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Castelo de São Jorge |
Por
cima e envolvendo Alfama ficam a
colina do Castelo de São Jorge, a Fortaleza,
o Palácio Real até o século XVI, e a
Colina de São Vicente. O Castelo de
São Jorge está situado numa das Sete Colinas da capital, a mais antiga
delas. O local mais disputado na Idade
do Bronze era a colina mais alta da hoje cidade de Lisboa. Dali era possível monitorar a chegada de invasores,
observar o deságue do Rio Tejo e de
quebra ainda suspirar ao ver tão bela paisagem. Este
é tido como o local da fundação da cidade de Lisboa. É tão antiga e tem tanta história que está para Lisboa assim como as Pirâmides estão para Gizé. Fenícios, gregos, cartagineses e
romanos começaram a deixar rastros por aqui no século VI antes de Cristo. Mas
estes povos não construíram nada de concreto no local, até porque naquela época
as construções eram feitas de madeira e o material não resistiu ao tempo, mas
ainda hoje são achados artefatos da época durante escavações no local. O local
mais tarde também foi estabelecido como ponto estratégico dos romanos, que
dominaram a região contra os povos nativos, os lusitanos. Também foi usado
pelos povos bárbaros após a queda do Império
Romano.
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Castelo de São Jorge |
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Arco de São Jorge |
No entanto, foram os árabes muçulmanos - lá por volta do ano
711 - que deram essa cara moura à construção. Tanto que o nome do bairro
deriva do árabe “al-hamma” que
significa banhos ou fontes. Ali era onde ficava o centro militar e político da
região, pois era de onde os soldados vigiavam a cidade e onde o Alcaide (o
governador de Lisboa) morava,
comportando também uma cidadela de nobres, a Alcáçova. Durante o século XII os
mouros foram expulsos da Península
Ibérica pelos cristãos na chamada Reconquista
Cristã. Esse nome se dá ao fato dos povos anteriores, os bárbaros, serem
cristãos e terem perdido o território para muçulmanos. Dom Afonso Henriques (primeiro rei de Portugal) tentou conquistar Lisboa em 1137, mas acabou perdendo a
batalha para as muralhas da cidade. Somente em 1147, com ajuda dos cavaleiros
das Cruzadas e com centenas de
barcos cheios de soldados, foi feito um cerco à região que durou cinco
meses. Há uma lenda sobre como os cristãos e cruzados conseguiram finalmente
furar as muralhas: uma das portas que dava acesso à cidade foi finalmente
arrombada. Para impedir o seu fechamento, o português Martim Moniz jogou seu
corpo para permitir a entrada dos companheiros, morrendo esmagado no processo. Após
a conquista, o Castelo foi colocado sob a
invocação de São Jorge, um mártir ao qual muitos guerreiros dedicavam sua
devoção. São Jorge é o padroeiro do
exército português, motivo pelo qual é comemorado no dia 25 de outubro, que foi
o dia dessa conquista.

Dom Afonso Henriques tomou posse da cidade no dia primeiro de
novembro, na Catedral da Sé de Lisboa,
também conhecida como Igreja de Santa Maria
Maior, construída no local onde ficava a Grande Mesquita de Al-Ushbuna. Quando Lisboa se tornou capital do reino, em 1255, o Castelo se elevou a Paço Real e mais tarde Paço da Alcáçova, além de palácio de
bispos e outras funções, como forte militar. Os antigos edifícios de época
islâmica foram adaptados e ampliados para acolher o Rei, a Corte, o Bispo e
instalar o arquivo real numa das torres do Castelo. O Castelo de São Jorge foi o local escolhido para se receberem
personagens ilustres nacionais e estrangeiras, para se realizarem festas e
aclamarem-se reis ao longo dos séculos XIV, XV e XVI. Foi no Castelo que
aconteceu o palco de recepção a Vasco da Gama após sua descoberta do caminho marítimo
para as Índias. O Castelo tornou-se a residência real
até 1511 quando outro palácio foi construído, no lugar onde se encontra hoje a Praça do Comércio.
