quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Lisboa - Outras Igrejas de Lisboa

Catedral da Sé de Lisboa

Você que vai fazer turismo na capital portuguesa não pode deixar de conhecer as mais belas e importantes igrejas em Lisboa. Uma forma de conhecer um pouco do que de melhor foi feito na arte em Portugal, é conhecer as suas igrejas. Coloque cada uma delas em seu roteiro das igrejas para visitar em Lisboa. Tenho certeza de que será um passeio muito rico e bonito. As igrejas são alvo de grande interesse turístico devido à sua beleza, história e arte únicas. Lisboa chegou a ser considerada uma “segunda Roma”, com uma igreja ou convento em cada esquina. Só na capital são 119 igrejas, segundo a Pastoral do Turismo do Patriarcado de Lisboa. Muitos destes monumentos desapareceram no terremoto de 1755, outros foram reconstruídos, por isso a maioria das igrejas da cidade data dos finais do século XVIII. Os interiores refletem os estilos e o gosto da época, um gosto muito português, em que a talha dourada se mistura com painéis de azulejos azuis e brancos. Os mais belos exemplos encontram-se muitas vezes onde menos se espera, escondidos em conventos ou nas menores igrejas.


Catedral da Sé de Lisboa


Lateral da Catedral da Sé de Lisboa

Lisboa é sede de um Bispado desde pelo menos o século IV, no final da Antiguidade. Sabe-se também da existência de vários bispos da cidade durante o Período Visigótico, entre os séculos V e VII. No início do século VIII, Lisboa foi conquistada pelos Mouros, mas a população cristã permaneceu na cidade e nos arredores. Em 1147, quando Dom Afonso Henriques tomou a cidade dos Mouros, Lisboa tinha um Bispo Moçarabe (como eram denominados os cristãos que viviam sob domínio muçulmano). Após a reconquista da cidade pelo Rei português e os cavaleiros que tomavam parte da Segunda Cruzada, um cruzado inglês, Gilberto de Hastings, foi feito Bispo. Começaram então as obras de construção da Catedral, aparentemente no lugar da antiga Mesquita de Lisboa. Nessa mesma época, Afonso Henriques trouxe do Algarve as relíquias de São Vicente de Saragoça e depositou-os na .


Catedral da Sé e o Eléctrico 28


Nave da Catedral da Sé de Lisboa

A Sé Catedral de Lisboa, Igreja de Santa Maria Maior, ou simplesmente Sé de Lisboa é um dos ícones da cidade. Tendo uma longevidade tão extensa, é compreensível que tenham sido realizadas várias mudanças nela, ao longo de sua existência. Entre as principais características desta construção estão: a incorporação de diferentes estilos que foram adicionados ao longo dos tempos; na quase totalidade do seu perímetro superior é possível observar-se um falso trifório; é possível visitar o Tesouro da Catedral, presente em sua parte superior. São quatro salas onde se encontram vestimentas, joias e relíquias que foram recolhidas ao longo da história e são referentes a diferentes épocas, servindo como testemunhos da passagem do tempo. Pelo seu valor religioso, artístico e histórico, este é um dos mais importantes monumentos de todo o país. Classificada como Monumento Nacional vale a parada na descida do Castelo de São Jorge. A construção é imponente e vista de vários pontos da cidade.


Basílica Nossa Senhora dos Mártires

A Basílica de Nossa Senhora dos Mártires é uma igreja que se localiza na Rua Garrett, em pleno coração do Chiado, na Freguesia de Santa Maria Maior (no território da extinta Freguesia dos Mártires). A Paróquia de Nossa dos Mártires foi criada imediatamente após a reconquista de Lisboa aos Mouros, em 1147, tendo sua gênese numa pequena ermida erguida para nela se poder prestar culto à Imagem de Nossa Senhora trazida pelos Cruzados ingleses, que cedo foi invocada pelo povo como Nossa Senhora dos Mártires em memória de todos os soldados que morreram em combate em defesa da fé cristã. A ermida era já uma grandiosa igreja barroca em 1755, data em que foi completamente destruída durante o terremoto que se abateu sobre Lisboa. A atual Basílica foi projetada por Reinaldo Manuel dos Santos, tendo sido dedicada ao culto religioso em março de 1784.



