terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Tour pela Europa II - Amsterdam

Amsterdam e seus canais

A quarta etapa deste Tour pela Europa II foi em Amsterdam, Holanda. A viagem de Londres para Amsterdam foi de avião, saindo do Heathrow Airport até o Amsterdam Airport Schipol, via KLM Royal Dutch Airlines, numa viagem de pouco mais de duas horas e meia. O Amsterdam Airport Schipol localiza-se a cerca de 20 minutos de trem do centro de Amsterdam. É o maior aeroporto dos Países Baixos por número de passageiros, o quinto da Europa (atrás do Heathrow Airport em Londres, do Aeroporto de Frankfurt, Charles de Gaulle de Paris e Barajas de Madrid) e o décimo do mundo. É o terceiro maior aeroporto da Europa em relação à quantidade de operações de carga (depois de Paris e Frankfurt). A hospedagem em Amsterdam foi no Hotel Ibis Amsterdam Centre. Como o nome já diz, fica perto de praças e estações de trem do centro, e oferece praticidade para passeios no dia a dia. Se preparem, os hotéis em Amsterdam são caros.


Amsterdam e seus canais

Canais e bicicletas,
dupla inseparável em Amsterdam

Amsterdam é a capital do Reino dos Países Baixos em termos de negócios e finanças, é também a cidade mais populosa, e tem sido a quinta cidade europeia em importância no mundo dos negócios, atrás de Londres, Frankfurt, Paris e Bruxelas. O seu estatuto de capital holandesa é garantido pela Constituição dos Países Baixos, embora não seja a sede do governo holandês, que fica em Haia. Na verdade, o nome oficial do país é “Países Baixos”, formado por 12 províncias. Entre elas estão a “Holanda do Norte” e a “Holanda do Sul”. Devido ao poder econômico dessas províncias, o país todo passou a ser conhecido como Holanda ao redor do mundo. Amsterdam está localizada na província da Holanda do Norte, no oeste do país, junto ao Lago Ijsselmeer, formado pela construção de uma barragem, concluída em 1932. Este Lago encontra-se a cerca de oito metros acima do nível do mar. 


Amsterdam e seus canais

Milhares de bicicletas estacionadas

O nome Países Baixos se deve à geografia plana e à baixa altitude das terras. Boa parte do território está no nível do mar ou abaixo deste. O país é mestre no “controle marítimo”, pois há anos vem construindo complexos sistemas de diques e barragens para impedir inundações. Um sistema bem projetado de canais em forma de círculos que se interligam, é a base do sistema de drenagem urbana. Esses canais, que correm à sombra de árvores, são as vias de transportes que dividem Amsterdam em ilhas. Mais de 400 pontes conectam estas ilhas. Constroem-se quase a totalidade das residências em cima de estacas de madeira, devido ao encharcamento e a pouca consistência do solo. Amsterdam está a dois metros abaixo do nível do mar, e é banhada pelo Rio Amstel, de onde vem o seu nome devido ao dique que protege a cidade contra inundações.


Amsterdam e seus canais

A cor dos tijolos é a cor
predominante em Amsterdam

Originária de uma pequena vila de pescadores que surgiu no final do século XII, Amsterdam se tornou um dos pontos mais importantes do mundo durante o Século de Ouro dos Países Baixos (século XVI), como resultado de seus desenvolvimentos inovadores no comércio. A cidade foi transformada em membro da Liga Hanseática em 1358 e, desde 1367, da Confederação de Colônia. Durante essa época, a cidade era o principal centro financeiro e de diamantes do mundo. Foi convertida com rapidez em um dos mais importantes portos de onde partiam embarcações em direção à Renânia. Nos primeiros anos do século XVI, a capital neerlandesa começou a sua rivalidade com o vasto centro comercial de Antuérpia. Nos séculos XIX e XX a cidade se expandiu e muitos novos bairros e subúrbios foram planejados e construídos. Os Canais de Amsterdam e a Linha de Defesa de Amsterdam são considerados Patrimônios Mundiais da UNESCO.


Amsterdam e seus canais

Loja de Departamentos tradicional na Praça Dam

Amsterdam começou a se expandir com rapidez após 1900. Uma grande quantidade de áreas de fábricas e de novas casas apareceu na parte meridional da cidade após a Primeira Guerra Mundial. De 1940 até 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, as tropas nazistas ocuparam Amsterdam, com perseguição aos seus habitantes, em grande número de judeus. Os alemães destruíram as instalações portuárias nos últimos dias da guerra, porém a cidade se recuperou e se expandiu para a parte ocidental. No final da década de 1950, Amsterdam se destacaria novamente como o centro financeiro e industrial dos Países Baixos.


