam umas 500 moradias e vários conventos e capelas, um hospital e a Catedral dedicada à Virgem da Assunção, convertendo-a numa das cidades mais importantes da América espanhola. No início do século XVII a cidade sofre a ameaça de piratas e corsários, somado às constantes ameaças de indígenas provenientes do Dárien. Em maio de 1620 a cidade sofre um terremoto do qual resultaram vários mortos e feridos e danos estruturais.

F&F Tower
Em fevereiro de 1644 ocorre o Grande Incêndio, o qual foi provocado e consumiu 83 casas e vários edifícios religiosos, incluindo a Catedral. Em janeiro de 1671, a cidade foi destruída por um incêndio, provocado pelo pirata Henry Morgan, que saqueou e ateou fogo na localidade. O local só foi restabelecido dois anos depois, em janeiro de 1693, em uma península localizada a oito quilômetros da estrutura original. O local onde se localiza a antiga cidade incendiada ainda está em ruínas e é agora uma atração turística popular, conhecida como Panamá Viejo. Uma frota ligava o Puerto de Callao, perto de Lima, com o do Panamá. No século XVIII, decaiu o tráfico marítimo na área. Em 1739, a Tomada de Portobello pelos britânicos desorganizou o movimento comercial. O Panamá passou à jurisdição do Vice-Reinado de Nova Granada, quando este se separou do peruano. Os movimentos nas colônias espanholas na América finalmente afetaram o Panamá, que em novembro de 1821 proclamou a independência. Poucos meses mais tarde, integrou-se à Grande Colômbia de Simon Bolívar, ao lado da Venezuela, Colômbia e Equador, com o nome de Departamento do Istmo. Sediou pouco depois o primeiro Congresso Interamericano, convocado por Bolívar em 1826. 

F&F Tower
Em 1840 houve uma efêmera independência de 13 meses, seguida da reincorporação do território à Colômbia, como Departamento do Panamá. Em 1846, um tratado entre o governo colombiano e os Estados Unidos permitiu a construção da Ferrovia Interoceânica, para a qual se garantiu neutralidade e livre trânsito. O descobrimento de ouro na Califórnia, em 1849, revalorizou o papel do istmo como via de comunicação entre as costas oriental e ocidental nos Estados Unidos. Seis anos mais tarde, inaugurou-se a ferrovia, uma das mais promissoras fontes de divisas do governo colombiano, que o levou a empreender múltiplas e intermináveis negociações para a construção do canal, só iniciada em 1880. A companhia encarregada do vultoso empreendimento, de capital majoritariamente francês, interrompeu os trabalhos em 1889 e, em 1898, a obra foi definitivamente paralisada. Os Estados Unidos entraram então em negociações com a Colômbia e estabeleceu, para concluir a construção, um tratado provisório que nunca chegou a ser ratificado pelo Senado colombiano.

Shopping Albrook
Durante a Segunda Guerra Mundial, a construção de bases militares e a presença de grande quantidade de militares e civis americanos trouxeram novos níveis de prosperidade à cidade. Através dos anos, no entanto, os benefícios dessa presença na área do Canal, significaram uma afronta aos panamenhos, que tiveram seu acesso limitado ao Canal até os anos de 1960. Muitas dessas áreas eram zonas militares acessíveis só ao pessoal americano. No final dos anos 1970 e durante os anos 1980, a cidade se converteu num centro bancário. Em 1989 depois de quase um ano de tensão entre os Estados Unidos e o Panamá, George Bush ordenou uma invasão para defenestrar o líder panamenho, General Manuel Noriega. Como resultado dessa ação chamada Operação Causa Justa, uma parte da comunidade O Chorrillo, que consistia em antigos edifícios de madeira do início do século XX foi destruída pelo fogo. A cidade continua sendo um dos maiores centros bancários do mundo, mas estabeleceu vários controles para o fluxo de dinheiro.

Muita diversão no Shopping Albrook
Falar do Panamá é também falar de história. De forma resumida, podemos dizer que o Panamá conseguiu sua independência da Colômbia com a ajuda dos Estados Unidos, mas, em contrapartida, teve sua soberania comprometida pela presença dos norte-americanos em seu território, tendo que dividir por muitos anos a administração do Canal do Panamá. O setor econômico mais importante é o de serviços, que abrange as atividades financeiras e as rendas obtidas com a Zona de Livre-Comércio de Colón, a exploração do Canal e o registro de navios mercantes. A principal fonte de recursos do Panamá está associada às operações realizadas no Canal do Panamá, cujo controle total passou ao Panamá em 1999. A receita proveniente do Canal representa hoje uma parcela significativa do PIB do país. O Panamá tem a segunda maior economia da América Central, além de ser a economia que mais cresce na América Latina e o maior consumidor per capita da região.

