domingo, 13 de setembro de 2015

Buenos Aires - Catedral Metropolitana de Buenos Aires

Catedral Metropolitana de Buenos Aires
Ao norte da Plaza de Mayo se encontra a Catedral Metropolitana de Buenos Aires, que ocupa o mesmo lugar desde os tempos coloniais. Localiza-se no centro da cidade, na esquina da Rua San Martín com Avenida Rivadavia, no Bairro de San Nicolás. É a igreja-mãe da Arquidiocese de Buenos Aires. Em 1942 a Catedral Metropolitana foi declarada Monumento Histórico Nacional. Considerada um importante ponto turístico da cidade, essa igreja é uma das principais do país. Sendo católico ou não, vale a pena conhecer essa bela e importante construção da capital argentina.

Catedral Metropolitana de Buenos Aires

Nave da Catedral Metropolitana de Buenos Aires
A história da Catedral Metropolitana é um pouco inusitada. Quando Buenos Aires foi fundada (em 1580), Juan Garay, um conquistador espanhol, reservou o espaço onde hoje está a Catedral para abrigar a principal igreja da cidade. Assim, entre os séculos XVI e XVII, uma série de capelas simples foi feita ali. O problema é que todas essas construções tiveram problemas estruturais ou foram destruídas por algum desastre. Somente em 1752 que a atual Catedral Metropolitana começou a ser feita, pois toda a nave da antiga igreja desabou. Por conta de diversos problemas financeiros e com o novo projeto, a construção só foi completamente finalizada em 1852. Porém, os trabalhos de decoração continuaram por mais 50 anos. 

Altar-Mor da Catedral Metropolitana de Buenos Aires
A arquitetura da Catedral Metropolitana é um misto dos estilos neoclássico, neorrenascentista, neobarroco e rococó, com uma nave e uma cúpula do século XVIII e uma severa fachada neoclássica do século XIX. O edifício possui um perfil que não é comumente usado nas catedrais, pois não tem torres e é mais como um templo grego clássico que um típico católico. Tem 12 colunas na fachada que representam os apóstolos de Jesus. Acima das colunas, um mural entalhado retrata a reunião de José com seus irmãos e seu pai, Jacó. O chão foi desenhado no ano de 1907, e fabricado na Inglaterra com mosaico veneziano. 

Altar-Mor da Catedral Metropolitana de Buenos Aires

Mausoléu do Libertador General José de San Martin
Visitar o espaço interior da Catedral de Buenos Aires é viver uma experiência visual e, sobretudo, emocional. No centro impõe-se o Altar-Mor, como o ponto mais proeminente. O altar principal é esculpido em madeira e sua disposição chama atenção pela beleza e para descrevê-lo só vendo ao vivo. Já a cúpula de 41 metros é recheada de pinturas renascentistas. À esquerda há um pequeno altar com uma imagem conhecida como “Santo Cristo de Buenos Aires” trabalhada em madeira de algaroba; e no final do corredor central pode-se ver um altar dedicado à “Virgen de los Dolores”. As 14 pinturas da Via Crucis são obra do italiano Francesco Domenighini, e originalmente se encontravam na Iglesia Del Pilar. Há ainda uma capela a parte que homenageia o padroeiro de Buenos Aires, San Martin de Tours, um órgão de origem alemã e um mural em homenagem às vítimas do Holocausto. O interior mantém estátuas preciosas do século XVIII, bem como retábulos e uma rica decoração neorrenascentista e neobarroca. Ainda no seu interior se localiza o Mausoléu do General José de San Martín, herói da independência. Ele comandou revoluções contra o domínio espanhol na Argentina e outros países da América do Sul. Em 1877, uma das naves laterais foi reformada especialmente para abrigar os restos mortais deste herói nacional, conhecido como “El Libertador”.

Presépio da Catedral Metropolitana
Antes de se tornar Papa, o argentino Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, foi arcebispo da capital de seu país por 15 anos. Nesse período, celebrou suas missas na Catedral Metropolitana de Buenos Aires. Hoje no interior da Catedral, há um pequeno museu com o nome de "O Cardeal Jorge Mario Bergoglio", onde são expostos objetos pessoais e litúrgicos usados durante a sua atividade pastoral em Buenos Aires. A Catedral organiza visitas guiadas em diferentes idiomas. As visitas guiadas são feitas para grupos de, no mínimo, 15 pessoas, sempre pela manhã. Devem ser combinadas por telefone, com a Secretaria da Catedral, não é gratuito. As visitas ajudam a compreender os aspectos históricos, arquitetônicas, artísticas e religiosas do templo principal da cidade.

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