segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Lisboa - Parque das Nações

Parque das Nações
Lisboa é uma cidade com uma intensa vida cultural. Epicentro dos descobrimentos desde o século XV, a cidade é o ponto de encontro das mais diversas culturas, o primeiro lugar em que Oriente, Índias, Áfricas e Américas se encontraram. Mantendo estreitas ligações com as antigas colônias portuguesas e hoje países independentes, Lisboa é uma das cidades mais cosmopolitas da Europa. É possível, numa só viagem ouvir falar línguas como o cantonês, o crioulo cabo-verdiano, o gujarate, o ucraniano, o italiano ou o português com pronúncia moçambicana ou brasileira. E nenhuma delas falada por turistas, mas sim por habitantes da cidade. É muito fácil e agradável circular pela cidade. A rede de metrô e trens é ótima para lhe levar a áreas um pouco mais distantes como Belém e Parque das Nações, e também para explorar a região, em destinos como Sintra, Queluz e Cascais

Centro Comercial Vasco da Gama
Lisboa tem ganhado terreno ao Rio com sucessivos aterros, sobretudo a partir do século XIX. Esses aterros permitiram a criação de avenidas, a implantação de linhas de trem e a construção de instalações portuárias e mesmo de novas urbanizações como o Parque das Nações e locais como o Centro Cultural de Belém. Depois de passar pelos tradicionais e históricos bairros de Belém, Alfama, Baixa e Chiado é quase inacreditável o que vamos encontrar aqui. Moderna e arrojada, a região do Parque das Nações era uma área industrial e totalmente degradada antes da Expo Mundial 98, ano em que o evento foi sediado em Lisboa. Esta Exposição é uma grande feira mundial que reúne dezenas de países e empresas e acontece desde 1851.

Centro Comercial Vasco da Gama e a Escultura do Homem do Sol

Parque das Nações
O Parque das Nações também conhecido por Oriente é uma freguesia portuguesa do Conselho de Lisboa, pertencente à Zona Leste da capital. Esta área tornou-se, entretanto, um centro de atividades culturais e um novo bairro da cidade, com várias instituições culturais e desportivas próprias. A arquitetura contemporânea do Parque das Nações, os espaços de convívio e todo o projeto de urbanização e requalificação urbana trouxeram nova dinâmica à zona oriental da cidade de Lisboa que, em 1990, ainda era uma zona industrial. O Parque das Nações é atualmente considerado como um dos bairros mais seguros da cidade de Lisboa. O Parque tem uma localização privilegiada - desenvolve-se ao longo do Rio Tejo, numa faixa de cinco quilômetros, sendo que um terço da sua área são espaços verdes e infraestruturas únicas. 

Torres São Rafael e São Gabriel
Representante da Lisboa moderna, o Parque das Nações nasceu em 1998, para acolher a Exposição Mundial, a Expo 98, subordinada ao tema dos Oceanos. A exposição abriu em maio de 1998, quando se celebraram os 500 anos da descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama. Com tudo isto, a zona oriental da cidade chamada Parque das Nações tornou-se a zona mais moderna de Lisboa e mesmo de Portugal, e Lisboa ganhou imensas estruturas, como a Torre São Rafael e a Torre São Gabriel (torres gêmeas inspiradas nos oceanos, lembrando embarcações e recebendo os nomes das caravelas de Vasco da Gama), ambas com 110 metros de altura, as mais altas estruturas de Lisboa e de Portugal.

Torres São Rafael e São Gabriel

Escultura do Homem Sol no Parque das Nações
A exposição trouxe uma arquitetura de ponta e soluções inteligentes para o local. É o bairro mais próximo do Aeroporto de Lisboa. A Expo acabou e a zona foi reaproveitada para os habitantes da cidade. A forma mais prática de chegar ao Parque das Nações é pegando um metrô até a Estação do Oriente, que faz parte da linha vermelha, a mesma que leva ao Aeroporto de Lisboa. A Estação construída para chegar à região mais nova da cidade é uma obra-prima, com uma grande estrutura de ferro, aço e vidro, seus arcos estilizados lembram o secular Aqueduto das Águas Livres. Ela foi projetada pelo arquiteto e engenheiro espanhol Santiago Calatrava, que possui diversos projetos importantes pelo mundo, incluindo a Puente de La Mujer, localizada em Puerto MaderoBuenos Aires, e o Museu do Amanhã, construído na zona portuária do Rio de Janeiro. A plataforma do metrô, por exemplo, é uma espécie de galeria de arte pública com obras de vários artistas internacionais como Yayoi Kusama (considerada uma das principais artistas pop japonesas e o pós-modernista argentino Antonio Segui). A Gare do Oriente, como também é chamada, é uma das principais estações da cidade e dela partem trens (comboios) para diversas cidades de Portugal. A Estação também serve como um terminal rodoviário, com diversas linhas de ônibus (autocarro) para outras partes da cidade e seus arredores. 

