Pipa Pórtico de Bento Gonçalves |
O Vale dos Vinhedos é uma região que ocupa uma área de 82 quilômetros
quadrados na Serra Gaúcha, no Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Situa-se a 130 quilômetros de Porto Alegre, a capital do Estado. Os
vinhos produzidos no Vale são os únicos do país a apresentar o selo de Indicação de Procedência (desde 2002) e
o de Denominação de Origem (desde
2011), que são garantias de qualidade dos vinhos ali produzidos. A Associação dos Produtores de Vinhos do Vale
dos Vinhedos certifica os vinhos que obedecem aos padrões de qualidade
exigidos por esses selos. O Vale dos
Vinhedos, também conhecido como “Pequena
Itália”, localiza-se no
triângulo formado pelas cidades de Bento
Gonçalves, Monte Belo do Sul e Garibaldi. A localização privilegiada
do Vale dos Vinhedos permite que o
viajante conheça em uma única viagem três das cidades gaúchas que se destacam
entre as mais charmosas do Estado. A maior parte da área do Vale dos Vinhedos pertence ao município
de Bento Gonçalves. A parte sul do
Vale pertence ao município de Garibaldi.
Vale dos Vinhedos |
A área possui suaves
colinas cobertas por parreirais, plátanos e araucárias que marcam a beleza do Vale dos Vinhedos, hoje visitado por
quem aprecia o enoturismo. O
cenário não poderia ser mais encantador, o lugar é o palco perfeito para luas
de mel ou viagens românticas. É a região brasileira mais tradicional na
produção de vinhos. O Vale dos Vinhedos
representa o legado cultural e histórico deixado pelos imigrantes italianos,
chegados ao Brasil em 1875 em Bento Gonçalves. A oferta de
terras era mais restrita, pois a maior parte já estava ocupada pelos gaúchos ou
por colonos alemães. A construção de capelas e capitéis, a devoção aos santos e,
principalmente, o cultivo da videira e a produção do vinho, são marcas da imigração
italiana. São pequenas propriedades rurais dividindo espaço com as vinícolas
renomadas, que, ao longo dos anos, conquistaram destaque nacional e internacional
pela qualidade e personalidade dos seus vinhos. Basta um passeio no Vale dos Vinhedos para aguçar todos os
sentidos. Ouvir histórias das vinícolas,
degustar vinhos, escolher os rótulos favoritos. Tudo faz parte dessa
experiência que tem na vindima um de seus melhores momentos. A uva e o vinho
gaúchos são produzidos sob as melhores técnicas disponíveis e condições
tecnológicas avançadas, a exemplo das melhores regiões vinícolas da Europa.
Em contraste com a
pobreza inicial dos imigrantes, que partiram no final do século XIX, sobretudo
do norte da Itália, atualmente a região de colonização italiana é uma das áreas
mais ricas e prósperas do Rio Grande do
Sul, devido à produção de uva, vinho e do turismo.
Em certos locais do Estado, como a Serra Gaúcha e a região rural da metade sul, ainda
é possível ouvir dialetos da língua italiana e do alemão. Os imigrantes alemães
e italianos que povoaram, respectivamente, o centro-leste e o nordeste do Rio Grande do Sul, apresentavam alta
taxa de fecundidade. As famílias eram numerosas, com aproximadamente 10 ou 12
filhos por casal, pois era necessária mão de obra abundante para desenvolver a
agricultura. Depois de um início cheio de dificuldades e privações, os
imigrantes conseguiram estabelecer uma próspera cidade, com uma economia baseada inicialmente na exploração de
produtos agropecuários, com destaque para a uva e o vinho,
cujo sucesso se mede na rápida expansão do comércio e da indústria na primeira metade do século XX. Ao
mesmo tempo, as raízes rurais e étnicas da comunidade começaram a perder
importância relativa no panorama econômico e cultural, à medida que a urbanização avançava, formava-se uma elite urbana
ilustrada e a cidade se abria para uma maior integração com o resto do Brasil.
