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Parque das Nações |
Lisboa é uma cidade com uma
intensa vida cultural. Epicentro dos descobrimentos desde o século XV, a cidade é o ponto de
encontro das mais diversas culturas, o primeiro lugar em que Oriente, Índias, Áfricas e Américas se encontraram. Mantendo
estreitas ligações com as antigas colônias portuguesas e hoje países
independentes, Lisboa é uma das
cidades mais cosmopolitas da Europa.
É possível, numa só viagem ouvir falar línguas como o cantonês, o crioulo
cabo-verdiano, o gujarate, o ucraniano, o italiano ou o português com pronúncia moçambicana ou brasileira.
E nenhuma delas falada por turistas, mas sim por habitantes da cidade. É muito
fácil e agradável circular pela cidade. A rede de metrô e trens é ótima para
lhe levar a áreas um pouco mais distantes como Belém e Parque das Nações, e
também para explorar a região, em destinos como Sintra, Queluz e Cascais.
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Centro Comercial Vasco da Gama
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Lisboa tem ganhado terreno ao
Rio com sucessivos aterros, sobretudo a partir do século XIX. Esses aterros permitiram a
criação de avenidas, a implantação de linhas de trem e a construção de
instalações portuárias e mesmo de novas urbanizações como o Parque
das Nações e locais como o Centro
Cultural de Belém. Depois de passar pelos tradicionais e históricos bairros
de Belém, Alfama, Baixa e Chiado é quase inacreditável o que
vamos encontrar aqui. Moderna e arrojada, a região do Parque das Nações era uma área industrial e totalmente degradada antes da Expo Mundial 98, ano em que o
evento foi sediado em Lisboa. Esta Exposição
é uma grande feira mundial que reúne dezenas de países e empresas e acontece
desde 1851.
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Centro Comercial Vasco da Gama e a Escultura do Homem do Sol
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Parque das Nações |
O Parque das Nações
também conhecido por Oriente é uma
freguesia portuguesa do Conselho de
Lisboa, pertencente à Zona Leste da capital. Esta área tornou-se,
entretanto, um centro de atividades culturais e um novo bairro da cidade, com
várias instituições culturais e desportivas próprias. A arquitetura
contemporânea do Parque das Nações,
os espaços de convívio e todo o projeto de urbanização e requalificação urbana
trouxeram nova dinâmica à zona oriental da cidade de Lisboa que, em 1990, ainda era uma zona industrial. O Parque
das Nações é atualmente considerado como um dos bairros mais seguros da
cidade de Lisboa. O Parque tem uma localização privilegiada - desenvolve-se
ao longo do Rio Tejo, numa faixa de cinco
quilômetros, sendo que um terço da sua área são espaços verdes e
infraestruturas únicas.
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Torres São Rafael e São Gabriel
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Representante da Lisboa
moderna, o Parque das Nações nasceu
em 1998, para acolher a Exposição
Mundial, a Expo 98, subordinada
ao tema dos Oceanos. A exposição abriu em maio de 1998, quando se
celebraram os 500 anos da descoberta
do caminho marítimo para as Índias por Vasco
da Gama. Com tudo isto, a zona oriental da cidade chamada Parque das Nações tornou-se a zona mais moderna de Lisboa e mesmo de Portugal, e Lisboa
ganhou imensas estruturas, como a Torre São Rafael e a Torre São Gabriel (torres gêmeas inspiradas nos oceanos, lembrando
embarcações e recebendo os nomes das caravelas de Vasco da Gama), ambas com 110
metros de altura, as mais altas estruturas de Lisboa e de Portugal.
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Torres São Rafael e São Gabriel |
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Escultura do Homem Sol no Parque das Nações |
A exposição trouxe uma arquitetura de ponta e soluções
inteligentes para o local. É o bairro mais próximo do Aeroporto de Lisboa. A Expo acabou e a
zona foi reaproveitada para os habitantes da cidade. A forma mais prática de chegar ao Parque
das Nações é pegando um metrô até a Estação do Oriente, que faz parte da
linha vermelha, a mesma que leva ao Aeroporto
de Lisboa. A Estação construída para chegar à região mais nova da cidade é
uma obra-prima, com uma grande estrutura de ferro, aço e vidro, seus arcos
estilizados lembram o secular Aqueduto
das Águas Livres. Ela foi projetada pelo arquiteto e engenheiro espanhol
Santiago Calatrava, que possui diversos projetos importantes pelo mundo,
incluindo a Puente de La Mujer, localizada em Puerto Madero – Buenos Aires,
e o Museu do Amanhã, construído na
zona portuária do Rio de Janeiro. A
plataforma do metrô, por exemplo, é uma espécie de galeria de arte pública com
obras de vários artistas internacionais como Yayoi Kusama (considerada uma das
principais artistas pop japonesas e o pós-modernista argentino Antonio Segui). A
Gare do Oriente, como também é
chamada, é uma das principais estações da cidade e dela partem
trens (comboios) para diversas cidades de Portugal. A Estação também serve como um terminal rodoviário, com
diversas linhas de ônibus (autocarro) para outras partes da cidade e seus
arredores.