Shopping Albrook
O Panamá é hoje o país mais internacionalizado da América Latina, segundo o Índice de Globalização das Nações Unidas. A moeda oficial se chama Balboa (PAB), mas é equivalente ao Dólar Americano (USD) e o “dinheiro” em circulação é o mesmo dos Estados Unidos – as verdinhas. Nem existem notas de Balboa impressas, apenas moedas. O inglês é falado nas ruas e tem gente de todo o mundo chegando e partindo de seus portos, rodovias e aeroportos. Muita gente nem imagina que Panama City é moderna, cheia de prédios altíssimos (muitos têm mais de 60 andares!!), avenidas largas, shoppings. Curioso é o contraste disso tudo com a parte mais antiga, bagunçada, caótica e mais pobre. Algo comum em grandes cidades, principalmente na América Latina.

Praça de Alimentação do Shopping Albrook
Todo o país é atravessado por cadeias montanhosas. A Serra de Tabasará (Cordilheira Central), a oeste, tem uma altitude média de 1525 metros. Outros sistemas montanhosos são a Cordilheira de San Blas e a Serra do Darién, situadas no interior. No estreito istmo panamenho há cerca de 27 rios, a maioria dos quais nascem nas montanhas. Os rios mais importantes são o Tuira, o Chepo, o Sixaola, o Changuinola, o Chiriquí Viejo, o Santa María e o Chagres. No Golfo do Panamá encontra-se o Arquipélago das Pérolas. A costa caribenha, com cerca de 1160 quilômetros de extensão, é baixa e pantanosa. A oeste ficam a Laguna de Chiriquí, separada do mar pelo Arquipélago de Bocas Del Toro, e o Golfo de Mosquitos; a leste da Ponta Manzanillo ficam o Golfo de San Blas e o Arquipélago das Mulatas. A costa do Pacífico é bem mais recortada, com cerca de 1700 quilômetros de extensão. De oeste a leste, estão o Golfo de Chiriquí, a Península de Azuero e o Golfo do Panamá. São numerosas as ilhas da plataforma continental: Coiba, a maior de todas, Jicarón, Cébaco e, no Golfo do Panamá, as do Arquipélago das Pérolas. O Panamá tem um clima tropical. As precipitações são abundantes, com um índice mais elevado na costa do Caribe que na do Pacífico.

Shopping Albrook
No Panamá a flora é um autêntico paraíso de maravilhosas árvores e plantas que povoam o país, e explodem numa grande festa de cores entre os meses de abril e junho, destacando, acima de tudo, as acácias amarelas e rosadas, a ponciana roxa, a lagerstroemia e o jacarandá púrpura. Entre dezembro e julho florescem buganvílias dos mais diversos tons. Também há orquídeas de variedades diversas e plantas com milhões de folhas de distintas cores, muito abundante em todo o país. No total formam um maravilhoso conjunto com mais de 10 mil variedades distintas. 

Manicure na passarela do Shopping Metro Mall
Quanto à fauna, as selvas panamenhas são reconhecidas mundialmente, por acolher numerosas e magníficas espécies, é o lar de uma abundância de animais e pássaros tropicais, sendo muitos deles endêmicos da região. Entre elas abundam macacos, jaguatiricas, pumas, ocelotes, tatus, porcos do mato, tamanduás, coelhos, cuatás, preguiças, veados, répteis e outros animais nativos do trópico americano. Existem mais de mil espécies distintas de aves, incluindo as migratórias que ficam no Panamá. O quetzal, a arara e a Harpia, que é a Ave Nacional, fazem seus ninhos neste país. O Panamá é também rico em vida marinha, por estar banhado pelos dois Oceanos, o Pacífico e o Atlântico. Abundam em suas águas as lagostas, camarões, amêijoas e distintos peixes como o merlim, peixe vela, peixe espada, atum, bonito, corvina, barracuda, tintorera, sardinha, pargo e o peixe serra, entre outras espécies.

