quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Lisboa - Castelo de São Jorge

Castelo de São Jorge
Por cima e envolvendo Alfama ficam a colina do Castelo de São Jorge, a Fortaleza, o Palácio Real até o século XVI, e a Colina de São Vicente. O Castelo de São Jorge está situado numa das Sete Colinas da capital, a mais antiga delas. O local mais disputado na Idade do Bronze era a colina mais alta da hoje cidade de Lisboa. Dali era possível monitorar a chegada de invasores, observar o deságue do Rio Tejo e de quebra ainda suspirar ao ver tão bela paisagem. Este é tido como o local da fundação da cidade de Lisboa. É tão antiga e tem tanta história que está para Lisboa assim como as Pirâmides estão para Gizé. Fenícios, gregos, cartagineses e romanos começaram a deixar rastros por aqui no século VI antes de Cristo. Mas estes povos não construíram nada de concreto no local, até porque naquela época as construções eram feitas de madeira e o material não resistiu ao tempo, mas ainda hoje são achados artefatos da época durante escavações no local. O local mais tarde também foi estabelecido como ponto estratégico dos romanos, que dominaram a região contra os povos nativos, os lusitanos. Também foi usado pelos povos bárbaros após a queda do Império Romano.

Castelo de São Jorge

Arco de São Jorge
No entanto, foram os árabes muçulmanos - lá por volta do ano 711 - que deram essa cara moura à construção. Tanto que o nome do bairro deriva do árabe “al-hamma” que significa banhos ou fontes. Ali era onde ficava o centro militar e político da região, pois era de onde os soldados vigiavam a cidade e onde o Alcaide (o governador de Lisboa) morava, comportando também uma cidadela de nobres, a Alcáçova. Durante o século XII os mouros foram expulsos da Península Ibérica pelos cristãos na chamada Reconquista Cristã. Esse nome se dá ao fato dos povos anteriores, os bárbaros, serem cristãos e terem perdido o território para muçulmanos. Dom Afonso Henriques (primeiro rei de Portugal) tentou conquistar Lisboa em 1137, mas acabou perdendo a batalha para as muralhas da cidade. Somente em 1147, com ajuda dos cavaleiros das Cruzadas e com centenas de barcos cheios de soldados, foi feito um cerco à região que durou cinco meses. Há uma lenda sobre como os cristãos e cruzados conseguiram finalmente furar as muralhas: uma das portas que dava acesso à cidade foi finalmente arrombada. Para impedir o seu fechamento, o português Martim Moniz jogou seu corpo para permitir a entrada dos companheiros, morrendo esmagado no processo. Após a conquista, o Castelo foi colocado sob a invocação de São Jorge, um mártir ao qual muitos guerreiros dedicavam sua devoção. São Jorge é o padroeiro do exército português, motivo pelo qual é comemorado no dia 25 de outubro, que foi o dia dessa conquista.

Dom Afonso Henriques tomou posse da cidade no dia primeiro de novembro, na Catedral da Sé de Lisboa, também conhecida como Igreja de Santa Maria Maior, construída no local onde ficava a Grande Mesquita de Al-Ushbuna. Quando Lisboa se tornou capital do reino, em 1255, o Castelo se elevou a Paço Real e mais tarde Paço da Alcáçova, além de palácio de bispos e outras funções, como forte militar. Os antigos edifícios de época islâmica foram adaptados e ampliados para acolher o Rei, a Corte, o Bispo e instalar o arquivo real numa das torres do Castelo. O Castelo de São Jorge foi o local escolhido para se receberem personagens ilustres nacionais e estrangeiras, para se realizarem festas e aclamarem-se reis ao longo dos séculos XIV, XV e XVI. Foi no Castelo que aconteceu o palco de recepção a Vasco da Gama após sua descoberta do caminho marítimo para as ÍndiasO Castelo tornou-se a residência real até 1511 quando outro palácio foi construído, no lugar onde se encontra hoje a Praça do Comércio.

