sábado, 16 de janeiro de 2016

Lisboa - Padrão dos Descobrimentos


Padrão dos Descobrimentos
Para, além disto, é em Belém que se encontram o Padrão dos Descobrimentos, o Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República, o Museu Nacional dos Coches, o Museu da Eletricidade, a Igreja da Memória e o Centro Cultural de BelémTodos nós, brasileiros, sentimos curiosidade, e até mesmo certa obrigação, de visitar as terras portuguesas e ver de perto o país que um dia chegou às nossas terras para transformá-las para sempre no que hoje chamamos de Brasil. E atrações com as quais podemos nos identificar não faltam. Dentre tantas, talvez não haja monumento em todo Portugal que toque tão a fundo o povo brasileiro quanto o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.

Detalhes em forma de caravela






O Padrão dos Descobrimentos ou Monumento aos Descobrimentos ou Monumento aos Navegantes é um Monumento recente, e foi construído nos anos 1960, em homenagem aos 500 anos da morte do Infante Dom Henrique, considerado pelos portugueses como o pai da Era dos Descobrimentos. Como o próprio nome já diz, o Monumento é uma homenagem aos tempos gloriosos de Portugal como pioneiro marítimo. Época em que o país era responsável por desbravar novas rotas pelos oceanos do mundo, por fincar sua bandeira e espalhar a língua portuguesa por terras nunca antes exploradas. Concebido por Cottinelli Telmo e pelo escultor Leopoldo de Almeida (autor da estatuária) para a Exposição do Mundo Português, em 1940, o Monumento inicial foi realizado no curto espaço de tempo de oito meses. Ao mesmo tempo, comemoravam-se com essa Exposição os três séculos de Restauração da Independência Portuguesa em 1640 – quando Filipe IV de Espanha e III de Portugal foi deposto do trono, dando-se assim início à dinastia de Bragança. Feito de materiais perecíveis foi desmontado em 1958 e reconstruído nos anos imediatos, em betão e pedra de lioz, por decisão de Salazar.

Padrão dos Descobrimentos

Padrão dos Descobrimentos
Trata-se de um belíssimo trabalho de arte, que tem a forma da proa de uma caravela, com três grandes velas que se prolongam num bloco central, vertical, decorado de ambos os lados com baixos-relevos representando a bandeira de Dom João I. Sobre a entrada, a espada da Casa Real de Avis. Em duas filas descendentes, de cada lado do Monumento, estão as estátuas de portugueses notáveis ligados aos descobrimentos entre os quais navegadores, guerreiros, frades, cientistas, homens da cultura (Vasco da Gama – primeiro a chegar às Índias por vias marítimas, Bartolomeu Dias, Fernão de Magalhães – o primeiro a cruzar o Estreito de Magalhães, Luís de Camões a Rainha Filipa de Lencastre, Gil Eanes, o Rei Afonso V de Portugal, e Pedro Álvares Cabral – esse dispensa explicações. Ao todo são 32 figuras) lideradas pelo Infante Dom Henrique que segura numa mão uma pequena caravela. No interior do Monumento, que hoje acolhe o Centro Cultural das Descobertas, existe, no piso inferior, um auditório com 101 lugares e duas salas de exposição para que o turista aprofunde seus conhecimentos, além de acolher diversas iniciativas culturais e artísticas relacionadas ao Monumento. É possível subir ao topo do Padrão dos Descobrimentos, onde há um mirante incrível que oferece uma visão ímpar de toda a cidade e o Rio Tejo desaguando no Oceano Atlântico. Do alto do mirante é possível também ver alguns pontos turísticos mais distantes, como toda a região ribeirinha. Tente coordenar a visita para estar lá em cima durante o pôr do sol e será inesquecível.

Padrão dos Descobrimentos visto da Praça do Império

Padrão dos Descobrimentos
No chão do espaço fronteiro a norte do Monumento encontra-se representada uma Rosa dos Ventos de 50 metros de diâmetro, minuciosamente esculpida em pedra, desenhada no atelier do arquiteto Luís Cristino da Silva e oferecida pela África do Sul em 1960. Ao centro encontra-se um planisfério em mármore rosa, de 14 metros de largura, decorado com elementos vegetalistas, rosas-dos-ventos, bufões, uma sereia, um peixe fantástico e Netuno com tridente e trombeta montado num ser marinho. O mapa central, com figuras de galeões e sereias desenhadas, mostra as rotas das descobertas concretizadas nos séculos XV e XVI, destaque para a chegada a Porto Seguro em 1500. Visto da gigantesca Rosa dos Ventos, o Padrão dos Descobrimentos fascina pela sua majestade e pelos seus 56 metros de altura, 20 metros de largura e quase 46 metros de comprimentoÉ enorme, e difícil entender o seu tamanho somente por fotos, que não conseguem dar a proporção real que o Monumento tem diante do que o circunda. Dica: os turistas que tentam caminhar até a Torre de Belém, pela beira do Rio, após visitar o Padrão dos Descobrimentos, dão de cara com uma marina, que impede a passagem. Portanto, evite andar até o final da calçada, para não ter que voltar depois, e vá pela avenida.

Padrão dos Descobrimentos visto da Praça do Império

Padrão dos Descobrimentos e Rosa dos Ventos
O Padrão dos Descobrimentos funciona de março a setembro, todos os dias das 10 às 19 horas e de outubro a fevereiro, de terça a domingo das 10 às 18 horas. As crianças menores de 12 anos não pagam ingresso, para estudantes e maiores de 65 anos os ingressos custam a metade do preço. Para quem só vai visitá-lo de fora, o acesso é gratuito, podendo ver todas as faces do Monumento e caminhar pela Rosa dos Ventos. Muitas pessoas aproveitam a gratuidade para subir no mesmo patamar das estátuas gigantescas dos navegadores para tirar fotos. Aproveite que está em uma região cheia de atrações, para conhecer os demais pontos turísticos que também formam parte da história da cidade e do país. Mas uma dica especial é ir experimentar o famoso Pastel de Belém de onde ele surgiu, em Belém! Apesar de haver diversos lugares onde comer pastéis de Belém em Lisboa, é lá que fica a famosa fábrica que até hoje dá nome a um dos doces mais típicos de Portugal.

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