quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Montevidéu - Catedral Metropolitana de Montevideo

Catedral Metropolitana de Montevidéu
A atual Catedral tem suas origens ligadas à antiga Igreja Matriz de Montevidéu, construída no início do século XVIII, durante as obras de fortificação do Porto de Montevidéu realizadas pelo governador espanhol em Buenos Aires à época do reinado de Filipe V da Espanha. Durante as obras, realizadas com mão de obra de índios Tapes trazidos das missões jesuíticas, foi erguida uma primeira igrejinha muito modesta, considerada antecessora histórica da atual Catedral. Os planos da cidade, desenhados pelo engenheiro Domingo Petrarca e ampliados posteriormente por Pedro Millán, previam a construção da Matriz de Montevidéu, assim como o Cabildo, na praça principal da nova cidade (atual Plaza de la Constitución). Assim, já nos anos 1730 foi construída uma Igreja matriz de tijolos na praça principal, inaugurada em 1740. Destes primeiros anos de história da Matriz preserva-se a Imagem de Nossa Senhora da Fundação (Nuestra Señora de La Fundación), venerada hoje na Capela do Santíssimo Sacramento da Catedral atual.


Catedral Metropolitana de Montevidéu

Nave da Catedral Metropolitana de Montevidéu
Essa primeira Matriz ruiu parcialmente em 1788, transferindo-se os ofícios religiosos à antiga igreja dos jesuítas da cidade. Decidiu-se então pela reconstrução da nova Matriz, no mesmo local, seguindo um traçado muito mais amplo e ambicioso, o que deu origem ao atual edifício da Catedral de Montevidéu. A pedra fundamental foi lançada em setembro de 1790, não sendo conhecido exatamente quem foi o autor do projeto. Considera-se provável que os planos iniciais tenham sido encarregados ao engenheiro-militar português José Custódio de Sá e Faria, à época a serviço da Coroa Espanhola. Inicialmente a direção das obras foi confiada ao engenheiro espanhol Jose del Pozo y Marquy e posteriormente a outro espanhol, Tomás Toribio, arquiteto formado na Academia de San Fernando de Madri e autor do edifício do Cabildo de Montevidéu, localizado na praça em frente à Matriz. É provável que Toribio tenha feito modificações no projeto inicial.


Nave da Catedral Metropolitana de Montevidéu

Pia Batismal da Catedral Metropolitana
       de Montevidéu
A nova Igreja Matriz de Montevidéu foi inaugurada em 1804, faltando-lhe as torres e outros detalhes. A inauguração foi presidida por várias autoridades, incluindo o Bispo de Buenos Aires Benito de Lué y Riga, último dos bispos coloniais da Região Platina. Estilisticamente a Igreja filia-se à arquitetura neoclássica, especialmente no que se refere à fachada principal. A planta da Igreja é de três naves com transepto e cúpula sobre o cruzeiro, um modelo semelhante à de igrejas de influência jesuítica da região. A igreja, ainda inacabada, foi danificada pelo fogo de artilharia em 1807, na época da invasão inglesa do Rio de La Plata. As duas torres que flanqueiam a fachada só foram terminadas na década seguinte, por volta de 1818. Entre as grandes personalidades que visitaram a cidade e a sua Matriz no século XIX destacou-se o do futuro Papa Pio IX, que ali esteve em 1824. Em 1858 foi feita uma grande reforma pelo arquiteto Bernardo Poncini, que modificou a fachada principal. Mais tarde, em 1870, elevou-se a Igreja a Basílica, reconhecimento de sua relevância religiosa e cultural. Em 1878, com a criação da Diocese de Montevidéu, transformou-se em Igreja Catedral e, em 1897, pelo Papa Leão XIII, em Catedral Metropolitana. O edifício foi restaurado em 1903 e na década de 1940, retirando-se algumas modificações de Poncini. Nessa época foi instalado um relevo escultório de José Belloni no frontão da fachada, representando a investidura de São Pedro por Jesus Cristo.

Detalhe do Altar da Catedral Metropolitana
           de Montevidéu
Não se esqueça de prestar atenção na cúpula e nas telhas dentro. Na Matriz celebraram-se os principais atos históricos da história do Uruguai. Nela deu-se a benção da primeira bandeira e o juramento da primeira constituição. Existem várias obras de arte religiosas feitas por artistas nacionais, José Luis Zorrilla de Sant Martín e Juan Manuel Blanes. A nave em arco e o altar é folheado a ouro. No altar lateral tem uma imagem da santa padroeira do Uruguai, Nossa Senhora dos Trinta e Três. Nela se encontram sepultados os arcebispos e bispos de Montevidéu, além de outras autoridades eclesiásticas, civis e militares. Entre as obras de arte do interior do templo salienta-se hoje o Mausoléu do Primeiro Arcebispo de Montevidéu, Monsenhor Mariano Soler. A Catedral Metropolitana fica aberta aos turistas de segundas-feiras a sextas-feiras no período da tarde para fotografias. Aos sábados e domingos se celebra missa, então a entrada não é permitida para turistas fotografarem. Com incríveis torres gêmeas, a Igreja Matriz é um dos lugares mais fotografados da Ciudad Vieja, onde você pode tirar ótimas fotos de sua fachada e seu interior.

Mausoléu em homenagem a 
Monsenhor Mariano Soler
A Catedral Metropolitana de Montevidéu fica de frente para a Plaza de la Constitución, no centro da Ciudad Vieja de Montevidéu. Há pontos de ônibus nas proximidades, e a Catedral fica a uma curta caminhada de outras atrações importantes da cidade. Entre elas, estão o Palacio Salvo e o Mercado Del Puerto. Combine sua visita com um passeio pela Peatonal Sarandí. A rua para pedestres inclui marcos da cidade, galerias de arte, cafeterias e vendedores de produtos artesanais de rua. A Catedral fica aberta de segunda a sexta-feira. Ela continua sendo um local de adoração, por isso, espera-se que os visitantes se vistam adequadamente permaneçam em silêncio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário