terça-feira, 18 de agosto de 2015

Curitiba - Bosque do Papa João Paulo II

Bosque do Papa João Paulo II
Saindo do Museu Oscar Niemeyer atravessamos o gramado posterior ao prédio e chegamos ao Bosque do Papa também conhecido como Memorial Polonês. O Bosque do Papa João Paulo II é um dos mais importantes parques de Curitiba. Um lugar abençoado onde natureza e tradição se integram num cenário de beleza e harmonia. Abriga uma reserva com mais de 300 araucárias nativas na área central da cidade, além de mudas que foram plantadas posteriormente. Entre as espécies encontradas no local estão plátanos, pitangueiras, carvalhos, cerejeiras, ipês, tarumãs e uvas do Japão. É também um espaço para pássaros que circulam livremente. Há sabiás, bem-te-vis, coleirinhas, chupins, tico-ticos, canários-da-terra e pica-paus. O Bosque do Papa é um local tombado pela Coordenação do Patrimônio Cultural do Paraná, desde setembro de 1990.


Casa típica polonesa no Bosque do Papa João Paulo II

Casa típica polonesa no Bosque do Papa
Muito se fala da colonização e da imigração alemã, ou mesmo italiana, nos estados do Sul do país. Poucos sabem, entretanto, que a imigração europeia envolveu muitas outras nacionalidades, entre elas, os poloneses. A imigração polonesa possui traços marcantes na cultura e na sociedade curitibana. Os primeiros viajantes chegaram ao país entre 1869-71 e se instalaram em Santa Catarina, mais precisamente na cidade de Brusque. Logo depois, se deslocaram para Curitiba e fixaram residência na região do Bairro Pinhalzinho, e posteriormente no atual Bairro Abranches. Na região, os poloneses se mostraram essencialmente camponeses e tradicionais ao preservar aspectos culturais como religião, vestimentas, festas, linguagem e arquitetura.


Casa típica polonesa no Bosque do Papa João Paulo II

Presépio Polonês no Bosque do Papa
Um belo exemplo dessa cultura é o Bosque do Papa criado em homenagem ao Papa João Paulo II, logo após a primeira visita do Papa ao Brasil, em 1980, quando ele visitou uma casa típica polonesa montada durante a solenidade no Estádio Couto Pereira, quando presenteou a cidade com uma linda homenagem à colônia polonesa. O projeto do paisagista Burle Marx, que fiscalizou pessoalmente os trabalhos de limpeza do Bosque, teve como prioridade a preservação da mata nativa, além do plantio de novas mudas de pinheiros (Araucária angustifolia). Outro destaque são os plátanos (Platanus orientalis), com porte bem desenvolvido e introduzidos no local há dezenas de anos. O Bosque envolve uma área de 48 mil metros quadrados, onde existia uma antiga fábrica de velas e é cortado pelo Rio Belém.




Casa típica polonesa no Bosque do Papa
Pelos caminhos internos do Bosque, encontram-se sete casas típicas polonesas em forma de aldeia, construídas no início da colonização polonesa na região de Curitiba por volta de 1878, e remontadas no Bosque. Essas casas ilustram a arquitetura dos imigrantes poloneses de Curitiba, feitas de troncos de pinheiro encaixados, abrigam a história e a cultura dos imigrantes. As casas foram trazidas de vários locais da Região Metropolitana de Curitiba e montadas na entrada do Bosque para formar o Memorial da Imigração Polonesa. Na principal delas, construída no final do século XIX, a mesma visitada pelo Papa, foi instalada a Capela Nossa Senhora de Czestochowa ou Virgem Negra de Czestochowa, a santa padroeira da Polônia. Nas demais, pode-se conhecer os móveis e utensílios da época da primeira imigração, reproduzindo o modo de viver dos imigrantes poloneses, como a pipa de azedar repolho, o abanador de cereais, o amolador de pedra e outras ferramentas da época. É um museu ao ar livre que traduz a luta, as crenças, as tradições e estilo de vida daqueles imigrantes.


Casa típica polonesa no Bosque do Papa João Paulo II

Floreiras no Bosque do Papa João Paulo II
No parque também se encontram uma Estátua do Papa João Paulo II (com corpo em bronze, olhos de acrílico e mãos de resina de poliéster) e outra do astrônomo Nicolau Copérnico. O artesanato, à venda no local, permite a aquisição das famosas Pêssankas, ovos pintados à mão em filigranas para saudar a Páscoa. Nas festas da colônia polonesa, muita música e folclore dos descendentes que, vestidos nos floridos trajes típicos do país, se apresentam nas comemorações da Swiconka – “Benção dos Alimentos” na época da Páscoa, em julho a homenagem à visita do Papa, em agosto a Festa da Padroeira Czestochowa, o pontificado de João Paulo II em outubro, e o dia de São Nicolau que dá início às festas de Natal. Nestas ocasiões podem-se experimentar os deliciosos piroques (pasteizinhos com recheio de requeijão) e os saborosos doces e bolos da culinária polonesa.

Capricho na decoração das janelas
O ar bucólico e rústico das casas e construções no Bosque contrasta com uma natureza tipicamente brasileira, com animais e pássaros presentes na Mata Subtropical nativa. O Bosque do Papa oferece ainda uma extensa área gramada, trilhas ecológicas com calçamento em pedra para caminhadas, parque infantil e ciclovia. Um lugar abençoado onde natureza e tradição se integram num cenário de beleza e harmonia. O Bosque do Papa, assim conhecido pelos curitibanos proporciona uma viagem ao coração e à história de um povo, um obrigado e uma homenagem da cidade ao imigrante polonês. O Bosque do Papa, assim conhecido pelos curitibanos proporciona uma viagem ao coração e à história de um povo, um obrigado e uma homenagem da cidade ao imigrante polonês. O Bosque é aberto todos os dias das 08 às 18 horas, porém o Memorial da Imigração Polonesa fecha nas segundas-feiras para conservação e limpeza. Além de visitar o Memorial Polonês, há dezenas de opções gastronômicas no entorno do Bosque do Papa. Entre elas está a casa de chá e confeitaria polonesa Kawiarnia KrakowiakLá é possível experimentar o doce folhado recheado do creme de nata e baunilha, o Kremòwka Papiesca.

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