Torres do Castelo de São Jorge
 Com a integração de Portugal na Coroa de Espanha, em 1580, o rei e a Corte se mudaram para o Paço da Ribeira, então o Castelo de São Jorge adquire um caráter funcional mais militar, sendo utilizado como prisão e fortificação, que se manterá até ao início do século XX. No contexto da Restauração da Independência, o seu Alcaide, Martim Afonso Valente, honrando o juramento de fidelidade a quem tinha prestado menagem, apenas entregou a Praça aos Restauradores após ter recebido instruções de Margarida de Saboia, Duquesa de Mântua, até então Vice-Rainha de Portugal, que lhe ordenou a rendição (1640). Os espaços são reconvertidos, outros novos surgem. Mas, é, sobretudo, após o terremoto de Lisboa de 1755 que se dita uma renovação mais substantiva com o aparecimento de muitas construções novas que vão escondendo as ruínas mais antigas. No século XIX, toda a área do Castelo está ocupada por quartéis. O Castelo chegou ao século XX como uma área militar pouco preservada. Felizmente, em 1910, o Castelo de São Jorge foi classificado como Monumento Nacional. Com as grandes obras de restauro de 1938-40, redescobre-se o Castelo e os vestígios do antigo Paço Real. No meio das demolições então levadas a cabo, as antigas construções são resgatadas. O Castelo readquire a sua imponência de outrora e é devolvido ao usufruto dos cidadãos. Em 1990 foi novamente reabilitado, sendo hoje em dia um dos lugares mais visitados da cidade.

Torres do Castelo de São Jorge

Praça de Armas do Castelo de São Jorge
Sobranceiro ao Bairro de Alfama, com as suas ruas labirínticas, o Castelo de São Jorge possui 11 torres preservadas, assim como os caminhos entre eles por onde se fazia a ronda de segurança do Castelo e um fosso seco. As torres mais importantes são a Torre de Menagem, a Torre do Haver ou Torre de Ulisses ou do Tombo, a Torre do Paço, a Torre da Cisterna e a Torre de São Lourenço. Este belíssimo exemplar da arquitetura medieval pode ser visto de praticamente qualquer parte de Lisboa. Sem sombra de dúvidas o Castelo de São Jorge, em Lisboa, possui as melhores vistas para a capital portuguesa. É possível andar sobre as muralhas do Castelo, de onde se veem alguns dos panoramas mais belos da cidade. Se tiver tempo, aproveite para relaxar nos jardins que cercam o Castelo. Gansos e patos vagueiam pelos jardins plantados com carvalhos, pinheiros e oliveiras.

Canhão do Castelo de São Jorge e o Rio Tejo

O Castelo de São Jorge, em Lisboa, fica na Freguesia de Santa Maria Maior, também chamada de Castelo, fazendo parte do Bairro de Alfama, um dos mais famosos da cidade. O Castelo fica na Rua de Santa Cruz do Castelo, próximo à Sé de Lisboa, outro monumento incrível para conhecer na cidade. Ao anoitecer, luzes iluminam todo o Castelo de São Jorge, deixando o ponto turístico ainda mais bonito. Saiba que o Castelo é bem amplo, com inúmeras atrações dentro dele, então reserve parte do dia para visitá-lo. Visitar o Castelo de São Jorge, em Lisboa, é como voltar no tempo. O monumento oferece ainda os jardins e miradouros (com destaque para a Praça de Armas com a Estátua de Dom Afonso Henriques), o castelejo, a cidadela e a esplanada, uma câmara escura (Torre de Ulisses, antiga Torre do Tombo), espaço de exposições, sala de reuniões/recepções (Casa do Governador) e loja temática aos seus visitantes. O Sítio Arqueológico é composto de ruínas que vão do século VII a.C. ao século XVIII. O Jardim do Castelo é repleto de plantas nativas de Portugal, remetendo aos jardins da construção original erguida pelos mouros.

