Chiesa San Andrea della Valle |
Antes de descobrir os
segredos de viagem, é bom conhecer os lugares mais turísticos da cidade, pois,
ainda que manjados e geralmente superlotados, eles não são famosos à toa, e
fazem parte da história e cultura do local. Roma está à margem do Rio
Tibre e possui sete colinas em seu Centro
Histórico: Palatino, Aventino, Capitólio (Campidoglio),
Quirinal, Viminal, Esquilino e Célio. A quantidade de atrações em Roma e no Vaticano é
enorme e para conhecer boa parte delas é preciso ter pique e tempo disponíveis.
São vários sítios históricos, museus e galerias, praças e igrejas, enfim,
locais interessantíssimos que guardam tesouros inestimáveis. Acordar cedo, ter
em mãos um bom mapa da cidade, usar sapatos e roupas confortáveis são algumas
dicas fundamentais. E se a visita for feita na temporada de calor intenso, em
meados de julho/agosto, o visitante não pode deixar de usar filtro solar e se hidratar
com frequência.
Chiesa San Andrea della Valle |
Assim como o resto da
Itália, a população da cidade de Roma é predominantemente católica
romana. A capital italiana tem sido um importante centro de peregrinação religiosa e, durante séculos, a base da religião
romana com o pontífice máximo e, mais tarde, como sede do Vaticano e do Papa.
Antes da chegada dos cristãos em Roma,
a religião romana era a principal religião da cidade na Antiguidade Clássica. Apesar de Roma ser a casa do Vaticano
e da Basílica de São Pedro, a catedral
da cidade é a Basílica de São João
de Latrão, localizada ao sudeste do centro. San
Giovanni Laterano (São João de Latrão) foi fundada
por Constantino. A Catedral de Roma
está situada na praça de mesmo nome, tem fachada majestosa e interior com cinco
naves. O fato de possuir o trono papal faz dessa basílica a mãe de todas as
igrejas.
Chiesa San Andrea della Valle |
Chiesa di Sant’Ignazio di Loyola |
Como o centro mundial do Cristianismo, Roma abriga uma grande quantidade de
templos religiosos que, além da função em si, são repletos de história e
tesouros. Há cerca de 900 igrejas em Roma
no total, além da própria catedral e outras, como a Basílica de São Paulo Extramuros, a Basílica de São Clemente, a Basílica
de San Carlo alle Quattro Fontane e a Igreja
de Jesus. Há também as antigas catacumbas romanas, no subsolo da
cidade. Várias instituições de educação religiosa, muito importantes também
estão em Roma, como a Pontifícia
Universidade Lateranense, o Instituto Pontifício Bíblico, a Pontifícia
Universidade Gregoriana e o Pontifício
Instituto Oriental.
Chiesa di Sant’Ignazio di Loyola
|
A Basílica
de Santa Maria Maggiore é uma das quatro grandes
basílicas de Roma, construída no
século V, foi restaurada e ampliada entre os séculos XII e XVIII. Seus
magníficos mosaicos do século V estão entre os mais antigos e belos da cidade.
Dizem que seu teto do século XV foi folheado com os primeiros carregamentos de
ouro que chegaram do Novo Mundo, um
presente da monarquia espanhola. Localiza-se na Piazza di Santa Maria Maggiore. Ainda pelo centro, encha os olhos
admirando gratuitamente a Estátua de
Moisés esculpida por Michelangelo e situada no interior da Basílica di San Pietro in Vincoli (Metrô Colosseo). A Chiesa
di Sant’Ignazio (Igreja de Santo Inácio) é uma belíssima
igreja barroca construída de 1626 a 1685, segundo os planos do arquiteto
jesuíta Orázio Grassi. Fica entre o Pantheon
e a Fontana di Trevi.
Chiesa di Sant’Ignazio di Loyola |
Chiesa do Santíssimo Nome de Maria no Fórum de Trajano e Coluna de Trajano |
A Basílica Santa Maria
Sopra Minerva, próxima
ao Pantheon é a única igreja gótica
de Roma, um local sagrado que abriga
uma das obras de Michelangelo: a Estátua
de Cristo com a Cruz. No prédio anexo à Igreja (um mosteiro), o astrônomo
Galileo Galilei abdicou de sua tese em 1600. Santa Maria em Trastevere fica no famoso Bairro
de Trastevere. É a basílica mais antiga de Roma. Ela possui fachada decorada com mosaicos e afrescos (além de
mosaicos em seu interior) e um campanário do século XII bem ao lado da fachada.
Em San Luigi dei Francesi (São Luís dos Franceses) os amantes da arte se deslumbram com esse belíssimo
templo religioso onde se encontram pinturas do artista Caravaggio instaladas em
1600.
