domingo, 16 de agosto de 2015

Curitiba - Jardim Botânico de Curitiba

Estufa de ferro e vidro do Jardim Botânico
A segunda parada foi no Jardim Botânico. É um passeio para muitas horas, já que o local é maravilhoso, e a vontade é de explorar cada canto, cada jardim, cada planta. É um excelente local para fazer caminhada, tranquilo e com uma paisagem exuberante. O Jardim Botânico de Curitiba ou Jardim Botânico Francisca Maria Garfunkel Richbieter, presta uma homenagem à urbanista que foi uma das pioneiras no trabalho de planejamento urbano da capital paranaense, e é um dos principais pontos turísticos da cidade. Até porque, é impossível não se apaixonar e se encantar por este lugar. Cada cantinho reserva um charme e uma beleza incomparável. Foi eleito uma das Sete Maravilhas do Brasil em 2007. Dentre os cartões postais mais famosos da cidade, o Jardim Botânico de Curitiba está sempre em destaque. É um dos lugares preferidos não só pelos turistas que visitam a cidade, mas também pelos próprios habitantes de Curitiba.


Jardim Botânico de Curitiba

Jardim Botânico de Curitiba
O Jardim Botânico, na verdade é uma Unidade de Conservação, sendo que 40% de sua área é um bosque de preservação permanente. Contribui na preservação e conservação da natureza, para a educação ambiental, na formação de espaços representativos da flora brasileira e ainda oferece uma alternativa de lazer para a população. Inaugurado em 1991, o Jardim Botânico é uma área protegida, constituída por coleções de plantas vivas, cientificamente reconhecidas, organizadas e identificadas, com a finalidade de estudo, pesquisa e documentação do patrimônio florístico do Brasil, em especial da flora paranaense, espalhados por alamedas e estufas de ferro e vidro. A principal delas com três abóbadas do estilo art nouveau foi inspirada no Palácio de Cristal de Londres, do século XIX, com 458 metros quadrados. O projeto da estufa é do consagrado arquiteto Abrão Assad que também projetou o Museu Botânico Gerdt Guenther Hatschbach e tem participação em obras importantes da cidade como a Rua XV de Novembro, a Rua 24 Horas, o Teatro Paiol, o Shopping Mueller, o Jardim Botânico, a Pedreira Paulo Leminski, a Ópera de Arame, entre outras atrações.


Jardim Francês do Jardim Botânico de Curitiba

Escultura em homenagem ao
Dia Mundial do Habitat
A estufa principal é a primeira imagem que nos vem à cabeça quando pensamos no Jardim Botânico de Curitiba. A estufa é climatizada e mantém espécies da Floresta Atlântica como Caraguatá, Caeté e Palmito. Há no seu interior uma estátua em homenagem ao Dia Mundial do Habitat. Do seu interior é possível ter uma vista privilegiada do Jardim em estilo francês com seus canteiros geométricos. Antes de chegar ao Jardim Francês, o visitante ainda passa por um corredor de cerejeiras japonesas que proporcionam um belo espetáculo em determinada época do ano. Nem mesmo os curitibanos sabem (pelo menos boa parte não sabe), mas o Jardim é feito em formato geométrico que lembra a bandeira de Curitiba. Também fazem parte da paisagem chafarizes e a escultura intitulada “Amor Materno” do artista João Zaco. Na verdade, é uma réplica da estátua original que foi feita em 1907 e fica no Rio de Janeiro. Esta réplica foi um presente da BRASPOL (Representação Central da Comunidade Brasileiro-Polonesa no Brasil), pelos 300 anos de Curitiba. Na estátua está grafado: “Homenagem da Comunidade Polonesa a todas as mães paranaenses que, geradoras de vida, dão alma à Curitiba Tricentenária”.


Interior da Estufa do Jardim Botânico de Curitiba

Escultura "Amor Materno" de João Zaco
Em volta da estufa está o Espaço Cultural Franz Krajcberg com exposição permanente, “A Revolta”, com 114 esculturas do artista e ambientalista. O nome "A Revolta" expressa o sentimento do artista com relação à destruição sem limites provocada pelo homem nas florestas brasileiras. Nessa galeria estão expostas obras de grande porte, todas elas feitas a partir de restos de árvores queimadas ou derrubadas de forma ilegal. Há também exposição de fotos tiradas pelo próprio escultor, venda de livros relacionados ao artista e a possibilidade de visitas monitoradas. A principal finalidade do espaço é, de acordo com Krajcberg, a conscientização ambiental.