Basílica de Nossa Senhora dos Mártires


Altar da Basílica Nossa Senhora dos Mártires

A Pia Batismal é uma peça original, tendo sido recuperada intacta da primitiva Basílica. Nela foram batizadas individualidades como o Beato Bartolomeu dos Mártires, em 1514; o Cardeal Dom Luís de Sousa, em 1630; o poeta Fernando Pessoa em 1888. Os magníficos tetos e os retábulos são da autoria de Pedro Alexandrino de Carvalho e de seu discípulo José António Narciso. O órgão e o móvel que o reveste, em talha dourada foram construídos pelo organeiro António Xavier Machado e Cerveira. A Basílica dos Mártires guarda ainda um presépio do século XVIII, com 126 figuras, lavrado pela escola de Machado de Castro.


Paróquia Nossa Senhora da Encarnação

A Igreja de Nossa Senhora da Encarnação é uma das mais belas igrejas de Lisboa e se localiza na região do Chiado. Inaugurada em 1708, essa Igreja teve que ser reconstruída após o terremoto de 1755, e suas obras foram concluídas somente em 1873. Em 1784, a Igreja da Encarnação tinha uma fachada neoclássica, mas preservou duas esculturas do século XVII, que estavam anteriormente na muralha medieval da cidade de Lisboa. No interior, revestido de mármore, que manteve a arquitetura barroca e rococó, encontra-se uma magnífica escultura de Nossa Senhora da Encarnação, realizada pelo principal escultor de Portugal, Machado de Castro. Os belos tetos em madeira datam de 1784 a 1824 e são compostos por várias pinturas extraordinárias. Não deixe de visitar.




Altar da Paróquia Nossa Senhora da Encarnação

Igreja de São Domingos

Fundada no século XIII, a Igreja de São Domingos foi palco de importantes acontecimentos em Lisboa: ocorreram ali casamentos reais e ela fez parte, durante séculos, das mais lindas procissões e animadas feiras de Lisboa. Mas na Igreja de Santa Justa e Rufina (como também é conhecida) ocorreram fatos traumáticos na história de Portugal. Essa Igreja está ligada à Inquisição e, antes disso, ao grande massacre de judeus em Lisboa em 1506. Com o terremoto de 1755, essa Igreja ruiu e teve de ser reconstruída. E, em 1959, a Igreja ardeu completamente num incêndio que a destruiu. Somente em 1994, ela foi reaberta após a sua recuperação bastante única e original, que faz alusão a esse último desastre. Portanto, não se espante com suas paredes sem pintura, estátuas desfiguradas e pedras quebradas. Além disso, o seu teto e altar foram pintados em tons de terracota. Dentro da Igreja também tem exposto metade do lenço usado por Lúcia e o terço usado por Jacinta no dia 13 de outubro de 1917 na última aparição de Nossa Senhora de Fátima. A outra metade do lenço está no Santuário de Fátima.


Igreja de São Domingos

Igreja do Loreto

A Igreja do Loreto está situada junto ao Largo do Chiado, fazendo esquina com a Rua da Misericórdia, em Lisboa. O autor do projeto de construção desta Igreja foi José da Costa e Silva. Com o terremoto de 1755 o templo sofreu grandes estragos, tendo sido reconstruído em 1785. A Igreja, também chamado Igreja dos Italianos, principalmente venezianos e genoveses, comerciantes em Lisboa. Depende diretamente da Santa Sé, e é sufragânea da Arquibasílica de São João de Latrão. Esta Igreja é constituída por uma nave central com 12 capelas laterais que apresentam os 12 apóstolos. Essas capelas têm como revestimento mármore italiano. Na fachada principal, além da Imagem de Nossa Senhora do Loreto, pode-se observar as armas pontificais, de autoria de Borromini, ladeadas por dois anjos. Possui ainda um órgão de tubos datado do século XVIII, cuja autoria não se encontra bem definida.


Igreja do Loreto

Igreja de Santo Estêvão vista do 
Mirante de Santa Luzia

A Igreja de Santo Estêvão  localiza-se na Freguesia de Santa Maria Maior, Concelho e Distrito de Lisboa. Remonta a um primitivo templo, erguido no século XII, em estilo românico. Foi reedificado em 1733 em estilo barroco, com uma orientação norte-sul que l, que lhe conferiu maior impacto urbanístico. Sofreu extensos danos quando do terremoto de 1755 tendo sido reparada e reaberta ao culto em 1773. Na década de 1830 sofreu nova intervenção de restauro. Encontra-se classificada como Monumento Nacional desde dezembro de 1918.

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