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Torres do Castelo de São Jorge |
Com a integração de Portugal
na Coroa de Espanha, em 1580, o rei
e a Corte se mudaram para o Paço da
Ribeira, então o Castelo de São
Jorge adquire um caráter funcional mais militar, sendo utilizado como
prisão e fortificação, que se
manterá até ao início do século XX. No contexto da Restauração da Independência, o seu Alcaide, Martim
Afonso Valente, honrando o juramento de fidelidade a quem tinha prestado
menagem, apenas entregou a Praça aos Restauradores após ter recebido instruções
de Margarida de Saboia, Duquesa de
Mântua, até então Vice-Rainha de Portugal,
que lhe ordenou a rendição (1640). Os espaços são reconvertidos, outros novos surgem. Mas, é,
sobretudo, após o terremoto de Lisboa
de 1755 que se dita uma renovação mais substantiva com o aparecimento de muitas
construções novas que vão escondendo as ruínas mais antigas. No século XIX,
toda a área do Castelo está ocupada por quartéis. O Castelo chegou ao século XX
como uma área militar pouco preservada. Felizmente, em 1910, o Castelo de São Jorge foi classificado
como Monumento Nacional. Com as
grandes obras de restauro de 1938-40, redescobre-se o Castelo e os vestígios do
antigo Paço Real. No meio das
demolições então levadas a cabo, as antigas construções são resgatadas. O Castelo
readquire a sua imponência de outrora e é devolvido ao usufruto dos cidadãos. Em
1990 foi novamente reabilitado, sendo hoje em dia um dos lugares mais visitados
da cidade.
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Torres do Castelo de São Jorge |
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Praça de Armas do Castelo de São Jorge |
Sobranceiro
ao Bairro de Alfama, com as suas
ruas labirínticas, o Castelo de São
Jorge possui 11 torres preservadas, assim como os caminhos entre eles por
onde se fazia a ronda de segurança do Castelo e um fosso seco. As torres mais importantes são a Torre de Menagem, a Torre do Haver ou Torre de Ulisses ou do Tombo,
a Torre do Paço, a Torre da Cisterna e a Torre de São Lourenço. Este
belíssimo exemplar da arquitetura medieval pode ser visto de praticamente
qualquer parte de Lisboa. Sem sombra de dúvidas o Castelo de São Jorge, em Lisboa,
possui as melhores vistas para a capital portuguesa. É
possível andar sobre as muralhas do Castelo, de onde se veem alguns dos
panoramas mais belos da cidade. Se tiver tempo, aproveite para relaxar nos
jardins que cercam o Castelo. Gansos e patos vagueiam pelos jardins plantados
com carvalhos, pinheiros e oliveiras.
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Canhão do Castelo de São Jorge e o Rio Tejo |

O Castelo de São Jorge,
em Lisboa, fica na Freguesia de Santa Maria Maior, também
chamada de Castelo, fazendo parte do
Bairro de Alfama, um dos mais
famosos da cidade. O Castelo
fica na Rua de Santa Cruz do Castelo,
próximo à Sé de Lisboa, outro monumento incrível para conhecer na
cidade. Ao anoitecer, luzes iluminam todo o Castelo de São Jorge, deixando o ponto turístico ainda mais bonito.
Saiba que o Castelo é bem amplo, com inúmeras atrações dentro dele, então
reserve parte do dia para visitá-lo. Visitar o Castelo de São Jorge, em Lisboa,
é como voltar no tempo. O monumento oferece ainda os jardins e miradouros (com
destaque para a Praça de Armas com a
Estátua de Dom Afonso Henriques), o
castelejo, a cidadela e a esplanada, uma câmara escura (Torre de Ulisses,
antiga Torre do Tombo), espaço
de exposições, sala de reuniões/recepções (Casa do Governador) e loja
temática aos seus visitantes. O Sítio
Arqueológico é composto de ruínas que vão do século VII
a.C. ao século XVIII. O Jardim
do Castelo é repleto de plantas nativas de Portugal, remetendo aos jardins da
construção original erguida pelos mouros.