Escultura do Homem Sol no Parque das Nações

Alameda das Bandeiras
Entre as suas diversas construções há muitos edifícios comerciais, prédios residenciais, um grande Shopping Center, muitos restaurantes, um centro de eventos, uma arena para shows, um teatro, muitas praças e jardins, um teleférico, Oceanário e muitas outras atrações. É muito fácil se deslocar pelo Parque e há diversas placas indicando a localização dos pontos de interesse da região. O Parque também funciona como um museu à céu aberto, pois espalhados por sua área há dezenas de obras de arte, como esculturas, pinturas, mosaicos nas calçadas e intervenções urbanas. Aproveitando a sua localização geográfica, o Parque orgulha-se também da sua moderna marina. A Marina Parque das Nações apresenta 600 postos de amarração destinados a embarcações de recreio, assim como infraestruturas, preparadas para acolher grandes eventos da atividade náutica, dispondo para o efeito de um cais de eventos e uma Ponte Cais não só para embarcações de cruzeiro ou históricas de grande porte, mas também como área de apoio para eventos em terra. A marina ganha assim uma cor especial, ao estar situada em plena reserva natural do estuário do Tejo.

Alameda das Bandeiras

Pavilhão de Portugal
A Gare do Oriente é a primeira parada na sua visita ao Parque das Nações. Já ali, é possível ver que o bairro é diferente de tudo que se viu na capital portuguesa. A seguir, atravesse o Shopping Center Centro Vasco da Gama, que fica bem diante da Estação. Um dos principais centros comerciais de Lisboa. Logo em frente, em uma praça, encontre a Escultura do Homem Sol, criada pelo artista lisboeta Jorge Vieira. Esta foi a última obra do artista, que faleceu em 1998, mesmo ano em que foi construída. Logo atrás da escultura fica o Rossio dos Olivais, uma avenida que leva o turista dos prédios modernos do bairro até o Rio Tejo pela borda de uma piscina margeada pelas bandeiras dos países que fizeram parte da Expo ’98. Ao invés de ir direto até o Rio, vire à direita e passe pelo Pavilhão de Portugal, do arquiteto português Álvaro Siza, cuja forma remonta a uma folha de papel pousada sobre dois tijolos. É um espaço muito grande e durante a Expo ’98 foi sede da representação de Portugal no evento. Até hoje o espaço é utilizado para inúmeros propósitos diferentes, sendo de posse da Universidade de Lisboa. Fica em frente a um recuo que o Rio Tejo faz na orla, criando um espelho d’água natural, onde muitos vão usar caiaques e barcos a vela.

Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva

Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva
Logo a frente fica a obra escultórica Horas de Chumbo, do artista português Rui Chafes. É uma obra interativa, ótima para tirar fotos deitado dentro dos longos tubos negros. Além disso, a escultura trabalha com o eco, sendo possível brincar com a voz e o som do vento. Na quina do espelho d’água, fica o Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva. A obra foi projetada pelo arquiteto português Carrilho da Graça. É um museu interativo de ciência e tecnologia, ótimo para crianças e adultos. Em sua entrada ficam chafarizes e um enorme barco de papel, simbolizando a aproximação do mar com Portugal. No meio deste mesmo espelho d’água fica o Oceanário de Lisboa, o edifício mais conhecido do Parque das Nações. Foi projetado pelo escritório americano de arquitetura Peter Chermayeff, especializado em aquários. Já foi considerado o melhor aquário do mundo. Repleto de espécies marinhas, também é um Instituto de Biologia e Oceanografia.

Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva
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Jardins da Água
Depois do Oceanário, dê um passeio pelos Jardins da Água e aproveite para tirar umas fotografias. Os jardins ficam mesmo ao lado do Oceanário e se levar crianças elas vão gostar de andar a saltar de pedrinha em pedrinha por cima do lago artificial. Seguindo junto ao Rio, passe o passadiço por trás do Oceanário até chegar à “rua das bandeiras”, onde vai encontrar hasteadas as bandeiras de praticamente todos os países. Por trás pode ver o Pavilhão Atlântico, onde decorre a maioria dos espetáculos em Lisboa.

Jardins da Água

Jardins da Água

Jardins da Água

Jardim Garcia da Orta
Siga até aos Jardins da Música. Um pequeno espaço onde poderá encontrar alguns instrumentos musicais de maiores dimensões e onde as crianças poderão brincar um bocado. Depois, siga por dentro dos Jardins Garcia da Orta até o fim. Os Jardins são “interrompidos” por caminhos de pedra que ligam os bares/restaurantes (do lado esquerdo) ao Rio (do lado direito). Quando sair dos Jardins e se aproximar do Rio, veja mais de perto a Ponte Vasco da Gama, que faz uma das ligações entre o Norte e o Sul de Portugal.

