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Lyon |
A rigor, Lyon deveria ter sido a primeira
cidade contada neste Tour pela França, porque foi aqui a base para todas
as outras cidades visitadas. Sim, foi daqui que meu sobrinho que estava fazendo
pós-graduação em Lyon saia em seus finais de semana livres para conhecer
a França. Mas não foi assim, e acho também que sua história não ficou
perdida no meio das outras. Enfim, vamos a Lyon. Lyon é uma
cidade não muito conhecida pelos brasileiros, mas nem por isso não subestime a
beleza e a importância da cidade no eixo cultural francês. Fica no meio do
caminho entre Paris e a Provence e muita gente encara apenas como
uma parada no meio do caminho e acaba ficando poucas horas por ali, mas não
fazem ideia do que estão perdendo. Situada entre dois dos maiores rios do país, o Saône
e o Rhône, Lyon já era um polo importante na época dos romanos
(em 43 a.C.) e era a cidade mais importante daquela época depois de Roma.
Hoje em dia Lyon continua agradando seus visitantes não só com seus
monumentos históricos, mas também com um novo boom de prédios super modernos, restaurantes renomados e hotéis
luxuosos.
Place Bellencour com a Basílica de Fouvière no alto da Colina Fouvière |
Lyon é uma das maiores cidades francesas, capital da
região Auvergne-Rhône-Alpes e do Dèpartement du Rhône, situada na
junção dos Rios Rhône e Saône, a cidade é dominada por duas
colinas, Fouvière e Croix-Rousse, separadas pelo Saône.
Está a cerca de 470 quilômetros ao sul de Paris, 320 quilômetros ao
norte de Marselha e 55 quilômetros a leste de Saint-Étienne. Seus
habitantes são chamados de ‘lioneses’. Lyon é a terceira maior cidade da
França (atrás de Paris e Marselha) e o segundo maior
centro de negócios do país, assim como um dos principais centros econômicos da Europa.
Situada entre a França do norte e a do sul, entre o leste e o oeste
europeu, Lyon sempre foi local de passagem obrigatória desde a época
romana. Lyon foi fundada sobre a Colina Fouvière como uma colônia
romana em 43 a.C., por Munatius Plancus, um tenente de Júlio César, num
assentamento de uma colina gaulesa chamada Lugdunum.
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Hôtel de Ville na Place des Terreaux |
Agripa reconheceu que a posição de Lyon na rota natural do Norte para o
sudeste da França tornou uma natural
via a esta cidade e a fez o ponto de encontro das principais estradas de toda a
Gália Romana. Ela então se tornou a
capital da Gália, em parte graças à
sua localização conveniente na convergência dos dois rios navegáveis, e
rapidamente se tornou a principal cidade de Gália. Dois imperadores nasceram nesta cidade: Cláudio, o
primeiro Imperador que nasceu fora da Península Itálica e que chegou a conquistar a Britânia em 43 d.C. e Caracala.
Hoje, o Arcebispo de Lyon ainda é referido como "Le Primat des Gaules" a cidade é
muitas vezes referida como a "Capital
des Gaules". Os cristãos em Lyon
foram perseguidos por causa da sua religião sob os reinados dos vários
imperadores romanos, mais notadamente Marco Aurélio e Septimius Severus.
Borgonheses refugiados da destruição de Worms
pelos Hunos, em 437 foram reinstalados pelo Comandante Militar do Oeste, Flávio Aécio, em Lyon, que foi formalmente a capital do novo reino borgonhês em 461.
Em 843, pelo Tratado de Verdun, Lyon, com o território além do Saône, foi para Lotário I, e mais tarde
tornou-se uma parte do Reino de Arles.
Lyon só se tornou parte do Reino da França no século XIV.
Basilique Notre-Dame de Fouvière no alto da Colina Fouvière |
Em Lyon se realizaram dois Concílios
Ecumênicos da Igreja Católica: Lyon
I (1245) e Lyon II (1274).
Durante a Revolução Francesa, Lyon opôs-se à Convenção e apoiou os girondinos. Em 1793, a cidade esteve sob
cerco durante mais de dois meses, agredida pelo exército revolucionário, antes
de finalmente se render. Mais de duas mil pessoas foram executadas e vários
edifícios foram destruídos, especialmente em torno da Place Bellecour. Uma década mais tarde, o próprio Napoleão ordenou
a reconstrução de todos os edifícios demolidos durante este período. Lyon era
historicamente uma área importante para a produção e tecelagem da seda. Os trabalhadores da seda de Lyon, conhecidos como canuts,
encenaram dois grandes levantes, em 1831 e 1834. A revolta de 1831 viu uma das
primeiras utilizações registradas da cor preta como símbolo de protesto. A
primeira ferrovia funicular do mundo foi construída entre Lyon e La Croix-Rousse,
em 1862. Lyon foi um centro de
forças de ocupação alemã, e um reduto de resistência durante a Segunda Guerra Mundial, e agora a
cidade é sede de um Museu da Resistência.