Entrada do Castelo de São Jorge
A entrada é paga e o ingresso pode ser comprado logo após o portal, na bilheteria que estará a poucos metros à frente. Depois de passar pelas catracas, você logo vai perceber uma de suas joias mais valiosas: a vista. O Mirante do Castelo de São Jorge oferece uma panorâmica muito bonita de Lisboa. Então, faça assim: dê a volta pelos pátios e percorra as muralhas, tire muitas fotos quando chegar, aprecie os seus jardins, deixe as crianças brincarem com os pavões, veja os vestígios arqueológicos do século VII a.C e também a Exposição Permanente para compreender o seu papel para Lisboa e Portugal, pois apresenta os artefatos achados no local, desde a Idade do bronze até o terremoto de 1755. Ao sair, tire um tempo para ver toda Lisboa aos seus pés do Mirante do Castelo, principalmente se estiver lá durante o pôr do sol. É magnífico ver o céu pintado como uma tela de inúmeras cores e aos poucos observar a cidade se iluminando aqui e ali. Depois, relaxe tomando um café ou uma taça de vinho com aquela imagem da capital vista do alto. Outro ponto que torna o Castelo de São Jorge muito interessante é o seu estado de conservação, pois esse também é um dos castelos mais completos de Portugal.

Hoje, a Exposição Permanente, o Café do Castelo e o Restaurante Casa do Leão estão instalados na área da antiga residência medieval. Também na zona do Jardim Romântico e nos terraços é possível ver alguns elementos arquitetônicos que integravam a antiga residência real. Algumas das principais espécies autóctones da floresta portuguesa, como os sobreiros, zambujeiros, alfarrobeiras, medronheiros e pinheiros-mansos são observáveis no jardim do Castelo de São Jorge. Este é um dos únicos espaços verdes de Lisboa onde dá para ver todas essas espécies juntas. Há também árvores frutíferas para relembrar a antiga horta do Paço Real da Alcáçova.



Muralhas do Castelo de São Jorge
O Arco de São Jorge é um lugar muito famoso do Castelo, todo feito em pedra e quando é atravessado, tem uma estátua muito bonita de São Jorge. Os visitantes podem explorar o Museu no antigo Paço Real da Alcáçova e observar a cidade de Lisboa através da luneta na Torre de Ulisses. Outra visita obrigatória é a Casa Ogival, com os seus cinco arcos ogivais, e a Olisipónia – uma exposição multimídia acerca da história de Lisboa. Uma visita breve leva uns 20 minutos. Se visitar todos os espaços, a Olisipónia, a Torre de Ulisses e percorrer as muralhas do Castelo leva mais ou menos uma hora. O pequeno Bairro de Santa Cruz também se encontra dentro das muralhas do Castelo. Faça uma visita guiada para conhecer mais sobre o Castelo, aproveite o programa de eventos artísticos e culturais ou deixe-se simplesmente maravilhar pelas ruas de Lisboa a partir deste miradouro único. O Castelo tem uma área de aproximadamente seis mil metros quadrados.

Lisboa e o Castelo de São Jorge
O ponto mais alto da cidade de Lisboa é uma das torres do Castelo de São Jorge, que fica a mais de 100 metros de altura e era ali que antigamente ficavam guardados os tesouros da família real, pois era o ponto mais seguro da cidade. Há uma escadaria enorme para chegar até o topo da torre. Subir é cansativo, mas vale muito a pena! Uma dica é ir lá em cima e preparar a câmera, pois a vista de Lisboa lá do alto é espetacular, ainda mais se for em horários com o sol mais baixo, quase se pondo. Lá embaixo, tem também a Galeria de Arte do Castelo de Lisboa, que fica na antiga prisão do local e traz a história da cidade e de Portugal.

Lisboa e o Castelo de São Jorge








Castelo de São Jorge


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