Ônibus decorado nas ruas da Cidade do Panamá
Os principais cultivos são a banana, a cana-de-açúcar, o arroz e o café. Nas planícies plantam-se arroz, cana-de-açúcar e frutas tropicais, nas temperadas são produzidos tomates, batatas e cebolas. O milho é cultivado em quase todas as zonas agrícolas do país. Exportam-se café, açúcar e bananas. A pesca é uma das atividades mais importantes do país. As grandes empresas agrícolas convivem com as pequenas propriedades e lavouras de subsistência. A maior parte da produção agrícola destina-se à exportação e é obtida em fazendas mecanizadas, mas persistem os núcleos de subsistência, que utilizam técnicas tradicionais. A pecuária tem importância nas províncias de Chiriquí, Veraguas e Los Santos, que contam além dos pastos naturais para o gado bovino, com grandes fazendas de suínos. Nos últimos decênios do século XX, a pesca se desenvolveu em todo o litoral, tanto na costa como no alto-mar. São exportados, sobretudo crustáceos.

Ônibus decorado nas ruas da Cidade do Panamá
Os produtos industriais abastecem somente o mercado local. O Panamá produz pequenas quantidades de ouro e explora o sal ao longo da costa do Pacífico. A maior parte dos produtos manufaturados, como o cimento, os cigarros, os sapatos, os vestuários, o sabão, os produtos alimentares e as bebidas alcoólicas, são destinados ao mercado local. Os produtos petroleiros são refinados, sobretudo para a exportação. Apesar do considerável desenvolvimento registrado nas últimas décadas, o setor industrial panamenho é relativamente fraco. Destacam-se a produção de plásticos, as indústrias têxteis, as de confecção de artigos de couro e, as alimentícias: carne, cereais, açúcar e laticínios. Os principais centros industriais são a capital do país e a Zona Franca de Colón, criada em 1953, onde reúnem montadoras de produtos procedentes dos Estados Unidos, Japão e Europa Ocidental, que são posteriormente exportados para os países das Américas Central e do Sul. Existe petróleo nas plataformas marinhas. No entanto, o subsolo não é rico em jazidas minerais e somente calcário e sal são obtidos em quantidades significativas. A maior parte da energia elétrica provém ainda de usinas termelétricas, mas na segunda metade do século XX foram construídas várias usinas hidrelétricas.

Ônibus decorado nas ruas da Cidade do Panamá
A cidade tem vários parques e áreas verdes, que também são atrações para seus cidadãos e turistas. Os mais notáveis são o Parque Recreativo Omar Torrijos e o Parque Natural Metropolitano do Panamá. O Parque Recreativo Omar Torrijos, conhecido como Omar Park, está localizado no centro da metrópole. O Parque dispõe de instalações para uso público, tais como ginásio, piscina, quadras de tênis, beisebol, basquete e futebol, um auditório ao ar livre, sala de reuniões e biblioteca. Este é um lugar onde diferentes atividades ocorrem, sejam elas culturais, religiosas ou de outros assuntos. O percurso ao longo de seu perímetro é de cerca de cinco quilômetros. O Parque Recreativo Omar Torrijos é o mais visitado do país, como atração natural e espaço de recreação na cidade do Panamá.

Ônibus decorado nas ruas da Cidade do Panamá
O Parque Natural Metropolitano do Panamá tem uma área de 232 hectares. Está localizado em Ancon e é uma área protegida que está dentro dos limites da Cidade do Panamá. Seu objetivo é preservar uma área natural para ajudar a manter o equilíbrio entre o ambiente natural e habitat humano, ao mesmo tempo proteger a biodiversidade, proporcionando um habitat adequado para as espécies que exigem grandes territórios. Além destes dois, há outros parques na cidade, como o Parque Nacional El Caminos de Cruces, localizado a 15 quilômetros ao norte, criado em 1992 e com uma área de 4.590 hectares, e o Parque Nacional Soberania, localizado perto das margens do Canal do Panamá, com uma área de 19.341 hectares de floresta tropical, abrigando mais de 1300 animais e 100 espécies de plantas.

Ônibus decorado nas ruas da Cidade do Panamá
Turismo na República do Panamá cresceu nos últimos anos, graças, em parte, ao governo oferecer desconto de impostos e preços a visitantes e aposentados estrangeiros. Esses incentivos financeiros levaram o Panamá a ser conhecido como um bom lugar para se aposentar, sendo um dos destinos que mais recebe aposentados americanos e europeus. A maioria dos europeus que visitaram o Panamá é de espanhóis, italianos, franceses, britânicos e alemães. A Europa se tornou um dos mercados chave para promover o Panamá como destino de turismo. A cultura do Panamá é uma mescla das tradições espanholas, africanas, ameríndias e estadunidenses.

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