Parreiras de uva de vinho tinto |
Ainda antes de se
iniciar a imigração italiana na Serra
Gaúcha, a região onde hoje se encontra o centro da cidade era percorrida
por tropeiros, haja vista a existência de uma trilha que por ali passava no
sentido norte sul, os quais conheciam o local pelo nome de Cruzinha, pois havia uma pequena cruz de madeira no local. A área
chegou a ser habitada por índios Caingangues, especialmente nos locais próximos
às margens dos rios, desde tempos imemoriais, mas estes foram desalojados pelos
chamados “bugreiros”, abrindo espaço, na segunda metade do século XIX para que
o Governo do Império do Brasil iniciasse
a colonização da região com uma população de origem predominantemente europeia.
Desta forma, milhares de imigrantes, em sua maioria italiana da região do Vêneto, mas com alguns integrantes de
outras origens como alemães, franceses, espanhóis e polacos, cruzaram o mar e
subiram a Serra Gaúcha, desbravando
uma área ainda quase inteiramente virgem.
Parreiras de uva de vinho branco |
Em 1870, na Itália, terminava o movimento de
unificação do país, onde as formas feudais são substituídas pelo capitalismo
moderno. Mas antes, em 1855, o governo italiano institui altos impostos,
endividando os pobres que perderam as terras para o governo ou para os
proprietários maiores, também chamados de senhores, lembrando o feudalismo. O
excesso de população aliado às doenças endêmicas e ao horror à guerra, e ao
serviço militar, deixaram o povo italiano sem perspectivas de melhorar sua
própria qualidade de vida. A solução encontrada na época para uma vida mais
digna era emigrar. No final do século XIX, enquanto havia excesso de população
na Europa, o Brasil modificou sua política de mão de obra e de terras. A maior
parte do território brasileiro estava desabitada e sofria com a carência de mão
de obra livre.
Hotel e Spa do Vinho |
Com o processo
imigratório, o Brasil teria seus
problemas resolvidos pela substituição da mão de obra escrava na lavoura e pelo
povoamento de áreas desocupadas, com a ênfase ao desenvolvimento agrícola das
regiões sul do Brasil. O território
do Rio Grande do Sul ficou definido
após três séculos e meio da chegada dos portugueses e espanhóis. Pela ausência
de recursos naturais do antigo sistema colonial, o Rio Grande do Sul ficou 50 anos isolado dos interesses tanto de Portugal quanto da Espanha. Os jesuítas tiveram fundamental importância no
desenvolvimento do Rio Grande do Sul.
O comércio na região do Rio de La Plata
beneficiou as nações europeias, enquanto a pecuária e a extração da
erva-mate foram decisivas no processo de povoamento. Com a Revolução Farroupilha entre os anos de 1835 e 1845, ocorre o
encerramento da imigração, que reinicia de forma contínua em 1875 com a chegada
da imigração italiana à Encosta Superior
Nordeste, originando as Colônias
Dona Isabel, Conde D’Eu e Caxias.
Vinícola Cave de Pedra |
Até 1870, a região onde
hoje está a cidade de Bento Gonçalves
chamava-se Cruzinha. Neste ano o Governo da Província, desejando ampliar
a área de colonização, criou a Colônia
Dona Isabel, a qual contava com a abrangência de 32 léguas quadradas. Ao
chegarem à Colônia, os imigrantes eram recebidos por uma Comissão de Terras, que dividiam as terras disponíveis entre os imigrantes.
Eles eram alojados em barracões e se alimentavam de caça, pesca, frutos
silvestres e do pouco que era fornecido pelo governo até se instalarem em seus
lotes rurais. Ao se instalarem, iniciavam uma agricultura de subsistência,
representada pelo cultivo de milho, trigo e videira. As primeiras indústrias
artesanais, com características domésticas e utilização somente de mão de obra
familiar, assim como o comércio de troca e venda de produtos, surgiram com a
produção de excedentes agrícolas e com a criação de animais. A troca, compra e
venda de produtos era feita na sede da Colônia, após longas caminhadas por
estreitas trilhas, demarcadas pelos próprios imigrantes. Os primeiros
imigrantes oriundos do norte da Itália chegaram a Bento Gonçalves, então Colônia
Dona Isabel, em dezembro de 1875. Ocuparam uma esplanada onde hoje se
localiza a Igreja Cristo Rei, onde
ficaram aguardando a distribuição das terras.
