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Estufa de ferro e vidro do Jardim Botânico |
A segunda parada foi no Jardim
Botânico. É um passeio para muitas horas, já que o local é maravilhoso, e a
vontade é de explorar cada canto, cada jardim, cada planta. É um excelente
local para fazer caminhada, tranquilo e com uma paisagem exuberante. O Jardim Botânico de Curitiba ou Jardim Botânico Francisca Maria Garfunkel
Richbieter, presta uma homenagem à urbanista que foi uma das pioneiras no
trabalho de planejamento urbano da capital paranaense, e é um dos principais
pontos turísticos da cidade. Até porque, é impossível não se apaixonar e se
encantar por este lugar. Cada cantinho reserva um charme e uma beleza
incomparável. Foi eleito uma das Sete Maravilhas do Brasil em 2007. Dentre os cartões postais mais famosos da cidade, o Jardim Botânico de Curitiba está sempre
em destaque. É um dos lugares preferidos não só pelos turistas que
visitam a cidade, mas também pelos próprios habitantes de Curitiba.
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Jardim Botânico de Curitiba |
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Jardim Botânico de Curitiba |
O Jardim Botânico,
na verdade é uma Unidade de Conservação,
sendo que 40% de sua área é um bosque de preservação permanente. Contribui
na preservação e conservação da natureza, para a educação ambiental, na
formação de espaços representativos da flora brasileira e ainda oferece uma
alternativa de lazer para a população. Inaugurado
em 1991, o Jardim Botânico é uma
área protegida, constituída por coleções de plantas vivas,
cientificamente reconhecidas, organizadas e identificadas, com a finalidade de
estudo, pesquisa e documentação do patrimônio florístico do Brasil, em especial da flora paranaense, espalhados por alamedas e estufas de ferro e vidro. A
principal delas com três abóbadas do estilo art
nouveau foi inspirada no Palácio de
Cristal de Londres, do século XIX, com 458 metros quadrados. O projeto da estufa
é do consagrado arquiteto Abrão Assad que também projetou o Museu Botânico Gerdt Guenther Hatschbach
e tem participação em obras importantes da cidade como a Rua XV de Novembro, a Rua 24
Horas, o Teatro Paiol, o Shopping Mueller, o Jardim Botânico, a Pedreira Paulo Leminski, a Ópera
de Arame, entre outras atrações.
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Jardim Francês do Jardim Botânico de Curitiba |
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Escultura em homenagem ao
Dia Mundial do Habitat |
A estufa principal é a primeira imagem que nos vem à cabeça
quando pensamos no Jardim Botânico de
Curitiba. A estufa é climatizada e mantém espécies da Floresta Atlântica como Caraguatá, Caeté e Palmito. Há no seu
interior uma estátua em homenagem ao Dia
Mundial do Habitat. Do seu interior é possível ter uma vista privilegiada
do Jardim em estilo francês com seus canteiros geométricos. Antes de chegar ao Jardim Francês, o visitante ainda passa
por um corredor de cerejeiras japonesas que proporcionam um belo espetáculo em
determinada época do ano. Nem mesmo os curitibanos sabem (pelo menos boa parte
não sabe), mas o Jardim é feito em formato geométrico que lembra a bandeira de Curitiba. Também fazem parte da paisagem chafarizes e a
escultura intitulada “Amor Materno”
do artista João Zaco. Na verdade, é uma réplica da estátua original que foi
feita em 1907 e fica no Rio de Janeiro.
Esta réplica foi um presente da BRASPOL
(Representação Central da Comunidade
Brasileiro-Polonesa no Brasil), pelos 300 anos de Curitiba. Na estátua está grafado: “Homenagem da Comunidade Polonesa a todas as mães paranaenses que,
geradoras de vida, dão alma à Curitiba
Tricentenária”.
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Interior da Estufa do Jardim Botânico de Curitiba |
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Escultura "Amor Materno" de João Zaco |
Em
volta da estufa está o Espaço Cultural
Franz Krajcberg com exposição permanente, “A Revolta”, com 114 esculturas do artista e ambientalista. O nome "A
Revolta" expressa o sentimento do artista com relação à destruição sem
limites provocada pelo homem nas florestas brasileiras. Nessa galeria
estão expostas obras de grande porte, todas elas feitas a partir de restos de
árvores queimadas ou derrubadas de forma ilegal. Há também exposição de fotos
tiradas pelo próprio escultor, venda de livros relacionados ao artista e a
possibilidade de visitas monitoradas. A principal finalidade do espaço é, de
acordo com Krajcberg, a conscientização ambiental.