Chiesa do Santíssimo Nome de Maria no Fórum de Trajano e Coluna de Trajano |
Sant’Andrea
della Valle ou Basílica
de Santo André do Vale é uma basílica menor localizada no Rione Sant’Eustachio de Roma. É também a
sede mundial da Ordem dos Teatinos. Ela
está localizada na Piazza Vidoni, no
cruzamento do Corso Vittorio Emanuele II
(fachada) e do Corso Rinascimento. Na
praça em frente da Igreja está uma fonte de Carlo Maderno que, até 1937, ficava
na hoje destruída Piazza Scossacavalli,
no Borgo. Sant’Andrea foi inicialmente
planejada quando Donna Costanza Piccolomini d’Aragona, Duquesa de Amalfi e descendente da família do Papa Pio II, deixou como
herança seu palácio e a igreja adjacente de San Sebastiano, no centro de Roma,
para a Ordem dos Teatinos com o objetivo
de que fosse ali construída uma nova igreja. Como o padroeiro de Amalfi era Santo André, a Igreja foi consagrada
em sua homenagem. Sant’Andrea della Valle
tornou-se o modelo para muitas outras igrejas, como a Igreja de São Caetano, em Munique,
e a Igreja de Santa Ana, em Cracóvia.
Chiesa do Santíssimo Nome de Maria no Fórum de Trajano
e Coluna de Trajano
|
Basílica Santa Maria Maggiore
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Chiesa Sant’Ignazio di Loyola in Campo
Marzio ou Igreja de Santo Inácio de Loyola em Campo
Marzio é uma Igreja titular de Roma,
dedicada a Santo Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus. Construída em estilo barroco entre 1626 e 1650,
a Igreja funcionou inicialmente como uma capela anexa à vizinha Universidade Romana; ela é antecessora
da Pontifícia Universidade Gregoriana.
É uma das três igrejas regionais do Lácio
em Roma e a Igreja Nacional da Guatemala. A Universidade Romana iniciou suas atividades de forma bastante
humilde em 1551, com uma inscrição sobre a porta resumindo seu propósito: “Escola de Gramática, Humanidades e Doutrina
Cristã. Grátis.” Desde o princípio, assolada por problemas financeiros, a
Universidade teve várias sedes provisórias. Em 1560, Vittoria della Tolfa, Marquesa della Valle, doou um
quarteirão inteiro e os edifícios que estavam nele, para a Companhia de Jesus em memória de seu falecido marido, o Marquês della Guardia, Camilo Orsini,
fundando o Collegio Romano. Antes
disto, ela pretendia doar a propriedade para as Freiras Clarissas
fundarem um convento e elas já haviam inclusive começado a construir o edifício
que abrigaria a Igreja de Santa Maria
della Nunziata, no exato local onde ficava o antigo Templo de Ísis no Campo de
Marte.
Basílica Santa Maria Maggiore |
Basílica Santa Maria Maggiore |
Chiesa
Santissimo Nome di Maria al Foro Traiano ou Igreja do Santíssimo Nome de Maria no Fórum de Trajano é uma Igreja
titular de Roma, dedicada ao Santo Nome
de Maria e localizada em frente à Coluna
de Trajano, a uns poucos passos de outra igreja com uma cúpula similar, mas
externamente menos conservadora, Santa Maria
di Loreto. Apesar do nome ela não deve ser confundida com a Chiesa Santissimo Nome di Maria a Via Latina,
no sudeste de Roma. A festa do “Santo
Nome de Maria” foi instituída pela Papa Inocêncio XI depois da vitória dos exércitos
austro-poloneses sob o comando de João III Sobieski sobre os turcos otomanos na
Batalha de Viena em 1683. O abade Giuseppe
Bianchi instituiu a devoção ao Santíssimo Nome de Maria em 1685 em Santo Stefano Del Cacco e, logo depois,
fundou a Congregação do Santíssimo Nome de
Maria, que foi formalmente aprovada em 1688. Em 1694, a Congregação se mudou
para San Bernardo a Colonna Traiani,
mas, no ano seguinte, percebendo que era necessário construir uma nova igreja, comprou
um terreno vizinho e encomendou a construção do edifício ao francês Antoine Derizet.
Em 1741, o ícone de Maria foi transferido para a nova Igreja e, em 1748, San Bernardo
foi demolida. Uma vez por ano, ele é levado em procissão do local da antiga igreja
até o seu local de abrigo atual, o altar-mor de Santissimo Nome di Maria. O interior é elíptico e há sete pequenas capelas
à volta, decoradas em mármore multicolorido.