Vinícola Salton |
O
desmembramento da Colônia Dona Isabel
do município de Montenegro, foi
oficializado em outubro de 1890, assinado por Cândido Costa, que constituiu o
município de Bento Gonçalves. O nome
foi dado em homenagem ao General Bento Gonçalves da Silva, chefe da Revolução Farroupilha e por cinco anos Presidente
da República Rio-Grandense, ocorrida no Rio Grande do Sul de 1835 a 1845. Bento Gonçalves é um município do Estado do Rio Grande do Sul, na Região Sul do Brasil. Faz divisa com os municípios de Veranópolis (ao norte), Cotiporã
(a noroeste) e Pinto Bandeira (a leste),
Garibaldi (a sul) e Farroupilha (a sudeste) e Monte Belo do Sul (a oeste) e Santa Tereza (a sudoeste).
Detalhe da pintura da Vinícola Salton |
Bento Gonçalves situa-se a
uma altitude de 691 metros, sendo um dos municípios mais elevados da Serra Gaúcha e do Estado do Rio Grande do Sul. A cidade é localizada a margem do Rio das Antas, um dos afluentes do Rio Taquari, cortando a Serra das Antas. O principal leito
fluvial da cidade é o Arroio Barracão,
localizado próximo a Pinto Bandeira.
Bento
Gonçalves deu seu primeiro impulso de
progresso com a vinda da agência do Banco
Nacional do Comércio e do Banco de
Pelotas. Entre os anos de 1919 e 1927 ocorreu a instalação da luz elétrica,
da estação transformadora e da rede de distribuição. Foi também inaugurado o Hospital Dr. Bartholomeu Tacchini. As
principais atividades econômicas eram as do setor agrícola. Contudo, começaram
a surgir várias indústrias, como de acordeões, laticínios, móveis, curtume,
fábrica de sulfato e vinícolas.
Pintura no teto da Vinícola Salton |
Em 1967, Bento Gonçalves passou por uma grande
transformação, com a colaboração de dinâmicas lideranças e a ajuda de toda a
comunidade, surge a primeira edição da Festa
Nacional do Vinho. A Fenavinho
trouxe ao município pela primeira vez um Presidente
da República, o Marechal Humberto Castelo Branco. O principal produto e a
força da economia de Bento Gonçalves
foram divulgados em todo o Brasil,
tornando a cidade conhecida nacional e internacionalmente. O município passou
também a sediar eventos de grande porte no Parque
de Eventos de Bento Gonçalves, o maior centro de convenções da América Latina. Bento Gonçalves figura entre as 10 maiores economias do Rio Grande do Sul.
Pintura no teto da Vinícola Salton |
Os
principais setores que movem o município são o moveleiro e o vitivinícola, mas
também há força nos setores alimentício e metalúrgico. Conhecida como "capital
brasileira do vinho", Bento Gonçalves se configura como a
maior produtora de uva do Rio Grande do
Sul, e o maior produtor de vinhos e derivados de uva do Brasil. Várias das empresas de destaque
no cenário nacional têm sua sede dentro da cidade ou no interior, como Vinícola
Aurora, Vinhos Salton, Miolo Wine Group e Casa
Valduga. Além de grandes empresas, também há diversidade de pequenas
vinícolas familiares, que contribuem para a diversidade e qualidade dos
produtos elaborados. Bento Gonçalves
foi também a primeira região do Brasil
a obter a Indicação de Procedência, que qualifica a origem de um produto em
nível mundial, pelo seu Vale dos
Vinhedos.