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Escultura do Homem Sol no Parque das Nações |
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Alameda das Bandeiras |
Entre as suas diversas construções há muitos edifícios
comerciais, prédios residenciais, um grande Shopping Center, muitos
restaurantes, um centro de eventos, uma arena para shows, um teatro, muitas praças
e jardins, um teleférico, Oceanário
e muitas outras atrações. É muito fácil se deslocar pelo Parque e há diversas
placas indicando a localização dos pontos de interesse da região. O Parque
também funciona como um museu à céu aberto, pois espalhados por sua área há
dezenas de obras de arte, como esculturas, pinturas, mosaicos nas calçadas e
intervenções urbanas. Aproveitando a sua localização geográfica, o Parque
orgulha-se também da sua moderna marina. A Marina
Parque das Nações apresenta 600 postos de amarração destinados a
embarcações de recreio, assim como infraestruturas, preparadas para acolher
grandes eventos da atividade náutica, dispondo para o efeito de um cais de
eventos e uma Ponte Cais não só para
embarcações de cruzeiro ou históricas de grande porte, mas também como área de
apoio para eventos em terra. A marina ganha assim uma cor especial, ao estar
situada em plena reserva natural do estuário do Tejo.
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Alameda das Bandeiras |
A Gare do Oriente
é a primeira parada na sua visita ao Parque
das Nações. Já ali, é possível ver que o bairro é diferente de tudo que se
viu na capital portuguesa. A seguir, atravesse o Shopping Center Centro Vasco da Gama, que fica bem diante da
Estação. Um dos principais centros comerciais de Lisboa. Logo em frente, em uma praça, encontre a Escultura do Homem Sol, criada
pelo artista lisboeta Jorge Vieira. Esta foi a última obra do artista, que
faleceu em 1998, mesmo ano em que foi construída. Logo atrás da escultura fica
o Rossio dos Olivais, uma avenida
que leva o turista dos prédios modernos do bairro até o Rio Tejo pela borda de uma piscina margeada pelas bandeiras dos
países que fizeram parte da Expo ’98.
Ao invés de ir direto até o Rio, vire à direita e passe pelo Pavilhão de Portugal, do arquiteto
português Álvaro Siza, cuja forma remonta a uma folha de papel pousada sobre
dois tijolos. É um espaço muito grande e durante a Expo ’98 foi sede da representação de Portugal no evento. Até hoje o espaço é utilizado para inúmeros
propósitos diferentes, sendo de posse da Universidade
de Lisboa. Fica em frente a um recuo que o Rio Tejo faz na orla, criando um espelho d’água natural, onde
muitos vão usar caiaques e barcos a vela.
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Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva |
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Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva |
Logo a frente fica a
obra escultórica Horas
de Chumbo, do artista português Rui Chafes. É uma obra
interativa, ótima para tirar fotos deitado dentro dos longos tubos negros. Além
disso, a escultura trabalha com o eco, sendo possível brincar com a voz e o som
do vento. Na quina do espelho d’água, fica o Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva.
A obra foi projetada pelo arquiteto português Carrilho da Graça. É um museu
interativo de ciência e tecnologia, ótimo para crianças e adultos. Em sua
entrada ficam chafarizes e um enorme barco de papel, simbolizando a aproximação
do mar com Portugal. No meio deste
mesmo espelho d’água fica o Oceanário
de Lisboa, o edifício mais conhecido do Parque das Nações. Foi projetado pelo escritório americano de
arquitetura Peter Chermayeff, especializado em aquários. Já foi considerado o
melhor aquário do mundo. Repleto de espécies marinhas, também é um Instituto de Biologia e Oceanografia.
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Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva |
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Depois do Oceanário,
dê um passeio pelos Jardins da Água e
aproveite para tirar umas fotografias. Os jardins ficam mesmo ao lado do Oceanário e se levar crianças elas vão
gostar de andar a saltar de pedrinha em pedrinha por cima do lago artificial. Seguindo
junto ao Rio, passe o passadiço por trás do Oceanário até chegar à “rua das bandeiras”, onde vai encontrar
hasteadas as bandeiras de praticamente todos os países. Por trás pode ver o Pavilhão Atlântico, onde decorre a maioria dos
espetáculos em Lisboa.
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Jardins da Água |
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Jardins da Água |
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Jardins da Água |
Siga até aos Jardins da Música. Um pequeno espaço onde poderá
encontrar alguns instrumentos musicais de maiores dimensões e onde as crianças
poderão brincar um bocado. Depois, siga por dentro dos Jardins Garcia da Orta até
o fim. Os Jardins são “interrompidos” por caminhos de pedra que ligam os
bares/restaurantes (do lado esquerdo) ao Rio (do lado direito). Quando sair dos
Jardins e se aproximar do Rio, veja mais de perto a Ponte Vasco da Gama,
que faz uma das ligações entre o Norte e o Sul de Portugal.
