domingo, 27 de setembro de 2015

Tour pela Suíça

Cantão Graubünden
Em fins de setembro de 2011 fizemos um Tour pela Suíça. Era outono. Foram 17 dias de viagem. Viagens internacionais sempre requerem uma preparação especial. Passaporte em dia, passagens compradas (ida e volta, com seguro de viagem para eventualidades médicas, é obrigatório), de preferência fora de temporada para reduzir custos, voucher da reserva dos hotéis ou albergues onde for se hospedar ou se for hospedar em casa de parentes ou amigos, é necessário uma carta convite com endereço e número de telefone para contato caso o serviço de imigração queira conferir. Pode-se levar dinheiro (Euros ou Francos no caso da Suíça, em alguns poucos locais aceitam-se Dólares também) ou cartão de crédito, mas é obrigatório que você tenha disponível no mínimo € 100,00 por dia. No nosso caso deveríamos comprovar se necessário € 1.700,00. Se for ficar em casa de parentes ou amigos, é de bom tom levar um presentinho para os moradores da casa. Cidadãos brasileiros não necessitam de visto para a Suíça, se o período de permanência no país não exceder 90 dias e se o motivo da viagem for turismo, visita, negócios, estudo, tratamento médico ou participação em congressos ou eventos.

Heidsee (Cantão Graubünden)

Bela Vista no Cantão Graubünden
Embarcamos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, também conhecido como Cumbica, em Guarulhos. Em voos internacionais é necessário chegar pelo menos duas horas antes para fazer o check-in. Não se esqueçam de conferir tamanho e peso da bagagem para evitar problemas com a companhia aérea. Fizemos conexão no Aeroporto de Zurique (é o maior aeroporto da Suíça e um dos 10 maiores da Europa, então cuidado para não se perder) e pegamos o voo para o Aeroporto Internacional de Genebra. De Genebra fomos de carro até Lausanne onde ficaríamos hospedados na casa da minha irmã. Alugamos um carro para que pudéssemos conhecer as cidades sem preocupação com horários. 
Nas cidades próximas a Lausanne íamos e voltávamos no mesmo dia, não necessitando hospedagem. Depois, quando estávamos percorrendo as cidades mais distantes, parávamos onde achávamos melhor e procurávamos um hotel. Isto só dá para ser feito fora de temporada, onde os hotéis estão vazios. No verão ou no inverno somente com reservas antecipadas. Além de Lausanne, nos hospedamos em Interlaken, Lucerna, Chur, Lugano, Ascona e Zermatt. Nosso roteiro preparado com antecedência previa 15 cidades, mas acabamos conhecendo 21 cidades (Comunas), percorremos os quatro cantos do país, ou melhor, nove dos 26 Cantões (Estados) existentes na Suíça. Algumas cidades são tão pequenas que dá para conhecer mais de uma por dia. 

Château d'Oex (Cantão Vaud)

Hotel Montana (Cantão Graubünden)
A bagagem é outra história, no outono ainda não está tão frio, mas há dias bem quentes, no entanto em Zermatt nevou demais!!! Nada menos que 6ºC negativos, com sensação térmica de 12ºC negativos. O tempo na Suíça varia bastante de lugar para lugar. Tivemos que comprar roupas apropriadas, pois não tínhamos na mala. É tanto frio que dói até os ossos. Fazendo fronteira com França, Alemanha, Itália e Áustria, um diferencial da Suíça está na belíssima paisagem natural de grandes bosques, lagos e montanhas, como a famosa região dos Alpes. Lá, a adrenalina das estações de esqui e o frio abaixo de zero são garantidos em qualquer época do ano.

Hôtel Du Chamois em Château d'Oex (Cantão Vaud)

Viaduto de Landwasser (Cantão Graubünden)
A Suíça ou Confederação Suíça (Helvética) é uma República Federal composta por 26 estados, chamados de Cantões, com a cidade de Berna como sede das autoridades federais. A Suíça é um país sem costa marítima cujo território é dividido geograficamente entre o Jura, o Planalto Suíço e os Alpes, é um dos países mais ricos do mundo e Zurique e Genebra foram classificadas como as cidades com melhor qualidade de vida no mundo, estando em segundo e terceiro lugar respectivamente. 