Jardim Garcia da Orta e o Teleférico ao fundo

Pavilhão Atlântico ou MEO Arena
Frequentado tanto de dia como de noite, o Pavilhão Atlântico ou MEO Arena mantém-se (e recebe hoje em dia concertos, o famoso Circo Du Soleil, e espetáculos para todas as idades bem como conferências e alguns torneios). Sua construção é formada por vidros e metais, fazendo lembrar uma nave espacial. Ao lado do Pavilhão situa-se a Feira Internacional de Lisboa com bastantes feiras ao longo do ano. As atividades da Feira Internacional da Lisboa vão desde a organização de diversas feiras, aluguéis de espaço para terceiros, serviços, turismo, mobiliário, alimentação, decoração, entre outros. A feira acolhe anualmente cerca de 40 eventos.

Pavilhão Atlântico ou MEO Arena

Torre Vasco da Gama
Seguindo até a borda do Rio Tejo, logo atrás do Oceanário fica o ponto de embarque do Teleférico, ou como chamam em Portugal, Telecabine. É uma ótima maneira de se deslocar até o outro extremo do Parque das Nações por cima do Rio, vendo toda a arquitetura e urbanismo da área de cima, ainda mais em um dia ensolarado. O turista pode pagar ida e volta, ou somente um trajeto. Seu horário de funcionamento geralmente é das 11 às 19 horas, mas pode variar dependendo da época do ano. Abre todos os dias do ano. O trajeto do bondinho é curto, tem apenas 1,2 quilômetros, e chega a 20 metros de altura, e a viagem em cada sentido dura cerca de oito minutos. Lá do alto é possível ter uma visão geral do Parque das Nações e identificar muitas de suas atrações, como o centro de exposições, o pavilhão de shows, o Oceanário, o Casino Lisboa, a Estação Oriente, o Shopping Vasco da Gama, entre outros edifícios. O trajeto da Telecabine liga uma estação próxima ao Oceanário a outra estação que se encontra nas proximidades da Torre Vasco da Gama, o maior prédio de Lisboa, em formato de caravela. Esta torre, que tem 145 metros de altura, por muito tempo serviu como um mirante aberto ao público, porém atualmente ela está fechada para visitação turística, pois faz parte do complexo de um hotel de luxo que foi construída ao seu lado, o Myriad By SANA Hotels. Durante o passeio no Teleférico é possível admirar a imensidão da Ponte Vasco da Gama, a mais nova das duas grandes pontes de Lisboa, que foi inaugurada alguns meses antes da abertura da Expo ‘98. A ponte tem impressionantes 17,2 quilômetros de extensão e sua torre mais alta chega a 150 metros de altura. 

Pavilhão Atlântico, Torre Vasco da Gama e Ponte Vasco da Gama

Torre Vasco da Gama e Teleférico
  
Teleférico de Lisboa
O Casino de Lisboa também fica nesta zona da cidade. Pode-se optar por um passeio na Promenade junto ao Rio Tejo ou apenas apreciar a Ponte Vasco da Gama, sentado à beira do Rio. Há atrações para todos e uma visita cuidadosa pode levar um dia inteiro. A entrada no Parque é gratuita, mas as atrações são pagas à parte. Há restaurantes, banheiros públicos e um amplo espaço para caminhar ou andar de bicicleta.

Ponte Vasco da Gama no Rio Tejo


A Ponte Vasco da Gama permite o tráfego no sentido norte-sul e foi construída como alternativa à Ponte 25 de Abril, frequentemente congestionada em horas de pico. Esta Ponte que parece não ter fim, quando de sua construção, teve que ter especial cuidado com uma reserva de pássaros local, tendo-se procedido também ao realojamento de 300 famílias, que viviam em condições precárias. A Vasco da Gama é a maior ponte da Europa com um comprimento de 17,2 quilômetros, 10 dos quais, sobre o Rio Tejo. Foi inaugurada em 1998. Situada perto do Parque das Nações, recebeu o seu nome no mesmo ano em que se festejaram os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia. A Ponte foi construída de modo a suportar um terremoto quatro vezes maior do que o de 1755 que devastou Lisboa.

Ponte Vasco da Gama no Rio Tejo

Vulcão de Água
Lisboa continua a se desenvolver ao ritmo das mais altas cidades/capitais europeias, melhorando as suas infraestruturas (e construindo novas), melhorando o sistema de segurança, saúde etc. Duas pontes unem Lisboa à margem sul do Rio Tejo: a Ponte 25 de Abril que liga Lisboa a Almada, e a Ponte Vasco da Gama, com pouco mais de 17 quilômetros de comprimento, a mais longa da Europa e a quinta mais longa ponte do Mundo, que liga a Zona Oriental e Sacavém ao Montijo. O Porto de Lisboa é um dos principais portos turísticos europeus, paragem de numerosos cruzeiros.

Vulcão de Água

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