Os traboules, ou passagens secretas,
através das casas permitiu à população local fugir da Gestapo. Pode encontrar-se nos bairros do Vieux Lyon e da Croix-Rousse
várias passagens no interior dos prédios, que permitem passar de uma rua a
outra. Essas passagens se parecem tanto com a entrada normal de um prédio, que
passam despercebidas.
Um dos típicos restaurantes de Lyon |
No século XIX, Jules Michele
atribuiu às designações de "colina
que reza" a Fourvière, por
abrigar a Basilique Notre-Dame de
Fourvière, vários conventos e o sede do bispado, e de "colina que trabalha" a Croix-Rousse, onde morava a maioria dos
operários que trabalhavam na tecelagem (particularmente da seda), indústria
principal da cidade nessa época. Podemos incluir uma terceira colina, mais
recente: La Duchère a nordeste da
cidade. A cidade estende-se ainda ao longo da margem esquerda do Rhône em direção ao Dauphiné. Para lá do Rhône, a leste, estende-se a planície
urbanizada segundo um plano ortogonal nos bairros de Brotteaux e de Part-Dieu.
Os Alpes ao fundo e os Rios Saône e Rhône cortando a cidade marcam a paisagem de Lyon.
É fácil e rápido se localizar. Há diversas pontes, para carros e pedestres,
ligando as diferentes partes da cidade, passando por cima dos rios. A região de Vieux
Lyon é a melhor
para se hospedar. De lá, é possível conhecer os principais pontos da cidade a
pé. As atrações de Lyon estão concentradas entre Vieux
Lyon e a margem
do Rio Rhône.
Um dos inúmeros parques às margens dos rios |
Lyon
e sua região Rhône-Alpes representam
uma das economias mais importantes da Europa
e, segundo a Universidade de
Loughborough, podem ser comparadas com a Filadélfia, Mumbai ou Atenas em relação à sua posição
internacional. A especialização de alguns setores de atividades levou à criação
de muitos dos principais centros de negócios: La Part-Dieu, localizado no 3º arrondissement,
é o segundo maior centro financeiro do país após La Defense, em Paris. A
cidade tem grande importância pela forte presença de indústrias e
universidades. Sua economia tem destaque para o setor industrial e cultural, ou
seja, apesar do caráter financeiro, sendo um dos principais polos de negócios e
indústrias da França, a cidade
também exibe sua cultura, na maioria das vezes,
através do turismo, uma das
principais áreas de influência de sua economia. Embora tenha mais de dois mil
anos de história, Lyon não vive só
do passado. Em seu complexo urbano se destacam os edifícios medievais do centro
antigo (Vieux Lyon), mas também há
espaço para um bairro como Part-Dieu,
um dos maiores e mais ativos polos econômicos da França.
Interior da Ópera em Lyon |
O Centro Histórico de Lyon foi designado Patrimônio Mundial pela UNESCO
em 1998. Na sua designação, a UNESCO
citou o “testemunho excepcional da
continuidade do assentamento urbano há mais de dois milênios em um local de
grande importância comercial e estratégica”. As regiões específicas que
compõem o Centro Histórico incluem o
Distrito Romano e Fouvière, o Bairro Renascentista (Vieux
Lyon), o Distrito da Seda
(encostas de Croix-Rousse) e a Presqu’île, que apresenta arquitetura
do século XII aos tempos modernos. Tanto o Vieux
Lyon como as encostas de Croix-Rousse
são conhecidos por suas passagens estreitas (traboules) que passam por edifícios e ligam ruas de cada lado.
Acredita-se que os primeiros exemplos de traboules
tenham sido construídos em Lyon no
século IV. Lyon possui um
extraordinário patrimônio arquitetural composto de vestígios do Império Romano, de edificações que
datam da época em que se tornou uma grande cidade medieval, de um belíssimo
bairro testemunha da época em que a cidade foi o centro financeiro do Renascimento e a Lyon atual, cujo exemplo mais interessante é a região chamada Confluence.
