sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Lisboa - Baixa de Lisboa

Baixa de Lisboa
O centro de Lisboa pode ser dividido em quatro áreas de interesse: Bairro da Alfama (onde está o Castelo de São Jorge), Baixa (ou Baixa-Chiado), Bairro Alto (onde a night acontece) e Avenida Liberdade (onde estão as lojas de grife). O eixo Alfama-Baixa/Chiado-Bairro Alto é palco para a cultura erudita como para a popular. A Baixa de Lisboa é também chamada Baixa Pombalina ou Lisboa Pombalina por ter sido edificada por ordem do Marquês de Pombal, na sequência do terremoto de 1755, cobrindo uma área de pouco mais de 23 hectares. O Paço Real, a Casa da Índia, palácios da aristocracia, a nova Casa da Ópera que se construía então, obras de arte e tesouros reais, perderam-se irremediavelmente. Se há um bairro em Lisboa que pode ser considerado o centro, esse bairro é a Baixa. Não é propriamente o Centro Histórico, porque quase todos os bairros são bem antigos, sendo o mais antigo o Bairro Alfama. Na Baixa as ruas são cheias de artistas, grupos de senhores em cafés e é também onde acontece tudo, inclusive os protestos da cidade.

Praça do Comércio
Das ruínas da Lisboa medieval, renasceu esta zona redesenhada numa escala moderna e funcional, que ficou ligada à vontade e ao pragmatismo do poderoso ministro de Dom José I, o Marquês de Pombal, que rapidamente mandou implementar um projeto de construção desenhado por Carlos Mardel e Eugénio dos Santos. Após o cataclismo destruidor era primeira prioridade realojar as pessoas, reatar a vida mercantil e para isso era necessário reconstruir rapidamente. A Baixa situa-se entre o Terreiro do Paço, junto ao Rio Tejo, e o Rossio e a Praça da Figueira, e longitudinalmente entre o Cais do Sodré, o Chiado e o Carmo, de um lado, e a Catedral da Sé e a colina do Castelo de São Jorge, do outro. A Baixa está totalmente integrada no território da Freguesia de Santa Maria Maior.

Praça do Comércio com o Arco da Rua Augusta

Praça do Comércio com o Arco da Rua Augusta
A Baixa Pombalina e o Chiado são o “coração” da cidade. A área contém praças magníficas, que estão interligadas por avenidas retas preenchidas com uma grandiosa arquitetura do século XVIII. Esta é a área de Lisboa onde os turistas passarão a maior parte do seu tempo. Existem muitos hotéis de qualidade, as ruas estão repletas de cafés e a vibrante vida noturna situa-se apenas a uma caminhada de distância. Na Baixa estão a maioria das lojas e restaurantes, inclusive alguns muito tradicionais. Estes restaurantes ficam em ruas paralelas fechadas ao tráfego de carros e funcionam como calçadões para pedestres. A zona da Baixa é constituída por um conjunto de ruas retas e perpendiculares organizadas lado a lado do Eixo Central da Rua Augusta. Os edifícios desta zona são semelhantes entre si onde o andar térreo é destinado a comércio e os superiores a habitação. Os andares superiores foram construídos com uma notável estrutura designada gaiola pombalina, de forma a distribuir forças sísmicas em caso de abalo.

Estátua de Dom José I
O traçado moderno com ruas largas ajudou a projetar a Avenida da Liberdade, uma das mais aristocráticas da capital portuguesa. A rua mais famosa por ali, onde está grande parte das lojas é a Rua Augusta. Passeando por estas ruas dá para ver a arquitetura portuguesa de perto. Também nos chama a atenção o nome destas ruas: Rua da Prata, Rua do Ouro, Rua dos Fanqueiros (que não tem funk, tá?!). A Rua Augusta situa-se num dos quarteirões mais movimentados de Lisboa. Fechada ao trânsito, esta rua conta com todo o tipo de lojas para todo o tipo de gostos, com vendedoras de flores, vendedores de castanhas assadas, artistas de rua independentes como o “homem-estátua” ou o familiar tocador de harmônica e muito, muito mais. 