Canais e bicicletas, dupla inseparável em Amsterdam

Muitas das grandes instituições holandesas mantêm suas sedes na cidade e sete das 500 maiores empresas do mundo baseiam-se na capital holandesa. Amsterdam é a região que mais concentra indústrias e onde os alimentos são processados. Dentre os produtos industrializados de maior importância são contados a cerveja, impressos, navios, metais, medicamentos e roupas. A cidade é também um dos centros onde há indústrias que lapidam diamantes no mundo. Essa indústria de importância teve início em Amsterdam nos últimos anos do século XVI. Demais indústrias são produtoras de joias, licores, linho, maquinário, sabão, seda e vinho.


Canais e bicicletas, dupla inseparável em Amsterdam

Palácio Real na Dam Square

Há muitos anos, Amsterdam é conhecida como um dos pontos comerciais de maior destaque do mundo. O Porto de Amsterdam está aberto para o Rio Ij, um afluente da Baia de Ijsselmeer. Um canal conecta o Rio Ij com o Mar do Norte. Em 1952, abriu-se um canal que liga Amsterdam até o Rio Reno, aumentando a importância da cidade como porto interno. Como a capital comercial dos Países Baixos e um dos principais centros financeiros da Europa, Amsterdam é considerada uma cidade global alfa. A Bolsa de Amsterdam, a mais antiga bolsa de valores do mundo, está localizada no centro da cidade. A cidade é também a capital cultural do país. Em 2012, Amsterdam foi classificada como a segunda melhor cidade para se viver pela Economist Intelligence Unit (EIU).


Livraria em Amsterdam

Mais Bicicletas

Amsterdam é prática, moderna e vanguardista. E essas qualidades de certa forma resumem as características de toda a Holanda, um país de território minúsculo que foi uma grande potência mercantil nos séculos XVII e XVIII e hoje tem algumas das maiores multinacionais do mundo. Amsterdam é uma cidade cultural e etnicamente diversa, com centenas de anos de história, e um presente marcado por uma qualidade tipicamente holandesa: a tolerância. A tolerância em questões como religião, drogas, sexo e liberdades individuais e o clima de festa que parece permanente na capital atrai o viajante do mundo inteiro – especialmente jovens. A cidade exibe com orgulho sinais do seu passado rico, e encanta os visitantes com belos canais, arquitetura única e uma grande variedade de atrações que não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo.


Amsterdam Centraal

Munttoren

Amsterdam tem um excelente sistema de transporte público e é famosa pela enorme quantidade de bicicletas e é o centro mundial delas. Quase todas as ruas principais têm vias para ciclistas, e pode-se deixar a bicicleta em qualquer lugar. Amsterdam é uma cidade razoavelmente compacta. Boa parte dos passeios pode ser feita a pé ou de bicicleta. Para distâncias maiores, podem-se utilizar os bondes (é possível pagar o trajeto direto com o condutor, mas bilhetes adquiridos em tabacarias e bancas vêm com descontos; o mesmo vale para os ônibus). As rotas de ambos podem ser checadas em mapas distribuídos nas estações de trens e em algumas paradas. Amsterdam é muito bem conectada com o restante da Europa através de seu sistema ferroviário. A maioria dos trens que chega à cidade, vindos de outros países, para na Amsterdam Centraal, a principal Estação de Trem da cidade. Esta Estação fica no coração da cidade, e de lá você pode facilmente chegar ao seu hotel ou albergue. Por estar a poucas horas de viagem de Paris, Londres e Bruxelas de trem, muitos turistas preferem este meio de transporte para chegar à cidade.  A Companhia Nacional NS tem serviços muito convenientes para chegar à Bélgica, oeste da Alemanha e interior da Holanda, e até para destinos mais distantes como Paris, Suíça e Londres.


Hotel Ibis Amsterdam Centre

Igreja de São Nicolau

A localização mais privilegiada em Amsterdam não é em nenhuma região específica, e sim numa posição determinada: tente ficar à beira de um canal. Se passear por um canal for a primeira e a última coisa que você fizer no seu dia, a sua estada na cidade vai ser ainda mais bonita. O bairro mais bacaninha da cidade é o Jordaan. O mais central para turistagens e noite são os arredores de Rembrantplein (mas pode ser barulhento). As imediações da Estação Central (incluindo a avenidona Damrak) não são muito bem encaradas. Se puder, evite.