Museu de Miniaturas |
Lyon é uma das cidades mais
bonitas da França e se encontra
somente a 90 minutos de carro de Beaune,
a capital do vinho da Borgonha. É
uma ótima opção para quem quer escapar da loucura parisiense e descobrir uma
cidade bonita, agradável, aconchegante e super perto de Paris. Lyon é uma cidade tranquila e muito segura. Uma
espécie de versão em miniatura de Paris, com todo
o charme e romantismo francês, deliciosa gastronomia, atrações históricas e
lindas paisagens. Você consegue se locomover pela cidade a pé com
tranquilidade. A cidade de
Lyon tem a vantagem de ter uma
excelente rede de transporte público, que permite descobrir a cidade sem o
estresse dos engarrafamentos e de forma accessível, pois existe o ticket
diário, que você pode usar durante o dia inteiro. Lyon tem duas grandes estações ferroviárias: Lyon Part-Dieu, que foi construído para acomodar o TGV e se tornou a principal estação
ferroviária de trens extrarregionais; e Lyon Perrache, que é uma antiga estação
que agora serve essencialmente serviços ferroviários regionais. Além disto, tem o Velov,
sistema de aluguel de bicicletas, que você pode utilizar para passear.
La Fresque des Lyonnais |
Eu aconselho, depois de chegar a Lyon, dar uma passada no Office de Tourisme, que fica na Place Bellecour. Lá você sempre
encontra pessoas que dão bons conselhos, mapas da cidade e/ou do metrô. Se tiver tempo faça um city tour com os ônibus de
turismo. É um programa para turista sim. Mas este tour permite traçar os
contornos da cidade e marcar os lugares onde se deseja com calma. Em seguida
pegue a Rue Joseph Serlin até a Place des Terreaux, onde estão a Prefeitura
da cidade, seu maior chafariz e seu museu mais tradicional. O Hôtel de Ville, pomposo prédio da administração
da cidade, infelizmente é fechado ao público, mas compõe bem o cenário com a Fontaine Bartholdi, enorme chafariz que
marca o centro da Place. A obra foi parar em Lyon quase por acaso, depois de o Prefeito de Bordeaux desistir da encomenda que havia feito ao artista.
A Place foi redefinida pelo artista francês Daniel Buren e a escultura localizada
no seu centro merece ser admirada. De
lá siga até as margens do Rio Saône,
Quai Saint Vincent esquina com Rue de La Martinière, para ver as
pinturas murais de Lyon. Hoje elas
fazem parte do seu Patrimônio Cultural.
Lyon é o lar de algumas das figuras mais
emblemáticas da França, como o
escritor e aviador Antoine de Saint-Exupéry, autor do clássico “O Pequeno Príncipe”, e o renomado chéf
Paul Bocuse. Foi nessa cidade também que nasceu Allan Kardec o codificador da Doutrina Espírita. Estas e outras
personalidades estão retratadas num lindo mural pintado em um prédio às margens
do Rio Saône, do
lado oposto à Vieux Lyon. Um
ponto de parada obrigatório.
Estação Lyon Part-Dieu |
Continue ao longo do
rio até a Rue Platière esquina com a
Quai de La Pécheriee. Volte até a Ópera e pegue a Rue de La Rèpublique que se transforma, durante um trecho, em
espaço pedestre. Durante o trajeto, bela arquitetura clássica, semelhante à
haussmanniana parisiense, e belas lojas de grandes marcas. Na França, diferente do Brasil, se faz muitas compras na rua
mesmo, e não em shoppings. A parte moderna de Lyon fica próxima ao Rio
Rhône e
concentram as vias comerciais da cidade, repletas de lojas como Zara, H&M,
FNAC, o mercado
Monoprix, entre muitas outras. Siga a
Rèpublique até a Place Antonin Poncet onde se encontra a
obra de arte Arbre à Fleurs do
artista Jeong-Hwa Choi. Da Place
Bellencour também sai a Rue Du
Président Edouard Herriot que te leva até a Place des Jacobins, outra Place emblemática, esta marcada por um
chafariz de mármore claro que rende belas fotos. O nome é em homenagem a um
convento da Ordem Jacobina que ali
ficou até ser destruído durante a Revolução
Francesa. Hoje o entorno é dominado por belas vitrines e alguns cafés. O
ideal é ficarem dois dias na cidade, para ter tempo suficiente para conhecer as
principais atrações.
Estação Lyon Perrache |
Lyon é
uma cidade cheia de museus que vale muito a pena conhecerem. Para quem gosta da história da Grécia e Roma, tem um
museu muito bom para se visitar que se chama Musée Gallo-romain de Fourvière. Trata-se de um sítio arqueológico
de exceção. O Musée des Beaux-Arts de Lyon é o principal museu da cidade e um dos
cinco mais importantes da França.