Arco da Rua Augusta
Ao final da Augusta passamos pelo Portão do Comércio e chegamos à bela Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço, de onde partem os elétricos para Belém. Os espaçosos edifícios arqueados, que se estendem pelos outros três lados da Praça, são hoje sede de departamentos governamentais e de alguns restaurantes. A Praça tem diversos prédios e monumentos, a exemplo da enorme Estátua do Rei Dom José I, que fica no centro, e o Arco da Rua Augusta, o arco está decorado com estátuas de personalidades históricas, como Vasco da Gama, e Marquês de Pombal, a versão portuguesa do Arco do Triunfo (o arco de Lisboa é bem mais impressionante que o francês, diga-se de passagem). A melhor atração na área da Baixa é a paisagem a partir do topo do Arco da Rua Augusta. Este magnífico arco congrega a Rua Augusta com a Praça do Comércio. É fácil descrever a Praça do Comércio, esta é uma das praças mais majestosas de Lisboa e foi, em tempos, a principal entrada marítima da cidade. Ainda hoje se pode ver a escadaria em mármore que sai do Rio Tejo em direção à Praça. O nome Terreiro do Paço é, claramente, uma referência ao Palácio que aí esteve durante 400 anos. É aqui que fica também o Café Martinho da Arcada, onde Fernando Pessoa costumava frequentar. 

Teatro Nacional Dona Maria I
No outro extremo da Rua Augusta encontra-se a Praça do Rossio. A Praça do Rossio é belíssima, e costuma ficar lotada de turistas e moradores da cidade, que ocupam os diversos cafés e bares charmosos da área, durante todo o ano. O Rossio é sempre uma colmeia de atividade e é um belo local para observar a capital, a partir de um dos cafés que rodeiam a Praça. Esta é, há mais de 600 anos, o coração de Lisboa. É nela que fica o tradicional Café Nicola, de estilo art deco, onde Bocage, um dos principais poetas do arcadismo português, costumava frequentar. Ela é toda preenchida por calçada portuguesa de padrão ondulante. A Praça tem prédios importantes, como o Teatro Nacional Dona Maria I, um lindo exemplar da arquitetura neoclássica, e monumentos como fontes barrocas e um pedestal, que tem uma Estátua de Dom Pedro IV (o nosso Dom Pedro I no Brasil, que proclamou a Independência). Aos pés da estátua quatro figuras femininas representam a Justiça, a Sabedoria, a Força e a Temperança, qualidades atribuídas a Dom Pedro. 

Teatro Nacional Dona Maria I

Teatro Nacional Dona Maria I

Teatro Nacional Dona Maria I

Estação do Rossio
Em estilo neo-manuelino, a Estação dos Comboios do Rossio é um incrível monumento, que se situa entre a Praça do Rossio e a dos Restauradores. As oito portas combinam com as nove janelas e com o relógio incrivelmente decorado, situado no cimo da fachada. Surpreende de imediato os transeuntes com a majestosidade da sua fachada principal, encontrando-se em funcionamento há 120 anos. A Estação do Rossio é curiosa, na medida em que as plataformas de embarque se encontram a cerca de 30 metros acima da entrada principal. Daqui partem comboios para a encantadora região de Sintra, passando por Queluz. Construída em 1886/87, esta Estação foi recentemente renovada. A plataforma de embarque está agora ligada ao metrô e conta com um dos mais magníficos trabalhos: olhe para o teto e deslumbre-se! Faça questão de visitar a Estação do Rossio. Tenho certeza de que não se arrependerá.

Estação do Rossio

Estação do Rossio

Praça da Figueira
A Praça dos Restauradores é emblemática, graças ao obelisco em forma de monumento homenageando a Coroa Portuguesa, após 60 anos de domínio espanhol. Dela parte outro elevador, o Elevador da Glória, que é na verdade um bondinho que liga o Bairro da Baixa ao Bairro Alto. A Praça da Figueira era o centro das festividades dos santos populares no século XIX, e funcionava como mercado da cidade. Hoje, a realidade da Praça da Figueira é bem diferente: o mercado aberto deu lugar a lojas, hotéis e cafés e no meio encontra-se a Estátua do Rei Dom João I. Debaixo do pedestal onde se encontra a estátua costumam aninharem-se centenas de pombos. A Praça da Figueira é também um ponto de passagem bastante movimentado, situado entre o Rossio e o Martim Moniz, e conta com todo tipo de transportes que o levam a quase todos os pontos da cidade. Nesta Praça fica a Confeitaria Nacional, que data de 1829. Trata-se de uma das cafeterias mais antigas de Lisboa. A Praça da Figueira é um dos melhores pontos para ver as muralhas do Castelo de São Jorge.

Praça da Figueira

Praça da Figueira

Praça do Rossio
O Parque Eduardo VII é uma grande área verde que fica na Baixa, uma das regiões mais frenéticas de Lisboa. O nome homenageia um antigo rei inglês e tem um largo com carpas e um parquinho para as crianças se divertirem. É quase um Parque Ibirapuera dos lisboetas. Nesta área de Lisboa encontra centros tecnológicos de interpretação histórica, museus contemporâneos, lojas de designers mundialmente famosos e várias delícias típicas, como os famosos pastéis de nata e a ginjinha (licor de ginja).

Praça do Rossio

Chafariz da Praça do Rossio

Chafariz da Praça do Rossio

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