Mais um dos Canais de Amsterdam

Conhecida como Veneza do Norte,  o visual das pontes e canais dá ares românticos à capital holandesa e permitiu que os moradores criassem uma relação próxima com a natureza, tanto é que é comum encontrar casas-barcos instaladas nos rios. Faça tours de barco pelos canais e admire a proeza da engenharia que protegeu a cidade da água do mar com a construção de diques. Um passeio de barco é uma ótima forma de relaxar e ver Amsterdam de outro ângulo, enquanto se conhece mais sobre a história dos prédios, pontes e canais da cidade. A vista entre os canais das ruas Leidsestraat e Vijzelstraat, por exemplo, destaca belas casas coloridas. Existem diversas empresas espalhadas por Amsterdam prestando este serviço e uma delas fica bem de frente para a Cervejaria da Heineken. O passeio passa por todos os principais pontos turísticos de Amsterdam, enquanto comentários gravados em várias línguas tocam no sistema de som. Dica: em alguns barcos é possível ir para uma área exterior através de uma porta nos fundos, perfeita para tirar fotos e aproveitar um passeio mais “livre”. Outro ponto turístico para explorar a pé ou de barco é a ponte Magere Brug, que fica ainda mais bonita com a iluminação noturna.



Museu Heineken

A cozinha holandesa não se destaca por nada neste mundo. Há um bom cozido aqui, outro bom assado lá, as batatas fritas são divinas, os bolos muito bons, o chocolate nem se fala. Mas a verdade é que a gastronomia local é um tanto sem graça. Não há queijos Gouda e Edam de alta qualidade que sustentem um restaurante. Mesmo assim o cenário gastronômico em Amsterdam não é tão ruim assim. Ao longo da Damrak você encontrará uma série de restaurantes bem turísticos, alguns bem ruins. Melhor sorte você terá em casas nos canais do entorno ou na Praça Leidseplein, onde estão cafés bem tranquilos, bares bem agitados e alguns endereços especializados até mesmo em cozinha brasileira e argentina.


Cervejaria da Heineken

Na hora de fazer uma boquinha, há muitas barraquinhas de ruas que oferecem um bolachão recheado de caramelo, o stroopwaffle, e o broodie, o onipresente sanduíche que pode vir recheado de salmão defumado, rosbife e, claro, os maravilhosos queijos da terra. À noite, desbrave os bares da cidade e sirva-se de ótimas cervejas. As marcas comerciais locais são bem conhecidas: Amstel, Heineken e Grolsch, mas procure também por rótulos belgas como Hooegaarden, Palm e Duvel. Se você gosta de cerveja, não pode deixar de conhecer a Cervejaria da Heineken. O passeio dura em torno de duas horas, durante as quais poderá beber Heineken e conhecer o lugar onde a cerveja era produzida assim que foi criada, além de conhecer a história de uma das cervejas mais famosas do mundo. A Cervejaria oferece também uma experiência em quatro dimensões, onde você terá a sensação de estar dentro de uma garrafa de cerveja, e o World Bar, onde é possível conhecer gente do mundo inteiro enquanto se degusta uma (ou mais) gelada. Em Amsterdam encontra-se a conhecida fábrica de Cerveja Heineken, que também tem seu museu Heineken Experience. 


Inúmeros barcos para passeio nos
canais de Amsterdam

É sempre bom ter uma noção de como é o clima na época em que você irá passar por lá. É difícil pegar tempo bom na Holanda. Vá preparado para pegar alguma chuva em qualquer época do ano. O verão não chega a ser quente no sentido brasileiro da palavra; o inverno pode registrar temperaturas negativas. Se você é friorento, melhor optar pelo verão, quando as temperaturas ficam em torno dos 25ºC (meio do ano). O problema é que esta também é a época em que a cidade fica mais lotada de turistas. Uma boa saída é visitar a cidade nos meses antes ou após o verão, como em maio (primavera), setembro (final do verão/início do outono) e outubro (outono). De qualquer maneira, não deixe de levar um bom casaco na mala. Amsterdam é uma cidade fria quase que o ano todo e costuma ser bem cinzenta e chuvosa. Torça muito para pegar um dia ensolarado e com céu azul. O verão é gostoso para curtir a cidade ao ar livre. Mas se você quer ver os campos de tulipas de Keukenhof, vá no início da primavera: o parque só abre durante algumas semanas.

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