Modernos tonéis da Vinícola Salton |
Já faz mais de um século que os
primeiros imigrantes italianos aportaram em Bento Gonçalves. E a cada ano que passa, as raízes ficam mais
profundas e preservadas através da arquitetura, da música, da alegria dos
descendentes, da mesa farta e, em especial, da arte de saborear
bons vinhos. A bebida produzida na região vem sendo reconhecida como a melhor
entre as fabricadas no Brasil e se
destacando no exterior ao abocanhar alguns prêmios internacionais. O
turismo em Bento Gonçalves está
intimamente ligado à produção do vinho. Na “capital nacional do vinho”, conhecer as vinícolas que se espalham
pela cidade e seus arredores é programa obrigatório. A grande maioria das vinícolas tem as portas abertas para visitação. Em
muitas casas, há visitas guiadas por enólogos que começam nos parreirais e
terminam com degustações, passando por criptas e corredores tomados por
tonéis de carvalho.
Cave da Vinícola Salton |
Dezenas de vinícolas
fazem parte da região onde pequenos e grandes produtores proporcionam roteiros
incansáveis, carregados de charme e de belezas únicas. São dezenas de
endereços, que fica difícil conhecer todos os espaços em uma viagem muito
curta. Para quem tem pouco tempo, a dica é se concentrar nas vinícolas de
apenas uma cidade e então voltar para a casa. Quem puder ficar mais de um dia
pode e deve dividir os dias por lá para visitar de duas a três vinícolas de
cada uma das cidades. Entre as mais famosas, o destaque fica por conta da Casa Valduga, Don Laurindo, Cave de Pedra
e Miolo.
Jardins da Vinícola Salton |
Jardins da Vinícola Salton |
Fundada em 1931 a Vinícola Aurora tornou-se a maior Cooperativa Vinícola do Brasil, com mais de 1.100 famílias
associadas e foi também a primeira na região a abrir suas portas ao público, já
na década de 1960. A Miolo é outro ícone quando se fala de vinho
no Brasil. Embora a Família Miolo trabalhe na viticultura
desde 1897, a produção comercial começou só em 1990. Dentre as marcas
pertencentes ao grupo, estão Miolo, Terranova, Almadén e Bueno Wines. A
estrutura da vinícola também é impressionante, assim como seus prédios. As
visitas guiadas incluem visitação aos parreirais e às caves, minicurso de
degustação e terminam numa loja com preços convidativos e descontos para os
turistas.
Vinícola Miolo |
A origem cultural
também é atração. Além do Roteiro Enológico,
que passa pelas mais de 30 vinícolas do Vale
dos Vinhedos, a região conta com duas outras rotas pensadas especialmente
no visitante: a cultural e a gastronômica. Na primeira, como o nome sugere, a
ideia é conhecer melhor os aspectos culturais que moldaram os costumes e as
tradições ainda mantidas nas cidades que compõem o Vale. As festas
comemorativas, as lojas de artesanato e espaços como Memorial do Vinho fazem parte do roteiro cultural. A Rota Gastronômica, por sua vez, é o
toque final perfeito para os passeios feitos para desbravar o Vale. Restaurantes,
bistrôs e casas coloniais acolhem os viajantes com mesa farta, sempre prontos
para proporcionar uma experiência capaz de agradar até mesmo quem tem um
paladar exigente.
Vinícola Miolo |
Depois de experimentar os tintos, os
brancos e os espumantes, não deixe de conhecer o roteiro Caminhos de Pedra, uma vila salpicada de construções em
madeira e pedra que abrigam casas de massas, de teares, de erva-mate e capelas.
O roteiro chamado de Caminhos de Pedra,
no interior de Bento Gonçalves, tem tudo o que um turista pode querer: lindas
paisagens, boa comida, recordações de todos os tipos para levar para a casa e
personagens inesquecíveis. E tem mais: conta a história da imigração italiana
em terras gaúchas. O roteiro de 12 quilômetros de extensão tem início a penas seis
quilômetros do centro, em direção a Pinto
Bandeira.