Como o nome diz, é o Museu de Belas
Artes de Lyon no qual estão abrigadas coleções de pinturas, esculturas,
antiguidades, objetos de arte, moedas e desenhos. Está localizado no antigo Palais de Saint-Pierre e por isso
algumas partes do Museu mantêm a decoração antiga, como a capela barroca. Os
maiores destaques do Museu incluem obras de Rodin, Monet e Picasso. Não deixe
também de fazer uma parada para refeição no encantador terraço de pedra, há um
ótimo café-restaurante lá e aproveite para relaxar no tranquilo jardim do
claustro.
Velov |
Paris possui o Sena, mas Lyon é cortada por dois rios: Saône
e Rhône. Entre os dois existe uma
“quase ilha”, Presq’île, um dos bairros a serem visitados. Na
península entre os dois rios encontra-se a Place Bellecour, uma das maiores praças
pedestres da Europa, no centro da
qual se destaca a Estátua Equestre de
Louis XIV. À esquerda, uma colina denominada Fouvière e, entre o rio e a colina, a região chamada Vieux Lyon, que nada mais é do que o Centro Histórico da cidade, com
construções históricas preservadas, a Cathèdrale
de Saint-Jean-Baptiste, o acesso à Basilique
Notre-Dame de Fouvière e ao Teatro
Romano, além de inúmeros cafés, lojas e músicos de rua, no melhor estilo
europeu. Estes dois bairros são bairros históricos
imperdíveis, cuja história começou no século I a.C. A Catedral de Lyon é também chamada de Cathèdrale de Saint-Jean-Baptiste, o Bispo de
Lyon. O espaço foi palco de vários acontecimentos importantes como o Primeiro e o Segundo Concílios de Lyon
e palco do casamento de Enrique IV e Maria de Medicis e atualmente é a Sede do Arcebispo de Lyon. A Catedral
foi construída por um longo tempo, a construção durou cerca de 300 anos. Devido
ao longo período de construção, diversas renovações e reformas, o local
apresenta o contraste de estilos arquitetônicos muito interessantes. Além
disso, outro ponto que chama atenção é que dentro dela há um relógio
astronômico muito interessante, que marca a posição da lua, da Terra e do sol,
a data e as estrelas. É um lugar que não pode ficar fora de sua lista de o que
fazer em Lyon. A Catedral abre todos
os dias e a entrada é gratuita.
Estufa do Jardim Botânico de Lyon |
A famosa Basilique Notre-Dame de Fouvière é uma
lindíssima construção francesa que deixa os turistas boquiabertos, a visita é
extremamente agradável e os detalhes do local atraem os olhares de todos. No
seu interior, apresenta painéis bíblicos coloridos em mosaico, verdadeiras
peças artísticas. Além disso, há um mirante que possibilita uma ampla vista da
cidade, é uma paisagem de tirar o fôlego, é possível ver até o Mont Blanc num dia de céu claro. Foi
construída em homenagem à Virgem Maria, por ter poupado Lyon de duas grandes epidemias – peste negra (1643) e cólera (1832)
– e da invasão da Prússia em 1870. Sua
estrutura é dividida em três partes, sendo a Basílica com mais duas capelas,
uma no subsolo e outra do lado direito dela. O charme são as ruas estreitas e
íngremes, que precisamos subir até chegar à Basilique
Notre-Dame de Fouvière, um dos pontos altos e turísticos da cidade.
Jardim Botânico de Lyon |
Antigamente o Théâtre Antique de Fouvière servia como
teatro de fato, mas hoje em dia é um lugar arqueológico e de turismo,
totalmente aberto e no meio da cidade de Lyon.
Há alguns festivais celebrados nele, como o Nuits de Fouvière. Ele tem 108 metros de diâmetro e espaço para 10
mil pessoas – grandioso e surpreendente. Há também duas outras estruturas que
fazem parte desse complexo, um teatro menor, o Odeon, onde poetas e músicos exibiam seu trabalho para integrantes
da elite romana, que é um exemplar raríssimo de teatros dessa época (existe
apenas mais um igual a ele). A outra estrutura é um Templo Romano dedicado à deusa Cibele, que representa a natureza e
a fertilidade. La Croix-Rousse é uma
das mais famosas colinas de Lyon e
um bairro de mesmo nome, que fica entre encostas e planalto. É um lugar que não
pode ficar fora da sua lista de o que fazer em Lyon. É muito charmoso e lá você pode curtir o clima boêmio da França do século XIX. As ruas estreitas
e os belos estabelecimentos dão ao lugar um charme adicional. O nome da colina
e do bairro é devido a uma cruz que se ergueu no século XVI no planalto, de cor
ocre. É um passeio gratuito para curtir os ares da França.