Basílica Santa Maria Sopra Minerva |
Basílica Santa Maria Sopra Minerva |
Santa
Maria Maggiore ou Basílica
de Santa Maria Maior é uma das quatro basílicas maiores ou uma das sete igrejas
de peregrinação e a maior Igreja Mariana
de Roma – motivo pelo qual ela recebeu o epíteto de “Maior”. Foi a primeira
igreja do Ocidente dedicada ao culto
de Maria, e tem uma celebração específica na liturgia católica rememorando o fato:
a Dedicação de Basílica de Santa Maria Maior.
Depois do Tratado de Latrão em 1929,
firmado entre a Santa Sé e o Reino da Itália, Santa Maria Maggiore permaneceu como parte do território italiano e
não do Vaticano. Porém, a Santa Sé é proprietária do edifício e do
terreno onde ele está e o governo italiano é obrigado, legalmente, a reconhecer
este fato e a conceder a ela a imunidade concedida pelo Direito Internacional às embaixadas de agentes diplomáticos de estados
estrangeiros.
Chiesa Santa Brígida |
Chiesa Santa Brígida |
Chiesa
Santa Brigida ou Igreja
de Santa Brígida é uma igreja conventual no Rione Regola de Roma, dedicada
a Santa Brígida e é a igreja nacional dos suecos católicos na cidade. É conhecida
também com Santa Brigida a Campo de’ Fiori,
pois foi construída num local que, na época, era parte do Campo de’ Fiori, mas que hoje é parte da distinta Piazza Farnese. Uma primeira igreja foi
construída no local durante o pontificado de Bonifácio IX, mas foi abandonada. Em
1513, Peter Mansson, futuro Bispo de Västeras,
na Suécia, erigiu uma nova igreja, que
foi depois oficialmente concedida ao Arcebispo
de Uppsala pelo Papa Paulo III. Esta igreja foi restaurada no início do século
XVIII, durante o pontificado de Clemente XI. Em 1828, o Papa Leão XII cedeu o convento
e a Igreja para os cônegos de Santa Maria
in Trastevere, que não tinham recursos para restaurá-la e, por isso, a cederam
para a Congregação da Santa Cruz, de
origem francesa, em 1855. Eles restauraram a Igreja e os aposentos de Santa Brígida
entre 1857 e 1858. O proprietário seguinte foi o ramo polonês da Ordem dos Carmelitas, a quem o convento
e a Igreja foram doados em 1889, que mantiveram o controle até 1930, quando ela
foi devolvida para a Ordem dos Brigitinos.
Santa Maria degli Angeli e dei Martiri na Piazza della Republica |
Santa Maria degli Angeli e dei Martiri na Piazza della Republica
|
Santa
Maria degli Angeli e dei Martiri ou Basílica de Santa Maria dos Anjos e dos Mártires é uma igreja titular
e Basílica menor em Roma, construída
dentro do frigidário das Termas de Dioclecano
na Piazza della Republica. A Basílica
é dedicada aos mártires cristãos, conhecidos e desconhecidos, e foi construída depois
que o Papa Pio IV ordenou, em julho de 1561, que uma igreja fosse construída para
ser dedicada a Santíssima Virgem e todos os Anjos e Mártires. O ímpeto para esta
dedicação foi fornecido pelo relato de uma visão experimentada nas ruínas das Termas de Diocleciano em 1541 por um monge
siciliano, Antonio Del Duca, que já vinha, havia décadas, tentando a autorização
papal para uma veneração formal aos Príncipes
Angélicos. A Igreja abriga o Monumento
Funerário do Papa Pio IV, cujo túmulo está na tribuna absidal.
Santa Maria degli Angeli e dei Martiri na Piazza della Republica |
Santa Maria degli Angeli e dei Martiri na Piazza della Republica
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As Termas
de Diocleciano ocupavam uma posição dominante no Monte Quirinal com suas ruínas e haviam resistido à cristianização
até então. Michelangelo trabalhou entre 1563 e 1564 para adaptar uma parte da
estrutura remanescente das Termas a de uma Igreja. Uma construção posterior,
dirigida por Luigi Vanvitelli em 1749, alterou muito superficialmente os
grandiosos e harmônicos volumes de Michelangelo. Em Santa Maria degli Angeli, ele conseguiu uma sequência sem igual de
espaços arquitetônicos, com poucos precedentes ou seguidores. Não há uma
fachada propriamente dita; a entrada simples está localizada numa das absides
convexas de um dos espaços principais das Termas. A planta partiu de uma cruz
grega, com um transepto tão dominante, com suas capelas cúbicas nas
extremidades, que o efeito é de uma nave transversa.
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