Chafariz no Jardim Botânico de Curitiba

Jardim Francês do Jardim Botânico de Curitiba
O Museu Botânico Gerdt Guenther Hatschbach ou Museu Botânico Municipal foi incorporado ao Jardim Botânico no ano seguinte de sua inauguração, com auditório, centro de pesquisas, espaço para biblioteca especializada e sala de exposições temporárias e permanentes. Nascido em 1923, o Doutor Honoris Causa em Botânica foi convidado pelo Prefeito de Curitiba para compor o Museu, inicialmente instalado no Passeio Público. Hatschbach – desde os 18 anos colecionando plantas – coletou ao longo de sua carreira mais de 80 mil exemplares, com destaque para 500 novas espécies. A importância de seu legado se traduz em números: 177 plantas levam o nome Gertii ou Hatschbachii na espécie, em sua homenagem. Atualmente o Museu Botânico de Curitiba tem o quarto maior herbário do país, com aproximadamente 400 mil exsicatas, plantas secas preparadas para coleção botânica, além de coleção de amostras de madeiras e frutos e estima-se que 95% a 98% das espécies existentes no Paraná façam parte do acervo do Herbário do Museu. Todo o Jardim Botânico possui uma área de 278 mil metros quadrados, incluindo o bosque com Mata Atlântica preservado. 


Jardim das Sensações no Jardim Botânico de Curitiba

Jardim Francês do Jardim Botânico de Curitiba
Inaugurado em 2008, o Jardim das Sensações, é um cantinho quase escondido, que muitas vezes passa despercebido. É uma trilha de 200 metros de extensão, é um espaço delimitado por cerca viva, onde os sentimentos do visitante são tentados, por meio do contato direto com plantas de diferentes formas, texturas e aromas. Através da cerca e do túnel vegetal é possível ver as cores da natureza, sentir com as mãos a textura, a forma e o tamanho das plantas, ouvir o som da cascata e do vento, sentir o perfume das flores e da vegetação. O percurso pode ser feito com os olhos vendados ou não.


Mini Cascata no Jardim das Sensações

Interior do Estufa do Jardim Botânico de Curitiba
A proporção conquistada pelo Jardim Botânico está intrinsecamente ligada aos costumes da região. Em 1992, um ano após a inauguração do local, foi formalizado um plebiscito com o intuito de alterar o nome do bairro, até então oficialmente chamado de Capanema. Através do IPTU, todos os moradores tiveram a oportunidade de votar a favor da mudança do nome em homenagem ao parque. Antes mesmo de surgir o Jardim Botânico, grande parte da região era contemplada por terras pertencentes a Guilherme Schüch, grande figura na política brasileira, conhecido como Barão de Capanema. A importância do personagem era tanta, que em 1880, D. Pedro II visitou o local e o considerou como um dos mais belos hortos do período imperial.


Jardim das Sensações no Jardim Botânico de Curitiba

Museu Botânico Gerdt Guenther Hatschbach
Com gramado amplo e convidativo, em dias ensolarados o Jardim Botânico torna-se ideal para fazer piquenique, namorar, pensar na vida/filosofar, brincar, ou simplesmente sentar e deixar o tempo passar, além de possuir trilhas em bosque de araucária, lago, quadras esportivas e um velódromo. Caminhar pelo Jardim Botânico e ver o local por outros ângulos pode ser uma experiência bem agradável. Experimente. O Jardim Botânico é bastante seguro e possui uma base da Guarda Municipal em seu interior. Claro, todo cuidado é pouco sempre! Banheiros, loja de souvenires, lanchonete também estão disponíveis no local. O Jardim Botânico abre todos os dias para visitação e prática de esportes, mas o Jardim das Sensações fecha às segundas-feiras para manutenção. O Bairro Jardim Botânico faz divisa com os bairros Capão da Imbuia, Centro, Cristo Rei, Jardim das Américas.

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