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Chafariz no Jardim Botânico de Curitiba |
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Jardim Francês do Jardim Botânico de Curitiba |
O Museu Botânico Gerdt
Guenther Hatschbach ou Museu
Botânico Municipal foi incorporado ao Jardim
Botânico no ano seguinte de sua inauguração, com auditório, centro de
pesquisas, espaço para biblioteca especializada e sala de exposições
temporárias e permanentes. Nascido em 1923, o Doutor Honoris Causa em Botânica foi convidado pelo Prefeito de Curitiba para compor o Museu,
inicialmente instalado no Passeio Público.
Hatschbach – desde os 18 anos colecionando plantas – coletou ao longo de sua
carreira mais de 80 mil exemplares, com destaque para 500 novas espécies. A
importância de seu legado se traduz em números: 177 plantas levam o nome Gertii ou Hatschbachii na
espécie, em sua homenagem. Atualmente o Museu
Botânico de Curitiba tem o quarto maior herbário do país, com aproximadamente
400 mil exsicatas, plantas secas preparadas para coleção botânica, além de
coleção de amostras de madeiras e frutos e estima-se que 95% a 98%
das espécies existentes no Paraná
façam parte do acervo do Herbário do
Museu. Todo o Jardim Botânico possui
uma área de 278 mil metros quadrados, incluindo o bosque com Mata Atlântica preservado.
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Jardim das Sensações no Jardim Botânico de Curitiba |
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Jardim Francês do Jardim Botânico de Curitiba |
Inaugurado em 2008, o Jardim
das Sensações, é um cantinho quase escondido, que muitas vezes passa
despercebido. É uma trilha de 200 metros de
extensão, é um espaço delimitado por cerca viva, onde os sentimentos do
visitante são tentados, por meio do contato direto com plantas de diferentes
formas, texturas e aromas. Através da cerca e do túnel vegetal é possível ver as
cores da natureza, sentir com as mãos a textura, a forma e o tamanho das
plantas, ouvir o som da cascata e do vento, sentir o perfume das flores e da
vegetação. O percurso pode ser feito com os olhos vendados ou não.
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Mini Cascata no Jardim das Sensações |
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Interior do Estufa do Jardim Botânico de Curitiba |
A proporção conquistada pelo Jardim Botânico está intrinsecamente ligada aos costumes da região.
Em 1992, um ano após a inauguração do local, foi formalizado um plebiscito com o
intuito de alterar o nome do bairro, até então oficialmente chamado de Capanema. Através do IPTU, todos os moradores tiveram a
oportunidade de votar a favor da mudança do nome em homenagem ao parque. Antes
mesmo de surgir o Jardim
Botânico, grande parte da região era contemplada por terras
pertencentes a Guilherme Schüch,
grande figura na política brasileira, conhecido como Barão de Capanema.
A importância do personagem era tanta, que em 1880, D. Pedro II visitou
o local e o considerou como um dos mais belos hortos do período imperial.
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Jardim das Sensações no Jardim Botânico de Curitiba |
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Museu Botânico Gerdt Guenther Hatschbach |
Com gramado amplo e convidativo, em dias ensolarados o Jardim Botânico torna-se
ideal para fazer piquenique, namorar, pensar na vida/filosofar, brincar,
ou simplesmente sentar e deixar o tempo passar, além de possuir trilhas em
bosque de araucária, lago, quadras esportivas e um velódromo. Caminhar pelo Jardim Botânico e ver o local por outros ângulos pode ser uma
experiência bem agradável. Experimente. O Jardim Botânico é bastante seguro
e possui uma base da Guarda Municipal
em seu interior. Claro, todo cuidado é pouco sempre! Banheiros, loja de
souvenires, lanchonete também estão disponíveis no local. O Jardim
Botânico abre todos os dias para visitação e prática de esportes, mas o Jardim das Sensações fecha às
segundas-feiras para manutenção. O Bairro
Jardim Botânico faz divisa com os bairros Capão da Imbuia, Centro,
Cristo Rei, Jardim das Américas.
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