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Jardim Garcia da Orta e o Teleférico ao fundo |
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Pavilhão Atlântico ou MEO Arena |
Frequentado tanto
de dia como de noite, o Pavilhão
Atlântico ou MEO Arena mantém-se
(e recebe hoje em dia concertos, o famoso Circo
Du Soleil, e espetáculos para todas as idades bem como conferências e
alguns torneios). Sua construção é formada por
vidros e metais, fazendo lembrar uma nave espacial. Ao
lado do Pavilhão situa-se a Feira
Internacional de Lisboa com bastantes feiras ao longo do ano. As atividades da Feira
Internacional da Lisboa vão desde a organização de diversas feiras,
aluguéis de espaço para terceiros, serviços, turismo, mobiliário, alimentação,
decoração, entre outros. A feira acolhe anualmente cerca de 40 eventos.
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Pavilhão Atlântico ou MEO Arena |
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Torre Vasco da Gama |
Seguindo até a borda do Rio
Tejo, logo atrás do Oceanário
fica o ponto de embarque do Teleférico,
ou como chamam em Portugal, Telecabine. É uma ótima maneira de se
deslocar até o outro extremo do Parque
das Nações por cima do Rio, vendo toda a arquitetura e urbanismo da área de
cima, ainda mais em um dia ensolarado. O turista pode pagar ida e volta, ou
somente um trajeto. Seu horário de funcionamento geralmente é das 11 às 19
horas, mas pode variar dependendo da época do ano. Abre todos os dias do
ano. O trajeto do bondinho é curto, tem apenas 1,2 quilômetros, e chega a
20 metros de altura, e a viagem em cada sentido dura cerca de oito
minutos. Lá do alto é possível ter uma visão geral do Parque das Nações e identificar muitas de suas atrações, como o
centro de exposições, o pavilhão de shows, o Oceanário, o Casino Lisboa,
a Estação Oriente, o Shopping Vasco da Gama, entre outros
edifícios. O trajeto da Telecabine
liga uma estação próxima ao Oceanário
a outra estação que se encontra nas proximidades da Torre Vasco da Gama, o maior prédio de Lisboa, em formato
de caravela. Esta torre, que tem 145 metros de altura, por
muito tempo serviu como um mirante aberto ao público, porém atualmente ela está
fechada para visitação turística, pois faz parte do complexo de um hotel
de luxo que foi construída ao seu lado, o Myriad By SANA Hotels. Durante o passeio no Teleférico é possível
admirar a imensidão da Ponte
Vasco da Gama, a mais nova das duas grandes pontes de Lisboa, que foi inaugurada alguns meses
antes da abertura da Expo ‘98. A
ponte tem impressionantes 17,2 quilômetros de extensão e sua torre mais alta
chega a 150 metros de altura.
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Pavilhão Atlântico, Torre Vasco da Gama e Ponte Vasco da Gama |
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Torre Vasco da Gama e Teleférico |
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Teleférico de Lisboa |
O Casino de
Lisboa também fica nesta zona da cidade. Pode-se optar por um passeio na Promenade junto ao Rio Tejo ou apenas apreciar a Ponte
Vasco da Gama, sentado à beira do Rio. Há atrações
para todos e uma visita cuidadosa pode levar um dia inteiro. A entrada no Parque é gratuita, mas as
atrações são pagas à parte. Há restaurantes, banheiros públicos e um amplo
espaço para caminhar ou andar de bicicleta.
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Ponte Vasco da Gama no Rio Tejo
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A Ponte Vasco da Gama permite o tráfego
no sentido norte-sul e foi construída como alternativa à Ponte 25 de Abril, frequentemente congestionada em horas de pico.
Esta Ponte que parece não ter fim, quando de sua construção, teve que ter
especial cuidado com uma reserva de pássaros local, tendo-se procedido também
ao realojamento de 300 famílias, que viviam em condições precárias. A Vasco da Gama é a maior ponte da Europa com um comprimento de 17,2
quilômetros, 10 dos quais, sobre o Rio
Tejo. Foi inaugurada em 1998. Situada perto do Parque das Nações, recebeu o seu nome no mesmo ano em que se
festejaram os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia. A Ponte foi construída de modo a suportar um terremoto
quatro vezes maior do que o de 1755 que devastou Lisboa.
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Ponte Vasco da Gama no Rio Tejo |
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Vulcão de Água |
Lisboa continua a se
desenvolver ao ritmo das mais altas cidades/capitais europeias, melhorando as
suas infraestruturas (e construindo novas), melhorando o sistema de segurança,
saúde etc. Duas pontes unem Lisboa
à margem sul do Rio Tejo: a Ponte
25 de Abril que liga Lisboa a Almada, e a Ponte Vasco da Gama, com pouco mais de
17 quilômetros de comprimento, a
mais longa da Europa e a quinta mais
longa ponte do Mundo, que liga a Zona
Oriental e Sacavém ao Montijo. O Porto
de Lisboa é um dos principais
portos turísticos europeus, paragem
de numerosos cruzeiros.
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Vulcão de Água |
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