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Memorial da Imigração Japonesa na Praça do Japão também conhecido como Templo Dourado de Kyoto |
Curitiba é marcada pela
miscigenação étnica e por um cenário repleto de pontos turísticos e culturais
que homenageiam a diversidade presente na região. A presença japonesa é uma das
mais significativas. A imigração
japonesa no Brasil teve início em
1908, num acordo entre os governos do Brasil
e do Japão. Em 28 de abril daquele ano, 781 japoneses partiram de Kobe, no Japão, a bordo do navio a vapor Kasato Maru. A maior parte dos japoneses saíram das cidades de Okinawa, Kagoshima, Fukushima e Hiroshima.
Chegaram ao Porto de Santos em junho
de 1908, após 52 dias de viagem. Dirigiam-se, principalmente, às lavouras
cafeeiras de São Paulo e norte do Paraná. Depois desses pioneiros,
milhares de imigrantes japoneses continuaram a chegar ao Brasil.
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Memorial da Imigração Japonesa na Praça do Japão também conhecido como Templo Dourado de Kyoto |
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Memorial da Imigração Japonesa na Praça do Japão também conhecido como Templo Dourado de Kyoto |
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Portal Japonês |
No Paraná,
as cidades de Maringá e Londrina são as que concentram o maior
número de descendentes de imigrantes japoneses. Em Curitiba, muitos japoneses chegaram a partir de 1915,
estabelecendo-se, principalmente, nos bairros de Uberaba, Guabirotuba, Campo Comprido, Santa Felicidade e Araucária; permanecendo até os dias atuais como uma das
principais etnias presentes na cidade. A capital paranaense possui a
segunda maior comunidade japonesa do Brasil,
atrás somente de São Paulo. Hoje,
existem cerca de 40 mil descendentes de japoneses em Curitiba. Uma das homenagens mais
importantes à etnia na capital paranaense é um logradouro localizado no Bairro Água Verde, quase na divisa com
o Bairro Batel, a Praça do Japão.
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Portal Japonês e os tradicionais táxis laranja de Curitiba |
Antes de constituir-se
um bairro, a região era formada por fazendas e chácaras, cortada por um rio
esverdeado (em função de algas que formavam essa coloração) que recebeu a
denominação de "Rio Água Verde",
sendo assim, a localidade ficou conhecida por água verde e posteriormente
"Bairro Água Verde" em
decorrência deste Rio que corta a localidade. Este ribeirão hoje está
totalmente canalizado. No século XIX, abrigou
várias famílias de imigrantes italianos. Cresceu
bastante na segunda metade do século XX. O Bairro possui como característica principal a mescla de
bairro residencial e comercial, localizado próximo ao centro de Curitiba. O Bairro Água Verde juntamente com os bairros do Batel, Bigorrilho, Portão e Jardim Social, formam os cinco bairros mais nobres de Curitiba. É, sem sombra de dúvidas, um
bairro que chama muita atenção por sua beleza, garantida com ruas arborizadas e casas antigas – pertencentes a
moradores que vivem há anos no bairro.
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Totem em Homenagem à Colônia Japonesa em Curitiba |
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Totem em Homenagem ao Japão |
O projeto da Praça do Japão foi iniciado em 1958 e concluído
em 1962. Uma reforma, em 1993, incluiu o Portal Japonês, o Memorial
da Imigração Japonesa, a Biblioteca
Municipal da Praça do Japão, onde estão disponíveis publicações em japonês,
a Casa de Chá, e ganhou a Casa da Cultura, onde é possível
conhecer as dobraduras de papel (origami), da arte floral (ikebana)
e dos poemas de três versos (haikai). Em uma área arborizada de 14 mil
metros quadrados, existem espalhados pela Praça 30 cerejeiras enviadas
do Japão pelo Império Nipônico e seis lagos artificiais nos moldes japoneses. O Buda no centro do lago marca a
irmandade entre Curitiba e Himeji e transmite a paciência e
arte dos japoneses no Brasil, desde
1908. A Estátua do Buda foi vítima
de vândalos que a derrubaram e quebraram. Três grupos coordenaram a
recuperação: a Comunidade Zen-Budista,
o Grupo Tibetano Dorje Ling e o Grupo Ciência Meditativa. Em 1997 foi implantada a maquete do Castelo de Himeji no local.
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Um dos lagos da Praça do Japão |
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Um dos lagos da Praça do Japão |
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Um dos lagos da Praça do Japão |
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Lanterna Japonesa |
A lanterna esculpida em pedra foi doada
pela Assembleia Legislativa de Hyogo, região japonesa coirmã do Paraná, em 1979. A lanterna é um
símbolo tradicional nos jardins japoneses. A Praça do Japão também é tradicional por
sediar importantes eventos e uma variada programação relacionada à cultura
nipônica. Curitiba possui
muitos eventos relacionados ao país do “Sol Nascente” como Hana Matsuri (festivais com música, apresentações de arte marcial e
Tayko e muita comida), e exposições.
Como vocês devem imaginar, esses eventos ficam sempre lotados.
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Estátua do Buda |
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Estátua do Buda |
A Praça do Japão fica
entre as avenidas Sete
de Setembro e República
Argentina, e o Memorial
fica aberto de terça a domingo, das 9:00 às 12:00 horas e das 14:00 às 18:00 horas.
A Praça é sempre merecedora de um olhar carinhoso por parte dos moradores e
visitantes, um recanto retratado em inúmeros cartões postais da cidade. A Biblioteca Hideo Handa funciona de
segunda a sexta, 9:00 às 18:00 horas (fechando durante o almoço); e sábados,
das 9:00 às 13:00 horas, e a loja de artesanato japonês, que apresenta variados
tipos de souvenires e artesanatos típicos do Japão, abre diariamente, das 10:00 às 17:00 horas. Às quintas-feiras
na parte da manhã tem uma feirinha orgânica, que faz parte do Circuito das Feiras Orgânicas de Curitiba.
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Pergolado na Praça do Japão |
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Praça do Japão |
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Escultura "A Paz" do artista Baku Inoue |
A Praça não faz parte
da Linha de Turismo da cidade, mas
se você tiver um tempinho sobrando recomendo a visita. Para chegar até lá é
super simples. Muitas linhas de ônibus passam perto da Praça, incluindo o
famoso biarticulado, aquele ônibus enorme que para nas estações-tubo. E, quem
estiver hospedado na região do Batel,
pode ir andando (foi o que fiz). É uma caminhada bem tranquila e o percurso em
si também é bem bonito. Para quem gosta de pedalar, tem uma ciclovia que passa
na frente da Praça.
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