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Entrada do Castelo de São Jorge |
A entrada é paga e o ingresso pode ser comprado logo após o
portal, na bilheteria que estará a poucos metros à frente. Depois de passar
pelas catracas, você logo vai perceber uma de suas joias mais valiosas: a
vista. O Mirante
do Castelo de São Jorge oferece uma panorâmica muito
bonita de Lisboa. Então, faça assim: dê a volta pelos pátios e
percorra as muralhas, tire
muitas fotos quando chegar, aprecie os seus jardins, deixe as crianças
brincarem com os pavões, veja os
vestígios arqueológicos do século VII a.C e também a Exposição Permanente para compreender o seu papel para Lisboa e Portugal, pois apresenta os artefatos achados no local, desde a Idade do bronze até o terremoto de 1755.
Ao sair, tire um tempo para ver toda Lisboa
aos seus pés do Mirante
do Castelo, principalmente se estiver lá durante o pôr do sol.
É magnífico ver o céu pintado como uma tela de inúmeras cores e aos poucos
observar a cidade se iluminando aqui e ali. Depois, relaxe tomando um café ou uma taça de vinho com
aquela imagem da capital vista do alto. Outro ponto que torna o Castelo de São Jorge muito interessante
é o seu estado de conservação, pois esse também é um dos castelos mais
completos de Portugal.

Hoje, a Exposição
Permanente, o Café do Castelo e
o Restaurante Casa do Leão estão
instalados na área da antiga residência medieval. Também na zona do Jardim Romântico e nos terraços é
possível ver alguns elementos arquitetônicos que integravam a antiga residência
real. Algumas das principais espécies autóctones da floresta portuguesa, como
os sobreiros, zambujeiros, alfarrobeiras, medronheiros e pinheiros-mansos são
observáveis no jardim do Castelo de São
Jorge. Este é um dos únicos espaços verdes de Lisboa onde dá para ver todas essas espécies juntas. Há também
árvores frutíferas para relembrar a antiga horta do Paço Real da Alcáçova.
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Muralhas do Castelo de São Jorge |
O Arco de São Jorge
é um lugar muito famoso do Castelo, todo feito em pedra e quando é atravessado,
tem uma estátua muito bonita de São Jorge. Os visitantes podem explorar
o Museu no antigo Paço Real da Alcáçova e
observar a cidade de Lisboa através
da luneta na Torre de Ulisses. Outra
visita obrigatória é a Casa Ogival,
com os seus cinco arcos ogivais, e a Olisipónia
– uma exposição multimídia acerca da história de Lisboa. Uma visita breve leva uns 20 minutos. Se visitar todos os
espaços, a Olisipónia, a Torre de Ulisses e percorrer as
muralhas do Castelo leva mais ou menos uma hora. O pequeno Bairro de Santa Cruz também se encontra dentro das muralhas do
Castelo. Faça uma visita guiada para conhecer mais sobre o Castelo, aproveite o
programa de eventos artísticos e culturais ou deixe-se simplesmente maravilhar
pelas ruas de Lisboa a partir deste
miradouro único. O Castelo tem uma área de aproximadamente seis mil metros
quadrados.
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Lisboa e o Castelo de São Jorge |
O ponto mais alto da cidade de Lisboa é uma das torres do Castelo
de São Jorge, que fica a mais de 100 metros de altura e era ali que
antigamente ficavam guardados os tesouros da família real, pois era o ponto
mais seguro da cidade. Há uma escadaria enorme para chegar até o topo da torre.
Subir é cansativo, mas vale muito a pena! Uma dica é ir lá em cima e preparar a
câmera, pois a vista de Lisboa lá do
alto é espetacular, ainda mais se for em horários com o sol mais baixo, quase
se pondo. Lá embaixo, tem também a Galeria
de Arte do Castelo de Lisboa, que fica na antiga prisão do local e traz a
história da cidade e de Portugal.
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Lisboa e o Castelo de São Jorge |
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Castelo de São Jorge |
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