Café Tivoli em Châtel Saint Denis
(Cantão Friburgo)




A Suíça é constituída por quatro principais regiões linguísticas e culturais: alemão, francês, italiano e romanche. Por conseguinte, os suíços não formam uma nação no sentido de uma identidade comum étnica ou linguística. A separação não fica somente pela língua, mas também pelas ideologias e culturas, onde os falantes franceses são mais abertos e liberais e os falantes alemães são mais conservadores. O visitante estrangeiro pode se sentir à vontade. O povo local é tranquilo, cordial e elegante. Interagir com eles é fácil. O suíço aprende logo na escola a falar ao menos duas das quatro línguas oficiais, além de inglês, é claro! Com alto padrão de qualidade de vida e organização, a Suíça é um país “quatro em um”. Pois se divide em regiões de origens alemã, francesa, italiana e romanche. Poliglota, a terra do relógio, onde tudo funciona com precisão, carrega a herança multicultural em museus, festivais, lugares históricos e na arquitetura medieval.

Le Sépey (Cantão Vaud)

Vaquinha típica na Suíça
A história da Suíça começa antes do Império Romano: em 500 a.C. Nessa altura, muitas tribos celtas estavam localizadas nos territórios do Centro-Norte da Europa. A mais importante delas era a dos Helvécios, nome que iria originar a designação atual da Suíça. Ao contrário do que era dito pelos romanos e pelos gregos, os Helvécios não eram selvagens, mas sim avançados na técnica de joias e outras peças pequenas corroborando as escavações feitas no Lago Neuchâtel. Muitas cidades suíças da atualidade foram fundadas durante a colonização pelo Império Romano, como Genebra, Lausanne, Martigny, Zurique, Sion, Basiléia, Bellinzona, entre outras. Do século XI ao século XIII, muitas cidades foram fundadas, incluindo Berna, Lucerna e Friburgo.

Bela vista dos Alpes Suíços

Chalé em Châtel Saint Denis (Cantão Friburgo)
A Suíça é dividida em 13 regiões turísticas. A principal atração são os Alpes Suíços. Até o século XVIII, o país não era um destino, mas uma passagem obrigatória no centro da Europa. Nesta época, as cidades que atraiam turistas eram apenas a Basiléia e Genebra devido as suas universidades, movimentos religiosos, as fontes de água e as curas que as termas proporcionavam. O início do turismo no país é provocado pelos trabalhos de escritores e pintores naturalistas do fim do século XVIII e início do século XIX que suscitam interesse aos viajantes pelas descrições das paisagens e das montanhas.

Cantão Berna
No dia-a-dia, os suíços preferem coisas pequenas e não são esbanjadores. Mas são, sobretudo, marcados pela pontualidade, a precisão e o perfeccionismo. A gastronomia típica helvética é claramente feita à base de leite. Os suíços juntamente com os franceses, produzem queijo para a raclette que é derretida e servida com batatas cozidas e picles (muito bom, principalmente se for degustada na cidade de Gruyères). Além do queijo, come-se muita massa, como o äplermakronen, uma massa com queijo e batatas, prato típico de inverno, o chocolate também é muito famoso no país e no mundo. Na parte alemã é comum encontrar o rösti em formato de panqueca, é feito de batatas cozidas e raladas, a massa misturada com manteiga podendo juntar bacon, cebolas, entre outros ingredientes, é então colocada em uma frigideira e tostada dos dois lados (muito bom também, principalmente se for saboreada em Lucerna). Também é comum encontrar pratos feitos a partir de castanhas, sobretudo nas zonas montanhosas (Valais e Ticino). 

Cantão Berna
Os vinhos suíços não são muito famosos no mundo (mesmo assim foi a bebida que eu mais consumi. Pode-se pedir jarrinhas com quantidades menores da bebida), pois a produção vinhateira na Suíça é muito reduzida, apesar da tecnologia usada no processo de obtenção. A cidra de maçã, o absinto de Jura e a Rivella são outras bebidas famosas. Tortas e quiches também são tradicionalmente encontradas na Suíça. Em particular, as tortas são feitas de todos os modos, desde maçã à cebola. Outro prato típico são os cervelats, linguiça suíça feita especialmente no país e no sul da Alemanha. Na Suíça, a culinária é influenciada pelas outras culturas adjacentes como a francesa, a alemã e a italiana. Se a gente não tomar cuidado é capaz de voltar para casa rolando.

Cascade de la Pissevache, Vernayaz (Cantão Valais)

Vinhedos de Valais
Nem só de praia, sol e carnaval vive a felicidade. Ao que parece, ela está mais voltada para as montanhas, os chocolates, os queijos e os relógios pontuais. Neste ano de 2015 a Suíça foi eleita o país mais feliz do mundo. O ranking é baseado em diversos fatores, como o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, expectativa de vida saudável, sistema de ajuda social e percepção de corrupção ou a ausência dela no governo. Em resumo, a Suíça é tudo de bom.

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