Modernos tonéis da Vinícola Miolo |
Construídas pelas
famílias mais humildes, que não tinham recursos para erguer suas moradias em
madeira, as casas de pedra tornaram-se uma espécie de símbolo de pobreza. A
matéria-prima era encontrada na própria terra, abundante em pedras. O
preenchimento entre os blocos irregulares de basalto era feito com uma mistura
de palha, barro e estrume de animais. Erguia-se assim, devido à necessidade e à
falta de posses, um conjunto de casas eternas, que nem o tempo foi capaz de
derrubar. A melhora na vida financeira das famílias, no entanto, fez com que
muitas delas desejassem esconder o passado de penúria, representado pela casa
de pedra. Foi comum, no início do século XX, a construção de anexos de madeira
e a aplicação de reboco sobre as paredes. Até pouco tempo, os colonos que
moravam nessa região tinham vergonha de morar em casas de pedra, pois o estigma
da pobreza ligado a elas permanecia. Eles queriam reconstruir a moradia em
madeira ou pelo menos rebocar.
Cave da Vinícola Miolo |
A casa de pedra erguida
por volta de 1880 é, de fato, uma beleza. Idealizada para ser a Cantina da Família Strapazzon quando os
primeiros imigrantes chegaram do norte da Itália,
a casa já foi moradia e, hoje, é Cantina novamente, onde adormece o vinho de
mesa fabricado na propriedade. Ao lado da porta principal está outro tesouro:
um parreiral de videiras que tem, pelo menos, 130 anos. As mudas da variedade
Isabel foram trazidas da Europa no
período da imigração e ainda estão ali, cheias de vitalidade. O cenário já foi
cena do filme “O Quatrilho”, já
apareceu em comerciais e duas por três é eleito por apaixonados noivos para as
fotos do casamento. E não há nenhum exagero nisso. No alto de uma colina, em um
grande prédio octogonal erguido com pedras basálticas, encontra-se um sujeito
que você precisa conhecer. É claro, você precisa ver a arquitetura, a paisagem,
provar os vinhos, beber o suco… é tudo ótimo, mas nada se compara ao anfitrião
desta casa. Com um sotaque inacreditável que mistura palavras em italiano e no
dialeto dos imigrantes, o proprietário da Vinícola
Salvati & Sirena é um misto de simpatia, empolgação e paixão.
Parreiras de uvas Malbec da Vinícola Miolo |
Mesmo para a gauchada,
acostumada a matear a qualquer hora do dia, o processo de fabricação da
preciosa erva é pouco conhecido. Por isso, a parada diante da grande roda
d’água, na Casa da Erva-Mate, é
interessante. Dentro do galpão de madeira, o visitante observa como era a
fabricação do produto antes da industrialização da atividade. Movidos pela
força da água, os equipamentos socam, moem e preparam as folhas da Ilex paraguariensis para se
transformarem em chimarrão. Depois de conhecer o funcionamento da ervateira e
de ver de perto as árvores que fornecem o elixir dos gaúchos, os visitantes vão
para a melhor parte: degustar o mate. Uns fazem cara feia, outros adoram,
muitos levam para casa cuia e bomba, prometendo aderir ao hábito. Todos se
emocionam ao participar do ritual da roda de chimarrão. E para quem não tem
medo de novos sabores, tem até sorvete de erva-mate.
Vinícola Salvati & Sirena |
Aproveite para saborear os queijos e os salames
produzidos na região, mas guarde espaço para se entregar à boa e farta mesa dos
restaurantes de Bento Gonçalves, especializados
em galeto. Para acompanhar a ave assada na brasa, as opções vão de salada à polenta,
passando por sopas e massas. Não se preocupe com as calorias extras - elas
podem ser queimadas durante as atividades radicais praticadas no Vale do Rio das Antas,
como trekking e rafting. Esta rota acompanha a BR-470, rodovia que liga Bento
Gonçalves a Veranópolis e atravessa
a Serra do Rio das Antas. O caminho é
cercado por belas paisagens, com destaque para o Mirante do Vale da Ferradura do Rio das Antas e a Ponte dos Arcos. A rota também tem vinícolas
como a Santon, Cainelli e Casa Bucco, além
de cachaça e rapaduras.
