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Palacete Conde Francisco Matarazzo |
Saímos de Campinas em direção ao Paraná para nossa primeira
parada em Jaguariaíva (lanche, abastecer o carro, banheiro, descansar um
pouco). Fizemos um pequeno passeio pela cidade. Imensos campos lindos, vastas
matas ciliares e capões isolados com Floresta de Araucária. Assim são os Campos
Gerais. A região era ocupada pelos índios até o século XVIII. Jaguariaíva
se localiza no norte do Estado do Paraná. A origem do nome em
Tupi-Guarani significa “Rio da Onça Brava”.
Esta denominação é referência ao Rio Jaguariaíva, que corta o município e
consta em antigos mapas cartográficos. O Rio que
banha seu território foi batizado pelos povos da floresta que ali viviam e
quando os bandeirantes paulistas (vicentinos) adentraram essas plagas remotas e
estabeleceram contatos com os primitivos habitantes tiveram conhecimento do
nome deste Rio e, tão logo, passou a constar dos mapas da Capitania de São Vicente. Mais tarde com o surgimento
de um povoado situado a margem esquerda, no lugar conhecido como Porto Velho, o Rio veio emprestar seu
nome para o novo povoado.
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Rio Jaguariaíva |
É bela e rica a história de Jaguariaíva,
que tem seus primórdios calcados a partir do início do século XVII. Nesta época,
bandeirantes preavam índios e posteriormente tropeiros cruzaram o território
pelo histórico Caminho de Sorocaba. A extensa região dos Campos
Gerais era largamente habitada por povos indígenas da nação Caingangue,
chamados “Coroados” pelos paulistas.
O histórico Caminho de Sorocaba gerou inúmeras cidades, das quais muitas
conservam a denominação dada pelos vaqueiros e tropeiros. O surgimento dessas
povoações decorria da necessidade de pousos para abrigo das tropas. Jaguariaíva
foi povoada por famílias vindas dos Campos de Curitiba e por
paulistas.
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Cascata do Rio Jaguariaíva |
A cidade de Jaguariaíva tem
o passado retratado no presente, com o Palacete Conde Francisco Matarazzo
(atual sede do Museu Histórico Municipal Conde Francisco Matarazzo). O
Palacete possui arquitetura no estilo manchesteriano britânico, em voga no
início do século XX, que utilizava tijolos maciços de forma aparente. Foi
construído para servir de pouso à Família Matarazzo, em suas vindas à Jaguariaíva.
A edificação possui suas características arquitetônicas originais, como os
assoalhos e forros conservados, mantendo ainda a presença de duas luxuosas
lareiras e armários embutidos, diferenciais de casas de época. Na parte
superior há um mirante com uma bela vista para a cidade.
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Corredeiras no Rio Jaguariaíva |
Um ponto muito favorável a Jaguariaíva é a sua localização geográfica, pois abriga um
entroncamento rodoferroviário, ligando a região a grandes centros consumidores,
bem como de portos para exportação de produtos com distância relativamente
pequena, como por exemplo: Curitiba:
230 quilômetros, Londrina: 275
quilômetros, Porto de Paranaguá: 350
quilômetros, Assunção: 980
quilômetros, Ponta Grossa: 120
quilômetros, Buenos Aires: 1783
quilômetros, Foz do Iguaçu: 740
quilômetros e Montevidéu: 1604
quilômetros. O Cânion do Rio
Jaguariaíva é considerado o oitavo maior do mundo em extensão. Sua formação é
composta por paredes de arenito que podem chegar a uma altura de 80 metros.
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Cascata do Rio Jaguariaíva |
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