Museu Sherlock Holmes |
O Museu Sherlock
Holmes é um museu privado britânico dedicado ao detetive ficcional Sherlock
Holmes. Foi fundado em março de 1990 e está situado na Baker Street, em Londres,
na mesma rua onde Sir Arthur Conan Doyle fez residir Holmes na fictícia 221B.
Segundo as histórias do novelista, a casa vitoriana que ocupa o Museu, foi a
residência dos principais personagens das suas novelas de sucesso, Sherlock
Holmes e o Doutor Watson, em companhia da sua ama de chaves, a Sra. Hudson. A
casa foi construída em 1815 e é listada pelo Patrimônio Britânico como Local
de Interesse Histórico e Arquitetônico. No período entre 1860 e 1934,
funcionou no local uma pensão e assim a casa representa uma autêntica pensão
vitoriana, justamente como descrito nos livros de Conan Doyle. Atualmente o
Museu é gerido pela Sherlock Holmes Society of England, uma organização
sem fins lucrativos. O Museu possui exposições de itens de várias adaptações
diferentes de Sherlock Holmes e recriações de cenas da série Sherlock Holmes de
1984 da Granada Television.
The Sherlock Holmes Museum |
A casa de três andares
nas quais se alojaram os detetives entre 1881 e 1904 está nas condições que
descrevem os relatos, repleta de móveis e objetos decorativos que ocupavam cada
um dos cômodos há mais de 100 anos. O primeiro andar é um dos mais chamativos
porque é onde se encontra o dormitório de Sherlock Holmes, além do escritório
que dividia com Watson para combater o crime. No segundo andar do edifício se
situam os quartos do Doutor Watson e da Sra. Hudson, nos quais podemos ver os
pertences dos personagens com tudo preparado, como se eles fossem voltar a
qualquer momento. O terceiro andar é ocupado com diversas figuras de cera que
representam alguns dos personagens dos casos mais importantes enfrentados pelo
detetive. O endereço 221B foi objeto de uma disputa prolongada entre o
Museu e o prédio vizinho da Abbey National. Desde a década de 1930, o Royal
Mall entregou correspondências endereçadas para Sherlock Holmes no Abbey
National Bank, e eles haviam empregado um secretário especial para lidar
com tais correspondências. O Museu fez vários apelos para que tais correspondências
fossem entregues a ele, com o fundamento de que era a organização mais adequada
para responder às correspondências, em vez do Banco cujo principal negócio era
emprestar dinheiro cobrando juros. Embora essas iniciativas não tenham dado
resultado, o problema foi finalmente resolvido em 2002, quando o Abbey
National desocupou sua sede depois de 70 anos, e as correspondências são
atualmente entregues no Museu.
Museu Sherlock Holmes |
Jean Conan Doyle deixou
clara sua falta de entusiasmo pelo Museu quando foi questionada sobre o
assunto. Ele era contra a ideia de sugerir que a criação de seu pai era uma
pessoa real e sabia que a presença do Museu reforçaria a ideia nas cabeças de
muitos de que Holmes realmente existiu. Essa ideia foi reforçada ainda mais
pela presença de uma placa azul comemorativa no exterior que afirma os anos da
suposta residência de Holmes. Ainda que a placa seja semelhante em design
àquelas erguidas pelo English Heritage como parte do esquema de placas
de Londres, ela não faz parte daquele esquema, pois seus critérios de
seleção excluem a comemoração de personagens inteiramente ficcionais. O Museu
ofereceu à Lady Jean a oportunidade de criar uma sala no Museu dedicada ao seu
pai, mas essa oferta foi rejeitada e, desde então, os últimos pertences
restantes de Sir Arthur Conan Doyle foram vendidos em leilões.
Museu Sherlock Holmes |
É interessante
percorrer o edifício decorado com os móveis da época, em que cada pequeno
detalhe se encaixa perfeitamente com os textos do famoso novelista. Recomendo a
visita especialmente para os amantes das novelas de mistérios, principalmente
os que cresceram junto a Sherlock Holmes, já que se trata de uma oportunidade
única de entrar no coração das suas histórias. A casa é pequena e você não
levará muito mais de 30 minutos para visitar os três andares da casa. Para
comprar o ingresso, você deve se dirigir à lojinha de souvenir e depois é só
aguardar em uma fila para a próxima entrada. Cada pessoa ganha um panfleto com
explicações sobre o Museu e uma contextualização sobre a casa que será visitada
em seguida. Não são vendidos ingressos online.
Museu Sherlock Holmes |
Quando o grupo anterior
termina a visita, você é convidado a entrar por um porteiro vestido a caráter,
que não tem o menor problema em tirar fotos com você. Um funcionário, também a
caráter, oferece explicações sobre o local e depois é possível fotografar à
vontade. Ele nos explica que todos os objetos em exposição são autênticos da
época e a disposição dos móveis segue o que está disposto nos livros. O chapéu
usado por Sherlock Holmes não foi criação de Arthur Conan Doyle, mas de um ator
que interpretou o detetive no início do século XX. O sucesso foi tanto que o
chapéu passou a ser usado em todas as interpretações seguintes de Sherlock
Holmes, inclusive nas mais recentes. Este chapéu é chamado de Deerstalker
e era usado por caçadores no interior da Inglaterra.
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Escritório de Sherlock Holmes |
O Museu Sherlock Holmes fica na Baker Street. Essa é uma das ruas mais visitadas da cidade, que está localizada na região de Marylebone, junto a outros dois museus super bacanas e visitados da capital, o Museu de Cera Madame Tussauds e a Wallace Collection. Para chegar até o Museu do detetive, basta pegar o metrô e sair na Estação Baker Street, perlas linhas Bakerloo, Jubilee, Circle, City, Hammersmith e Metropolitan. O Museu abre todos os dias.
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