Vinícola Salvati & Sirena |
Além das atrações que estão integradas dentro
dos roteiros turísticos de Bento Gonçalves,
outros pontos de interesse podem ser visitados na cidade e arredores. O Portal em
forma de pipa, localizado na entrada da cidade é o cartão postal, que dá as boas-vindas para quem chega a Bento Gonçalves.
Localizado junto à BR-470, o pórtico
de 17 metros de altura mostra que você está entrando na terra do vinho, no local
há um Posto de Informações Turísticas
aberto em horário comercial, onde é possível pegar o mapa turístico da cidade.
Localizada na Rua Marechal Deodoro, no centro de Bento Gonçalves, a Via Del Vino
é o trecho onde se encontram os prédios mais antigos do município, onde surgiu a
cidade. A Via conta com um calçadão e em frente à Prefeitura, se localiza a La Fontana, um chafariz que jorra água na
cor de vinho, local imperdível para fotos. A imponente Igreja Cristo Rei foi inaugurada em 1954, mas teve suas torres concluídas
somente em 1978, possui estilo gótico moderno e seu interior possui um vão de 40
metros de altura e três altares. A Igreja fica na Praça das Rosas, que possui área de recreação e lazer para crianças
e academias ao ar livre.
Casa da Erva Mate |
Inaugurada em 1919, a Estação Ferroviária de Bento Gonçalves operou
trens de passageiros até 1976. No local encontra-se também uma locomotiva/monumento
doada pelo 1º Batalhão Ferroviário. A
partir de 1993 foi criado o passeio turístico de “Maria Fumaça”, muito conhecido na Serra Gaúcha que leva a Garibaldi
e Carlos Barbosa. Este tradicional passeio
tem um percurso de 23 quilômetros entre os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi
e Carlos Barbosa, com duração de aproximadamente
duas horas. Durante o passeio, a festa é comandada por músicas típicas italianas,
e degustação de vinhos e espumantes. Os passeios ocorrem as quartas e aos sábados,
sendo que, em alguns meses, há saídas extras. É necessário fazer reservas. A única
agência responsável pelo passeio é a Giordani
Turismo.
Casa da Erva Mate |
Situado em um antigo prédio construído em
1913, tombado como Patrimônio Histórico,
o Museu do Imigrante foi fundado em 1974,
para resgatar a história da Imigração Italiana. O Museu possui dois andares e sete
salas temáticas: Sala de Gaitas, Arte Sacra, Objetos Pessoais e Ofícios, Quarto
de Dormir, Cozinha, Trabalho e Vinho. O acervo histórico tem mais de 15 mil peças
da cultura regional. Inaugurada em 1984, a Igreja
de São Bento possui a forma de pipa e sua decoração interna utiliza elementos
temáticos da uva e do vinho, pode-se dizer que é a Igreja do Vinho. A Igreja se localiza em uma bela praça onde também
se encontra o monumento em homenagem aos imigrantes italianos, juntos formam um
belo cenário. A Ponte Ernesto Dorneles
(Ponte dos Arcos) é uma bela ponte em
arcos sobre o Rio das Antas, divisa natural
dos municípios de Bento Gonçalves e Veranópolis, parte da Rodovia BR-470. A Ponte se caracteriza por
dois arcos paralelos, sendo que a pista passa entre os arcos, com uma extensão de
227 metros com um vão livre de 186 metros entre os pontos de apoio, situados nas
margens do Rio. É considerada uma das maiores pontes em arcos paralelos suspensos
do mundo. São tantas as opções que cada um
pode montar seu próprio roteiro, de acordo com o interesse. Vale estar de carro
ou ter acertado com alguma agência para circular pelas estradinhas montanhosas
de parreiral em parreiral. Com um automóvel à sua inteira disposição, será mais
fácil conhecer as belezas da região e parar sempre que algum lugar inspirar uma
bela fotografia. Além disso, um veículo garante maior praticidade e conforto,
elementos essenciais para quem quer uma viagem mais que agradável.
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