Museu do Jardim Botânico de Lyon |
Le Mur des Canuts são 1.200
metros quadrados de pinturas a céu aberto representando a vida dos canuts, que eram operários que teciam a
seda. Le Mur des Canuts é o Muro
mais interessante e famoso de Lyon,
é o maior da Europa e símbolo
histórico para a cidade. O Muro foi pintado em 1987 e atualizado em 1997 e
2013. Hoje em dia, há vários outros muros pintados pela cidade, pintados como
iniciativa da Prefeitura para atrair mais turistas, mas esse, localizado no Bairro Croix-Rousse, é o mais
emblemático. Dica: existe um aplicativo oficial que mostra todas as pinturas
nos muros e prédios de Lyon, chamado
Les Murs Peints de Lyon. Vai te
ajudar bastante. O Institut Lumière
é uma instituição acadêmica criada em 1982, pelo neto de Louis Lumière,
presidente da associação dos famosos irmãos Auguste e Louis Lumière, que foram
os criadores do cinema. Dentro do Instituto há um museu e um centro de projeção
e edição. O lugar não poderia ser mais bem escolhido, bem no Bairro Monsplaisir, no qual os irmãos
Lumière criaram o cinematógrafo. Se você gosta do assunto e de cinema, é um
passeio que vale a pena. O museu é uma ótima opção para um passeio com
crianças, pois é extremamente didático, lá está explicado passo a passo como os
irmãos Lumière inventaram cada um dos equipamentos que possibilitaram a
invenção do cinema, não tem como não se encantar. Há também linhas do tempo
cinematográficas incríveis.
Universidade em Lyon |
Também como forma de agradecimento à Virgem Maria
por ter poupado Lyon da peste negra, todos os anos desde 1643 é realizado o Festival
de Luz, o Fête des Lumières. No início os moradores acendiam uma
vela no dia 08 de dezembro – dia de Nossa Senhora Imaculada – para agradecer,
mas com o passar dos séculos, a homenagem se tornou um Festival e atrai cerca
de quatro milhões de visitantes todos os anos à cidade. É a maior celebração
dos lioneses. Se só tiver uma chance na vida de ir a Lyon, vá no período dessa
festa. Dura quatro dias. Se você é amante da
natureza, visite o Parc de La Tête d’Or.
É uma área ótima para curtir com tranquilidade e oferece mais de 117 hectares
de área natural para um passeio tranquilo. Famílias, amigos e esportistas são
os principais frequentadores do Parque, que também tem um incrível Zoológico gratuito dentro. Lá ainda
existe um lago, onde você pode alugar um barco a remo, jardins botânicos com
estufas, jardins de rosas e um trem turístico.
Campus da Universidade de Lyon |
Em 1971, o Les Halles Paul Bocuse, um mercado de
alto nível, foi inaugurado no Bairro de
La Part-Dieu, próximo à principal Estação
de Trem de Lyon. Extensas renovações ocorreram no mercado em 2004,
resultando nos 13 mil metros quadrados de restaurantes em três andares que hoje
constituem o local. Lá você pode encontrar muitos produtos que são típicos da
culinária de Lyon. No mercado há
também vários restaurantes, então é uma ótima dica ir perto do almoço, tanto
para ver os produtos quanto para almoçar ou lanchar. Ele fica no Cours Lafayette. Em Lyon vive o chef-celebridade Paul
Bocuse, cujo restaurante L'Auberge du
Pont de Collonges, com três estrelas Michelin,
fica quatro quilômetros ao norte. Além da beleza arquitetural, a cidade, que se
autoproclamou capital mundial da gastronomia, é de fato uma perdição
gastronômica. A cidade é o berço de alguns dos melhores restaurantes do mundo,
com uma riqueza de sabores presente tanto nos mais renomados endereços quanto
nos simples “bouchons”, espécie
de bistrôs familiares que surgiram em Lyon
e servem pratos fartos, com itens como carne de pato e porco, típicos da
culinária lyonnaise. Por essas e por
outras, a região é considerada o principal centro gastronômico francês. Lyon também é conhecida por seus
deliciosos doces, entre os quais se destacam a “ilê flottante”, que no Brasil
conhecemos como “ovos nevados”, além
de receitas que levam “praline”, outra iguaria típica da região dos Alpes.
Já os amantes de vinho estão muito bem servidos com a proximidade de Beaujolais
e Côtes Du Rhône.
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